1. Spirit Fanfics >
  2. Talvez sim, talvez não. Talvez amor. >
  3. Ela voltou! (Continuação)

História Talvez sim, talvez não. Talvez amor. - Ela voltou! (Continuação)


Escrita por: IngridBarbosaS

Notas do Autor


Oi pessoas. Voltei haha
O QUE ACHARAM DO CLIPE DE BAD THINGS? Eu estou viciada demais haha
A Camila estava maravilhosa nele. Foi um clipe bem diferente do que a maioria de nós imaginavamos, eu acho rs. Me surpreendeu mesmo. Estou apaixonada.
Porém até agora me pergunto, eles pularam ou foram presos? HAHA, Eis a questão.


Bom, espero que gostem desse Cap.
OBS: Desculpem não estar colocando fotos no cap. É que estou postando tão tarde e rápidinho para não deixar vocês na mão. Eu não tenho tido muito tempo esses dias. mas ai está o Cap. Espero que gostem e deixem seus comentários.


Eu reescrevi esse cap umas 15 vezes e ainda não fiquei completamente satisfeita.
Não está maravilhoso... maaaaas rs



Sigam la no tt @Loove_0nly

Capítulo 53 - Ela voltou! (Continuação)


– Esta tudo bem Cheechee, já faz anos. – A assegurei  –  E muita coisa aconteceu não é mesmo?  – perguntei sem esperar uma resposta

– De qualquer forma... Eu estou morta. Nem acredito que ainda temos que voltar ao hospital – Disse e eu respirei fundo.                                                                                

– Pensa que amanhã teremos folga – eu disse com falsa animação.

Levantei a mão e um garçom logo apareceu. Pedi um suco de laranja e uma fatia de bolo de banana. Dinah pediu apenas café puro.

Ela começou a falar sobre algo relacionado ao hospital, mas eu não conseguia me concentrar. Eu sentia como se estivesse sendo observada e grande parte de mim sabia quem estava me observando e meus instintos diziam para não olhar, mas falhei miseravelmente e me virei, encontrando os verdes mais intensos e lindos do universo me olhando.

Antigamente, quando ela me olhava, eu me sentia especial e única. Bastava um olhar para acalmar meus nervos ou agitar todos eles.

Verde no marrom.

Tempestade e calmaria.

Se antes aqueles olhos podiam me trazer paz, hoje, agitaram meu coração ao extremo.

Apenas não sei se foi de uma maneira boa ou ruim.

Hoje apenas me trouxe algumas lembranças boas e umas não tão boas. Lembranças da pessoa que eu costumava ser, lembranças de alguém que eu costumava amar. Lembranças de pessoas que se perderam com o tempo.

Não sei quanto tempo ficamos nessa troca de olhares, só sei que ela sorriu , e aquele sorriso que sempre foi meu preferido, me despertou e eu voltei a realidade me virando de volta para a minha melhor amiga que me olhava com uma expressão ilegível, eu suspirei e ela nada falou por um tempo. Concentrei-me no meu bolo, tentando fazer todas as sensações estranhas sumirem, tentando me lembrar de que se passaram quase sete anos.

– Está vindo para cá – Ouvi Dinah resmungando e a olhei sem entender. Quando eu estava prestes a perguntar, ouvi aquela voz rouca que eu tanto amei. Senti-me atordoada.

– Camila. – Disse e eu prendi a respiração e coloquei um sorriso educado no rosto e finalmente a olhei.                                                                                               

– Oi Lauren. – disse e ela sorriu, logo olhando para Dinah.                                             

– Dinah. – cumprimentou, mas minha melhor amiga apenas a olhou e voltou sua atenção para o celular. Bom, fingia concentração em algo lá, porque na verdade eu tenho certeza que ela estava concentrada em tudo o que estava acontecendo a sua volta.

– Como você está? – questionou educada.                                                                     

– Estou ótima, e você? – questionei me sentindo estranha.  – Soube que teve uma filha. – eu disse e ela sorriu largo, e seus olhos adquiriram um brilho ainda mais intenso e feliz.                                                                                                        

–Sim, Alana. – respondeu feliz e eu assenti. – Eu queria convers...                                

– CAMILA. – Foi interrompida por Troye que chegou jogando-se sobre mim. – DINAAAH – gritou a loira que riu.

