História Tales of Lost Love - Open Hearts

Entraram no balcão, aflitos. Logo na entrada, alguns contêineres bloqueavam a entrava, mas Daniel e Stefan rapidamente tiraram da frente, à força, abrindo passagem. Avistaram no meio do local, um círculo gigante, envolvendo vários outros, feitos de sal. Uma névoa estranha os escondia, mas conseguiram perceber os originais dentro deles.

- Espera. São 5 pessoas. - Damon parou, observando. - Klaus, Rebekah, Elijah e quem são os outros?

Chegaram perto, reconheceram a fisionomia de Kol. - O outro deve ser o tal Marcel. - Katherine concluiu.

- Espera, Kol não estava morto? - Adrienne perguntou.

- Estava. - Stefan respondeu. - Devem ter encontrado algum jeito de trazê-lo de volta também.

- Só faltava essa, mais um original descompensado. - Damon esbravejou.

- E agora, a gente não vai conseguir quebrar isso sem você, Bonnie. - Stefan falou, cortando o assunto e pedindo auxílio.

- Eu sei. Eu vou destruir o círculo maior, e então tentar fazer uma abertura em cada um, vocês entram e tiram eles. Depois a gente tenta quebrar a ligação entre eles. Tem que ser rápido, eu não sei quanto tempo eu consigo quebrar essa barreira. - ela disse, sentindo a energia que envolvia o entorno do círculo. - Espera, o elo é o Klaus. - ela disse, assustada.

- Ok, assim que você abrir esse primeiro círculo, a gente entra. Katherine, você tenta puxar a Rebekah, que é mais leve, vocês – Adrienne aponta pros rapazes – escolham alguém, eu aguardo e tento tirar Niklaus dali.

Todos concordam e permanecem atentos. Bonnie dá outra má notícia. - Klaus não está apenas sobre feitiço, ele está empalado com um objeto místico, um punhal enfeitiçado com magia negra. Você não vai apenas tirá-lo dali, você precisa entrar no círculo, abrir o peito dele e tirar o objeto, e só assim eu consigo quebrar o elo. É isso que está mantendo todos eles desacordados.

- Por que você não dá as notícias de uma vez, bruxa?! - Damon diz, impaciente.

- Porque só agora eu entendi tudo que o sujeito me falou. Sentindo a magia aqui. - ela respondeu, cínica.

- Damon, ela está ajudando. Não perturba. - Stefan reclama.

Bonnie sente novamente a presença de Freya e volta a entoar feitiços que desconhece. Concentrada em quebrar a primeira barreira. Os demais observam o sal voando e uma brecha se forma.

Damon, Stefan, Daniel se preparam. Katherine recua, com medo. Adrienne olha pra ela, e acena, pedindo pra ter coragem. Bonnie consegue desfazer totalmente a barreira principal, ficando os pequenos círculos e uma névoa embaçada em torno deles.

Bonnie dá uma pausa. - Eu não vou conseguir quebrar todos ao mesmo tempo, vou precisar te canalizar. - ela fala pra Adrienne. Stefan se preocupa.

- Como ela vai conseguir fazer o que você disse se estiver fraca?

- Bonnie, e se você me canalizar também? - Daniel se oferece.

- Não acho que precise. Não vou sugar tanta energia dela, é só.. como se fosse uma âncora, mantendo um ponto de equilíbrio. - Ela olha pra Adrienne, buscando aceitação. Ela assente.

- Tudo bem, façamos. - Stefan segura sua mão, receoso.

- Baby... - ela olha pra ele, e o beija.

- Tá tudo bem, vai ser rápido, vamos. - Acena pra Bonnie que começa.

Estão todos posicionados, Bonnie se concentra em quebrar a barreira de Klaus primeiro, pra que Adrienne consiga tirar o punhal de dentro dele. Uma brecha começa a se abrir, e Adrienne se espreme, tentando passar, mas o espaço é insuficiente. Bonnie se esforça mais um pouco, Adrienne sente, mas continua.

Stefan percebe e não consegue conter a preocupação. A brecha ficar maior, Adrienne entra.

- Niklaus está alucinando! - ela diz. A névoa embaçada permanece, eles mal enxergam dentro dos círculos.

Bonnie consegue abrir brechas em casa círculo adicional enquanto Adrienne tenta acordar Klaus.

- Ele parece acordado. - ela volta a falar.

