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História Talvez sim, talvez não. Talvez amor. - A verdade.


Escrita por: IngridBarbosaS

Notas do Autor


É isso pessoas.
Esse é o ultimo Cap dessa noite. completando a mini maratona de 3 caps.
Vejo vocês na semana que vem (domingo ou quarta)
Desculpem qualquer erro.
Boa leituraaa ♥
Deixem seus comentários e faça uma criança (eu) feliz haha.
Boa noitee ♥
Twitter: @Caminah_Gostosa

Capítulo 39 - A verdade.


Pov Camila.

Passou-se uma semana desde minha conversa com Lauren. Hoje é dia 26 de maio, segunda feira. Dinah e eu temos prova. Estudamos feitas loucas. Ally também entrou em semana de provas, o que significa que não estávamos nos vendo muito. Mesmo morando na mesma casa. Em semana de provas eu e Dinah nos trancávamos na biblioteca para estudar e Ally não saia do seu quarto.

Lauren e eu estamos bem. Ela está realmente arrependida e está um poço de carinho e respeito. Normani e ela andam se estranhando, mas ela me disse que não era nada demais. 

Veronica e Lauren entram em semanas de provas na semana seguinte, mas elas não estão ligando muito para isso, sempre que vou lá elas estão jogando vídeo game com Troy. Falando nele, a baixinha e ele estão quase voltando, só falta o comunicado oficial na verdade. Normani e Dinah não se viram muito essa semana por conta das provas, a negra está surtando, assim como a namorada.

A loira entra em seu carro e eu sento no banco do carona. Estamos indo em direção à faculdade. Ela dirige enquanto eu leio algumas perguntas e a mesma responde.

–CHEGA – ela grita me assustando. – Eu não aguento mais. Meu cérebro parece que vai entrar em curto. – ela disse e eu ri fechando o caderno.                     

– Acho que estamos preparadas. – eu disse confiante.                                                   

– Claro que estamos.  Crescemos ouvindo nossos pais falarem sobre isso. Nós respiramos medicina, fomos alimentadas por medicina garota. – disse brincalhona e eu ri.

Era realmente verdade. Desde que me entendo por gente ouço meu pai e a mãe dela falar sobre isso nas reuniões de família. Talvez seja por isso que eu tenha me apaixonado por medicina.

Entramos na sala e Lucy veio ao nosso encontro. Ela sentou-se, atrás dela eu me sentei e então Dinah atrás de mim. Pouco tempo depois o professor entrou e começou a entregar as provas.

A prova era toda manuscrita, e no geral estava fácil. Quando terminei de fazer, levantei o braço para indicar que havia acabado. Virei a prova sobre a mesa e sai da sala, encontrando Dinah lá fora.

Senti meu celular vibrar e vi que era uma mensagem de Normani.

Mensagem On

“”Mani [Maio/2009]: precisamos conversar”

Era o que estava escrito. Eu ri e mostrei para Dinah que me olhou confusa.

“Eu [Maio/2009]: essa mensagem não era para Dinah não? *risos*

“Mani [Maio/2009]: Não. *risos* Ainda não. Podemos conversar hoje?”

 “Eu [Maio/2009]: claro (: estou saindo da faculdade agora.”

“Mani [Maio/2009]: Certo. Te encontro no seu apartamento.”

Mensagem of

Fiquei confusa mas decidi esperar para ver o que ela queria.  Quando chegamos no carro, Lucy veio correndo em nossa direção.

– Como foram? – questionou e eu ri dando de ombros.                                                

– Estava Fácil – eu respondi e ela me olhou desconfiada.                                              

– Nossos pais são médicos, então... é, estava fácil. Crescemos lendo livros de medicina – Dinah disse divertida e Lucy riu.  – Vamos lá para casa? – chamou e ela concordou entrando no carro.

Fomos para o apartamento conversando sobre a prova. Quando descemos do carro, vimos o de Normani estacionado em frente ao prédio e ela parada mexendo no celular.

– Hey amor – Dinah disse e roubou-lhe um selinho.                                                     

– Você está bonita – Normani disse e eu vi as bochechas da minha melhor amiga ganhar uma coloração vermelha. – Como foi a prova? – questionou ainda abraçada a ela.                                                                                                    

– Moleza – Dinah disse. – até Camila achou isso. – disse me zoando e eu levantei o dedo do meio para ela.                                                                                 

– Eu sou inteligente ok? – disse e ela revirou os olhos. – se me lembro bem, você quem colava de mim na escola. – eu disse e Normani riu concordando.        

