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História Tarde da Noite - Tendências


Escrita por: requintte

Notas do Autor


PRIMEIRAMENTE: 32 FAVORITOS
*le dancinha da vitória shfkjhsdf* e queria agradecer a você q ta lendo minha fic *le abraçando*
Pessoaszinhas lindas do meu <3 eu mudei a morte do pai dele Ok?
O cara agora foi assassinado e nao de overdose (exo) como eu tinha dito no outro capitulo Ok?
Lembrando sempre de que a parte em negrito, é narrada em primeira pessoa, ora Jooheon, ora IM? Ok?
Espero q tenham uma boa leitura pq esse cap é grande Ok?
Vejo vcs tá em baixo
SDFLKSJDF

Capítulo 3 - Tendências


"O desejo de amar e ser amado
Um tesouro primitivo
Aquele que você cuida e protege
E como o bote de uma cobra
Ele te mata
Porque era Tarde da Noite”

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Capítulo Três - Tendências

 

Em algum ponto do bar, a música de algum um grupo indie soava sutilmente pelas caixas de som. No meio do balcão, Jungjae, o barman, fazia malabarismos com suas taças e garrafas na expectativa de impressionar as duas moças estrangeiras que lá estavam enquanto seus colegas de profissão o caçoavam pela graça.

Em outra extremidade do estabelecimento, depois de Jooheon compartilhar parte de sua conturbada história com Taemin, nossos rapazes não davam indício da séria conversa que haviam tido minutos atrás, Jooheon já contava alguma história engraçada da outra vez que se embebedara daquele jeito. Poderia ser culpa da bebida mas os meninos conversavam como se já se conhecessem desde à infância.

― Sabe contar piada? ― perguntou Changkyun dando gole em sua mais recente aquisição, soju, a famosa bebida sul coreana.

― Mas que merda de pergunta é essa? ― disse Jooheon num leve tom de censura.

Na minha sincera opinião, talvez seja apenas isso do que os dois mais precisassem enquanto sentados perto daqueles quadros, de piadas leves como o vento, que seriam capazes de levar embora, a mais pequena das coisas angustiantes e trazer ao esquecimento, o mais grande dos aborrecimentos.

― É a minha pergunta ué, não zoa ela que eu fico triste ― diz com uma expressão triste, fazendo o outro gargalhar, iniciando a brincadeira.

― Por que a mulher do Hulk divorciou-se dele? ― começou o Honey, sacana.

― Uh? ― falou apenas.

― Porque ela queria um homem mais maduro... ― disse, gargalhando sozinho do mesmo jeito que no começo dessa narração, deixando um Changkyun estático.

― Não cara, não é assim que faz ― respondeu, se esforçando para encontrar uma melhor enquanto o Honey ainda sorria ― Lá vai em... ― faz uma pausa ― Sabe como faz para um giz virar cobra?

― Não ― respondeu ainda rindo um pouco.

― Coloca ele na água que ele jibóia! ― percebendo a perplexidade do outro ele continua ― Entendeu? “Giz” mais “boia” igual a "jiboia”.

― Você é pior que eu ― diz Jooheon.

― Eu sei.

― Mas eu conheço uma mais ruim ainda ― fez uma careta que deveria expressar suspense ― O que o Goku foi fazer numa loja de departamento?

― Comprar uma saia para Chichi?

― Não seu tonto, comprar uma Super Saia Jeans ― e o ruivo volta a rir feito criança.

Changkyun o encara lembrando-se de si mesmo, ou melhor, se perguntando de quem era, o rapaz na sua frente, com aquela cara redonda, junto com  as covinhas nos cantos do rosto que lhe davam um aspecto infantil e até mesmo doce, a maneira com que ria juntando as mesas a sua volta lhe davam um ar infantil, e ouso dizer, talvez puro.

― Você é de Seul? ― pergunta o Lim mostrando um lado seu, que não exibia há anos, o intrometido e curioso.

― Daegu ― responde simplesmente, mais uma vez, para evitar a face intrigante do outro.