- Ele está em transe. Você precisa abrir o peito dele! - Bonnie responde, conseguindo abrir mais os círculos. Todos entram e conseguem tirar cada um de dentro do círculo, puxando-os pra fora.

Adrienne tenta segurar Klaus, que se debate e se move estranhamente. Ela acaba subindo em cima dele, o imobilizando com as pernas, enfia a mão no peito dele, que se levanta e a morde. Ela grita, Stefan corre pra cima, o círculo se fecha.

Ele olha pra Bonnie, desesperado. - Se eu continuar, ela vai ficar mais fraca. - ela responde.

- Bonnie, por favor, ele pode machucá-la mais. - ele pede.

- Me canaliza, muda pra mim. - Daniel pede, aflito também.

- Eu não tenho como desfazer meu elo com ela agora, mas posso fortalecer contigo. - Bonnie pega a mão dele e volta a entoar o feitiço tentando manter o círculo aberto.

Adrienne luta pra desvencilhar da mordida, empurrando a cabeça dele, e consegue enfiar a mão dentro do peito alcançando o punhal e puxa a peça, ao mesmo tempo que sente a mão de Klaus invadir seu peito arrancando seu coração, no mesmo momento que Bonnie consegue quebrar o feitiço que fecha a barreira.

Mesmo sem forças, Adrienne tenta segurar a mão dele, e não consegue. Ouve o grito abafado de Stefan, que a apoia pra não cair, e segura a mão de Klaus, como se pra evitar que ele retire o órgão de fora do corpo dela.

Ela fica parada alguns segundos, olhando pro próprio peito aberto e um coração batendo quase fora dele, tentando entender, como se visse sua vida passando na sua frente, ela levanta a cabeça e sua última visão é o olhar aterrorizado de Klaus. Ela sente suas forças esvaindo e seu corpo desfalecendo, ouve uma voz ao longe, falando seu nome, e suspira. - Nik. - caindo em seguida nos braços de Stefan.

- Addy, amor, por favor, não morre! - Klaus acorda no susto, e mantém sua mão dentro do peito de Adrienne bombeando o coração arrancado, no corpo inerte dela.

Bonnie se enfraquece ao mesmo tempo e cai desmaiando, Daniel a segura, Damon se aproxima assustado. Todos acordam, tentando entender o que aconteceu.

Katherine se aproxima da cena, esperando que não seja verdade o que viu, contendo as lágrimas. Stefan segura Adrienne nos braços e Klaus se debruça por cima dela, ainda com a mão dentro do seu peito. Rebekah se aproxima.

- O que aconteceu aqui? - ela olha e tira as próprias conclusões sem obter nenhuma resposta. Elijah e Kol também chegam perto, perturbados. Marcel também levanta, atônito, sem nem saber quem são as pessoas em volta.

- Por que ela não acorda? - Klaus grita, olhando pra Rebekah. - Ela não está morta. Eu sei que não!

Rebekah olha, aflita, e se aproxima, tentando entender. Kol nota Bonnie desmaiada.

- Elas estão ligadas? - ele pergunta. Stefan responde que sim, ainda contendo as lágrimas que insistem em cair.

- A gente precisa ir embora daqui. - Damon pega Bonnie no colo, e diz. - Não sabemos quanto tempo essas barreiras vão ficar caídas.

- Eu não vou a lugar nenhum antes dela acordar. - Klaus grita, novamente, tirando Adrienne dos braços de Stefan e puxando-a pro seu colo. - Por que isso não está cicatrizando? Kol, Rebekah?

- Eu não sei, Nik. Pode ter algo a ver com a bruxa. Vamos, é melhor. - Rebekah tenta ser ponderada.

Kol vai até Damon e verifica a pulsação de Bonnie, com uma cara preocupada.

- Precisamos ir logo. - ele diz.

Damon segue na frente com Bonnie no colo, Klaus se levanta segurando Adrienne, apesar da tentativa de Stefan em levá-la. Katherine segura sua mão, tentando confortá-lo. Stefan olha pra ela, nervoso e furioso, mas não briga. Klaus é mais forte, mesmo estando fraco.

Daniel e Damon indicam o caminho e todos seguem para os carros.

- Não cabe todo mundo. - Daniel observa, quando faz a contagem.

- Vai caber, você dirige, Bonnie vai no meu colo. Elija, Kol e Rebekah, vem com a gente. Os demais, com Stefan. - ele olha pra Stefan, perturbado – irmão, você consegue dirigir?