– Verdade amor. Camila é um pequeno gênio. – disse                                                 

– OBRIGADA – eu disse e Lucy riu.                                                                                

– Vocês cresceram estudando medicina. Obvio que foram bem – disse encerrando o assunto antes que a namorada protestasse.                                           

– Vocês são sempre assim? – Lucy questionou referindo-se a mim e Dinah, eu dei de ombros.                                                                                                               

– Até quando estão dormindo – Normani respondeu e mordeu a bochecha da namorada. – Mas se amam mais que tudo – disse e Dinah revirou os olhos.               

– Não amo não. – ela disse e eu ri me aproximando.                                                    

– Ama sim – eu disse – Você sabe que ama.                                                                   

– Ok, talvez eu ame. – disse e eu ri. –Mas então, Moni. O que está fazendo aqui? Achei que tinha faculdade na parte da tarde. – se dirigiu a namorada que colocou as mãos no bolso do casaco.                                                                              

– Preciso falar com a Camila – ela disse e me olhou de forma estranha. – e minha aula foi cancelada.                                                                                                

– É algo serio? – Dinah questionou. – Você parece séria. – disse cerrando os olhos para a namorada. – O que aconteceu?                                                               

– Nada, vida. Eu só preciso dela para me ajudar com algo, nada demais. – disse e forçou um sorriso. Dinah cerrou os olhos em sua direção, sabia que tinha algo errado, mas decidiu deixar passar.                                                                                                                       

– Vamos subir então?  – Chamei – estou com fome – disse e comecei a caminhar em direção ao elevador.                                                                                         

– Novidade – Normani e Dinah exclamaram juntas me fazendo revirar os olhos e Lucy rir.             

Quando o elevador parou eu corri para dentro e peguei um pacote de salgadinho no armário, quando eu estava indo em direção a sala para me jogar no sofá, a loira pegou o pacote das minhas mãos.

–EEEI– olhei indignada.                                                                                                     

– Vai deixar sua melhor amiga morrer de fome? – questionou me fazendo revirar os olhos.  –você podia fazer alguma coisa para a gente comer. – pediu manhosa  e eu respirei fundo.                                                                                                 

– Sério, Dinah? – questionei.                                                                                         

– Ally não está aqui, Eu não sei cozinhar nada além de algo para sobreviver e faz tempo que você não cozinha. Você podia fazer algo. – ela disse e eu respirei fundo.

Eu odeio ter que cozinhar. Mentira, eu gosto de cozinhar, só que eu estou com fome e com preguiça.

–Ok, só porque Lucy está aqui – eu disse e caminhei em direção à cozinha com Normani me seguindo.

Decidi preparar hambúrgueres caseiros, simplesmente porque era mais rápido e pratico e eu estava com fome. Comecei a preparar tudo e Normani me observava.

–Não sabia que você sabia cozinhar – ela disse depois de alguns minutos.               

– Eu gosto, mas essa função fica para Ally já que é a paixão dela. Quando eu morava em Miami, minha mãe não tinha muito tempo e meu pai menos ainda. Então ficava Sofia e eu em casa, por isso eu cozinhava quase sempre. Principalmente porque sua namorada preguiçosa vivia indo para lá com a irmã passar à tarde ou a semana. Ela odiava cozinhar – eu disse alto a ultima parte para que Dinah escutasse.           

– Oh... Mas sempre que eu ia á sua casa sua mãe estava presente. – ela disse confusa.                                                                                                                          

– Sim, no ultimo ano ela se tornou mais presente, pois começou a trabalhar no escritório em casa. Ia à empresa somente quando era extremamente necessário. Ela é arquiteta e dona da metade da empresa, então... – eu disse enquanto virava a carne na churrasqueira elétrica.                                                       

– Quando eu conheci você e Dinah, eu nunca pensei que fossem ricas. – ela disse pensativa e eu ri.                                                                                                            

 – Não sou rica. – eu disse e ela revirou os olhos. – Nós só temos uma boa condição, assim como você, Lauren e as outras.                                                          

 – Ok, certo. Vocês têm melhores condições que eu e as outras. Talvez não mais que verônica, mas... – disse rindo – Só estou dizendo que você não é do tipo que esbanja grana e tudo mais, e não é esnobe. – disse e eu a olhei.                                                                                                 

