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História Tasukete! h i a t u s - Os bêbados


Escrita por: shimarin

Notas do Autor


ATUALIZEEEEEEI! E foi mais cedo do que o prometido, me sinto vitoriosa.
Espero que gostem do capítulo e peço, com carinho, que vocês não odeiem a Hinata e/ou a Sakura. Não aceito comentários de hate para as duas se for exclusivo e unicamente porque elas tiveram algo com o Naruto. Abra a sua mente, elas também são gente lolololol

Capítulo 7 - Os bêbados


Estou deitado na cama questionando a razão por Sakura ter acabado com tudo sem nem ao menos se explicar, no entanto, minha linha de pensamento é interrompida pelo som da campainha tocando. Não quero atender, mas a pessoa não para de pressionar o botão, tendo como resultando um barulho estridente, que me deixa aborrecido. Que saco! Esperou nove meses para nascer, por que não pode esperar uns minutinhos?

Sou obrigado a levantar da minha confortável cama e sair de meu quarto. Desço a escada e caminho rumo ao interfone fixado ao lado da porta, atendendo o mesmo posteriormente. Solto um suspiro cansado. Tenho a ideia de quem seja, contudo, não queria vê-lo justo agora.

— Oi. Quem é? — pergunto, sonolentamente, já tendo uma ideia de quem seja a pessoa na portaria do meu apartamento.

— Um homem maravilhoso, que você teve o prazer de conhecer — reconheço a voz do rapaz. Um sorriso quase me escapa pelos lábios, mas reprimo-o no mesmo instante. — Uchiha Sasuke, seu queridíssimo melhor amigo.

Ele veio, como disse que viria. Há momentos em que eu só quero ficar sozinho para refletir, todavia, Sasuke não me dá esta liberdade. O moreno sempre justifica dizendo que eu também não o deixava sozinho quando ele queria estar, na época do fundamental. Ele se importa comigo, eu compreendo, porém, ás vezes o homem se importa mais do que deveria.

— Irei destrancar a porta em um segundo.

Coloco o interfone em seu respectivo lugar e destranco a porta, deixando a mesma entreaberta. Bufo. Minha cabeça está latejando por conta das longas horas chorando, eu só gostaria de poder deitar e descansar um pouco.

Subo a escada não muito alta, e, em seguida, entro em meu quarto, atirando-me sobre a cama quentinha. Enterro meu rosto no travesseiro para esconder de Sasuke o quão inchado ele está. Eu odeio chorar, mas odeio ainda mais quando meu melhor amigo vê.

— Você não está pensando em passar a noite inteira jogado aí, está? — ouço a voz do moreno pronunciar as palavras calmamente. Ele chegou muito rápido. Respiro fundo e o cheiro de amaciante e perfume na fronha do travesseiro invade minhas narinas. — Naruto, pare com isso — Sasuke diz, bufando logo após. Sinto uma almofada atingir o meu corpo e resisto a tentação de xingá-lo com palavrões feios, pois minha voz sairia chorosa. — Você sabia que o fim do relacionamento estava chegando e já deveria estar preparado para tal acontecimento.

Não o respondo, pois odeio admitir que ele está certo. O homem tem razão; eu já deveria estar preparado para o término.

Ouço o som do meu guarda-roupa sendo aberto e dos cabides sendo remexidos. O que diabos ele está fazendo? Por que ele simplesmente não vai embora e me deixa sozinho?

— Eu sei que você não quer que eu veja sua cara de choro, mas eu já sei que você estava chorando feito uma criancinha. — O moreno ri. Suas palavras e o ato posterior me deixam constrangidos. Eu estava tentando esconder, no entanto, o maldito sabia desde o início. Por que ele precisa me conhecer tão bem?