O leitor deve ter percebido a rápida mudança de traços e canários que ocorreu em nossa história, do lado brincalhão e reflexivo passou quase que num instante, para este outro sério e cansativo. Isso aconteceu porque temos dois personagens obscuros e multiformes, que podem passar por essas situações sem ao menos perceber, mudar de assunto a todo instante, e logo se esquecendo do tópico anterior como se tivessem passado horas, e não instantes.

Por exemplo, se Changkyun, ― a verdadeira criança inocente daquela mesa ― via Jooheon como um poço de bons adjetivos, um fato um tanto quanto inocente para um adulto, levando em consideração que o Lee o enxergava como uma criança perturbada e complexa, que se fosse deixada sozinha por muito tempo, poderia quebrar sem modos para reparar, em partes, estava correto, apenas em partes.

― É lá que tem o Apsan Park né? ― Changkuin era agora, apenas por este momento, uma criança brincando com seu hyung, e se intrometendo em um lugar onde não deveria.

Jooheon pondera se deveria comentar sobre o parque, ou se mudaria o tópico da conversa, mas encara o mais novo tentando decifrar aquela nova face, sem sucesso, e depois retoma:

― Olha, eu sei que que fui eu que te chamei pra sentar comigo, mas se for pra falar de assunto merda, eu me arrependo  ― diz encarando seu dongsaeng de maneira intimidadora.

E pela primeira vez, Changkyun da um passo para trás e volta a levantar suas barreiras com a fala do mais velho. E uma pesada áurea silenciosa passa a pairar sobre a mesa, dessa vez quem não queria dialogar era o Lim, que mais uma vez se perdia em pensamentos em seu canto da mesa.

― Gosta de sinuca? ― disse Jooheon encarando as mesas do lado oposto.

― Não muito ― acanhou-se mais uma vez ― Esse tipo de jogo nunca me atraiu.

Jooheon abismado com a falta de gosto de seu companheiro por seu jogo favorito, e pela falta de assunto entre ambos, não se conteve.

― Nunca é tarde para aprender ― e saiu puxando o mais novo pelo pulso, atitude que o lembrou de algo, ou alguém de um passado não muito distante.

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><

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Aquela pequena menininha de franja recém-aparada, me puxava pelo braço com um semblante bravo. Olhei à minha frente e mais uma vez eles me encaravam, todas aquelas pessoas desconhecidas que de repente choravam pela morte de meu pai. Eles me encaravam de uma maneira tão forte, que eu sentia que iria derreter a qualquer momento.

Eu não estou reclamando do olhar morto das pessoas que se lamentavam sem motivo nesse funeral medíocre, eu reclamo pelo olhar de Lim Yoona. A menina que um dia foi minha querida e adorável irmã, agora me guiava ao desconhecido, e iria ser jogada para longe de mim, o pior era que ela não tinha consciência disso, pois eles insistiam em me tratar como se eu fosse um lunático, talvez eu seja, mas não há necessidade disto.

“Oh pobre Menina Lim, tão jovem, tão sem esperança” dizia uma senhora sentada a minha esquerda como se seus sussurros fossem inaudíveis.

“Família amaldiçoada, primeiro a mãe paranoica, depois o pai desvairado e agora esse menino demente, uma completa família de loucos.” respondeu a outra, sentada em um dos bancos da capela.

“Tenho dó da menina, tão pequena, tão inocente, tão carente” disse esta, mais uma vez, limpando os olhos das lagrimas que insistiam em cair.

“Com certeza vai ser outra menina perdida, não dou dois anos para aparecer grávida, se é que vai ter um futuro” falou olhando diretamente para mim, como que quisesse que as palavras, me atingissem, objetivo que foi alcançado com sucesso.

Ninguém entende que eu não tive culpa nenhuma pela morte do meu pai, só estava no lugar errado na hora errada, e tomei a atitude errada, porém me arrependo de nada. Apenas acho que não sou digno de tantos olhares. Eu tenho consciência que sou um lixo que nada valho, principalmente para cuidar da própria irmã. Eles falam como se o Menino Lim, fosse apenas mais um animal preso num zoológico.