– Ally sempre veio de família com condições boas. Dinah e eu não. Meu pai e o pai dela eram amigos desde a escola, minha mãe engravidou cedo, assim como a mãe dela. Dinah e eu temos poucos meses de diferença. As coisas eram difíceis no começo, até minha mãe conseguir uma promoção no emprego e meu pai começar a ser reconhecido como médico, as coisas eram... Complicadas. Os pais dela também passaram por momentos difíceis, mas então as coisas começaram a mudar. E tendo condições, nossos pais nunca nos negaram nada, mas nunca deixaram de mostrar que tudo foi com esforço e de nos lembrar de onde viemos e que devemos lutar por nossas conquistas, então... – eu disse e ela me olhava orgulhosa.                                                            

– Que bom que eles fizeram – ela disse e eu sorri voltando minha atenção para os hambúrgueres.                                                                                                            

– É – eu disse orgulhosa da criação que meus pais me deram. – Mani – eu chamei depois de um tempo em silencio. – Você pretende contar... Digo, a sua mãe sobre vocês? – questiono e ela me olha por um tempo antes de desviar o olhar.                                                                                                                              

– Pretendo um dia. As coisas com minha mãe são mais... Complicadas. Mas pretendo contar assim que eu me estabilizar por conta própria sabe? – disse e eu assenti. – Caso ela não aceite, eu não preciso do dinheiro dela para nada. – ela disse e eu sorri.                                                                                                        

– Eu entendo você – sorri – mas acredito que ela aceite isso numa boa. Quero dizer, o que todo pai quer é a felicidade dos filhos, não? – eu disse e ela ficou em silencio.

Depois de algum tempo assim, eu comecei a fritar batatas fritas e me lembrei de que ela queria conversar comigo.

– é... Você queria conversar comigo, certo? – questionei e ela assentiu. – Algo me diz que não tem a ver com minhas condições financeiras – eu disse e ela riu negando com a cabeça.

– É... Não tem. – concordou.                                                                                           

 – Então... – eu disse deixando a frase morrer no ar.                                                    

– Quando você terminar, e encher sua barriga nós conversamos. Temos o dia todo para isso.  – Disse e eu a olhei de forma séria.                                                                     

– Odeio ficar curiosa – resmunguei e a ouvi rir.

Quando terminei tudo, mandei Dinah colocar a mesa, que mesmo reclamando o fez. Sentamos e comemos em meio a conversas descontraídas sobre a faculdade. Eu estava no meu terceiro hambúrguer.

– Pra onde vai tudo isso? – Lucy perguntou espantada enquanto eu mordia o hambúrguer e colocava batata frita na boca.                                                              

– me pergunto isso sempre – Normani disse divertida.                                              

– Vai para a bunda – Dinah respondeu risonha e eu revirei os olhos. – Não fique espantada Lucy, ela consegue comer uma caixa de pizza inteira e ainda roubar metade da sua – disse e a namorada riu.                                                                   

– É verdade. – concordou.                                                                                           

– Jesus! – Lucy exclamou.                                                                                              

– Não Lu, é só a Mila mesmo – a loira disse em tom divertido e voltou a comer.

Quando terminamos de comer, Normani começou a tirar a mesa junto com Lucy.

–Nós somos visitas sabia? – Normani questionou enquanto levava os pratos para a cozinha. – vocês deveriam nos dizer para deixar que vocês façam quando nos oferecemos para ajudar.                                                                              

– Por que eu faria isso? – questionei divertida. – eu ia deixar tudo ai em cima, até Dinah ou Ally se tocarem, mas vocês se ofereceram então...                                      

– E vocês não são mais visitas. – Dinah disse                                                               

– Vou me lembrar de não oferecer ajuda da próxima vez. – Lucy gritou da cozinha me fazendo rir.

Quando elas terminaram de arrumarem a cozinha e a mesa do almoço, Lucy e Dinah decidiram revisar matéria na biblioteca, mas eu sabia que elas só queriam dar privacidade para que eu e Normani conversássemos. A garota negra decidiu que seria melhor ir para o meu quarto, porque não corria risco de ninguém ouvir e então nós fizemos.

Eu sentei na cama com o travesseiro no colo e as costas encostada na cabeceira. Normani sentou na beirada da cama de forma seria.

– Mani – chamei. – Senta aqui – Bati no espaço ao meu lado e ela sorriu se aproximando. – Bem melhor – sorri                                                                                     

–É – Ela concorda e abaixa a cabeça.                                                                            

– Mani – Chamei calma e ela me olhou. – Vamos fazer assim, você fala de uma vez e os estragos a gente conserta depois. Pode ser? – questionei e ela me olhou confusa. – Sem medir as palavras. Você fala e depois a gente lida com as consequências.  – falei e ela assentiu.

Passou algum tempo em silencio.

– Você está me preocupando  –  eu brinquei e ela sorriu fraco.                                     

– O quão você ama a Laur? – ela questionou e eu a olhei surpresa.                             