— Eu não estava chorando feito uma criança — resmungo, levantando meu rosto do travesseiro e encarando o rapaz, apesar do constrangimento. Ele está brincando com a argola de metal presa em seu lábio inferior. Este é o piercings do qual mais gosto, por alguma razão ainda desconhecida. — Eu estava chorando como um adulto qualquer. — Entrego-me. Sasuke franze a sobrancelha, onde há outro piercing, e, logo após, boceja, como se estivesse de saco cheio desta conversa. Típico. — Você esperava que eu fizesse o que? Você, mais do que todos, sabe o quanto eu gosto de Sakura! — exclamo e ele revira os olhos. Sasuke odeia quando eu toco neste assunto, pois, durante os sete anos de amizade, eu sempre o perturbei, falando sobre a garotona de cabelos tingidos. Ele abomina bastante esse assunto.

Sasuke não gosta de falar sobre coisas românticas ou que envolve amor. Quem sabe seja porque ele nunca amou alguém — ou pelo menos isso é o que ele diz. No entanto, eu tenho minhas dúvidas. Ás vezes eu penso sobre o cara e me passa pela cabeça que talvez ele já tenha amado, mas não teve o sentimento correspondido. E olhando para o moreno, sem conhece-lo, eu diria que é muito fácil rejeitá-lo. O homem tem gostos diferentes, alguns piercings, tatuagens e uma cara de quem comeu e não gostou; todavia, de todas as pessoas que eu pude conhecer em minha vida inteira, ele é o cara mais legal. O Uchiha atua bem e, para mim, que o conheço, ele não é, nem um tiquinho, parecido como o rotulam. Sasuke também tem um coração e é impossível que nunca tenha amado sequer uma pessoa com intenções românticas.

Ouço-o murmurando alguma coisa incompreensível e posteriormente duas peças de roupa me atingem.

— Vista isso logo e vá lavar o rosto — ordena. — Estarei lhe esperando no carro, vê se não demora. — O moreno fecha as portas do guarda-roupa e caminha para a saída de meu quarto.

— Vá embora, eu não quero ir a lugar nenhum esta noite — o rapaz cessa o andar instantaneamente. Respiro fundo e abaixo o olhar para meus longos dedos. Eu não quero sair para nenhum lugar esta noite. A noite seria perfeita se eu pudesse apenas continuar deitado e dormir tranquilamente.

 — Ah, mas você vai, sim! — Sasuke vira o seu corpo, ficando de frente para a minha cama. Ele me encara, com o seu olhar mais mortal, enquanto cruza os braços sobre o peito. Este é o Sasuke Você Não Deve Se Deprimir Por Besteira, um dos mais chatos entre todos os modos do moreno, perdendo apenas para o Sasuke Eu Posso Fazer Tudo Sozinho.

Eu entendo que o rapaz só quer me ajudar, todavia, ele deveria enxergar no meu rosto inchado quanta vontade eu estou de sair de casa hoje. E a ironia foi algo que não deu para evitar.

— Eu não vou, não! — digo, convicto. Eu não levantei desta cama nem que alguém me pague para isso. Tudo o que eu mais queria era afundar minha cara no travesseiro, me cobrir e dormir para sempre, porém, ao contrário disto, estou discutindo com meu melhor amigo sobre sair ou não de casa.

— Você vai, sim. E se não estiver lá embaixo em trinta minutos eu irei esconder o seu videogame — balbucia do mesmo jeito que o meu pai. Isso me faz pensar nele, estou com saudades e só fazem três dias desde que o homem viajou. — E não lhe ensinarei as lições de matemática.

Sou péssimo em matemática... ele não pode me chantagear desta maneira!

— Eu te odeio! — após a derrota, mostro-lhe o meu dedo do meio e o rapaz revira os olhos.

— Não, você não odeia — diz, voltando a caminhar para fora do meu quarto.

— Sim, eu odeio — digo, contudo, ele já não está mais aqui e consequentemente não pode ouvir.

A minha vontade de sair não é das maiores, para ser sincero, essa vontade nem existe hoje, todavia, Sasuke me chantageou e eu precisei ceder. O meu dia foi uma grande merda e eu apenas gostaria de ficar deitado, assistindo uns desenhos e/ou ouvindo músicas depressivas, mas o moreno não concordou com minha programação para este sábado à noite. Maldito seja ele!