Não é como se eu fosse Judas e tivesse entregado Jesus, Eu apenas deixei escapar a localização de papai para as pessoas que ele estava em débito por conta dos jogos. Sei que foi vacilo, mas eu estava ferrado do mesmo jeito. Se não tivesse feito isso, eles viriam atrás da menina, pois o falecido apostou a virgindade de uma criança de dez anos, depois eles levariam a casa porque o bonitão também a apostou, e por último levariam ele. Como eu apenas entreguei papai antes da hora, eu perdi a guarda da criança que no final ficou com Tia Bora, em segurança, como sou o herdeiro direto, a casa é minha, posso vendê-la para pagar os estudos de Yoona, e ainda fico sem papai como bônus. Porém ainda devia explicações à criança.

Oppa, por que motivo, razão ou circunstância você se recusa a falar comigo?” ela para andar de súbito e aponta o dedo na minha cara, eu me recuso a responder, então ela continua:

“Eu sei que o appa morreu mas por que estão todos falando que você é o culpado? Por que eu tive que fazer as malas? E o mais importante por que você parou de me proteger e de principalmente de responder minhas perguntas?” ela falou enquanto eu me distraia olhando a renda do seu vestido preto bordado.

“Não vai mesmo me responder?” ela estava agora com um semblante de choro, eu nada podia fazer com todos aqueles olhares.

Nesse momento minha pressão cai e minhas mãos começam a soar e já sinto a bile subir pela minha garganta. Não acredito que estou tendo mais um ataque, quando vou respondê-la minha garganta parece secar e eu já tenho vontade de chorar enquanto o mundo gira a minha volta.

“Menina quantas vezes vou ter que dizer para não se aproximar deste estorvo?” Minha tia aparece do lado da criança, talvez um pouco assustada, nesse momento eu já devo estar, vermelho, roxo, talvez verde...

“Tia Bora, desculpe” disse também assuntada com a minha mudança física repentina, sendo puxada pelo pulso para um canteiro de flores.

E do nada o mundo para de girar e ninguém percebe, toda aquela melodia de lagrimas e sussurros também para enquanto eu me encontro correndo para o outro lado de fora do cemitério, logo atravessando as ruas desertas chegando a um velho prédio já conhecido por mim, e subindo a sacada.

Eu não devia nada a ninguém daquele lugar, nem sei o que tinha ido fazer lá! Por educação? Talvez, o fato é que não aguento mais todos esses robôs padronizados. Quem me dera ouvir de alguém a voz humana! Que me contasse não um pecado, mas um ultraje, não uma violência, mas uma covardia, não, eles infelizmente são todos o ideal, aos poucos vou ficando farto de semideuses¹.

Com esse triste pensamento eu encaro o chão lá em baixo, vendo o mundo aos poucos voltando ao seu curso natural, girando tanto que agora estou voando, ou estaria caindo? Mas eu ouço um barulho, parece um corpo sendo jogado ao chão e logo tudo fica escuro, será que os deuses não pagaram a fatura e cortaram a luz do mundo? Depois disso eu primeiro sinto o cheiro triste de mamãe, depois ouço a risada de papai, e por ultimo vejo o sorriso de Yoona, começo a achar que tenho tendências suicidas.

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><

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Tudo isso passa pela cabeça de Chankyun enquanto ele é arrastado pelos cantos do bar entre sacolejos por Jooheon, sendo logo acordando de seu transe quando tropeça numa cadeira, e posteriormente, nos degraus que davam acesso ao salão de jogos onde alguns homens já se localizavam com seus tacos gigantes e bolas bem alinhadas.

― O que você tem agora? ― perguntou o rapaz de mechas ruivas já se atrapalhando com a palavras.

― Desculpe ― respondeu o outro ainda perdido em suas lembranças.

― Tá pálido desde que saímos da mesa ― diz um pouco rápido demais, colocando a mão na testa de Chang, afoito.

― Estou? ― pergunta quase que expulsando a mão do Lee de lá.

― Parece um fantasma e ainda esta gelado ― uma crise histérica de risos como uma menina de colegial.