Stefan balança a cabeça que sim, ainda atônito. Marcel se oferece pra levar o carro. Daniel entrega as bolsas de sangue, Klaus recusa, querendo ir embora logo.

- Vocês demoram demais, vamos logo com isso! - ele diz, impaciente.

Assim que chegam, Damon leva Bonnie pro quarto dela e questiona Kol, que responde que se estão ligadas, há algo errado com uma das duas, por isso nenhuma acordou.

- Desconfio que Addy. - ele diz, baixo. Damon arregala os olhos.

- Você acha?

- É estranho, a ferida não cicatriza, mas ela se mantém corada. Não sei se isso pode ser por conta da ligação, mas também se estivesse morta, Bonnie já teria acordado.

Do outro lado, Stefan indica o quarto e Klaus entra, colocando Adrienne deitada. A ferida no peito permanece aberta e o coração, apesar de fraco, bate. Quando Klaus finalmente se afasta, Stefan nota que ela está mais ferida.

- Você mordeu ela! - ele diz, se aproximando e movendo Adrienne na cama. - É por isso que ela não cura, nem acorda.

Duas mordidas do lado direito, onde ele se debruçou, e por isso Stefan não tinha visto. Ele olha com ódio pra Klaus que o encara confuso.

- Quando eu fiz isso? Eu não fiz isso!

- Ela estava tentando te salvar e você atacou ela, anda, dá seu sangue pra ela. Só pode ser isso! - Stefan grita.

Klaus abre o punho e coloca na boca de Adrienne. Ela não esboça reação, então, Stefan mexe a cabeça dela, pro sangue escorrer direto pela garganta. Alguns segundos, ambos notam que a mandíbula mexe, involuntariamente, sugando o sangue de Klaus e as feridas, inclusive do peito, começam a cicatrizar.

Eles sorriem pra si. Os outros estão na porta observando. Katherine chora, nervosa. Elijah a conforta, com a mão em seu ombro, mesmo sem saber quem é, ainda por causa do feitiço de ocultação. Klaus e Stefan percebem os batimentos dela aumentarem. A pele fica mais corada, a respiração mais forte. Adrienne levanta buscando o ar que lhe faltava no peito.

Klaus e Stefan estão um de cada lado, a encarando, Stefan um pouco mais atrás. Ela olha primeiro pra direita e avista Klaus.

- Nik, você tá bem. - e sorri. Ele se aproxima e a abraça, feliz.

- Você também, amor.

Stefan sente o coração se partir, apesar de feliz por ela estar bem, ele se sente preterido quando a vê nos braços de Klaus. Ela se afasta.

- Stefan! Onde está Stefan? - Ela ameaça se levantar, ele se move.

- Aqui. - ele diz, quase sussurrando.

Adrienne praticamente pula no pescoço dele. Ele a abraça.

- Eu te amo, eu te amo tanto. Achei que nunca mais ia te ver. Eu ouvi você me chamando, eu tentei segurar a mão dele, mas eu tava muito fraca... eu deveria ter te escutado...

- Shiiiu, calma. Tá tudo bem agora. - Ele tenta controlar o ânimo e a abraça, passando a mão pelos cabelos dela. - Tá tudo bem, agora.

Ela se afasta ligeiramente, olhando pra ele, as lágrimas escorrendo dos olhos de ambos. Adrienne leva a mão ao rosto de Stefan, secando.

- Eu tive tanto medo de não poder te dizer isso. - ela fala, entre soluços. - Eu achava que não precisava, que os gestos... Mas, eu achei que ia morrer e não teria dito e...

- Hey, calma, agora você tá aqui. - Ele segura o rosto dela entre as mãos, secando as lágrimas que ainda escorrem – Tá tudo bem agora, tá?! - Ela confirma com a cabeça e ele toma coragem. - Eu também te amo, muito. E tá tudo bem agora.

Stefan a beija, contente. Não só por ela estar viva, mas por ele saber que o que sente é correspondido e seu medo totalmente infundado. Sentiu um alívio tão grande ao ouvir tais palavras que até o receio de como Klaus possa reagir foi apagado.

Klaus, por sua vez, não gostou de ver a cena, mas também não disse nada. Guardou a raiva pra si, e se afastou, saindo do quarto pra se alimentar, finalmente.

- Será que tem espaço nessa cama pra um abraço coletivo? - Rebekah fala, assim que o irmão sai do quarto.

Adrienne e Stefan se separam, sorrindo, e ela abre os braços, chamando Katherine e Rebekah, que sobem na cama pra abraçá-la.