Um garoto acorda em meio à ruinas de uma antiga cidade, sem saber onde está. Os pilares quebrados e edifícios arruinados o intrigam, mas seu coração bate calmamente. “Onde estou?”, ele indaga, levantando-se e olhando em círculos para os arredores.
Ele tenta lembrar de algo, mas nada lhe vem a mente além de uma vaga memória. Grandes círculos luminosos e coloridos flutuando na escuridão, e uma voz familiar são as únicas coisas que estão nítidas em sua cabeça.
“Nie Li, procure por esse homem!”, a voz lhe repete. Ele franze o cenho, achando aquilo perturbador e leva a mão até a testa. Seu braço para no meio do caminho. O rapaz olha para os dedos e vê um anel estranho em seu indicador. O objeto é preto, com um brilho púrpura.
Ele olha para seus braços e para baixo, notando estar vestido com uma roupa de manga longa e calças compridas. Mas elas parecem estranhas na sua concepção. Ele toca nelas, sentindo a solidez do material, que ,no entanto, é leve. “Oh, uma armadura”, ele conclui.
Subitamente, as informações surgem em sua mente. “Um item Black-Gold Rank, feito das escamas de um Dragão Negro, com ele, nada inferior a esse rank é capaz de me ferir”.
O garoto para por alguns segundos, com uma expressão estranha no rosto “Como eu sei disso?”, ele fica surpreso, tentando puxar mais informações de sua mente.
Ele olha de volta para o anel, tocando nele com a outra mão. Ele estica a mão para longe dele, enxergando o espaço dentro do objeto. “Mas que merda é essa?!”, ele grita.
Por um instante ele se questionou o motivo da informação não ter vindo para a sua mente como da outra vez. “É um anel interespacial, ele altera o espaço e pode guardar itens bem maiores dentro de seu bolso espacial”, ele pensa. No entanto, ele não reconhece o objeto, apenas as suas características básicas, os detalhes ainda são um mistério para ele.
Antes de prosseguir com a inspeção, o pensamento de que ele está perdido e com amnesia ficam lúcidos em sua mente, mas ele sabe que nada pode fazer por enquanto. A sua inteligência é boa, e embora não se recorde de quase nada, ele já começava a traçar planos sobre o que fazer para sair dali. Seu objetivo era encontrar o tal Nie Li, pois era o único nome em sua mente, mas o quê da questão era por onde começar.
Ele olhou minunciosamente o anel. Estava repleto de baús postos em um semicírculo, e um deles aberto, o restante com fechaduras sem lugar para chaves. Haviam de cores dourada, dourada com preto, verde, vermelho, azul, ciano e um último roxo. A curiosidade lhe bateu. O único aberto era o dourado.
Ele olhou dentro dele, tirando lá de dentro um espelho e um pedaço de papel.
Primeiro, ele se olhou no espelho, encarando seus olhos escuros, negros como a noite e seu cabelo roxo, que lhe caia sobre os ombros e cobria o pescoço, passando dos olhos, além de sua pele bronzeada. Ele piscou algumas vezes, mostrando os dentes e analisando cada detalhe de seu rosto, seu nariz delgado, a boca fina, mas nada que lhe lembrasse algo, como uma cicatriz.
Depois, ele pegou a folha de papel.
“Primeiro capítulo [Técnica de cultivação dos Dois Caminhos Primordiais]: O Primeiro Caminho liga a todos. O espaço não tem um caminho. O espaço só pode ocupar a inexistência. Criar, destruir e transformar.”, ele leu em voz alta.
A folha adejou no ar, emitindo um brilho intenso de cor púrpura. Um buraco se abriu no ar, distorcendo as proximidades para dentro dele, e a folha sumiu no vórtex.
O garoto sentiu seu Reino da Alma se agitar, começando a aumentar a sua força da alma. As palavras do primeiro capítulo estavam gravadas em sua mente, e uma série de memórias surgiram, assim como uma grande energia espiritual. Compreendendo-as, o garoto sentou no chão, ele não sabia muita coisa, mas entendia que tinha de começar a cultivar, só assim conseguiria atingir as suas perdidas memórias e ficar mais forte para enfrentar as bestas que contaminavam esse mundo.
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