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História Tão parecidos Cobrina - A Aprovação


Escrita por: isabellapequena

Capítulo 7 - A Aprovação


— Então é verdade? — papai estava chocado com a notícia do divórcio.

— Sim — respondeu, tentando disfarçar seu tédio.

Há alguns minutos papai estava conversando com Ricardo. Na verdade, não era nem uma conversa, era só o meu pai tentado assimilar a notícia do divorcio como mora com ele e perguntou

— Você vai cuidar da minha filha? — perguntou sério.

— Mais do que da minha própria vida, mestre. — garantiu, olhando pra mim.

Meu coração se aqueceu com sua resposta e eu sorri, olhando em seus olhos.e ele nos meus e escutei mestre fala

— Karina, você é muito teimosa — relutou, mas acabou aceitando — Tudo bem. Mas, Cobreloa, eu tô de olho — fez seu famoso sinal  dos olhos dele apontando para ele de volta  e foi dar à aula e escuto .

— E aí, novinha, animada pra ir morar com o marginal? — questionou, colocando as ataduras.

éComo que é Cobra  marginal nãovocê não é um  e você sabe disso e   sim eu estou

— Muito. Cobra, será que eu posso dar uns socos? — pedi com medo de sua resposta.

Estava sem lutar há muito tempo, e já tinha feito essa pergunta algumas vezes pro Duca, papai e Cobra. Mas eles sempre diziam não, costumo ser bem teimosa, no entanto, como se trata da minha distensão não insistia muito nisso, ainda que estivesse louca para lutar.

— K, como você vai se equilibrar? — indagou paciente.

— Eu consigo me equilibrar. Por favor, Cobra — implorei e o marginal me olhou preocupado.

— Seu pai não vai gostar disso — falou.

— Por favor — essa era minha última tentativa.

Ele ponderou por alguns segundos, e balançou a cabeça, como se não estivesse acreditando no que faria.

— Tudo bem. Mas pega leve. — alertou. Deixei as muletas perto do escritório e voltei mancando até onde o réptil estava. Ele me emprestou suas luvas pretas e me ajudou a colocá-las.

— Filha! O que você tá fazendo? — gritou Gael, parando sua aula. Todos olharam pra mim.

— São só uns socos, pai. Eu vou ficar bem — disse, morrendo de vergonha. Meu pai bufou e voltou a comandar sua aula.

— Pronta? — meu amigo questionou animado, usando os dois aparadores.

— Com certeza — comecei a dar jebs e diretos nos aparadores.

— Cruzado, K — conduziu. Gotas de suor marcavam meu rosto, meu coração pulsava diante da sensação maravilhosa que lutar me proporcionava.

Dei alguns cruzados e ganchos.

Passar esses minutos lutando foi revigorante, entretanto, infelizmente acabei me empolgando.

Tomada pelo êxtase de estar lutando, chutei as costelas de Cobra, com a perna machucada. O chute não doeu no marginal, mas em mim foi como ter chutado uma barra de ferro, na hora caí no chão agonizando.

— K! — Cobra ajoelhou-se ao meu lado, desesperado.

Logo todos da academia se aproximaram.

A dor no meu joelho se intensificou quando o marginal me pegou no colo e me colocou deitada em um banco ao lado da escada, porém, no momento não consegui dizer nada.

— Eu cuido dela, Gael. Tira esse povo daqui, eles só estão atrapalhando — pediu baixo, me ajudando a retirar as luvas, depois jogou-as no chão.

— Você não acha melhor levá-la pra um hospital? — papai perguntou ao marginal.

— Marrenta, você quer ir num hospital? — neguei com a cabeça, incapaz de falar.

— Filha, você devia ir no hospital — tentou me convencer.

— Mestre, eu cuido dela — Cobra encarou meu pai.

— Tá bom, você tem fisioterapia hoje, então a médica dá uma olhada no seu joelho.

— Valeu, pai — a dor estava menos intensa e finalmente consegui falar.

— Quer ir pro QG? — Cobra perguntou. Concordei, balançando a cabeça. Ele se levantou e guardou suas luvas na mochila que havia trazido, então a pendurou em seus ombros.

— Que que cê tá fazendo? — questionei embaraçada, Cobra havia me pegado no colo novamente. Antes de sairmos, ele apanhou minhas muletas.

