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História Take Me To Church - Camren - The Woman In The Car


Escrita por: miinsuga_93

Notas do Autor


Desculpem o sumiço, desculpem o capítulo pequeno (nem tanto), sem formatação adequada e cheio de erros, desculpem não ter respondido nem metade dos comentários (nenhum pra falar verdade). Mas é que como alguns de vocês (os que me seguem, bem mais provavelmente) sabem, eu tô sem internet, eu avisei no wattpad e no social spirit. Então se você não me segue por aqui ainda, peço que o faça, só pra você saber quando algo assim acontecer. Mas aí está o capítulo. .. Prontos para saber quem estava no carro que quase atropelou a Camila?
Kissus,
-Lena

Capítulo 21 - The Woman In The Car


P.O.V Lauren Jauregui

Desci do carro e bati a porta rapidamente, o travando logo em seguida. As gotas de chuva mais pareciam pequenas pedrinhas ao entrar em contato com a minha pele, ferindo-a.

Eu não podia estacionar no estacionamento do prédio, pois ele é privado. Embora eu fosse a proprietária original do apartamento, eu já havia passado para o nome de Camila, que recusou muito veementemente. Mas eu disse que queria que ficasse no nome dela.

Quando me virei uma última vez eu vi um carro parado em frente ao meu. Aquele carro não me parecia estranho, eu acho que já o vi em algum lugar, só não consigo me lembrar onde.

Dei bom dia ao porteiro e entrei no enorme prédio. A entrada do prédio tem uma cobertura que me impedia de pegar chuva, por isso relaxei e tentei secar o meu cabelo, que ficara um pouco úmido por causa dos respingos de chuva que peguei.

A minha jaqueta estava ensopada e eu fiz uma careta. As chuvas aqui em Miami são muito imprevisíveis. Quando eu saí de casa hoje de manhã o céu estava muito ensolarado, então eu ignorei a minhã mãe me mandando levar um guarda-chuva. Parece quase uma praga! Eu já deveria ter aprendido que quando a nossa mãe manda levar um guarda-chuva, não importa se o céu está parecendo um smurf de tão azul, devemos levar o maldito guarda-chuva.

Entrei no prédio e a grande recepção me acolheu, quentinha. Fechei os meus olhos e passei as mãos em meu rosto cuidadosamente, para tirar as gotas de chuva do mesmo.

Tentei me aquecer enquanto chamava o elevador, apertando o botão repetidas vezes. Minhas tentativas de me aquecer e parar de tremer eram falhas, pois a minha jaqueta úmida só piorava a situação e se eu a tirasse morreria de frio já que por baixo eu estava usando uma blusinha bem leve, e regata, ainda por cima.

Quando o elevador finalmente chegou eu apertei o último botão, o da cobertura, que só possuía um apartamento, o de Camz.

Havia se passado uma semana desde que Camila e eu transamos pela primeira vez. Desde então, quase não nos vimos. Cheguei à pensar que ela estava me evitando, mas não, ela não tinha motivos para isso. Tinha? Não sei, por isso resolvi aparecer sem avisar.

Eu cantarolava baixinho uma música do The NGBH enquanto esperava uma eternidade para as portas se abrirem novamente, desta vez no andar em que Camila mora. Quando isso finalmente aconteceu eu saí apressada, quase pulando para fora do elevador. Quando cheguei mais perto do apartamento de Camz eu me assustei.

Eu ouvi gritos desesperados. Apavorados, na verdade.

De início eu até considerei a hipótese de ser Josephine. Mas depois eu ouvi uma voz pedindo socorro.

A voz de Camila.

Quando eu achei a minha copia da chave eu finalmente consegui abrir a porta, e tudo o que veio depois aconteceu muito rápido.

Eu não reconheci o vulto que veio em minha direção, no primeiro momento só pude perceber que se tratava de uma mulher, poucos centímetros mais baixa que eu, e que estava portando uma faca.

Ela veio para cima de mim e eu tive certeza que morreria, porque ela estava descontrolada e chorando muito. Mas eu não sei se foi golpe de sorte ou se todos os filmes de ação que eu já assisti serviram para alguma coisa.

Eu consegui desarmá-la. No meio da confusão eu consegui fazer uma nota mental de me matricular em aulas de defesa pessoal.

Depois de desarmá-la eu me senti mais calma para tentar reconhecê-la. Com o susto que eu levei, se não fosse pela adrenalina correndo em minhas veias, eu com certeza teria um infarto.

