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História Tão profundo... - Doente


Escrita por: PadmeAmidalla

Capítulo 18 - Doente


A ida ao hospital nos rendeu algumas notícias ruins, mas a mais grave é que merecia toda a minha atenção era que Henry havia contraído uma pneumonia: 

- Ele corre risco de morte Doutor? 

- Infelizmente sim, embora não muito grande. - começo a chorar.

- O que pode ser feito? 

- Um tratamento à base de medicamentos que vai precisar ser muito bem regularizado.

- Okay. - digo tentando me acalmar.

Com a receita entregue pelo Doutor, pedi que Dwayne fosse até a farmácia do hospital buscar os remédios para Henry. Enquanto eu e Shawn cuidávamos das feridas. A enfermeira falara que minhas costas melhorariam mas demoraria e poderia deixar cicatrizes; O rosto de Shawn, que ficou extremamente machucado com os socos que ele levou, precisou de alguns pontos. 

Assim que voltamos pro carro e íamos rumo minha casa, Dwayne puxou conversa:

- Ele está bem? - diz olhando para Henry.

- Contraiu uma pneumonia.

- Aah, sinto muito. 

- Eu vou ter que medicá-lo, e torcer pra que a doença não agrave. 

- Sim. Mas se precisar de alguém pra correr ao hospital pode contar comigo. - ouço Shawn bufar ao meu lado. Dwayne ficou constrangido.

Chegando em casa me despeço dele e entro com Henry no colo. Concentrei-me em colocá-lo na cama para depois falar com Shawn: 

- Shawn, o que foi aquilo no táxi? 

- Nada.

- Como nada? 

- Você constrangeu Dwayne.

- E...?

- Shawn! - faço uma pausa - Você estava com ciúmes dele? 

- Não. 

- Estava sim. 

- Não estava. 

- Então como explica aquele bufo? 

- Tá, admito - ele abre um sorriso malicioso - eu estava com ciúmes. 

- Ha! Sabia. Shawn tá com ciúme! Shawn tá com ciúme! - provoco. 

- Pare - diz ele me envolvendo pela cintura com os braços, querendo me beijar. 

- Não - digo o empurrando - Não quero te beijar. Ainda estou brava. 

- Meu ciúmes mostra que me importo com você. Devia ficar feliz, porque eu poderia simplesmente ir embora e te deixar aqui. - diz ele querendo me convencer. Não vou ceder tão fácil.

- Nunca disse que você precisava ficar.

- Então já estou indo.

Ele caminhou em direção à porta, abriu-a e quando ele ia sair, eu disse: 

- Volta. - ele se aproxima fechando a porta.

- Não disse? 

- Bobo. - digo, encostando seus lábios aos meus num toque doce e suave. 

- Se quiser eu posso passar a noite aqui. Vai que a sua mãe aparece aqui pra te assombrar à noite. 

- Não tenho medo de bruxa.

- Não é o que diz aqui. - ele levanta um pequeno papel que eu mantinha em meu quarto que escrevi quando tinha 6 anos. Nele havia 'bruxas me assustam, elas comem criancinhas. Minha mãe que disse.'

- Onde achou isso? 

- Na cômoda do seu quarto. 

- Quando pegou de lá? 

- Na noite em que te ajudei a por Heny para dormir.

- Safado. 

Caímos na gargalhada.

- Então parece que essa noite eu vou dormir aqui. - diz ele com cara de satisfeito. Ainda não consigo entender porque cedi tão fácil, já que é quase impossível eu fazer algo que não queria. Eu queria aquilo. Fomos para meu quarto. 

- Você não tem pijama. 

- Eu posso dormir de cueca. 

- Mas você vai dormir comigo. 

- Então, com certeza, eu vou dormir só de cueca. - lhe dou um tapa no peito. 

- Não senhor. Tem crianças na casa. Mas se quiser dormir só de cueca, pode ficar no quarto da minha mãe. Ele esconde o rosto nas cobertas.

- Não quero dormir lá. - Shawn diz com voz de criança. 

- Por que não?

- Era o quarto de uma bruxa. 

- Engraçado, não era eu que tinha medo de bruxa? 

Rimos outra vez. Ele foi para o quarto de minha mãe e eu fiquei no meu para vigiar Henry, caso ele chorasse durante a noite. 

Eram 9hrs quando acordei para dar remédio à Henry, mas ele ainda dormia então o deixei e sai do quarto. Desci as escadas e encontrei Shawn fazendo o café na cozinha, o que me surpreendeu: 

- Bom dia dorminhoca.

- Bom dia. 

- Dormiu bem? 

- Senti um pouco de frio.

- Que isso sirva de lição. 

- Lição pra que? 

- Pra deixar eu dormir com você, se eu estivesse lá não tinha frio.

- Aah tá. - digo abrindo um sorrisinho. - Mas você dormiu bem? 

- Até que sim, e meu sonho ajudou muito nisso. 

- Com o que você sonhou? 

- Eu e você. Na minha casa, após o casamento... - eu o interrompo.

- Não precisa continuar. 

- Okay. - ouço um choro. Henry acordou. 

- Vou ver ele. 

- O café fica pronto daqui a pouco. 

- Sim senhor. - digo subindo as escadas.

Henry estava com fome, e eu precisava dar-lhe o remédio, que ele se recusava a tomar de qualquer jeito. O único jeito foi misturar o remédio ao leite e dar à ele. Enquanto ele mamava, o tirei do berço e levei para o bebê-conforto que estava no sofá da sala. Sentei-me à mesa, tomei meu café ao lado de Shawn. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse novo capítulo.


Bjs Padmé <3


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