Troye é um amigo que conheci quando ainda fazia fisioterapia, ele era voluntário na clinica sempre que tinha o tempo livre. E não, ele não é fisioterapeuta, ele apenas aparecia para incentivar as pessoas a não desistirem, e tentar alegrar um pouco o inferno que muitas vezes passamos.  Desde aquela época nunca mais perdemos contato, principalmente porque descobrimos que mesmo estava fazendo faculdade de medicina, está na área de pediatria junto com Lucy.

–Vocês estão aqui faz tempo? – questionou e Dinah assentiu.                                     

– Mais ou menos, já estamos voltando ao hospital na verdade. Só viemos comer alguma coisa. – disse e ele fez um biquinho.

Lauren olhava tudo meio perdida.

– Ah... Então, acho que já vou – ela disse baixo e Troye logo olhou para ela dando um gritinho.                                                                                                              

– Desculpe minha falta de educação. – disse e colocou a mão na cabeça de forma teatral o que a fez rir. – Troye. – esticou a mão e a mesma apertou.                     

– Lauren. – disse e ele arregalou os olhos e eu abaixei a cabeça pegando dinheiro na minha carteira.                                                                                          

– A famosa Lauren. – exclamou e eu tenho certeza que Lauren me olhou antes de responder.                                                                                                             

– Famosa? – disse, e eu pude identificar confusão em sua voz.

Coloquei algumas notas em cima da mesa para pagar minha conta e a de Dinah e me levantei, sendo acompanhada pela loira.

–Bom, tenho que voltar. – eu disse. – Tchau Lauren. Foi bom ver você – disse educada e ela sorriu. – Até já Troye. – disse e ele sorriu. Dinah se despediu do mesmo e me seguiu até a saída, ignorando completamente a existência de Lauren.

Narrador Pov.

– Eu me perguntava quando iria te conhecer – Troye disse para Lauren quando a mesma estava prestes a se afastar.  Ela parou e olhou-o. –é mais bonita que eu imaginava. – disse pensativo                                                                                      

– Me conhecer? – questionou confusa.                                                                                

– Sim. Camila falava bastante de você. – ele disse e a mesma sorriu. –Oh, não faça essa cara. – disse risonho.  – Ela ainda faz tratamento psicológico. –disse e Lauren estava completamente confusa.                                                                

– Acompanhamento psicológico? – questionou enquanto sentava-se de frente para o mesmo. – Acho que está confundindo. – ela disse divertida e ele ficou pensativo.                                                                                                                           

– Você terminou com ela por carta e foi embora. Certo? – perguntou e Lauren engoliu em seco, apenas assentindo. –E então não estou confundindo. – disse e pediu um copo de café com bolinhos de chuva.                                                         

– Há quanto tempo se conhecem? – ela questionou interessada.                                     

 – Uns seis ou sete anos. Conhecemo-nos quando ela estava fazendo fisioterapia. – ele disse distraído enquanto respondia á algumas mensagens no celular.                      

– Fisioterapia? – Lauren era a confusão em pessoa. Ela não fazia ideia do que o mesmo falava.                                                                                                            

– É... Você sabe. Depois do acidente de carro, ela teve que fazer fisioterapia, acompanhamento fonoaudiólogo e psicológico. – disse como se não fosse nada demais e Lauren sentiu a cabeça rodar.                                                                

– Acidente? Fisioterapia? – questionava em sussurro completamente confusa e o mesmo arregalou os olhos surpreso.                                                                          

– Você não sabe, não é? –  uma pergunta retorica – Ignora tudo o que eu falei. – disse rápido e se levantou assim que seu pedido chegou. – Foi um prazer te conhecer Lauren – disse simpático e a mesma retribuiu seu sorriso. Ou tentou. Ela estava atordoada.

Lauren pov.

“Camila sofreu um  acidente” eram as palavras que rodavam min há cabeça, sendo seguida por milhares de perguntas.

“Quando?” “Como?” “Por que eu não sabia disso?”

– Mommy – senti o corpinho de alana colidir com minhas pernas e tentei sorrir. Logo atrás dela entrava Veronica sorrindo em minha direção.                                      

– Eu juro que teria chegado mais cedo com ela, mas ela quis comer sorvete. – disse e eu olhei feio para ela.                                                                                         

– Veronica, são 8h da manhã. – repreendi e ela deu de ombros.                                  