O menino Lim, agora um homem, encara Jooheon com desprezo como se o mais novo amigo tivesse culpa pelo que tinha passado. Naquele momento ele ainda refletia sobre o seu passado, daquela pessoa fraca e irresponsável que havia sido naquele tempo, e se ele tivesse realmente morrido? O que seria de sua família? Mas preferiu expulsar tais pensamentos e culpar o pai, apenas o pai.

― Você deve ter se lembrado da sua família, quer compartilhar? ― diz Jooheon enquanto tenta controlar o riso ― Não?― o maior nega com a cabeça ― Ta bom agora deixa o Honey ensinar como se faz ― diz e o outro menino o encara como se estivesse falando em árabe ― Tá esperando o que homem de Deus?

― Uh? ― diz agora encostado numa parede, sendo esta também cheia de quadros.

― Pega um taco ― instrui Jooheon já sem muita paciência.

Changkyun vai andando tranquilamente, dá a volta pela mesa até chegar no suporte, pega delicadamente um taco e se vira para Jooheon já sorrindo, não era um riso de felicidade, parecia algo mais sofrido e de dor enquanto caminhava para o seu ponto de partida. No outro lado da mesa, Jooheon já bufava, sem paciência com o mais novo.

― Sabe como segurar num taco ou a princesa ai querer ajuda? ― diz Jooheon, exibindo o seu melhor sorriso sínico.

― Eu sei fazer mais coisas do que você poderia imaginar ― fala o mais novo dando a primeira tacada, fazendo as bolinhas rolarem pela mesa, rolaram tanto que fez Jooheon se lembrar de algo que acontecera há pouco tempo atrás.

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Mais um carro passa voando na rua de chão a minha frente, e mais pedras voam na minha direção, tropeço, caio e mais uma vez eu venho ao encontro do chão, e fico por aqui mesmo,  não faço a mínima ideia de onde estou e de como vim parar aqui, só sei que tem poeira entrando pelo meu nariz toda a vez que respiro. Por que eu estou assim? O cara apenas me chamou de Honey, vim parar aqui apenas porque nunca me chamou de Honey depois dele.

Sento no chão encarando o céu agora cheio de estrelas, não sei quanto tempo fiquei por aqui, porém agora lembro que eu simplesmente saí do quarto, batendo a porta na cara do cliente, sem ao menos esperar pelo pagamento. Quanta estupidez, nem minha mãe faria isso, ela esperaria o cliente gozar para depois sair, sempre profissional como sempre.

Eu levanto do chão limpando a minha roupa, ainda um pouco bêbado de amor se é que esse termo existe.  Continuo andando aos tropeços, percebendo que estou nos fundos de alguma fábrica antiga, ou facção abandonada, parece que finalmente encontrei onde dormir. Enquanto tentava ler o letreiro envelhecido, tropeço em outra pedra que me faz esbarrar com um senhor que vinha descendo a rua.

“Filho da puta” ralha o senhor com uma expressão nada simpática.

“Como adivinhou?” digo como se estivesse acertado algo muito difícil.

“Não me responda moleque, sou mais velho do que você” ele continua ralhando como se não houvesse amanhã.

“E coloca velho nisso” eu digo querendo irrita-lo ainda mais, puro tédio.

O telefone atrapalha o meu belíssimo diálogo com o dito senhor, enquanto berra aos 7 mares que alguém solicita minha palavra.

“Jooheon é você?” diz uma voz feminina que eu desconheço porém rouca do outro lado da linha.

“Se o telefone é meu, quem mais seria?” eu respondo, seguido por mais um dos meus clássicos risos.

“Sua avó morreu” diz com uma voz mostrando pesar, porém acredito que seja um trote.

“Mentirosa, ela estava tava bem até semana passada, eu mesmo tive pagando o tratamento dela” disse tendo certeza das minhas palavras.

“Com o dinheiro que você ganha naquele puteiro?” ela diz, mas eu já não prestava muita atenção, focando em suas palavras iniciais, já sentido um nó se formar em minha garganta.

