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História Tão parecidos Cobrina - O Acidente e as verdades part 1


Escrita por: isabellapequena

Capítulo 3 - O Acidente e as verdades part 1


 

Não sei que aconteceu unica coisa que sentir uma grande dor de cabeça, no momento em que a lucidez caiu em mim, poderia ser ilustrado pelo barulho de cem britadeiras perfurando o chão, ou de gritos ensurdecedores. Como se tivesse acabado de acordar de um pesadelo, abri meus olhos, querendo sair do sonho ruim e me arrependi na hora em que o fiz graças à claridade. 

      Com um reflexo rápido, levei minhas mãos até os olhos, no entanto, por algum motivo meu braço esquerdo permaneceu parado. Direcionei minha visão até ele e vi que estava enfaixado. Pisquei algumas vezes, tentando me acostumar com os raios solares.

— Filho! Que bom que você acordou. Como você está?

Olhei pra direção da voz e vi Gael sentado em uma cadeira. Meu pai estava abatido, grandes olheiras marcavam seus olhos, apontando que ele passou à noite em claro. O cabelo estava desgrenhado, e segurava um copo de plástico vazio em suas mãos. E o mais impressionante de seu estado era a tristeza que ele emanava.

Quando a claridade já não me incomodava tanto, observei o local onde estava. Paredes pintadas em um bege claro, um pequeno frigobar perto da janela. Uma televisão ficava na parede em frente à mim. E a poltrona onde Gael estava sentado, ao lado da minha cama. Constatei que aquele era um quarto de hospital, provavelmente de uma clínica particular.

— Minha cabeça tá doendo. O que aconteceu?

— Você não se lembra? — neguei com a cabeça.

— Você e a Karina sofreram um acidente. Vocês estavam indo assistir a luta do Anderson Silva.

Fechei os olhos por causa da dor de cabeça e me lembrei aos poucos do acidente.

Lembrei da animação de Karina no carro, quando cantamos juntos, o sorriso dela...E me lembrei do fatídico momento em que estava passando pelo semáforo verde e um caminhão ultrapassou o sinal vermelho do lado direito do cruzamento e bateu no carro .

Karina! Ela estava do lado em que o carro foi atingido fiquei em panico pensei em nada nem na dor de cabeça sim nela falei assustado preocupado com meu pai e perguntei.

— Pai, e a K? Como ela está? Ai, meu Deus! Foi tudo minha culpa! — Comecei a me desesperar, pensando na possibilidade de algo ter acontecido com minha amiga.

— Calma, filho. A Karina está fora de perigo. E esse acidente não foi sua culpa,tenha certeza disso  você estava dirigindo de forma segura. A culpa foi do motorista do caminhão, ele estava bêbado — tentou me tranquilizar.

— Como assim fora de perigo? — indaguei preocupado.

— A Karina passou por uma cirurgia delicada no joelho, ela sofreu uma distensão. Agora ela está sedada. Os médicos disseram que ela só deve acordar a noite. Você quebrou o braço esquerdo e seu abdômen foi perfurado por uma das ferrugens do carro, mas não precisa se preocupar, o médico disse que esse ferimento deve cicatrizar em uma semana. — respirei aliviado após ouvir as palavras de Gael. Karina estava bem.

Passei a mão em meu abdômen coberto pela camisola de hospital que estava usando e senti um pequeno curativo, como Gael dissera para não me preocupar com isso, não o fiz.

— Nossa. A loirinha passou por uma barra. À noite eu vou lá no quarto dela.

— O quarto é aqui do lado. — apontou para uma parede, sorrindo fraco.

— Sério? — mesmo com toda morbidade do momento, alegrou-me saber que a marrenta estava tão perto de mim.

— Como aqui é uma clínica particular, eu pedi para os enfermeiros colocarem vocês perto um do outro — explicou, confirmando minhas suspeitas quanto ao lugar em que estava.

Depois de alguns segundos em silêncio, ele pronunciou algo:

— Ricardo, tem duas coisas que você precisa saber.

Senti meu coração acelerar e não consegui dizer nada. Pela expressão de Gael ainda me chama pelo nome coisa que faia as vezes dava para percebe , o que ele tinha para contar não era coisa boa.