– Nunca é muito cedo para tomar sorvete. – disse e eu revirei os olhos. – Quem é a melhor dinda do mundo? – questionou com voz infantil para Alana que sorriu e jogou-se no colo dela.

Alana mora comigo desde os 08 meses. Antes que se perguntem, não. A mãe dela e eu não temos um relacionamento, nem nunca tivemos. Em maio de 2013, eu estava em um bar depois da faculdade e conheci Ashley, bebemos juntas, e a ultima coisa que eu me lembro, é de acordar no apartamento dela, nua. Três semanas depois ela me procurou dizendo estar gravida. No inicio eu surtei, eu não sabia o que fazer. Com o tempo fui me apaixonando pela ideia de ser mãe e então dia 05 de Fevereiro de 2014 nasceu e coisa mais linda que eu já tinha visto.  Chamei verônica para ser a madrinha e ela logo aceitou. Normani ainda estava estranha comigo, como ainda está até hoje. Mas naquela época era bem mais. Digamos que depois de tudo o que houve, ela e eu somos colegas. Não nos tratamos mal, mas também não somos melhores amigas.

Quando Alana nasceu, ela foi junto com verônica conhecer a mesma, e posso dizer que ela baba por minha filha, assim como minha filha a ama. Espero um que um dia a gente possa voltar ao normal, enquanto isso não acontece, eu me contento com as coisas como estão.

Desde o dia em que eu fui embora, ninguém comentava comigo sobre Camila. Aliás, nos primeiros dois meses eu evitei mexer no celular porque a todo o momento eu tinha vontade de ligar para a mesma. Quando eu viajei naquele dia, eu estava incrivelmente mal. Deixar Camila foi a coisa mais difícil que já fiz em toda a minha vida, mas alguém tinha que colocar um ponto final naquele ciclo vicioso em que estávamos vivendo. Eu sei que fui errada, e que errei na forma como decidi fazer as coisas, mas eu não conseguiria fazer isso a olhando nos olhos, porque eu simplesmente desistiria. Ela pediria para eu não ir, e como sempre eu faria a vontade dela.

Eu seria egoísta em fazer a vontade dela, porque estávamos nos ferindo demais. Eu já não reconhecia mais a minha Camz, a garota por quem me apaixonei. Eu apenas via dor em seus olhos. Nos olhos intensos e expressivos que eu tanto amei, naquela época, não tinham mais brilho e eu era a culpada. Então sim, eu fui embora, mas sei que foi o melhor para nós duas. Se eu pudesse voltar atrás, eu teria feito diferente, mas eu não posso. Então apenas convivo com a culpa de ter sido covarde.

Eu fui para Miami naquele dia. Fiquei poucas semanas por lá antes de me mudar para Londres para começar a faculdade por lá. Eu voltaria para Miami em 2014. Porém Quando Alana nasceu, decidi ficar por lá mais tempo. Ashley, a outra mãe de minha filha, digamos que não queria ter uma filha naquele momento então ela passou a guarda para mim. Não que ela não ame Alana, porque ela ama, só não podia ser mãe. Não a mãe que ela gostaria de ser.

Ela cursava moda, não tinha condição financeira muito boa para criar uma criança, então achou melhor abrir mão disso. Mas sempre que pode ela conversa com Alana por chamada de vídeo e envia brinquedos ou então nos encontramos para que ela possa vê-la. Somos boas amigas. Quando Alexa fez dois anos, há dois meses, ela chegou de surpresa em Miami segurando um urso maior que Alexa e um bolo pequeno com apenas uma vela. Minha filha ficou imensamente feliz, mesmo que dois dias depois toda a felicidade transformou-se em lágrimas quando viu a mãe indo embora de novo.

Cheguei a NY tem quatro dias, verônica e eu estamos pensando em abrir uma empresa. Nossos pais investiram nisso, então, só estamos organizando as coisas.