 

Minha vizinhança é muito calma e neste horário não há sequer uma alma vagando pelo asfalto. Sasuke continua buzinando freneticamente e o som de Stay One do TOC, junto com a buzina, é a única coisa que ecoa pela rua silenciosa. O moreno é apaixonado por esta banda há anos e, como melhor amigo, sempre me faz ouvir suas músicas favoritas de cada álbum, ai de mim se eu não ouvir. Preciso admitir que os caras são muito bons e, por isso, seu amor por eles é compreensível.

Eu e Sasuke somos muito diferentes um do outro, principalmente quando se trata de gostos musicais. Sasuke é um grande fã do rock japonês e eu sou aquele tipo de pessoa que ouve qualquer tipo de música, sendo ela nacional ou internacional, pop ou rock. O moreno, por sua vez, odeia o facto de eu não estabelecer um gosto especifico e há cinco anos ele vem tentando me transformar em um fã de suas bandas prediletas — segundo o rapaz, eu deveria me tornar fã para conseguir conversar com ele sobre as bandas. Contudo, ele não está tendo muito sucesso com este plano.

Abro a porta do carro e entro na parte de trás, cumprimentando Kiba, que está ao meu lado, Shikamaru, que infelizmente pegou o meu lugar no banco do carona, e Sasuke, no volante. Os rapazes estão muito animados com esta festa de hoje, talvez seja porque a última semana tenha sido de muita pressão, considerando que foi semana de provas na faculdade, e agora eles só querem se divertir e mandar todo o estresse embora.

— Quem são os caras que irão transar adoidados hoje? — pergunta Kiba, um dos gajos mais animados entre todos os que conheço. Ele é uma tremenda criança, apesar de seus vinte e dois anos.

Kiba é nosso colega de turma, assim como o Shikamaru. Nós cursamos administração e este semestre é o nosso último período. Por esta razão resolvemos marcar esta saída, sabe, o último ano deixa todos mais pressionados do que o habitual, afinal, é o ano em que pegaremos nossos diplomas depois de anos dando duro nos estudos. Eu, de nós quatro, sou quem está mais empolgado, pois poderei tomar a presidência da empresa de Minato, meu pai biológico, como ele e minha mãe sonhavam. Está tem sido minha meta desde os meus dias de garoto e agora que estou prestes a alcançá-la eu não poderia estar mais feliz e entusiasmado.

— Nós! — gritaram em coro. Noto a ausência da voz do Uchiha e, enquanto os outros dois gargalham após seus gritos, eu observo o moreno pelo espelho do carro. Para quem fez tanta questão que eu viesse, ele não parece muito animado e eu não faço a mínima ideia do motivo, entretanto, isto é algo do qual só posso pergunta-lo outra hora.

A faculdade está chegando ao fim e todos estão muito ansiosos para o grande dia da formatura, todos menos Sasuke. O meu amigo nunca quis cursar administração, sua verdadeira vocação fica na cozinha, mas o rapaz recebeu um fardo há alguns anos atrás quando seu irmão voltou do interior e contou-lhe que o mais novo teria que ajudá-lo administrar a empresa de Fugaku, seu pai. Se envolver num assunto de sua família é a última coisa da qual Sasuke gostaria de fazer em toda a sua vida, principalmente ao lado de Itachi — alguém que ele despreza. Eu tenho certeza de que se Itachi morresse agora, nesse exato momento, Sasuke seria o primeiro a sair para comemorar. Uma vez ele me disse que estava sendo castigado e eu, curioso, perguntei o porquê, o rapaz respondeu:

— A existência do meu irmão só pode ser algum tipo de castigo. Você deve estar certo, talvez o teu Deus realmente exista e esteja me castigando por ser tão cético em relação a Ele.

Depois de dizer isso, o Uchiha deu uma gargalhada como se tivesse contado a piada mais engraçada do universo, o que foi uma enorme surpresa porque ele não costuma rir, muito menos de piadas. Sasuke é deísta e eu nunca perguntei se ele sempre foi assim ou se aconteceu depois do suicídio de seus pais, pois o moreno mudou drasticamente após o ocorrido.