— A cirurgia da Karina foi muito complicada e... Existe a possibilidade dela não poder lutar mais — por alguns segundos fiquei sem chão. Lutar era o sonho de Karina, e saber que talvez ela não pudesse realizar esse sonho, destruiu-me.

— O quê? Pai, a Karina vai ficar arrasada — exclamei entristecido.

— Eu sei, filho. Nesse momento nós temos que ficar ao lado dela.

— Eu vou fazer de tudo pra K se sentir melhor. E tenho certeza que aquele guitarrista desafinado não vai sair do lado dela. — eu sabia que mesmo com todos os problemas, Pedro seria importante para a recuperação de Karina. Como namorado,, amigo, ele só precisava estar lá, ao lado dela. E eu também estaria. Tentando animá-la e não deixando-a perder sua esperança.

— É verdade. O Capiroto chegou desesperado de madrugada, só agora que eu consegui convencê-lo a ir pra casa tomar um banho e comer alguma coisa.

— Pai — chamei receoso.

— O quê? — inquiriu. Sabia muito bem do que eu falava, mas preferiu fazer-se de desentendido.

— Qual a outra coisa que você tem pra me contar? — perguntei com medo. Se aquela era a primeira notícia, eu nem imaginava qual fosse a outra. E pela expressão no rosto de Gael,dava pra perceber que era algo pior... Bem pior.

— Esse ferimento no seu abdômen foi bem profundo, e por causa dele você precisou de uma transfusão de sangue. Na hora em que o médico disse isso eu me voluntariei. O médico me perguntou qual era o meu tipo sanguíneo, e eu disse que era AB positivo... — olhou pra mim com um olhar derrotado e prosseguiu — Eu não queria te contar, mas a Dandara me obrigou a fazer isso.

— Pai. — Eu não sabia mais se queria ouvir o que meu pai tinha pra contar, mas nunca fui um covarde, então pedi — Continua.

— O problema, Ricardo, é que o seu tipo sanguíneo é O positivo.

— O quê?

Eu não conseguia raciocinar direito. Não tinha capacidade naquele momento para tentar entender suas palavras.

— Cobra... Eu sou tipo AB, então não posso ter filhos do tipo O.

De repente, respirar não era mais fácil. Um zumbido ensurdecedor invadiu meus ouvidos. E então, a ficha caiu. Meu castelo, que eu acreditava piamente que fosse eterno, feito de concreto, era na verdade feito de areia, e algumas palavras foram capazes de destruí-lo.

Eu não era filho de Gael Duarte. E não fazia parte de sua família. Novamente estava sozinho.

Me lembro de como me senti quando soube que era filho do grande mestre de muay thai. Uma sensação de finalmente encontrar meu lugar no mundo tomara conta de mim. E em nenhum momento fora difícil chamar Gael de pai.

— Eu não sou seu pai biológico, Ricardo. Mas eu quero que você saiba que nada mudou — afirmou, chorando — Eu sou seu pai. Não importa que o sangue que corre em suas veias não seja o mesmo que corre nas minhas.

— O Capirotinho que doou sangue pra você. — Ele percebeu que eu estava paralisado e chegou perto de mim, tocando meu rosto.

— Ricardo, você é meu filho. — Rapidamente tirei as mãos de Gael do meu rosto com raiva e gritei:

— Eu não sou seu filho! — sentia uma vontade angustiante de chorar. Se a notícia da possibilidade de Karina não poder lutar mais não acabou totalmente comigo, aquela notícia fez o resto do serviço.

Gael se surpreendeu com a minha reação, esperava tudo, menos esse ódio.

— Filho, se acalma. Nada mudou.

— Tudo mudou! Gael, sai daqui, por favor — Pedi, em uma voz assustadoramente calma

— Ricardo, isso não é culpa minha! Você não pode ficar com raiva de mim.

— Eu não estou com raiva de você, Gael. Mas, por favor, me deixa sozinho.

— Tudo bem, Cobra. Mas eu quero que você saiba que não vou desistir de você.

Porque minha mãe  mentiu para mim

Você estava em risco de vida aqueles tempos meu filho não me culpe nem a ela mesmo não sendo ainda o considero como seu pai biologico pensa nisso

OK ...

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