Diferente da vez anterior, em que a dor era tanta que eu não prestei atenção em seu gesto e nas reações que ele causara em mim, senti meu estômago revirar e os lugares em que suas mãos tocavam queimavam.

— Você ainda tá com dor, K — não foi uma pergunta, e sim uma afirmação. Eu não podia fazer nada, a dor era excruciante, não conseguiria ir pro QG andando.

***

— O que aconteceu? — Thawik questionou temeroso ao me ver no colo de Cobra.

O réptil me colocou sentada na ponta da mesa dos computadores e deixou as muletas apoiadas no balcão.

— Só um pequeno acidente — disse e o lutador me olhou com dúvida — Eu fui dar uns socos, acabei me empolgando e chutei o Cobra — esclareci.

— Novinha, eu vou pegar uma bolsa de gelo pra você — vi Cobra levando sua mochila passar pelas correntes e, me esticando um pouco, consegui vê-lo por entre as caixas entrar numa porta nos fundos da loja.

— Foi no loft — Thawik explicou, apontando pra porta que o réptil adentrara. — Novinha, como você tá? — usou o apelido que o peçonhento havia me dado.

— Eu tô... — Cobra apareceu com a bolsa de gelo.

— Não chama ela de novinha, mané. — deu um pescotapa no amigo e me entregou a bolsa de gelo.

— Ai! — Thawik pôs a mão na cabeça e gemeu de dor.

— Pra você é Karina — repreendeu bravo.

— Tudo bem, chefe. Tchau, K — deu ênfase no “K” e saiu com um capacete na mão.

— Chefe? — debochei.

Cobra se sentou ao meu lado e deu de ombros.

— Coisas de Thawik — soltei uma risada. — Melhorou? — passou os dedos levemente por meu joelho e me arrepiei.

— U-um pouco — gaguejei. Idiota!

— Eu posso fazer uma massagem — sugeriu inocentemente.

— Não! — neguei, sentindo-me quente só de imaginar suas mãos em meu corpo.

O marginal me olhou estranho. Acho que fui um pouco rude.

— Valeu, Cobra. Mas não precisa, a dor já tá passando. — consertei minha fala anterior.

— Tudo bem, K — o peçonhento fitou a vitrine da loja e apoiei minha cabeça em seu ombro.

— Eu tenho medo de não poder lutar mais — confessei.

— Você não disse que existe uma grande chance de você voltar a lutar? — me consolou.

— Sim. Mas o medo é uma coisa irracional. Às vezes quando deito na cama antes de dormir, eu começo a pensar nisso, nessa pequena chance de não poder lutar mais. Eu tô apavorada, Cobra — meus olhos se encheram de lágrimas.

— K, — ele pôs as mãos em meu rosto e me fez olhá-lo — vai dar tudo certo — falou aquilo com tanta convicção que suas palavras me atingiram e uma sensação de alivio tomou conta de mim.

— Eu estou invisível — Thawik entrou na loja e nós nos afastamos constrangidos.

— O que você tá fazendo aqui, cara? — Cobra perguntou perplexo.

— Vim pegar minha mochila — o lutador pegou o objeto e saiu do estabelecimento.

— E aí, galera — cumprimentou João, animado.

— Oi, Cobra. K, a gente tem que ir — disse a Bianca. 

— Ir aonde? — arqueei as sobrancelhas.

— Eu não tenho gravação hoje, e nós vamos aproveitar pra fazer umas compras, depois eu vou te levar na fisio — explicou, sem me dar chance de opinar.

— K, você quer ir comigo fazer compras? Claro, Bi. Obrigada por perguntar — ironizei.

— Chega de show, K. Vamos — chamou, e Cobra me ajudou a descer da mesa. Sorri agradecida, entregando a bolsa de gelo a ele.

A atriz era uma pessoa inflexível, por esse motivo não tive como negar à ida ao shopping. Mesmo sendo meio feminina agora, ainda odeio tal tarefa combinei de irmos a fisio pelo golpe que dei de manha e ela concordou e João pergunta.

— Aconteceu alguma coisa, K? — o nerd perguntou quando percebeu minha dificuldade em andar com as muletas.

— O Cobra te conta — respondi e, ao sair da loja, o ouvi dizer convencido ao marginal:

— Eu salvei a vida da K hoje.



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