— Eu trouxe cerveja e vodca — o Nara abre sua mochila e nos mostra as bebidas que carrega dentro da mesma. — Não consegui trazer muitas garrafas, todavia, lá eles venderão e poderemos comprar mais quando as nossas acabarem.

— Eu trouxe whisky e a erva — Kiba estende um pacote cheio de maconha, que estava dentro de sua mochila. — Estou pensando em comprar “aquela branca” ao chegar lá, ouvi boatos que eles vendem das boas — o moreno termina, rindo.

— Você vai acabar virando um viciado, Inuzuka — Sasuke diz, balançando a cabeça negativamente. Kiba não responde e o Uchiha completa: — Não adiantará nada terminar a faculdade e dar entrada em uma clínica de reabilitação.

Sasuke consegue ser bem irritante quando quer, principalmente quando cisma em dar sermões como este. Nós fumamos maconha há anos e em nossa última festa Kiba levou cocaína, algo do qual nunca havíamos experimentado antes, e eu acabei exagerando na bebida e na nova droga. Não me lembro certamente o que aconteceu naquela noite, só lembro de acordar no dia seguinte e me deparar com um Sasuke furioso. O homem também havia usado a tal da branca, porém, não ultrapassou seus limites tanto quanto eu.

Eu ainda moro com Iruka e, por esta razão, precisei ligar para ele e avisar que dormirei na casa de Sasu, o que é uma enorme mentira, pois nesse exato momento nós estamos indo para uma rave, num terreno próximo do nosso bairro. Meu pai não é burro e nem nasceu ontem, tenho certeza de que ele não acreditou, o cara sabe das festas e eu costumo ser um péssimo mentiroso. Mas ele não se importa com essas saídas, pois se eu estiver com Sasuke é a mesma coisa de estar caminhando lado a lado a Jesus Cristo. Iruka confia cegamente no meu amigo. Eu me sinto um garoto de quinze anos quando meu pai pede para o Uchiha ‘tomar conta de mim’, como se ele já não fizesse isso por livre e espontânea vontade, tss.

— Eu só sei que não posso nem pensar em chegar em casa doidão, ou minha mãe irá me decapitar — Shikamaru diz, quebrando o gelo.

— Azar o seu, parceiro — comento, rindo, pela primeira vez desde que entrei no carro. Sasuke me olha pelo espelho do carro e franze a sobrancelha, surpreso. — Fui forçado a sair de casa, acho justo eu me acabar nessa rave.

Depois de Sakura terminar comigo, eu perdi todo o anime de ir para esta festa, mas o amante de j-rock me convenceu a vir e prometeu que faria eu me divertir e esquecer desta decepção amorosa. Inicialmente, eu detestei a ideia e hesitei, não queria levantar da cama e muito menos ir para uma festa, contudo, agora, estou começando a me animar.

— Estou contigo, Naruto — Kiba abre a garrafa de whisky e toma um gole, passando para mim posteriormente. Tomo um longo gole e a bebida desce rasgando a minha garganta, havia me esquecido de como era bom sentir o álcool em minha boca. Após o segundo gole, entrego a garrafa novamente para o Inuzuka.

— Sasuke só tomará quando chegarmos — Shikamaru avisa. — Se a polícia nos parar e notar que o motorista bebeu, estaremos fodidos.

— Pelo visto ainda existe um pouco de responsabilidade neste ser humano — brinco, devido ao fato de antes Shikamaru ser o responsável do grupo. Ele perdeu o cargo para o meu melhor amigo.

Sasuke é muito responsável e, em algumas situações, ele acaba sendo chato. Ás vezes eu o chamo de mãe, o que deixa o homem muito irritado.

Ele está sempre observando a quantidade de álcool e droga que estou usando e quando vê que já atingi o meu limite, o Uchiha me impede de prosseguir e me leva para casa. Eu sou muito grato ao rapaz por estes gestos de cuidado e por toda a sua preocupação, mas também me sinto culpado por ele não se divertir tanto quanto eu, pois passa as noitadas inteiras preocupado se eu irei exagerar ou não. Por esta razão, hoje não irei beber muito e tomarei conta para que ele também aproveite a noite.

