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História Tancinha e Candinho - A Love Story - Prelúdio


Escrita por: MeuryEinn

Notas do Autor


Três anos depois da cena final de Êta Mundo Bom...

Capítulo 1 - Prelúdio


Fanfic / Fanfiction Tancinha e Candinho - A Love Story - Prelúdio

Candinho estava deprimido. Já fazia uma semana que tinha acabado de perder Filó. A jovem teve um fim trágico: atropelada por um bonde. Pancrácio já não sabia mais o que dizer para consolá-lo. Nem mesmo seu filho, Candinhozinho, que já tinha três anos de idade, o fazia sorrir.

Foi caminhar para espairecer e sentou-se na grama da fazenda D. Pedro II, que tinha sido o lugar onde ele e Filó viveram lindos momentos juntos. Deitou-se e ficou olhando o sol se pôr quando Mafalda chegou esbaforida.

- Candinho! Ô Candinho! Corre aqui que eu num tô achano o Policarrpo em lugar ninhum!

Candinho se levantou. Estava pálido.

- Cuméquié, Mafarrrda?

- O Policarrrpo. Sumiu! Eu fui dar de cumê a ele e rodei os quatro canto dessa fazenda, mas nem sinarrr dele!

Candinho, Mafalda e todos da fazenda saíram procurando Policarpo, gritando o nome dele, mas nada dele aparecer. Cunegundes foi a única que ficou, usou como desculpa que tinha que ficar cuidando do Quincão e do Candinhozinho, mas na verdade ela estava morrendo de preguiça.

À noite, Anastácia, Pancrácio, Pirulito e Maria foram à fazenda para visitar Candinho e souberam do acontecido.

- Eu penso que seria melhor darmos queixa à polícia.

- Cuncorrrdo, mãe. Amanhã mesmo nóis vai lá na cidade falar co delegado.

- Mas não tem nenhum lugar onde ele possa ter ido?

- Não, Maria, o Policarrpo só fica por aqui mesmo ca Rita Rrreyuórti, comendo grama e falando cumigo...

Pirulito chegou à sala correndo.

- Filho, você saiu e nem percebemos? Onde foi?

- Candinho, Candinho! Olha o que eu achei!

Pirulito entregou um papel a Candinho, que caiu sentado na poltrona.

- O que diz aí, Candinho?

- Maria, penso que há de ser algo muito grave - falou Pancrácio.

- Deixa eu ler!

Pirulito tomou o papel da mão de Candinho e leu em voz alta.

"Seu burro foi sequestrado. Entregue-me um milhão de contos de réis, senão nunca mais o verá"

- Oh, céus! - Anastácia levou a mão à cabeça e depois abraçou o filho. - Não se preocupe, meu filho. Farei o que for para trazer Policarpo de volta.

No dia seguinte, Candinho procurou a delegacia e as investigações começaram. Maria resolveu investigar por fora, e já sabia exatamente quem procurar.

- Cara de Cão!

- Sim, senhorita?

- Policarpo foi sequestrado. Sabe de algo?

- O que eu haveria de saber? Desde que fui preso nunca mais tive notícias de Ernesto, se é o que queres saber.

- Ernesto está morto.

- Mesmo? - Cara de Cão fez pouco caso - Uma pena. Nada sei sobre Policarpo. Se era só isso, deixe-me voltar à minha cela.

Voltando à mansão, Maria se encontrou com Clarice, que estava alarmada.

- Maria, Maria! Não sabe da última!

- O que há, Clarice?

- Sandra fugiu da cadeia!

Um clique se fez no cérebro de Maria. Óbvio que Sandra sequestrou Policarpo.

Voltando à mansão, avistou Celso, que andava de um lado para outro.

- Creio que já sabe da última de sua irmã.

- Maria... Preciso falar-lhe! Encontrei-me com Sandra.

