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História Tão parecidos Cobrina - Brigas e confissões


Escrita por: isabellapequena

Capítulo 13 - Brigas e confissões


Eu não me arrependi —   afirmei. Eu me arrependi de uma coisa. Da maneira como terminei tudo. Fui dura demais com Pedro. — Na verdade, eu me arrependi, sim. — o sorriso macabro que se formou nos lábios de Cobra me fez estremecer, ele parecia insano.   — Me arrependi porque fui dura demais com ele. Despejei tudo no garoto. Isso foi o que me fez ficar mal depois de terminar com o Pedro — minha sinceridade era clara. Então Ricardo finalmente acreditou, o suspiro pesado e a expressão culpada em seu rosto indicou isso.

— Tudo bem — e só,  não disse mais nada. Deu alguns passos em direção a porta.

O impedi, pondo minha mão em seu braço. Ele virou-se pra mim, surpreso. Mas sabia o que eu queria, respostas.

— Não, Cobra. Eu já te disse o que você queria tanto saber. — não pude evitar a alfinetada. O desprezo só por pensar que eu tivesse me arrependido de terminar com o guitarrista era, no mínimo, peculiar. E eu queria saber por quê. Tinha que ter mais coisa nessa história. Ele não podia estar daquele jeito somente por tirar conclusões precipitadas. Até porque se eu realmente me arrependesse ele não teria nada a ver com isso.   — Agora você me deve algumas respostas. — com a resposta afirmativa dele, afastei-me um pouco. Ficar tão perto dele estava me sufocando.

— Fala — mandou, seco.

— Aonde você estava? —   aquele seria um longo questionário.

— Na rua bebendo lutando fui para Khan sabia que lá você não ia me procura— respondeu, se sentando no sofá. Permaneci de pé, escorada na parede, ao lado da porta quase chorando .

— Na rua, bebendo Cobra como assim me liga-se me avisa-se na Khan como assim Cobra você pensa que eu não te conheço eu realmente não fui ali me traz coisas ruins somente uma coisa boa me aconteceu lá alem da amizade da Nat e você sabe muito bem que é me diz que fez lá? —  repeti, franzindo o cenho.

— Precisava bater em algo. Você sabe como é. — eu sabia exatamente como era. Mas não sabia o mais importante, o que mexera tanto com ele.

— Não. Eu não sei. Porque eu não sei o que houve contigo. — o vi em um embate interno, os olhos vidrados, ele ponderava alguma coisa. Demorou um tempo até que dissesse algo.

— Me diz só uma coisa: o que está acontecendo com a gente?

— O quê? Meu cérebro  parecia que ia entrar em pane. Não. Quem havia pirado era ele.

— Cobra, do que cê tá falando?   — questionei.

— Não está acontecendo nada — mas eu sentia que estava. No fundo, sabia do que ele estava falando. O lutador balançou a cabeça, negando.

— Então me explica por que... — parou. Dizer aquilo era difícil pra ele. — por que... eu não paro de pensar em você. — as palavras de Ricardo acenderam algo dentro de mim, meu coração batia tão rápido que parecia querer sair de seu peito. Ouvi aquela frase várias vezes mentalmente. “Eu não paro de pensar em você”.

— Eu não sei. Mas eu posso dizer uma coisa, você também não sai da minha cabeça — confessei, tímida. Me declarar era algo que eu não estava  acostumada a fazer. Aquele diálogo mudaria algo entre nós, mudaria tudo. Já estava mudando.

— Você... O quê? O que você sente? — inquiriu. Meu nervosismo era gigantesco. Contudo, ao olhar para Ricardo, soube que ele precisava saber. Eu evitava ao máximo refletir sobre tudo isso. Nos indícios... Do que estava acontecendo entre nós dois. A felicidade quando soube do divórcio dele, os constantes pensamentos sobre ele, a vontade latente de observá-lo, as sensações novas que o toque dele me proporcionava, e o quase beijo... O desejo que senti de beijá-lo.

— Eu não sou boa com essas coisas, Cobra. Você sabe disso. — ri fraco e ele me acompanhou. Estávamos tensos falei fraca já deixando as lágrimas toma meu rosto como fosse culpa sentir que estava sentindo e falei de uma unica vez e nem sei como falei

. — Eu sinto uma vontade louca de estar perto de você. E quando não estou, você não sai da minha cabeça.

— Eu sinto o mesmo — falar sobre sentimentos era mais difícil para ele. Cobra passou tanto tempo usando sua armadura de marginal, fingindo não se importar.

— E agora? — perguntei num sussurro, a mim mesma e a ele.

— Agora. — levantou-se e se aproximou vagarosamente de mim. Suas mãos seguraram meu rosto, e ele me fitou tão intensamente que se um incêndio estivesse acontecendo eu não conseguiria fugir. Nada mais importava, apenas nós e aquele momento. — Nós vamos descobrir o que é isso.

— E como você pretende fazer isso? — provoquei. Seus olhos negros se direcionaram aos meus lábios e eu tive minha resposta.

— Eu vou te beijar — falou perto do meu ouvido, mordendo meu lóbulo. Fechei meus olhos. — E dessa vez, não vai ser como beijar um irmão. — gargalhei.

Nunca foi como beijar um irmão.  

 — Tá rindo é? Quero só ver se você vai rir daqui a pouco. — ele também sorria, eu sentia em sua voz. Sua boca foi até meu pescoço, beijando lentamente, me arrepiando. A barba mal feita me arranhava, mas não era ruim. Era bom. Bom até demais.

— Tô esperando — brinquei. Agora a risada deixou seus lábios.

— Será que eu vou ter que estalar meus dedos mais uma — me calou, da melhor maneira possível.

Seus lábios sugaram meu inferior, e então começaram a movimentar-se junto aos meus. A língua astuta entrou no beijo, entrelaçando-se a minha. Era simplesmente delicioso. Enlacei seu pescoço com meus braços e puxei seu cabelo. Uma de suas mãos cercou minha cintura e a outra continuava em minha face, segurando alguns de meus fios loiros, guiando o beijo. Não era lento ou rápido demais, era o nosso ritmo, a intensidade e o calor. Beijá-lo me fazia perder a noção do tempo, levava meu auto controle embora e tirava minhas defesas. Ao beijá-lo pela primeira vez, soube disso. E temi. Temi a intensidade, a insanidade que o réptil me causava. Agora eu ainda tinha medo, mas daria uma chance. Uma chance não somente a ele, mas a nós.

— Talvez não seja um sacrifício tão grande descobrir isso — disse, após nos afastarmos por causa da maldita necessidade de ar. Soquei seu ombro, tomando cuidado para não usar a mão machucada.

— Babaca! — xinguei. Ele soltou uma gargalhada gostosa e selou nossos lábios novamente.

Eu ainda tinha coisas que queria saber. Ainda tinha meus medos.

Mas, naquele momento, nada mais importava.

 

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