História Take Me To Wonderland - Prólogo - Wonderland

Era uma vez, num lugar tão,tão distante, um mundo perdido. Lá haviam criaturas maravilhosas e misteriosas, todas elas postas em seu devido espaço.

As fadas, seres tão bondosos que qualquer um se sentia feliz em sua presença, eram tão poderosas e majestosas. As sereias e tritões, como eram travessos, sempre aprontando, com seu canto doce que nem mesmo o mais rude dos homens poderia resistir. Os bruxos, eles me assustavam, eram malignos, sombrios, perversos, entretanto, muito poderosos. Mas houve quatro deles em especial, os que jamais esquecerei: uma fada e seu irmão, uma sereia, e um bruxo. Lamento lhes dizer que esse não é um conto de fadas comum.

Antes da história começar, sugiro que conheça um pouco de cada um deles.  As fadas eram tão bonitas, viviam em campos cheios de flores, suas asas batiam como as de um beija-flor quando voavam. Seus poderes eram usados em favor ao seu reino, podiam diminuir sua altura, ficando do tamanho de um folha. Viviam seus dias plantando e colhendo seus frutos em seus campos e passavam suas noites em pequenas casinhas, buracos em árvores. Até mesmo gravetos eram o suficiente para sua moradia. Entre seus poderes, estava o de ressuscitar os pequenos animais, moscas, texugos, esquilos. Elas também tem seus disfarces mundanos, as mais experientes podem tomar a forma de outros seres vivos, entre tantos outros que eu não poderia citar. Entre todas as fadas, dois me chamaram atenção, dois irmãos: Violet e Justin Sky, tão bondosos quanto anjos. Os irmãos eram filhos dos mestres das fadas, Lena e Noah. Eu me lembro da primeira vez que os vi voando, com suas asas imensas rasgando o céu.

Agora partiremos ao fundo do oceano, onde vivem as sereias. Elas podem mover e moldar a água sem tocá-la, podem criar uma onda caso queiram, podem também congelar até mesmo o maior dos oceanos e descongelar com facilidade, sua voz encantadora, cabelos longos e rosto escultural, podem levar consigo para o fundo do mar qualquer ser que queira. E como são travessos, sempre aprontando, roubando pequenas coisas perdidas que a maré os traz. Como nos outros reinos o oceano também tem um líder, o rei Magnus, há muitos anos antes de encontrar o mundo perdido, perdeu sua esposa para o oceano. Há quem diga que ela foi levada pela bruxa do mar, que sentia inveja de sua beleza e luxo. O rei então levou consigo sua filha pequena e todo seu reino para longe e encontraram seu lugar no universo distante. Dentre todas as suas riquezas, a mais preciosa é sua filha,Maisie Ocean, a garota mais traiçoeira que eu já conheci. Seu espírito aventureiro levou-a lugares que sempre estiveram em seu destino.

Por fim, vamos ao lado obscuro do mundo perdido, o reino dos bruxos. Ainda sinto o cheiro de morte que exalava daquele lugar. Eles não se importavam com o resto do mundo além deles, usavam seus poderes para destruir qualquer um que entrasse em seu caminho. Levitar coisas e pessoas, descer ao mundo espiritual e voltar, se transmutar de um lugar para outro, controlar a mente de qualquer ser vivo no mundo, exceto as sereias, pois elas tinham a mesma capacidade. Tinham poderes incendiários, faziam surgir fogo na palma de suas mãos. O mundo bruxo tinha um governante, Joshua, a imortalidade lhe deixou com aparência de um homem de quarenta anos para sempre, ele era um homem perverso por natureza mas perdia para seu filho, Harry. A maldade transparecia em seus olhos, era quase possível ver o quão escura sua alma era. Harry tinha poderes que outros bruxos não tinham, ele matava sem usar as mãos. Não teria piedade nem mesmo de seu próprio irmão se necessário, mas isso estava prestes a mudar.

Cada reino tinha seu governante com suas próprias regras e leis, mas havia uma mulher que podia dar e tirar a vida de cada um deles, ela vivia em uma cabana que não pertencia a nenhum dos mundos, seu nome é Nemeton, significa grande carvalho. Ela era a alma e o coração do mundo perdido.

Confesso que gosto de ouvir essas descrições sobre mim.