– Bastante – respondi e sorri.                                                                                        

– Sim, mas... o que eu quero saber é, até onde você perdoaria ela? – questionou e eu parei para pensar.                                                                                

– Mani, eu a perdoei por aquilo, se é isso que te preocupa – eu respondi depois de um tempo em silencio.                                                                                                  

– Por que você acha que a Lauren se tornou tão ciumenta com você? – questionou mudando um pouco o assunto.                                                                 

– Eu não sei. Talvez porque agora a gente não tem mais tanto tempo juntas quanto tínhamos em Miami e ela se sente insegura, ou não sei. Só ela pode responder isso – eu disse sincera.                                                                                

– Você a perdoaria se ela te traísse? – ela questionou e eu ri.                                     

– Eu perdoei uma agressão física, acho que traição seria o de menos né – eu disse em um tom divertido, porém ela não riu e meu sorriso foi sumindo aos poucos. – Por - Por que a pergunta, Normani? – questionei engolindo em seco e ela negou com a cabeça e olhou em meus olhos, ali eu tive minha resposta.   – Quando? – questionei já querendo chorar. – QUANDO, NORMANI? – eu aumentei o tom de voz e ela abaixou a cabeça.                                                               

– Faz algum tempo – respondeu baixo.                                                                       

– Quanto tempo? – questionei.                                                                                       

– Antes de ela vir para NY – respondeu e me olhou. Eu neguei com a cabeça não acreditando naquilo.                                                                                               

– Com quem? – questionei quase sem voz                                                                   

– Alexa. – disse baixo e eu senti a primeira lagrima escorrer de meus olhos e logo tratei de secar.                                                                                                       

– Por que você só me disse agora? Há quanto tempo você sabe? E por que ela não me contou? – questionei tudo de uma vez enquanto sentia lagrimas escorrendo de meus olhos.                                                                                                 

– Eu soube no dia da briga de vocês, por acaso. Eu falei para ela contar, senão eu contaria. Eu dei um prazo para ela, mas ela estava com medo de você não a perdoar, então... Eu contei, porque eu também gostaria de saber. – ela respondeu rápida e também tinha lagrimas nos olhos.  – Desculpa – pediu com a voz baixa.                                                                                                                 

  – Tudo bem – eu disse – Obrigada por me contar – disse e a abracei. Algumas lágrimas escaparam sem permissão.

 “Lauren me traiu” “Puta que pariu, é por isso que ...”

– Então é por isso que ela está tão ciumenta. É culpa. – Eu disse e ela assentiu. – Ela acha que eu faria o mesmo – eu pensei alto e ela ficou calada, parecia saber que eu estava conversando comigo mesma. –Não acredito que ela fez isso... merda – eu já chorava.

Ficamos um tempão em silencio enquanto eu digeria a nova informação.

“Dinah vai matar Lauren se souber” pensei e senti meus olhos arregalarem.

–Mani, Dinah não pode saber disso – eu disse quase em desespero. – Por favor, diz que não contou a ela.                                                                                         

–Não contei, mas achei que você contaria – ela disse confusa.                                  

– Se ela souber, ela vai ficar com ainda mais raiva de Lauren, e eu não quero isso... já é horrível elas não se falarem, isso ficaria ainda pior . – eu disse e comecei a chorar. – Não quero que minha melhor amiga odeie a mulher que eu amo.                                

Normani me olhava com um misto de incredulidade e surpresa                     

– Você não...                                                                                                                      

Eu neguei com a cabeça e comecei a chorar.

Claro que dói saber que fui traída pela mulher que eu amo, mas quem ama perdoa, certo?

Sim, Eu estou procurando um jeito de perdoar e se Dinah souber, ela vai ficar com raiva da Lauren e eu não quero isso. Porque isso tornaria tudo mais difícil...

“Meu Deus, quando me tornei tão masoquista e sem amor próprio? Lauren erra e mais uma vez eu estou tentando perdoar o que é imperdoável”

E essa foi a segunda vez que meu coração se partiu. 


Notas Finais


Não fiquem com raiva da Mila ok?
Isso trata-se um pouco de um relacionamento abusivo... onde uma pessoa sempre acaba procurando uma justificativa para as babaquices da outra pessoa. e sempre fica procurando um defeito em si mesma para justificar os atos da outra.
É um relacionamento tóxico onde juntas se machucam e separadas se machucam também.
Não vai ser sempre assim. É só uns altos e baixos. Afinal nem tudo são rosas.
Espero que tenham gostado.
Até semana que vem.
♥♥♥
Obrigada por acompanharem a historia.


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