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História Tão parecidos Cobrina - O acordo


Escrita por: isabellapequena

Capítulo 14 - O acordo


 

Mais quando  dei por mim que tudo era tão novo tão recente  ele se divorciou eu terminei com Pedro porque ele mexe tanto comigo  e paramos com aquela velha mordida nos lábios ele sorriu e o sorriso dele que me desconcertada de uma forma sem igual e precisamos dormi amanha era minha consulta se estava amando com certeza estava ainda mais apaixonada por ele essa era verdade e tinha certeza que ele não sabia estava acuada eu não queria para no beijo mais precisamos para o beijo naquele momento e ele sabia  e falou sem maldade em suas palavras e falou

Vamos dormi juntos apenas dormi pequena

''Ao fala aquilo realmente percebia o poder que ele tinha  de consegui de me deixa toda derretida por  inteira  concordei e descansamos um do lado do outro apenas isso

No outro dia

 

O ar gélido do ar condicionado trazia uma sensação agradável ao cômodo. Era um quarto branco, arejado, com alguns aparelhos para exercícios organizados em prateleiras distribuídas nas paredes, uma bola de pilates também auxiliava alguns pacientes, e claro, a maca no centro, onde Karina se encontrava, deitada com uma expressão de dor no rosto. O tratamento era difícil, mas necessário.

Eu já havia acompanhado Karina diversas vezes na fisioterapia. Depois que ela foi morar comigo aquela era praticamente uma responsabilidade minha, tirando as vezes em que alguém de sua família se oferecia para levá-la. Não me incomodava, de maneira alguma. Karina é minha melhor amiga, ajudá-la não é um problema.

—   Ricardo, segure a perna da sua namorada e flexione-a, por favor  —   pediu a fisioterapeuta.

Fiz o que ela pediu, contendo um sorriso. Desde o começo do tratamento de Karina, a doutora Carla havia cismado que nós somos um casal. No começo, nós tentávamos explicar, dizíamos que éramos somente amigos, mas ela nunca escutou. E agora, sua suspeita talvez pudesse se tornar realidade. Lembrei novamente da noite de ontem.

Eu estava irado. Minha raiva havia se iniciado à tarde, quando vi Karina triste pelo término. Deduzi que estivesse arrependida e aquilo me irritara. Então o telefonema de João fora o que acendeu o fósforo e me fez explodir. O viciado me ligara pedindo minha ajuda. Perguntei pra quê e ele respondeu que precisava de mim para seu planinho de fazer Karina voltar com Pedro. Saí puto, e fui para à rua, bebe mais nao como antes dei por mim estava na academia Khan  como. Não tinha a chave, mas minhas antigas habilidades de marginal me auxiliaram. Descontei todo meu ódio no saco de pancadas que ainda estava por lá.

E eu não entendia o por quê de estar daquele jeito. Ainda não entendo muito bem. Mas ao voltar para o QG, despejei em Karina todas as minhas queixas. Ela também desabafou. Me senti mais leve depois disso. A marrenta estava tão confusa quanto eu. E só havia uma maneira de descobrir o que estava acontecendo entre nós.

—   Ótimo. Karina, qual o nível da sua dor, de um a dez? — questionou. Karina mordia os lábios enquanto eu mexia em sua perna, sentia dor, era óbvio.

—   4  —   respondeu, com um pouco de dificuldade.

— Ótimo, já chega, Ricardo.   —   parei o exercício e lancei um sorriso à Karina. Que foi adoravelmente retribuído. — Bom, talvez seja hora de largar as muletas, Karina, o que acha? — indagou à lutadora. Vi o medo da garota mesclado a sua alegria. Entrelacei nossos dedos.

—  Acho uma boa ideia —  afirmou, hesitante e eufórica. —  Mas eu posso firmar o pé ou devo continuar mancando?   

—   No começo você vai mancar um pouco. Mas com o tempo já vai estar andando normalmente.

— E o muay thai, doutora? — indagou Karina, esperançosa. A doutora soltou respirou profundamente, as feições de seu rosto se tornaram sérias.

— Bom, Karina. Nesse ponto do tratamento, eu já posso afirmar que você vai poder voltar a lutar. — Karina apertou minha mão, ela sabia que viria um “mas” aí. — Mas talvez você não possa competir mais esse ano. O impacto de uma luta é bem maior que o de um treinamento planejado. Só vou poder te dizer se você vai voltar a competir daqui umas semanas, um mês talvez. — toda a animação de Karina sumira, dando lugar a seu estado conformado que havia se tornado típico após o acidente. Eu não gostava de vê-la assim, tristonha.