“É mentira né” eu digo nervoso, enquanto tentava controlar as lágrimas, sem ligar com o fato de que a pessoa desconhecida me conhecia melhor que eu desejava.

“Nunca citei tantas verdades” não me importei mais com nada, apenas desliguei o telefone na cara da mulher, ainda procurando uma maneira de lidar com a dor.

A pessoa que eu mais amo acaba de morrer sem eu ter estado lá, tenho certeza que fiz o que pude para ajudar, mas parece que o meu melhor nunca é suficiente nessa porcaria de mundo, parece que meu esforço nunca é valido, estou quase desistindo de lutar por algo, nada nunca da certo.

“Eu sou um desgraçado mesmo” eu falo olhando para as folhas que voavam junto com as pedras “VAI TOMAR NO CU” eu gritei apenas para o vento ouvir “Se tiver algum Deus ai em cima, gostaria que você também fosse a merda” eu soco o vento, com lágrimas descendo pelo rosto “Não acha que eu já sofri o bastante nessa vidinha de merda?” digo localizando um grupo de meninas uniformizadas rindo de mim “E vocês não tem mais o que fazer não?” elas me ignoram como se não ouvissem, porém eu continuo “Poderiam por favor deixar um louco lidar com a sua loucura?”.

E eu caio mais uma vez no chão, logo eu e ele seremos apenas um só. Quando uma barata surge do inferno só pra me atazanar, solto um berro e saio correndo, voltando a chorar logo após.

Eu não consigo lidar nem com um inseto direito, como algum dia, vou superar Taemin? Ou a vida que venho levando? E eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo,digo voltando a chorar. E agora? Estou sem mulher, estou sem carinho, fui expulso de casa, já não posso beber, já não posso fumar, nem cuspir posso mais, e a noite esfriou, o dia não veio, o riso não veio, e tudo acabou, e tudo sumiu, e tudo mofou. E agora?²

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― Engraçado é que a pessoa faz a maior pose de badboy pra depois ficar moscando por ai. ― diz o mais novo enquanto apoiado em seu próprio taco.

― An? ― responde numa expressão de espanto pela intromissão.

― Você fica ai encarando os quadros como se não tivesse ninguém esperando pra jogar ― diz gesticulando com os braços quase acertando um jogador da mesa ao lado.

― O que tá acontecendo? ― diz ainda se embaralhando com as palavras, um dito bêbado.

 ― Só faça a jogada, por favor ― responde o moreno, simplista.

― Desde quando você tem alguma autoridade por aqui? ― fala mostrando um pouco mais de confiança na voz.

― Eu não estou mandando, só quero evitar o desperdício do devido tempo ― diz em tom de desafio.

O que mais me deixa fascinado é a essência dos nossos rapazes presentes na mesa. Se fossemos representa-los como elementos da natureza, Jooheon seria o fogo, e Changkyun água. Jooheon o fogo não apenas pela cor do seu cabelo, mas por ser a personificação perfeita da mutação com impulsividade, já Changkyun seria a água pois expressa o lado emocional da razão por meio da intuição.

Não é a toa que muito fogo faz com que a água evapore, e muita água faz com que o fogo apague. Ambas as situações os dois brigam entre si, porém se equilibram, exatamente como o nosso casal, que termina o jogo com muitas provações e uma quantidade ainda maior de álcool correndo nas veias.

― Não acredito que eu ganhei ― fala o moreno ao encaçapar a ultima bola, subindo na mesa e gritando ― EU SOU O KING DA PORRA TODA.

― Menino você realmente é bom ― responde apenas.

I’m what I’m now ― talvez falar em inglês seja alguma reação químicas de Chang, quando exposto a bebida.

― Um stage name? ― cita o ruivo um pouco feliz demais ― Eu vou ser o Honey e você o IM ― diz sorrindo feito criança ― Somos uma dupla agora, me de as suas mãos amiguinho vamos brincar. ― e completa com um aegyo.

― Brincar do que? Já é noite lá fora companheiro de guerra, it's time to go out e lutar ― diz encorajado o outro.

― Somos soldados? ― fala Jooheon com os olhos brilhando ― Jungjae trás mais uma garrafa a gente tá indo embora.