Chegamos ao local da rave — uma espécie de campo de futebol — e estacionamos em uma das vagas improvisadas. Dividimos as bebidas e saímos do carro posteriormente. O lugar está lotado. Avisto algumas mulheres vestindo roupas curtas, com seios fartos, e homens vestindo apenas um jeans, com suas bocas grudadas nas das mulheronas. É uma típica rave de universitários.

Shikamaru não está mais em meu campo de visão e, à medida andamos pelo local, Kiba enlaça uma mulher pela cintura, sumindo no meio da multidão, esse aí não perde uma! Olho para o lado a procura de Sasuke, mas, para minha surpresa, ele também desapareceu no meio desta aglomeração de pessoas bêbadas. Acabamos de chegar e eu já estou sozinho, que empolgante.

Não que eu não esteja acostumado com isso, normalmente nós dividimos as bebidas e cada um segue um rumo diferente, mas hoje foi muito rápido. Eu mal respirei e quando notei já estava sozinho. Então eles estavam mesmo ansiosos para esta festa, não?

Olho ao redor, tentando encontrar algum atrativo, todavia, só enxergo pessoas suadas e seminuas. Caminho na direção da multidão, que dança ao com alto da música eletrônica. Não demora muito para uma mulher me agarrar, porém, eu acabo a dispensando, pois ela estava totalmente bêbada, de modo que não falava coisa com coisa.

Continuo a caminhar pela multidão, com dificuldade. O lugar está realmente muito cheio e a locomoção acaba se tornando um desafio quase impossível, no entanto, eu não desisto. Não sai da minha confortável cama para desistir aqui. Argh, onde Sasuke se enfiou?

Um rosto conhecido cruza o meu campo de visão e eu caminho até ele. O acesso é complicado e eu acabo pisando no pé de algumas dezenas de pessoas, todavia, estão tão bêbadas e drogadas que nem ao menos devem estar sentindo a dor de seus dedinhos sendo pisoteados.

— Hinata? — chego por trás, colocando uma mão no ombro da dona dos longos cabelos negros. Ela se vira para me olhar e, ao me reconhecer, esboça um sorriso gentil. Eu nunca reparei muito na prima de Neji, contudo, agora vejo o quanto ela mudou em apenas quatro anos. Está uma mulher encantadora!

— Naruto! Quanto tempo! — ela responde, se aproximando de meu ouvido para conseguir falar mais alto do que o som. Estudamos na mesma faculdade, mas, apesar disso, não temos contato desde a época do colégio. Eu a via no campus algumas vezes, mas nunca reparei nela.

— Eu não sabia que você curtia essas festas — digo, surpreso. Hinata sempre foi uma pessoa muito calada e tímida. Ela gostava de mim quando éramos do fundamental e não conseguia nem chegar perto de mim de tanta timidez, era engraçado. Eu nunca poderia imaginá-la em locais como estes.

A morena me explica que este também é o seu último semestre na faculdade e suas amigas, Ino e Tenten, combinaram de vir aqui com a mesma intenção dos meus amigos: se divertir e diminuir a tensão, que surgiu com as últimas provas.

Decidimos procurar um lugar mais calmo onde poderíamos conversar e, sem muita demora, encontramos um tronco de árvore pouco afastado de toda aquela aglomeração de pessoas sedentas por sexo. Sentamos sobre o tronco e conversamos sobre nossas faculdades, ela cursa psicologia junto com Ino, Tenten e Sai, amigos da época do colegial. Hinata não é mais como era antigamente, ela é uma boa falante e não cora por besteira — talvez seja porque seus sentimentos por mim acabaram, logo ela não tem motivos para sentir vergonha de conversar comigo. Eu fico contente por isto.