–Lauren. – Veronica me chamou e apontou para Alana que tinha a boca suja de chocolate e fazia uma careta fofa, eu automaticamente peguei meu celular e tirei uma foto dela. – Nunca achei que você fosse ser tão babona quando mãe. – minha melhor amiga disse enquanto eu olhava a foto com um sorriso idiota no rosto. Apenas revirei os olhos e peguei meu suco, dando uma golada logo em seguida.                                                                                                  

– Ah, vero – chamei e ela fez um som nasal para que eu continuasse. – Eu encontrei Camila e Dinah hoje. – ela me olhou estranho.                                                           

– Como foi? – questionou e eu dei de ombros. – Ela te ignorou?                                

– Não, ela foi educada comigo. – Eu disse e ela assentiu. – Dinah me ignorou totalmente. – ela riu.                                                                                                        

– É a Dinah. Ela odeia você. – disse e eu ri um pouco.                                                  

– Jura? – fui irônica – Nem notei. Mas eu esperava que Camila também me ignorasse, sabe?                                                                                                             

– Camila pode ter mudado bastante nesses últimos anos, mas ela ainda tem a mesma essência. Só está mais crescida e fechada. Mas ainda é educada, Laur.                                                                                                                                  

– Eu conheci um amigo delas. Troye. – disse e ela soltou um risinho.                         

– Ele espalhou purpurina em você? – questionou e eu ri.                                               

– Idiota. – resmunguei. –Ele disse que Camila sofreu um acidente. – Ela arregalou os olhos e logo focou a atenção no celular. – Quando... Como foi isso, vero? E por que você não me disse? – questionei e ela apenas negou com a cabeça, sem me olhar.                                                                                                           

– Não acho que eu quem tenha que te contar sobre isso. – Ela disse e eu a encarei. – Ela pediu para que não te dissesse, eu respeitei a decisão dela. Se quiser saber sobre isso, deveria pergunta-la.                                                                  

– Você é minha amiga verônica. – eu disse.                                                                    

– Também sou amiga dela. – rebateu. – Você quer saber sobre isso. Apenas pergunte a ela. Se ela quiser, ela vai dizer. Não é assunto meu.                                     

– Quando foi? – questionei. – Ela fez fisioterapia, pelo que Troye disse então foi grave.                                                                                                                           

– Sim, foi grave. Ela ficou algumas semanas em coma. –respondeu e eu abri a boca para perguntar. – Não vou dizer mais nada, Lauren. Vocês terão que conversar alguma hora. – disse e sorriu para minha filha que a chamava.

Respirei fundo e decidi ignorar esse assunto por um tempo. Afinal, verônica realmente não me diria nada mais que isso.

Terminamos de tomar o café da manhã e fomos ao central Park para que Alana pudesse correr e brincar.

Narrador POV

Ally estava como uma louca na cozinha do restaurante onde trabalha como chef, o mesmo estava realmente cheio. A baixinha tinha planos de abrir seu próprio restaurante, porém ainda estava enrolada com algumas coisas.

Ela ama cozinhar, então não se importava com a loucura que o restaurante ficava, ela até gosta disso.

– Olha essa merda. – Resmungou apontando para o prato que o auxiliar segurava. – Você não vai servir isso! – disse séria e o menino engoliu em seco apenas assentindo e voltando para remontar o prato.

A porta dos fundos foi aberta e Corbin, o dono do restaurante entrou na cozinha. Sorriu simpático para todos, parando em frente a Allyson.

–Hey Ally – cumprimentou. – Está uma loucura aqui. – disse olhando em volta.

– O restaurante está cheio. – ela concordou olhando a correria na grande cozinha.                                                                                                                         

– Posso te pedir um favor? – pediu com um sorriso que ninguém seria capaz de negar nada. – sei que está muito ocupada, mas é importante.                                

– Fala logo Corbin. – pediu revirando os olhos.                                                             

– Normani vai ao meu apartamento hoje. Eu quero fazer algo legal para ela. – Disse e a baixinha sorriu.                                                                                               

 – Alguma preferencia? – questionou Ally                                                                        

 – Me surpreenda chef. – disse risonho.                                                                         

 – Corbin, sei que repito isso há um bom tempo, mas cuide bem da minha amiga. – Disse e ele fez sinal de continência.                                                                               

– Sempre. – disse e foi caminhando em direção à saída.                                               

– Vou pedir para Harry entregar lá. – gritou e voltou a atenção para seus afazeres.