― Já estava a ponto de expulsar vocês, e a conta? ― responde o barman aflito.

― Pendura ela quem sabe um dia eu te pago ― diz abraçando o mais novo enquanto deixa o local.

Eles saem pela mesma porta que entraram, mas agora com um estranho sentimento de que poderiam fazer o que quisessem, uma liberdade alcoólica. Ao se deparar com o frio da rua e com as luzes dos postes ligados, Jooheon se sentiu acuado, como se outra lembrança fosse lhe atacar, nunca estivera tão certo.

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+

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O relógio da igreja localizada na praça, mostrava que já era tarde da noite, e eu ainda estava na rua, pelo posicionamento da lua posso jurar que já passa das três da manhã, eu assopro o cigarro da minha boca me divertindo com a fumaça que sai lentamente pela minha boca, logo voltando a caminhar rumo ao meu fornecedor.

Meus passos ecoam no chão da calçada enquanto eu pondero ir conseguir mais dinheiro antes de passar no ponto de vendas. Sem muita energia para continuar andando, eu paro para analisar os bonés dispostos na vitrine duma loja aleatória, sempre tive muitos bonés na casa da minha mãe, nunca cheguei a voltar lá para busca-los, chego a considerar voltar lá para buscar qualquer dia desses.

Sigo meu caminho, sentindo a faca no coldre da minha calça começando a incomodar, fazendo com que eu a tire de para olhar meu próprio reflexo. Onde consigo ver uma mecha loira vindo ao meu encontro, de súbito sinto um enjoo e uma pontada no estomago ao reconhecer a cor de cabelo que Taemin usava quando me deixou, por que esse cara tem que aparecer justo agora que eu estava superando ele?

“PASSA A CARTEIRA AGORA” a pessoa que vinha correndo em minha direção gritou.

“De onde você surgiu?” eu disse ainda atordoado com a fisionomia do rapaz.

“Cala a boca menino” a pessoa fala num tom ameaçador chegando mais perto.

“Você se parece com ele” eu digo perdido em pensamentos.

“Não pareço com ninguém, agora me da a merda da carteira” e eu recebo um tapa.

O meu Taemin nunca seria capaz de me bater, eu olho para a cara do individuo, que agora sorri como se tivesse ganhado na loteria com o meu celular em sua mão. Não penso duas vezes antes de lhe acertar com um soco, e depois outro, quando percebo já não tenho controle sobre minhas ações.

“Olha cara eu não sei com quem você se evolveu, muito menos onde se meteu, mas para de infantilidade” ele fala, já sangrando.

Ele estava me chamando de criança? Apenas puxei a faca do coldre e lhe abracei como se fosse o meu ursinho, atacando por trás, e sem piedade eu tento matar o cara, como estava abraçado sentindo o calor sair de seu corpo aos poucos e o sangue manchar a minha roupa.

Ao perceber o que tinha acabado de fazer, jogo a faca no chão fazendo um estalo irritante, algumas lagrimas começam a descer pelo meu rosto quando ele geme de dor ao se jogado por mim ao chão. Começo a pensar sobre eu ter tendências homicidas.

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“Quanto mais você o solta
Mais ele te prende
Quanto mais amor é dado
Mais você é sufocado
Porque era Tarde da Noite”

 


Notas Finais


'1 : Citei um poema de Alvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa) ele se chama "Poema em Linha reta", super recomendo.

'2: Citei o poema de Carlos Drummond de Andrade chamado "José", esse poema é meu amorzinho da vida.

Se vocês tiverem a oportunidade, procura no Tio Google esses poemas pra sofrer junto comigo.

Gent, não sei se vcs lembram mas é uma Short Fic, só queria falar q estamos no meio da fic (sim ela tem 5 caps) porém, todavia, contudo, eu já estou trabalhando em outra pq já gostei do ramo kjahfkjhsdf
É o esquema de sempre, comente se quiser, elogia se quiser, me xinga se quiser, faz oq tu quiser kkk '-'

Até semana que vem amorzinhos da minha life!!


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