Rosalie "Rose" Garret. Me olhando com ódio como se eu tivesse acabado de interromper o momento mais importante de sua vida.

Para evitar que ela tentasse vir para cima de mim de novo eu apontei a faca para ela e me afastei. Então, agora que a mulher estava desarmada eu procurei Camila com o olhar.

Eu a encontrei alguns metros adiante, caída no chão com um enorme corte na testa. Como a mesinha de centro estava quebrada e alguns cacos de vidro estavam espalhados no chão até perto de onde Camila estava foi fácil deduzir o que acontecera.

Rose bateu na porta, elas discutiram. Rose conseguiu uma faca e apontou para Camila. Em um momento de descontrole ela empurrou Camz no chão e ela caiu na mesinha de centro, cortando-se com o vidro. Minha namorada se arrastou para poder fugir de Rose e arrastou alguns cacos de vidro pelo chão no processo.

Depois de um tempo Rose parou de me encarar, seus olhos não estavam mais dilatados e ela não estava mais ofegante de raiva. Ela encarou tudo ao seu redor como se não se lembrasse do ocorrido. Ela se levantou, provavelmente para tentar ir embora, mas não conseguiu, seus joelhos falharam e ela escorregou pela parede até estar no chão. Estava um pouco descabelada, seu cabelo cobrindo o seu rosto. Os soluços presos na garganta se libertando, um a um, escapando altos e descontrolados.

Não sei se foi por pena ou por que ainda havia um pouco de bondade em mim, mas eu me aproximei dela. Me abaixei ficando em sua frente e ela tentou cessar o choro, me encarando. Para não assustá-la, eu me virei e joguei a faca para longe.

— O que está fazendo, Jauregui? — como eu não fazia a menor ideia do que responder eu optei por ignorar a pergunta.

— Você parece que não sabe o que aconteceu?! — era para ser uma afirmação, mas saiu mais como uma pergunta.

— Eu fui diagnosticada com depressão psicótica. Aparentemente o meu filho preso, se revelando um verdadeiro monstro, e o meu marido me deixando e me culpando pelo o que ele se tornou foi demais para mim. — a verdade é que eu senti pena de Rose, mas não fazia ideia de como reagir ou o que dizer, então eu estava sendo inútil ali.

— Seria demais para qualquer um, — eu ouvi uma voz trêmula falar, então me virei para Camila, me assustando ao me deparar com ela em pé, em frente à Rose, segurando a faca que eu havia jogado para longe. — mas não explica por que você tentou me matar. DUAS VEZES. — Camila gritou, ela também estava nervosa, e eu estava nervosa com o sangue escorrendo pela sua testa e Rose no meio de um surto.

Quando eu me levantei eu percebi que Camila estava alheia à minha presença. Ela estava transpirando muito, e as pupilas dos seus olhos estavam descomunalmente dilatadas. Ótimo!

Uma pode ter um surto psicótico à qualquer momento e a outra aparentemente está tendo um choque psíquico. Ótimo, Lauren. Olha onde eu vim me meter.

Eu liguei para Dinah e ela gritou comigo dizendo que ainda não é psicóloga e eu disse que não sabia o que fazer. Por fim, ela me mandou levar as duas ao hospital e disse para eu me acalmar porque Camila, muito provavelmente, não está tendo um choque. Somente está assustada.

Consegui colocar as duas dentro do meu carro, e, mais surpreendentemente ainda, consegui levá-las para o hospital, sem nenhuma morte no caminho até lá. Na verdade, nenhuma palavra foi trocada até agora.

E aqui estou eu. Sentada em uma poltrona no meio das duas. Camila está sentada em sua cama, me olhando, raivosa, provavelmente. E Rose está deitada, virada para o lado oposto, o peito subindo e descendo. Eu não olhei, mas acho que está dormindo, talvez.

— Essa mulher te odeia desde sempre, te trata mal e sempre desejou a sua morte. Por quê a está ajudando? Tem certeza que eu sou a trouxa aqui? — Camila começou e eu revirei os olhos.

— Sim, eu sei de tudo isso, obrigada. Mas o que queria que eu fizesse? Mandasse ela embora? A expulsasse do apartamento e dissesse pra ela ir com Deus? Deixar ela dirigir nesse estado? Isso não é ser trouxa, é ser humana, ter compaixão. Não quero que ela morra. Não sou nem um monstro, de nada. — respondi, também raivosa e Camila se calou, aparentemente eu mostrei o meu ponto de vista.