A conversa prolongou-se por mais alguns minutos antes de nos beijarmos. Os lábios da mulher são tão macios quanto algodão, o que aumentou a minha vontade de continuar beijando-a. O seu beijo era como uma droga, altamente viciante, e se não fosse pela necessidade de respirar, acredito que não teríamos parado tão cedo.

— Eu preciso ir. As meninas devem estar me procurando — a Hyuuga levanta-se do banco e desamassa sua roupa. — Nos vemos por aí, Uzumaki.

Antes que eu pudesse me despedir, ela some por dentro daquela multidão, que não estava muito longe de nós.

Levanto-me do tronco e decido partir para diversão, pois já que estou aqui, não posso ficar apenas olhando para o nada enquanto os outros caem na gandaia. Até mesmo Sasuke decidiu aproveitar sozinho e isso me deixa muito feliz porque ele costuma ficar na minha cola a noite inteira, mesmo quando está com outras mulheres continua mantendo seus olhos em mim. Ele é uma ótima babá.

Tiro uma garrafa de vodca de dentro da mochila em minhas costas e abro a mesma seguidamente, dando um longo gole na bebida. Eu não gosto muito de vodca, principalmente dessas de maçã verde, mas é álcool e eu não me importo com o sabor, tudo o que eu quero, nesse momento, é ficar inebriado.

Entro no meio daquelas pessoas e deixo-me levar pelo calor do momento, esvaziar a mente e permitir apenas o som de penetrá-la é uma boa ideia. O pessoal está dançando ao som de uma música da qual não conheço, deve ser alguma música nova, e eu me junto a eles.

A medida que o tempo passa, mulheres se aproximam de mim e eu acabo ficando com algumas delas. Preciso tomar cuidado, pois nessas festas há muitas garotas menores de idade e seria um problema se eu, um cara de quase vinte e três anos, me envolvesse com alguém de dezesseis anos. No entanto, as mulheres, que se aproximam de mim, têm uma aparência adulta, mas se eu estiver enganado, é improvável que eu as encontre outra vez depois desta noite.

Danço, bebo e fico com algumas mulheres aleatórias, contudo, não estou mais me sentindo animado com isso, nem demonstro. Está... faltando alguma coisa, algo do qual eu não sei o que é.

Me afasto novamente do meio daquela multidão e volto para o lugar do qual eu e Hinata encontramos, mas ao chegar lá, avisto um casal aos beijos e saio às pressas dali, antes mesmo que me eles vejam. Agora terei que encontrar outro lugar para ficar sossegado, tss.

Caminho rumo aos fundos da festa e felizmente encontro um lugar mais reservado, onde sento-me ao chão e dobro as pernas, colocando a garrafa — quase vazia — de vodca ao meu lado. Observo as pessoas dançando a poucos metros de onde estou, animadas e cheias de uma vontade louca de se divertir. Eu estava assim há alguns minutos, inacreditável.

Não sei quantas horas se passaram desde que chegamos aqui, quem sabe umas quatro, considerando que chegamos ás onze. Quatro horas e eu não pensei em Sakura sequer um minuto, talvez tenha sido uma boa ideia vir aqui para esquecer dos problemas.

Eu já posso perceber o efeito de duas garrafas de vodca em meu corpo. O mundo parece girar embaixo de mim e é difícil focar em algum ponto distante. Tudo o que consigo enxergar são rostos embaçados.

Enquanto olhava ao redor, algo me chamou atenção. Há um cara encostado numa árvore um pouco longe de onde estou, ele segura uma garrafa de cerveja e me encara fixamente. Eu li em algum lugar que se uma pessoa te encarar por mais de seis segundos é porque ou ela quer te matar ou fazer sexo com você, e eu fui pela primeira opção, pois, mesmo sem conseguir ver o seu rosto, ele não tinha cara de gay — se é que existe uma cara gay —, de modo que não deveria estar desejando transar comigo. E eu também não curto a ideia de fazer sexo com outro homem.

O cara se desencosta da árvore e caminha calmamente em minha direção. Eu desejo saber o que diabos ele quer comigo, então me mantive fixo no lugar. Minha visão está muito embaçada e, mesmo se aproximando, eu ainda não consigo focar em seu rosto.