Normani e Dinah terminaram em 2011, quando a garota negra sentiu que elas não estavam mais em sintonia como casal. Mal se beijavam ou se tocavam. Agiam como boas amigas, então ela propôs o término e Dinah concordou, pois sabia que era o melhor. Elas se amaram um dia. Não negam, e ainda se amam, só que como amigas.

Em umas das saídas das duas para uma balada em 2013, Normani acabou conhecendo Corbin. Ele é um cara alto, forte, sorriso lindo, cabelo cacheado. Dono do restaurante onde Ally trabalha. Em meado de 2014 ele a pediu em namoro e a mesma aceitou. Desde então estão juntos. Por incrível que pareça, todas as meninas gostam dele, inclusive Dinah. A loira e ele vivem conversando sobre esportes para cima e para baixo. Assim que Normani assumiu o namoro, a ex-namorada o ameaçou dizendo que cortaria o pênis dele caso ele magoasse a negra.  Até então ele nunca a fez chorar. Brigavam como todo casal, mas logo se resolviam.

Normani está trabalhando de auxiliar em um consultório de dentista.

Lucy e verônica estão juntas também. Desde 2013, quando a morena assumiu estar apaixonada pela garota, porém, só criou coragem para pedi-la em namoro oficialmente em 2014 e em 2015 pediu-a em casamento. Agora noivas, elas dividem um apartamento próximo ao central Park.

Camila, Dinah e Ally continuam morando juntas, só que agora Normani está morando lá também. A mesma tomou posse do quarto de hospedes. Ally e Troy terminaram de vez, bom, quase. Eles tiveram um momento há um mês, mas nada depois disso.

Pov Dinah

– eu preciso saber onde está meu filho. Por favor. – Ouvi uma voz desesperada enquanto eu revisava os prontuários.                                                                             

– Qual o nome dele, senhora? – questionei tentando passar calma.                             

– Will. Will Anderson. – Ela disse e eu suspirei aliviada por não ser nenhuma das pessoas que vieram a óbito.                                                                                              

– Seu filho está no quarto nesse momento senhora. Ele fez uma cirurgia de emergência, mas já está fora de perigo.                                                                        

– Posso vê-lo. Por favor? – pediu num sussurro e eu apenas assenti.                           

– Por aqui. – a guiei até o quarto.                                                                                   

– O efeito da anestesia não passou completamente, então ele está um pouco grogue. – Ela se aproximou da cama e abafou um soluço. Beijou a testa dele diversas vezes e sorriu brilhantemente para ele. Eu apenas sorri junto. – Vou deixa-los a sós. – disse e me retirei.

Entrei no elevador e antes que o mesmo fechasse, uma mão o impediu. Ofegante, Camila entrou no mesmo.

–Você está uma merda. – eu disse a olhando. Ela revirou os olhos.                             

– Eu estou na emergência, idiota. – Resmungou e eu ri. – Aliás, o seu amor está um saco hoje. Vocês não têm transado não? Se não, por favor, voltem a transar.                                                                                                                             

– Cala a boca. – eu disse. – E para o seu conhecimento, nós transamos ontem. 

– Então você fez algo errado, porque ele está realmente um saco hoje. Eu estou com vontade de socar a cara dele. – disse e então o elevador abriu e fomos caminhando até o refeitório. Camila parou em uma das maquinas e pegou um pacote de salgadinhos.

Jesse e eu namoramos há um ano. Eu o conheci quando ainda fazíamos estágio por conta da faculdade.  Ele estagiou junto comigo e Camila, embora tenha se formado em outra faculdade. A latina está irritada porque ele tem um jeito perfeccionista demais de lidar com as coisas, então emergência  e ele numa única frase, não é uma coisa que agrade a qualquer um.

Diferente de seu irmão, ele quer ser cirurgião geral, embora todos pensem que como seu gêmeo, ele deveria se especializar em cirurgia plástica.

–Merda. – Camila resmungou assim que nos sentamos. – Quantas horas faltam para sairmos daqui?                                                                                              

– Umas 4h ainda. – Resmunguei.

 Estamos em um plantão de 48h. São 3h e 20min da madrugada. Dizem que o melhor plantão para o pessoal de cirurgia é de madrugada, e eu tenho que concordar. Não estamos com sono, sinto adrenalina correr em minhas veias. Somente hoje, nas ultimas 6 horas, já teve três acidentes de carro. Gente caindo de telhados.

