O rapaz levanta-se com dificuldades, com os braços e pernas trêmulos e a face pálida. Um golpe poderoso enquanto a sua guarda estava baixa. Por pouco não havia sido fatal. Ele se erguia, meio torto e cambaleando.
“Q-Quem são vocês?”, perguntava com a voz falha.
As duas sombras se revelavam. Um humanoide forte e musculoso, com uma plumagem marrom nos braços. Seus olhos são afiados como os de uma águia, amarelos e sádicos. Vestia um capuz com um grande bico, de um casaco cheio de penas. Ao seu lado, algo que se parece uma mistura de homem e macaco, maior que o outro, assim como mais musculoso, com uma grande cauda que se mexe repetitivamente da esquerda para a direita.
“Sin Ghao”, um respondia, com alguma educação. “Tsk, para quê falar os nossos nomes para um humano desprezível?”, seus olhos amarelos ficam ainda mais afiados, aproximando-se dele.
“No fim das contas, ele não era lá essas coisas, o que faremos com ele? Podemos escravizá-lo, comê-lo ou nos divertir um pouco com ele... guhk, guhk, guhk”, o guerreiro águia se aproximava. “Não seja tão vil, irmão Lhiai”, o macaco disse.
Eles chegam mais perto. “Não se aproximem!”, o Espiritualista disse. Há pouco vislumbrou além do portão que o levaria ao rank lendário. Mesmo assim, a sua força bruta podia-se comparar a um espiritualista deste nível. Ademais, ainda havia o Jihan!
“Eu preciso ganhar tempo...”, ele pensou. As feridas internas haviam sido grandes, mesmo a sua armadura de Rank Ouro Negro não havia sido capaz de deter aquele poderoso golpe.
A terra começou a tremer, as ruínas que estavam quase cedendo finalmente o fizeram. O chão abalou-se o suficiente para desequilibrar os três. Os pilares foram caindo, criando uma nuvem de poeira e destroços que obstruíam a visão. Nesse tempo, o rapaz correu para dentro das ruínas, pulando em um buraco escuro.
“Para onde ele foi?!”, Lhiai vociferou, abrindo suas asas e voando e tentando localizá-lo. “Eu não consigo senti-lo!”, reclamava, indo em direção ao irmão. “Não fique ai parado, não podemos deixar nossa presa fugir! Você ainda sentiu aquela força espiritual? Não vinha dele, mas de algo!”, ele está nervoso.
Lhiai continua a falar, até que percebe o olhar vago do irmão. Ele encara o horizonte com uma expressão vaga, até que se dá o luxo de acompanhá-lo em sua visão. “Não pode ser”. Ele sacude o irmão. “Temos que dar o fora daqui, agora! Deixaremos a caça para depois! Rápido!”, ele segura Sin Ghao com as garras, crescendo em uma figura monstruosa de vinte metros e alçando voo.
No horizonte, uma colossal tempestade de areia vinha em suas direções, com uma sombra gigantesca e um rugido mais que assustador.
“ROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR!”
Ele havia despertado.
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