— Vai uma bebida boa aí? — perguntou, estendendo a garrafa de cerveja, e eu reconheço sua voz.

— Não. Estou de boa — recuso.

— Eu vi sua garrafa vazia e achei que poderia querer — o moreno dá de ombros, tomando um gole de sua cerveja posteriormente.

— Onde você se meteu? — indaguei, ele termina a bebida e joga o vidro em um canto próximo de nós. Senta-se ao meu lado e dobra seus joelhos, assim como eu, colocando as mãos no chão para segurar o corpo.

— Fui pegar outras bebidas, sabendo que você não gosta de vodca, e quando voltei você tinha sumido — ele explica com desdém. — Procurei-te por alguns minutos e quando finalmente te encontrei, preocupado, você estava com a Hinata, então preferi não interromper. Achei que seria legal você conversar com ela, depois de tantos anos.

— Ela é uma pessoa legal e está bastante mudada, fiquei surpreso de vê-la por essas bandas — comento, encarando os meus dedos, que começam a ficar azuis de frio.

— A mulher era apaixonada por ti e eu gostaria que você tivesse namorado com ela ao invés de Sakura.

— Como consegue odiar tanto esse relacionamento? — pergunto, agora achando graça do ódio do rapaz. — Ela é sua amiga...

— Sakura nunca gostou de você dessa forma, Naruto — ele responde, e sua honestidade é como um soco no estomago. — Ela só aceitou o seu pedido de namoro porque você sempre foi legal com ela, mas não era amor, não, longe disso; era apenas gratidão.

Não respondo, eu também comecei a acreditar nisso, todavia, sinto-me envergonhado por não ter acreditado no meu melhor amigo quando ele tentou me alertar sobre a dona dos cabelos rosas. Não que ela seja uma mulher má ou coisa do tipo, até porque suas intenções não eram ruins, porém, eu acabei magoado.

— Acho que deveríamos ir para casa — digo, mudando de assunto.

— Oh, concordo, contudo, teremos que ir andando... eu não consigo dirigir nessas condições.

Assento em concordância, não poderíamos nem sonhar em dirigir bêbados, pois além de sermos parados pela polícia, poderíamos também provocar um acidente fatal. Não dirijam bêbados!

 

Acordo sentindo meu corpo dolorido e a cabeça latejando de tanta dor. Há tempos eu não tinha uma ressaca como esta, significa que a noite foi boa, mesmo que eu não me lembre de nada além de começar a beber com Sasuke.

Hm, Sasuke, é verdade, eu havia me esquecido do moreno. É estranho que ele tenha me deixado beber tanto a ponto de não me recordar de quase nada que ocorrera na última noite, normalmente ele teria me dado alguma lição de moral, dizendo que a bebida deve ser consumida com moderação. Não, ele não é assim tão chato quanto parece ser, todavia, me ver bêbado não é uma de suas coisas prediletas.

Me remexo na cama e sinto uma pontada no meu interior, na região do quadril. Após me remexer, avisto uma cabeleira negra do outro lado da cama e não há nenhuma dúvida de que é o Sasuke, afinal, eu poderia reconhecer esses cabelos a metros de distância, no entanto, o que ele está fazendo na minha cama? Oh, não! Deus, me diga que não é o que estou pensando que seja... Espera!

Eu estou... nu?!


Notas Finais


Ficha de personagem:
HINATA

Nome: Hyuuga Hinata
Gênero: Feminino
Idade:
Recordações – 13 anos
Acidente – 18 anos
Presente – 20-24 anos
Aniversário: 27 de dezembro
Signo: Capricórnio
Primo: Hyuuga Neji
Nacionalidade: Japonês
Espécie: Humano
Pele: Branca
Olhos: Azul acinzentado
Cabelo: Preto
Orientação: Sexuada/Heterossexual.
Cores favoritas: Roxo.
Gosta: Sair com as amigas, ajudar sua família com os negócios e estudar
Não gosta: Pessoas que namoram ou se casam sem amor, no caso, por arranjamento.


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