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História Take My Hand - You know it's gonna get better


Escrita por: Lyana12black

Notas do Autor


HEY EVERYBODY!
Ai gente, eu finalmente consegui escrever o último cap!
E...temos só mais 2 caps depois desse! Nem estou acreditando, depois de tanto tempo estamos chegando ao fim!
Boa Leitura

Capítulo 30 - You know it's gonna get better


Nico P.O.V

Já tinha se passado dois dias que Hylla tinha reagido, ela passava curtos períodos acordada, e Reyna passava todos eles com ela. Ela mal dormia novamente, mas parecia tão aliviada que cobria o cansaço.

No primeiro dia, quando levei Reyna ao hospital ela entrou no quarto e me pediu pra entrar junto, eu hesitei, porque pra mim era algo pessoal demais pra eu presenciar, mas ela queria que eu estivesse junto.

Hylla falava pouco, mas Reyna não. Ela contou toda a história, do acidente de Hylla até o sequestro dela.

Hylla deixou lágrimas caírem, ela parecia tão aliviada com irmã ali. Eu fiquei surpreso que mesmo com a aparência abatida, ela se parecia ainda mais com Reyna.

Deixei o hospital algum tempo depois, e eu fui pra casa, passar um tempo com a minha família. Por incrível que pareça naquele dia meu pai tinha decidido que precisávamos de um tempo juntos, de uma conversa. Apenas eu, ele e Bianca. Se eu achei estranho? Com certeza, mas fui mesmo assim.

- Ai Nico, finalmente você chegou – Bianca revirou os olhos e eu ri a abraçando. – Papai quer que nós vamos jantar com ele.

- Aonde? – Perguntei, achando estranho.

- Não faço ideia, mas já estou pronta – Ela disse e rodou para que eu visse seu vestido vermelho e suas botas pretas.

- Que ótimo, porque eu preciso de um banho. – Falei começando a subir as escadas.

- NÃO DEMORE NO BANHO PRINCESA – Ela gritou e eu revirei os olhos, indo para o meu quarto.

Meia hora depois nós estávamos indo pra sabe-se lá onde, enquanto o motorista do meu pai guiava o caminho. Nunca entendi porque ele precisava de um motorista, qualquer um de nós três poderia ir dirigindo.

- É mais prático – Ele respondeu, quando lhe perguntei.

Nós chegamos á um prédio, que supus ser o lugar onde ficava o tal restaurante.

- É um prédio comercial, e tem um dos melhores restaurantes da cidade – Meu pai explicou, e nós saímos do carro, começando a entrar. As pessoas se vestiam muito bem naquele lugar, e eu quase me importei por estar vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta branca. Mas pra infelicidade daquelas pessoas, eu não estava com paciência pra ligar pra isso.

- Sua mesa está pronta, Sr. Olympus – A recepcionista disse ao meu pai, nós a seguimos até um elevador, e entramos. Ela apertou o botão para o décimo sexto andar e quando nós chegamos lá ela nos guiou até uma das poucas mesas que havia ali, ao lado de uma janela panorâmica com a vista para a cidade de Nova York á noite.

A mulher demorou um tempo entediante nos explicando os pratos da noite, e fazendo sugestões até que tivéssemos escolhido nossas entradas e bebidas. Os pratos principais foram escolhidos por sugestão dela, e só queria que ela desse o fora logo para que meu pai dissesse logo o que ele queria.

- Muito bem, os pratos vão chegar em alguns minutos – Ela sorriu antes de sair. Deixando-nos com taças de vinho e pães com molhos.

- E então pai, o que queria conversar com a gente? – Bianca foi direto ao ponto. Por isso gosto da minha irmã.

- Eu queria me explicar. Perdi muitos anos da vida de vocês, sei que nunca fui um bom pai, eu deixei sua mãe quando vocês ainda eram muito pequenos para entender, e eu tive diversos casos com mulheres, com a mãe da Hazel, mas eu tenho certeza que amadureci depois daquele tempo. Comecei a focar na Olympus, me casei com Perséfone e quero me redimir de todos os erros que cometi, e os erros que me fazem lembrar os que eu julgava meu pai por cometer – Ele disse e eu encarei Bianca, sua expressão frágil ascendeu uma raiva que tive por todos esses anos.

- Tem erros que não se pode reparar assim, não tem como reparar todo o abandono que nós dois sentimos, nós éramos duas crianças quando mamãe morreu, precisávamos do nosso pai, e você nos mandou para um internato na Inglaterra. Não pode reparar os estragos emocionais que nos causou, a depressão de Bianca e meus problemas psicológicos.  – Falei e senti que tinha começado a tremer. Nunca tinha tido oportunidade de desabafar assim a raiva contra meu pai, e a oportunidade finalmente havia surgido.