— Sempre achei que você fosse um monstro, que fosse quase uma criminosa. — ouvi uma voz que não pertencia nem à mim e nem à Camila, o que significa que Rose não estava dormindo, me virei para ela. — O verdadeiro monstro, criminoso, estava dentro da minha casa o tempo todo. Você me ajudou depois de tudo o que eu já te fiz ou disse, como você mesma disse, demonstrou compaixão. Obrigada, Lauren. — foi a primeira vez desde que conheci Rose Garret que ela me chamou pelo primeiro nome, e isso não me incomodou. Porque ela sempre usou o meu sobrenome como uma acusação, mas hoje ela usou o meu nome em sinal de respeito.

— Não precisa me agradecer. — disse e acenei para ela, em um cumprimento pequeno.

— Pode não acreditar, mas não quis ferir você, Camila. Em nenhuma das duas vezes. — eu ouvi Camila falar duas vezes antes, mas achei que tivesse se enganado ou algo assim, mas a confirmação de Rosalie me fez parar um pouco e pensar.

Era ela. A mulher no carro.

No momento em que cheguei à esta conclusão eu quase consegui me arrepender de ajudá-la. Mas ela tinha razão, ela está doente, talvez não tenha sido mesmo a intenção dela.

— Parecia que você queria sim me machucar, das duas vezes. — Camila esbravejou e eu me levantei, pois o jeito que ela estava tencionando o braço fazia com que o soro no braço dela a ferisse, deixando o local avermelhado.

— Camz, calma. — ela não me ouviu. — Camila, você tem que se acalmar! — elevei o meu tom de voz quando percebi que o braço dela estava de fato sangrando.

Camila pareceu finalmente sentir a dor, porque ela tratou logo de controlar a respiração e descansar o braço na cama. Chamei uma enfermeira para ajeitar aquilo e a mesma gritou comigo dizendo que Camila não poderia se estressar daquele jeito novamente e algo assim que eu não ouvi por estar ofendida. Ela nem pensou na possibilidade de ter sido a doente do lado. Revirei os olhos quando ela saiu e Camila riu.

— Vocês formam um belo casal. — a cara de Camila foi impagável, mas eu nem me surpreendi com a fala de Rose.

Porque ela nunca foi homofóbica, uma das poucas naquela igreja que nunca foi, na verdade. O problema de Rosalie comigo sempre foi literalmente religioso, ela nunca aceitou que eu seja uma crente, vindo de uma família ateísta. Sempre pensou que eu fosse uma ateísta brincando de crer, que eu estivesse de algum modo tirando sarro de Deus.

— Devo desculpas a vocês duas. Sinceras desculpas. Mas sinceramente? Se não aceitarem já não faz muita diferença. — Rose deu um riso sarcástico e tossiu, tossiu sem parar por um minuto, e isso me preocupou, porque eu nunca vi alguém tossir tanto assim, ininterruptamente. Peguei um copo d'agua e ofereci para ela, que aceitou, se sentando para beber.

As tossidas cessaram por um momento, então ela pegou o cesto ao lado da cama e vomitou nele. Logo que terminou e se virou para mim eu pude ver o sangue em sua boca.

— Rose... — eu comecei, mas ela ergueu a mão, em um claro sinal de que já havia percebido.

— Leucemia. Estágio dois. Uma coisa boa o não casamento fez por mim, me trouxe ao hospital. — me virei para ela na cadeira, Camila virou o rosto para encará-la também. Nós duas claramente surpresas. — Não estou contando por pena, eu só queria que alguém soubesse, já que agora eu não tenho ninguém. — a sala ficou em silêncio por um minuto, um longo minuto. A perda do marido e do filho realmente a deixou doente.

— Sinto muito. — surpreendentemente foi Camila quem acabou com o silêncio, e ela parecia sincera. Rose sorriu, olhando para Camila.

— Não sinta, querida. — a voz de Rose estava rouca enquanto ela pegava um pano deixado ao lado da cama e limpava o canto da boca. — Sua mãe sempre me disse que o câncer é uma doença que cultivamos dentro de nós, com as coisas que fazemos e dizemos. Se ela estiver certa, diga para ela ir ao médico de seis em seis meses. — dei um sorriso de lado, entendendo o que ela queria dizer com isso.