Camila está meio irritada porque foi a mesma quem atendeu dois dos três acidentes de carro, participou de uma das cirurgias e a cirurgia que ela participou o cara teve morte cerebral.

Acidentes de carro mexem bastante com o emocional dela. Principalmente quando entram em óbito.

Tem um cara em coma depois que bateu com o carro. Ela ficou um tempão olhando para o mesmo depois que saiu da cirurgia, acho que estava se lembrando de sua situação.

– Quando eu vejo todos esses acidentes, eu agradeço a Deus por me permitir viver. – ela disse distraída, olhando para o pacote de salgadinho em sua mão.

Fazia tempos que ela não comentava sobre o acidente, ela se tornou fechada sobre esse assunto depois dos primeiros 10 meses de fisioterapia. Era como se falar sobre isso a fizesse sentir desconfortável ou irritada. Eu sorri internamente quando ela comentou mesmo que superficialmente sobre isso.                                                                                                                              

– Eu também agradeço. – resmunguei de volta e ela sorriu para mim, levou a mão na cicatriz (agora coberta pelos longos cabelos castanhos) na lateral de sua cabeça. – Nem dá para ver mais. – eu disse acompanhando sua mão com o olhar.                                                                                                                               

– Eu sei. Acho que peguei a mania de passar a mão sobre ela pra ter certeza que está tudo bem ou que se não estiver, vai ficar, sabe? – disse e eu assenti.                   

– Sabe o que eu sinto falta? Praia. – disse e ela riu. – Devíamos ir á praia em algum final de semana. – eu disse e ela riu.                                                                       

– Faz 05 anos que não vou á praia e 06 que não tiro a camisa em publico. – disse e eu revirei os olhos.                                                                                                 

– Porque você é idiota. – resmunguei.                                                                            

 – Claro, não é seu tronco que tem cicatrizes. – disse.                                                         

– Isso significa que você sobreviveu. Não sei por que ter vergonha.                                   

– Não é você quem as pessoas ficam olhando.                                                       

– Como sabe que elas olham se nunca tirou a blusa em publico?                                     

– Por que Sofia, Ally e Regina ficam olhando sempre que eu estou de roupa intima. E você também. – acusou                                                                                                                               

– Obvio que eu olho. Eu as acho sexy. – disse divertida e ela riu, jogando um salgadinho sobre mim.                                                                                                     

– Idiota...                                                                                                                           

– Agora sério. Você acha mesmo que na praia, de biquíni, as pessoas vão olhar suas cicatrizes? Elas olharão para sua bunda, que não é nenhum pouco grande. – eu disse divertida e ela revirou os olhos. – Sério, até não sendo homem, eu olharia sua bunda num biquini minusculo. com certeza eu olharia...  na verdade,  Às vezes eu olho. É tão grande. – disse abrindo as duas mãos como se estivesse mostrando o tamanho. Comecei a divagar.                                       

– Dinah, chega de falar da minha bunda, eu sei que ela é linda e que você baba por ela, mas seu namorado está vindo para cá e não acho que ele queira ouvir você comentando sobre minha bunda com mais interesse que comenta sobre qualquer coisa. – ela disse rápido, e eu olhei para trás apenas para ver Jesse se aproximando.                                                                                                   

– Eu comento sobre sua bunda com ele.                                                                         

– O QUE? – ela falou alto demais.                                                                                 

– Oi meninas. – Jesse disse e me deu um selinho antes de sentar. – Sobre o que estão falando?                                                                                                            

– Nada.                                                                                                                               

– Bundas.

Eu e ela dissemos ao mesmo tempo. Ela me fuzilou com os olhos e bufou se encolhendo na cadeira. Jesse apenas riu e pegou um salgadinho dela.

Começamos uma conversa sobre nada importante, e ficamos algum tempo assim, até que tivemos que voltar ao trabalho.

Pov Camila.

O relógio marcava exatamente 07h e 20min quando Dinah e eu finalmente saímos do hospital. Eu estava realmente cansada. Entrei no banco do carona do carro da loira e encostei minha cabeça na janela fechando os olhos. Ficamos em completo silencio enquanto seguíamos para casa. Assim que chegamos, subimos em silencio. Estavam todos dormindo ou todos já haviam saído. Dinah e eu subimos as escadas nos arrastando, eu de olhos fechados querendo apenas tomar um banho e dormir o dia todo, mesmo sabendo que isso não aconteceria, porque com certeza alguém interromperia meu sono no meu dia de folga.