- Entendo isso Nicolas, eu sei que errei muito com vocês dois. Mas eu não sabia como lidar com duas crianças que tinham enfrentado uma perda, eu não tinha tempo, sempre trabalhei tanto e não saberia como ajuda-los. Na Empire School vocês tiveram o melhor ensino, os melhores professores, os melhore psicólogos. – Meu pai se defendeu e eu fiquei com mais raiva ainda.

- Nós poderíamos ter tido tudo isso perto de você, você só não nos queria por perto. – Falei, friamente.

- Nico! – Bianca exclamou e eu encarei com raiva.

- Você só queria preservar seu casamento, que tipo de esposa iria querer cuidar de mais duas crianças com psicológicos abalados? Nem alguém como Perséfone aguentaria isso. – Falei e ele suspirou.

- Você está certo, eu tive medo de como iria cuidar de vocês. Sua mãe sempre foi uma pessoa tão cuidadosa, como eu poderia reparar a perda de uma mulher como ela se nunca tive tempo? Eu sinto muito por ter feito os dois terem péssimos anos, mas agora eu vou ter mais um bebê. É mais uma chance, eu quero que essa criança não tenha que passar pelo mesmo que fiz vocês passar, já amadureci o suficiente para dar valor á família, e o começo para ser um pai melhor é tentar me redimir com vocês dois. Eu espero que entendam, podemos recomeçar como uma família de verdade.

-Com uma coisa eu concordo. Essa criança não precisa passar pelo que nós passamos, nem vai, ela vai ter uma família unida se você cumprir o que está dizendo e não abandonar mais ninguém. – Falei e meu pai suspirou, estendeu uma mão e apertou meu ombro.

- Eu não vou, eu sinto muito por todo o estrago que causei á você Nico, mas sei que apesar de tudo você será um homem bom e brilhante – Ele disse e sorriu pra Bianca – E você será uma mulher maravilhosa, exatamente como sua mãe. Mesmo com tudo que fiz, olho para vocês e me sinto orgulhoso do que se tornaram, do quanto cresceram mesmo sem mim para apoia-los.

- Todos merecem uma segunda chance papai – Bianca sorriu.

- Essa é a sua terceira. Você nos abandonou quando deixou a mamãe, e quando ela morreu, se você errar na terceira, não existe outras chances. – Falei e Bianca me censurou com o olhar, não me importei. Hades teria que fazer por merecer dessa vez.

- Eu prometo melhorar, eu amo vocês dois – Ele deu um sorriso para nós.

- Nós também te amamos – Bianca se levantou e o abraçou. Os dois olharam pra mim em expectativa, e eu apenas dei um aceno com a cabeça, dando três batidinhas no ombro de meu pai e tomando um gole da minha taça de vinho.

                                         *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

- Como a sua irmã está? – Perguntei para Reyna, pelo telefone, quando cheguei em casa e já estava deitado em meu quarto, pronto para dormir e encarar um dia de aula.

- Ela está melhor, os médicos disseram que não vai levar muito tempo para receber alta, só precisa fazer mais alguns exames e ficar um pouco em observação – Ela disse eu pude sentir o alívio em sua voz.

- Isso é ótimo – Falei.

- Sabe Nico, você foi anjo pra mim nos últimos tempos, não sei o que teria feito sem você – Ela disse e eu sorri pra mim mesmo.

- Muitas coisas, você sempre teve muitos amigos Reyna. Mas eu não, e você mudou muito em mim se quer saber, fico feliz de ter vindo parar em Nova York, e finalmente sair do fundo do poço. – Lhe contei sobre a conversa com meu pai, e ela ouviu tudo pacientemente, mesmo que estivesse ainda no hospital, provavelmente muito cansada.

- Sabe Nico, as coisas vão melhorar, pra nós dois. Talvez não volte a ser como antes, mas comece a ser melhor. – Ela disse.

- Você acredita mesmo nisso? – Perguntei e quase pude ver o sorriso que ouvi em sua voz.

- Claro que acredito, no final das contas o resultado vale a pena – Ela disse. Ficamos algum tempo em silencio, ouvindo a respiração um do outro, e ela soltou as palavras: - Eu amo você, Nico.

Eu sempre achei que ouviria tais palavras de maneira diferente, talvez pessoalmente, em um momento importante ou algo assim, mas Reyna sempre surpreendia. Não precisei pensar muito para responder de volta, porque era apenas a verdade.

- Eu também te amo, Reyna – Sorri para o nada, enquanto desejávamos boa noite.

Apaguei as luzes e finalmente me deitei para dormir, olhando para as sombras da janela que se projetavam no teto, pensei no quanto minha mãe estaria orgulhosa da mudança em minha vida, e no quanto eu estava bem agora.

Reyna estava certa, as coisas mudariam sim, mas para melhores com certeza.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Kisses <3


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