Maria fez o esposo se sentar no sofá, e Celso, depois de beber um copo d'água com açúcar, contou:

- Sandra estava diferente. Magra, destroçada, nem parecia mais a mesma de antes. Parecia louca, creio que enlouqueceu na prisão. Falava o tempo todo em recuperar o que perdera, em vingar-se de todo mundo, tentei convencê-la a não fazer isto, até arranjei um casebre para que ela ficasse por uns tempos, mas quando fui vê-la novamente, não estava mais lá.

- Celso! Tinha que ter me contado!

- Desculpe, Maria, mas eu queria contar depois que Sandra se recuperasse. Eu até cheguei a pensar em interná-la num sanatório, mas achei que estivesse sendo cruel.

- Sinto pelo que está passando, meu esposo, mas creio que Sandra não tenha mais redenção. Suspeito que ela tenha sequestrado Policarpo.

- Policarpo? O burro de Candinho?

- Ele mesmo.

Candinho foi avisado da fuga de Sandra e ele, Anastácia, Pancrácio, Pirulito e Mafalda foram à cidade.

- Temos que informar isto à polícia!

- Já tratei deste assunto, Anastácia. Agora temos que nos acalmar. Ela não pode ter ido muito longe.

- Professor, digo, pai, não acha melhor irmos ao esconderijo de Sandra pra ver se ela voltou lá?

- Não acho que seja uma boa ideia, filho, afinal Celso mesmo disse que Sandra não estava mais ali. Certamente sabe que ele teria contado algo a Maria e que seria o primeiro lugar que iríamos procurar.

- Apois eu assim mermo.

- Candinho!!! - Anastácia e os outros tentaram segurá-lo, mas Candinho saiu correndo da mansão, procurando o lugar onde Sandra estaria, mesmo sem ter a menor ideia de onde ela pudesse estar.

- Tão oianu o quê? Vamo atráis dele! - disse Mafalda.

Candinho andou por toda a cidade. Foi ao bar onde Ernesto costumava beber e encontrou Romeu e Sarita comemorando mais um golpe.

- Candinho! Você por aqui!

- Agora eu num tô de prosa não, seu Romeu, que eu tô atráis do meu miór amigo.

- O que houve com o Policarpo?

- Foi seqers... se... levaro ele, e eu tenho certeza que foi a diaba lôra!

- Ah, sinto muito... - Sarita tentou abraçar Candinho, mas teve o braço segurado por Romeu - O que podemos fazer para ajudar?

- Se ocêis tivé calquer nuticia de Sandra, cêis me avisa.

- Sandra é uma moça loira, alta e muito bonita? - foi a vez de Sarita olhar feio para Romeu.

- Ah, sim, é ela merma. Cêis viro ela?

- Nós a vimos há pouco, estava num carro e foi naquela direção, à esquerda.

- Ocê tem certeza que era ela, seu Romeu?

- Absoluta, estava diferente, mais abatida, mas ainda era a mesma mulher arrogante de sempre. Tentei falar-lhe, mas nem me deu atenção. Estava num carro preto, grande, fechado, e andava em alta velocidade.

- Muito agradecido por ocêis terem me ajudado, calquer nuticia de Sandra cêis me avisa!

- Não foi nada, Candinho. Boa sorte!

Candinho seguiu a pista dada por Romeu, perguntou a todos sobre um carro preto e andou, andou até chegar num lugar onde só tinha mato. Estava saindo da cidade e resolveu entrar pela floresta, achando que Sandra se escondera num casebre como da vez em que ela sequestrou Filó e seu filho. Achou um buraco colorido. Era um buraco grande, engraçado. Candinho foi olhar e acabou sugado por ele. Ele foi girando, girando, até que caiu em cima de uma barraca de feira.

- Ai! Ô, me adiscurpa eu, é que...

Candinho ficou mudo. Era um lugar estranho, diferente. Colorido, cheio de pessoas usando roupas curtas. Principalmente uma mulher muito bonita que tinha cabelos castanhos, olhos azuis, seios fartos e uma cara de brava. E estava indo em sua direção.



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