— Se ela estivesse certa, já estaria morta. — dessa vez foi Rose quem ficou surpresa com a amargura na voz da minha namorada, acho que ela não percebeu as mudanças de Camila, qualquer um que não tenha percebido jamais poderia entender tamanha mágoa Camila sente pela mãe tê-la rejeitado.

— Eu realmente não queria machucá-la. — Rose voltou no assunto e eu pude ver pelo canto de olho que Camila estava tensa novamente, mas antes que ela pudesse explodir, Rose voltou a falar: — Eu não, mas a minha mente sim, admito. A doença que eu desenvolvi me causa surtos psicóticos, e eu não sei o que faço, eu simplesmente ataco quem estiver à frente, quem quer eu veja como inimigo. O que é basicamente todo mundo, porque minha mente não sabe mais o que é uma ameaça real ou uma imaginária. — Rose chorava baixinho e eu vi Camila finalmente entender o lado dela.

— Tudo bem, Rosalie. — Camila suspirou. — Suas desculpas estão aceitas. — Rose sorriu, um sorriso tão aliviado que nem Camila ousou ficar emburrada, sorrindo junto.

*  *  *

Camila precisou ficar até de noite no soro, depois que ela foi liberada eu a trouxe para casa.

— Eu tinha vindo te chamar pra ir numa pizzaria, mas nem deu certo. — falei colocando minha jaqueta em cima do sofá.

A mesinha de centro estava afastada, somente a base do móvel. Não havia mais vidro espalhado pelo chão e nem sangue no carpete. Sorri de lado já sabendo quem fez a faxina.

— Quem foi que arrumou isso tudo? — Camila falou enquanto sorria olhando ao redor.

— Se fosse pra apostar, eu apostaria toda a minha fortuna na Skriver. — disse e Camila sorriu.

— Pois não é hoje que eu fico rica. — ouvi a voz da louca dinamarquesa, ela estava saindo de um dos quartos junto com Alina.

E uma caixa grande e cheirosa de pizza.

Meus olhos devem ter brilhado muito, porque Alina estava sorrindo baixinho quando olhou pra mim.

— A gorda já se animou. — Josephine me provocou. — Olha que coisa triste. — falou fazendo uma falsa voz de nojo e eu a encarei.

— Triste é parecer a morte, de tão magra. — Jose colocou a mão no peito, falsamente ofendida. Camila e Alina riam alto de nós duas.

Jose se aproximou e ligou a TV, colocando a caixa de pizza no chão, onde antes era a mesinha de centro. Começamos à assistir alguma série que passava em um canal qualquer enquanto ríamos e conversávamos. A pizza estava intocada, e o refrigerante na geladeira também, então decidimos atacar.

Quando eu já estava começando a cochilar e Camila já dormia em meus braços, meu telefone começou à tocar. Procurei por ele no bolso da calça e a primeira coisa que vi foram as horas. 3:27AM. Porra.

Deve ser sério, já que ninguém em sã consciência sai ligando para as pessoas de madrugada. Ajeitei Camila para que ela não acordasse, ela resmungou e se mexeu, mas não acordou. Já Josephine acordou e ficou me encarando até que eu atendesse. Era Dinah.

Ela foi breve e sem rodeios, somente a notícia, no seco. Por isso eu me desequilibrei e caí no sofá, tropeçando num copo. Camila e Alina acordaram, virando para me encarar.

— O que foi, baby boo? — Camila perguntou com a voz sonolenta, coçando os olhos, para tentar acordar.

— Rose Garret se suicidou. — todas elas me encaravam assustadas. — Com uma seringa, meia hora atrás.


Notas Finais


É isso aí galerinha. Mais uma vez, desculpem os erros, a demora, e etc... Eu ainda estou pelo celular e roubando wi-fi do vizinho, então, desconto. Não vou prometer att porque não sei quando eu volto, só posso garantir que vai ser menos de uma semana.
Se você ainda não adicionou Weightless a sua biblioteca eu peço que vá no meu perfil rapidinho e o faça, a história tá incrível, tá tudo indo maravilhosamente bem e todo domingo tem att.
E mais uma vez, me siga, não tô pedindo pra ficar cheia de seguidores, e só pra vocês saberem se algo acontecer, pra não acharem que eu vou sumir de novo.
Kissus,
-Lena


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