História Take My Hand - Epilogue

Seis anos depois...

Nico P.OV

Eu não achei que estaria olhando para aquele túmulo tão cedo. O túmulo de uma das mulheres que mais amei na vida, já tinha se passado um tempo desde sua morte, mas seria o tipo de coisa que eu nunca superaria. Ela estava tão bem em um dia, e no outro o trágico aconteceu.

Eu era muito jovem, as coisas eram tão difíceis e isso causou uma grande mudança em minha vida. Mas eu não iria reclamar, nem sempre mudanças são pra pior. Talvez eu tenha tido cinco péssimos anos, mas tudo melhorou.

Me abaixei e depositei rosas ali. Vermelhas e brancas, do jeito que ela gostava. Seu sorriso ainda estava impregnado em minha mente, mas de um jeito bom, Eu a amaria para o resto de minha vida, mesmo, porque ela tinha sido uma das únicas pessoas que me entendia. Sua voz, seus conselhos, coisas que um garoto carregaria pra sempre.

Encarei o nome gravado na lápide de mármore negro, o túmulo era bonito e bem cuidado, com todos os anos nós ainda o mantínhamos impecável, mesmo que ficasse em outro país.

Maria Di Angelo

 1975-2010

Minha mãe estava enterrada ali, e era a primeira vez que eu estava visitando seu túmulo depois de mais de dez anos de sua morte. E também era a primeira vez que eu viajava pra Itália depois de sua morte.

- Você já está pronto pra ir? – Senti uma mão pousar em minhas costas, e me virei, sorrindo pra Reyna.

- Eu acho que sim – Falei, suspirando.

- Nós estamos de férias Nico, sua mãe iria querer que você aproveitasse. Já faz anos – Ela sorriu pra mim. O tempo tinha lhe feito bem, ela parecia mais radiante agora com vinte e três anos, do que a Reyna assombrada de dezessete anos.

- Tudo bem, vamos – Peguei sua mão, e nós saímos caminhando para fora do cemitério. O clima estava ensolarado e a vista verde que tínhamos do horizonte italiano era maravilhosa.

- Eu sempre quis vir á Itália – Reyna sorriu pra mim, do banco do passageiro enquanto eu acelerava pela estradinha entre os campos verdes e as plantações.

- É um lugar bonito não é? Por isso eu nasci aqui, só produz coisas bonitas. – Sorri pra ela, que revirou os olhos sorrindo mesmo assim, seu vestido branco esvoaçava um pouco e eu não pude deixar de admirar que bela mulher minha namorada havia se tornado. Seu cabelo estava mais curto do que quando ela tinha dezessete anos, suas feições mais amadurecidas, ela tinha amadurecido com o tempo. Nos não éramos mais adolescentes apaixonados, já éramos adultos apaixonados.

- Macária iria adorar esse lugar – Reyna comentou se referindo á minha irmã mais nova, a filha do meu pai com Perséfone. Ela era uma bela garotinha de cinco anos, doce e engraçada. Ela tinha o que eu e nenhuma de minhas irmãs tivemos durante a infância. Uma família completa e unida, e nós nos esforçávamos pra que continuasse assim. Macária foi o que mais reaproximou nossa família no fim das contas, todos nós a amávamos de queríamos estar junto com a pequena.

-Eu sei, da próxima vez nós traremos ela – Sorri, colocando meus óculos escuros. O telefone da Reyna começou a tocar, ela atendeu impaciente.

- Nós já estamos chegando, não, não, ah, por favor, Leo cale a boca, podem nos esperar que logo nós estaremos ai pra almoçar, tchau – Ela riu no telefone e o desligou.

- Férias em grupo são uma furada – Comentei, e ela sorriu.

- Leo e Bianca estão impacientes, ainda não entendo porque não vieram com a gente. E eles não estão achando Silena e o Charles, Percy não sai da piscina e Annabeth está lendo alguma coisa e não quer levantar da cadeira. Thalia e Travis não acordam nem com eles espancando a porta do quarto deles e Hazel e Frank foram dar uma caminhada.

- O que importa é que depois de todos esses anos nós conseguimos fazer finalmente uma viagem de férias todos juntos – Ri.

- Por que não pegamos um quarto em outro hotel mesmo? Eles não nos deixam em paz! – Ela disse bufando.

- Assuma Rey, você adora que eles não nos deixem em paz – Falei e ela riu.

- Até que não me incomoda tanto, depois que entramos para a Universidade não tivemos mais tanto tempo juntos e agora que finalmente nos formamos, vamos todos trabalhar na Olympus, vai ser um novo começo e eles nunca vão nos deixar em paz mesmo, mas é isso que os melhores amigos fazem. – Ela sorriu

- Eu nem acredito que finalmente nos formamos! Meu pai estava realmente feliz, ele sempre quis que eu me formasse em administração e economia, e olha só, graças á isso agora estamos na Itália – Falei e ela sorriu.

- Seu pai sempre quis que você fosse um grande homem Nico, e olha só você agora – Ela disse e eu me senti orgulhoso de mim mesmo, porque se aquela garota estava dizendo que eu sou um grande homem, não é mentira.

                                            *-*-*-*-*-*-*-*-*-*

- Tem certeza que vai dispensa-los no jantar? – Perguntei pra Reyna, enquanto saíamos do hotel.

- Claro que eu tenho, afinal isso era pra ser uma viagem romântica também! Desde que minha irmã começou com os preparativos para o casamento ela mal nos deixa jantar juntos, ou sozinhos – Ela reclamou.

- Já está acabando Reyna, o casamento dela com Will é daqui duas semanas – Falei e ela riu.

- Mas vamos voltar de viagem daqui uma semana, e ela vai estar maluca com os preparativos de ultima hora – Ela resmungou.

- Relaxar amor, sua mãe está cuidando disso – Falei a puxando pra mais perto, nós paramos na frente do hotel, esperando trazerem nosso carro.

- Eu te amo, sabia Nico Di Angelo? – Ela sorriu passando os braços pelo meu pescoço, e eu sorri pousando as mãos em sua cintura, acariciando a sua cintura pela abertura lateral de seu novo vestido roxo.

- Claro que sim, você nunca escondeu – Sorri e a beijei. – Eu também te amo Reyna Ramirez Arelano, e quem sabe logo não vou poder te chamar de Reyna Di Angelo?

- Isso é uma proposta? – Ela riu, porque nós nunca tínhamos falado de casamento.

- É uma promessa. – Falei sério, e ela me olhou curiosa – Nós podemos não ter o clichê do feliz pra sempre dos contos de fadas, mas enquanto estivermos juntos as coisas vão se ajeitar, mesmo que demore um pouco.

- Juntos até o fim? – Ela levantou seu dedinho, pedindo uma promessa oficial, e eu ri de sua infantilidade. Foi por essa garota que me apaixonei, e mesmo com tempo será por essa garota que sempre serei apaixonado. Estendi meu dedinho e entrelacei com o dela.

- Juntos até o fim.

Porque nossos corações estão entrelaçados para sempre

E nosso amor nunca morrerá

Pegue minha mão esta noite

THE END.