—  E quando eu vou poder voltar a treinar? — questionou a loira.

—  Quando você conseguir firmar seu pé no chão sem sentir dor. Eu não posso dar uma previsão certa, mas creio que em torno de duas semanas você deve conseguir.

A sessão terminou e saímos da clínica, andando lado a lado. Minha mão roçava na dela e eu não sabia o que fazer. Nós ainda éramos amigos. Mas as coisas haviam mudado. Eu sentia uma vontade incontrolável de enroscar nossos dedos. Ela não é uma simples ficante, ela é Karina, minha melhor amiga e a garota que tem tomado conta de meus pensamentos.

— Tá calado  — observou, me olhando de esgueira.

— Só tô pensando —  dei de ombros. Ela balançou a cabeça, negando. Destravei o alarme e já me preparava para entrar no veículo quando sua mão acariciou meu braço.

— Tudo bem. Mas quando você precisar conversar, é só me chamar. Eu estou aqui. — sua voz tinha uma doçura que eu vira apenas algumas vezes.

— Eu sei. — juntei nossos lábios suavemente. Ela retribuiu pressionando os meus. Afastei-me e lhe sorri, abrindo a porta pra ela em seguida. Era o primeiro beijo que dávamos no dia, e eu me surpreendi ao notar a saudade que senti de seus lábios.

Peguei no porta-luvas o pen drive com suas músicas e o conectei. O meu também estava ali, mas eu até que gosto de algumas músicas que ela ouve. Cary Brother's "Belong"soou nos auto falantes.era uma musica romantica ficamos olhando um pra outro durante horas  fico pensando nela naquele beijo naquele  dia da fiso mesmo  preferindo um bom rock, Nirvana, Pink Floyd, Guns N' Roses, Cazuza, Legião Urbana.Às vezes eu curto alguma dessas músicas atuais. Bruno Mars  não me desagradava e Karina adorava, então deixei tocando.

Alguns minutos se passaram entre conversas, risos e um clima agradável. Agora Eu Sei da Legião Urbana, na versão acústica, ressoava no som. Uma das peculiares de Karina, o gosto maluco para músicas. Adorava novidades, mas também era louca por rock nacional e algumas músicas antigas. Não conversávamos, a canção não deixava o silêncio tomar conta do ambiente. Mas era, incontestavelmente, confortável. Um sinal vermelho me fez parar e aproveitei para observar Karina um pouco. Ela estava distraída, vendo a paisagem pelo vidro da janela, sua imagem transmitia tranquilidade, porém, ao olhar para suas mãos, notei que, na verdade, ela estava apreensiva. Mordeu os lábios uma vez, como se reprimisse palavras que queriam sair.

— O que foi? — preocupei-me. Ela negou com a cabeça. Entretanto, minha expressão insistente a fez parar.

— Ontem... — começou em um suspiro hesitante. — Por que —   sua voz estava fina, denunciando todo seu nervosismo. Respirou fundo e levantou a cabeça, me encarando. — Por que você  sumiu e porque estava tão nervoso?

O verde brilhou no semáforo, me dando um tempo para pensar numa resposta. Um tempo depois, paramos novamente. Dessa vez em uma rua qualquer, aquela conversa demoraria um pouco. Baixei o volume da música.

—   Eu fiquei puto quando te vi mal, porque eu pensei que você tivesse se arrependido — disse, virando-me para olhar diretamente em seus olhos azuis. Ela assentiu efusivamente.

— Isso eu sei, Cobra. Você me disse isso ontem. — sorriu tímida, fitando o nada. Acariciei seu rosto, ela fechou os olhos e respirou fundo. —  Mas eu tenho quase certeza de que houve outro motivo  —   voltou a me questionar, se afastando de mim.

—   João  —   franziu o cenho, confusa.

—   O João?   —   ecoou.

—   Ele me ligou ontem, pouco tempo depois de você ter chegado. Disse que precisava da minha ajuda. Eu perguntei por que, ele não quis dizer. Tive que ameaçá-lo para que ele falasse. — soltei uma risada, me recordando do pânico do nerd na ligação. — Ele explicou que precisava de mim para um planinho pra fazer você voltar com o Pedro. Retruquei, dizendo que você não queria mais nada com ele. No fim, ele disse que você ainda amava o guitarrista. Eu sei disso. Só... Sei lá, eu explodi. Minha razão foi embora. Desculpa por ter te deixado preocupada. — Karina assentiu, incerta. Levou uns minutos até que ela dissesse algo.