–Vou tomar um banho e dormir. Se não estiver morrendo, não me acorde. – Disse Dinah para mim que apenas assenti.                                                           

– Digo o mesmo. Se não estiver morrendo, ou não for para comer, não me chame. Pretendo dormir até no mínimo 14h. – disse e entrei no meu quarto fechando a porta atrás de mim.

Tirei meus tênis e os joguei num canto qualquer, minha calça branca e joguei no cesto de roupa suja, a blusa sem seguida tendo o mesmo destino. Prendi o cabelo em um coque frouxo e entrei no banheiro. Tomei um banho tão rápido quanto eu podia e sai do banheiro, coloquei uma calcinha, peguei meu celular na bolsa e me joguei na cama.

Quando eu estava quase dormindo, senti meu telefone vibrar debaixo do travesseiro e resmunguei frustrada. Deixei-o tocando na esperança de que desistissem, mas logo voltou a tocar novamente, bufei enquanto o pegava. Era um número desconhecido. O mesmo havia me ligado umas duas vezes enquanto eu estava atendendo á um paciente. Decidi atender.

Ligação on

–Quem é? – questionei assim que atendi.                                                                      

Camila? – questionou a pessoa do outro lado da linha.                                                

– É ela. Quem fala? – questionei um tanto quanto seca. – Olha, são 8h da manhã. Eu acabei de sair de um plantão de 48h e estou cansada. Então por favor...                                                                                                                              

– É a Lauren. Desculpa. Eu não fazia ideia que estava cansada. Eu posso...              

 – La-Lauren? – questionei surpresa e me sentei. – como... O que... Você...  Como conseguiu meu numero? – questionei num misto de curiosidade e surpresa.                                                                                                                                

 –Eu peguei no celular da Vero. Desculpe por isso. – disse um tanto envergonhada. – É que eu acho que precisamos conversar. – disse e eu senti meu coração errar uma batida e me praguejei por isso.

“Merda, Não. Não. Não”  pensei

– Não acho que temos o que conversar Lauren. – eu disse num tom calmo.             

Eu. Eu preciso falar com você. – disse e eu suspirei. – Por favor.                               

– Um tanto tarde, não? – questionei um tanto irônica e a ouvi suspirar. – Tudo bem. – acabei concordando, afinal, minha curiosidade para ouvir o que ela tinha a dizer era maior que qualquer coisa. – Desde que seja após as 16h. Não pretendo acordar antes disso. – informei e ela soltou uma pequena risada anasalada.                                                                                                                      

Podemos ir jantar... – sugeriu.                                                                                      

– Nada de jantar. Não mesmo – discordei.                                                                      

Qual o problema de jantar comigo? – questionou com falsa ofensa.                           

– Jantares são para pessoas intimas. Não somos intimas.                                                

Jantar de amigas. – disse e eu revirei os olhos                                                           

– Não somos amigas, Lauren.  – disse sem pensar.  Ou pensando. Vai saber. – Não somos amigas há alguns anos na verdade. – disse e a ouvi suspirar. Ficamos em silencio por um tempo. – Podemos ir ao parque no final da tarde. Caminhar enquanto você diz o que tem a dizer. – disse sem dar outra opção. – Se quiser, pode levar sua filha. Estou louca para conhecê-la. Vero fala bastante sobre ela.                                                                                                                        

 – Tudo bem. – concordou.                                                                                              

– vou desligar. Tenho que dormir. – disse                                                                        

Certo. Até mais Camila. Eu te ligo.                                                                               

– Certo. Tchau Lauren.

Ligação of

Merda. Eu realmente concordei em me encontrar com Lauren Jauregui?

“Dinah vai encher o meu saco com isso.” Pensei.

–Merda. – Praguejei enquanto me enrolava nas cobertas e fechava os olhos para finalmente poder dormir.

O cansaço era tanto que não me permitir pensar em mais nada então apenas adormeci. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. haha

Vejo vocês no domingo amores.

Deixem seus comentários. ♥
Beijoooos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...