— Cobra, eu amo o Pedro, como um amigo. Eles podem orquestrar quantos planos quiserem, não vai adiantar nada. Eu e ele não tem mais volta. — Eu sabia disso. Ela mostrava toda sua segurança que eu tenho certeza absoluta de que é verdadeira. A marrenta dizia a verdade. O problema é que eu sou ciumento demais. Principalmente com ela. Nossa relação estava mudando, graças a sentimentos que eu pensava ter enterrado, mas ainda estavam lá. Sempre estiveram.  

 —   Na próxima vez, me procura. Mesmo que esteja puto. Ou pelo menos me manda uma mensagem, um sinal de vida  —   brincou, rindo.  

—   Na próxima vez eu aviso. Prometo, marrenta — assegurei. —   E sobre o Pedro, eu sei disso. Mas eu já estava puto na hora, ouvir aquilo foi o que faltava pra que eu explodisse.

—   Eu entendi, Cobra....'abaixou os olhos'

Eu estava confusa  mais estava entrando naquela relação que começamos não sabia ao certo que ele estava sentindo por mim e eu sim quando enfim ele estacionou o carro e

Acabamos decidindo almoçar em algum restaurante. Estávamos famintos demais, eu para preparar algo e ela para esperar. Discutimos as opções e escolhemos o menos indicado. Perfeitão. A locação e a comida eram ótimas, mas tinha o guitarrista, que definitivamente era um problema. Karina disse que ele devia ter voltado para estrada. No entanto, não era uma certeza. Então usamos o recurso mais prático para saber onde o mané estava, instagram. Ele postara uma foto no ônibus com uma frase de efeito, que me fez revirar os olhos.queria sabe mais estava inquieta , mesmo tempo timida por sabe mais dele mesmo assim perguntei

—   Cobra?   —   quase não ouvi sua voz.

—  Hum? — murmurei, focado na direção.

— Você realmente estava bravo daquele jeito só porque pensou que eu tinha me arrependido de terminar com o Pedro?   —   confirmou, desacreditando que eu pudesse ter ficado irado por causa desse motivo.

—   Sim   —   confirmei mais uma vez.

—   Ok. Então, quer dizer que você tem ciúmes de mim?   —   inquiriu, debochada.

—   Não. Só não gostei de pensar que você fosse tão volúvel — menti, envergonhado por minha atitude ciumenta.

—   Uhum, sei. Então eu vou ligar pro Ramos.   —   a vi de vasculha, pegando o aparelho em sua bolsa.-fiz aguilo para sabe que ele realmente sentia naquela hora eu sabia-

—   Pode ligar. Mas não esquece de perguntar que horas ele vai estar no parquinho pra vocês brincarem juntos   —   ela bufou irritada. Sorri.

—   Idiota   —   xingou.

—   Linda  —   não caí em seu joguinho e iniciei o meu.

—   Babaca.

—   Cheirosa.

—   Marginal  —   tentou novamente.

—   Gostosa.

—   Cobra! Você não pode me elogiar quando eu te xingo!   —   exclamou, gesticulando com as mãos.

—   Quem disse que eu não posso?  —   inquiri, dando de ombros.

—  Argh! Você me enlouquece, sabia? Mas me aguarde, Cobreloa. Espera só a minha mão ficar boa... Vou te dar um jeb que você não vai esquecer nunca — ameaçou.

—   Até parece. Aposto que agora que embarcamos nisso — ela sorriu, constrangida. —, você vai ficar toda melosinha. Vai começar a me chamar de “meu amor” e não vai ter mais coragem de me bater — ficou indignada, praticamente soltando fogo pela boca.

—   Cobra, eu não vou mudar  —  afirmou, segura.  —  Vou continuar te batendo sem dó e rindo das suas desgraças. Nossa relação vai ser a mesma.

—   Com a diferença de que agora nós nos beijamos e que  sabe  —  fazendo-a corar.

—  Cobra!  —   repreendeu-me. Apenas ri.

O papo foi deixado de lado e nos concentramos em outras coisas, ela na música em que tocava, e eu na direção. A clínica em que Karina faz fisioterapia fica longe do catete, leva umas meia hora para chegar até nosso bairro, isso quando o trânsito está bom. E assim se seguiu o resto do caminho, com a marrenta cantarolando algumas canções, sem mais conversas.

***

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