História Te Amo, Não Importa Como - Primeiro Dia

Sans acordou logo cedo e a primeira coisa que fez foi ir para perto de um espelho. Assustou-se com o que viu. Realmente tinha virado um humano. Seus cabelos eram platinados, curtos e bagunçados, seus olhos eram azuis claros, seu porte físico era de um adolescente de quinze anos e sua altura aumentou um pouco. Estava um perfeito humano agora.

Mas a questão é: como iria explicar isso ao seu irmão? Não poderia simplesmente sair assim do quarto e falar que desejou se tornar um humano e acabou sendo atendido. Seu irmão pensaria que estava ficando louco. Também tinha sérias chances de Papyrus chamar a polícia.

Estava pensando em alguma maneira de enganar o irmão por dois dias, mas foi interrompido por uma batida na porta. Era justamente quem ele temia que fosse.

- Sans? Ainda está dormindo? Acorde dorminhoco! Vamos dar uma corrida no parque! – Papyrus exclamou do outro lado da porta.

- Ahn... Não estou muito bem hoje irmão! – Sans falou a primeira coisa que lhe veio à mente.

- Não está se sentindo bem? O que você tem? – Papyrus perguntou.

- Ahn... Estou com indisposição... – Sans falou receoso.

- Mas isso você está todos os dias! Vamos, vai ser divertido! – Papyrus exclamou com a mão na maçaneta.

- Não abra a porta! – Sans exclamou desesperado.

- Por que não Sans? Você está agindo muito estranho hoje. – Papyrus falou desconfiado.

- É que... Eu to gripado! Não quero passar gripe pra você! – Sans falou, fingindo tossir.

- Oh, entendo... Então se cuide! Quando eu voltar, vou fazer um espaguete pra você! – Papyrus exclamou sorrindo.

- Ok, obrigado Paps! – Sans respondeu sorrindo pra porta.

O esqueleto mais velho ouviu seu irmão se distanciar da porta de seu quarto. Resolveu esperar mais um tempo, até ter certeza de que ele havia saído mesmo. Então, sem mais demorar, trocou de roupas e saiu de casa. Precisava arranjar um lugar para passar os dois dias. Mas... Onde poderia ser? Foi então que lhe veio à mente: Alphys lhe devia um favor da vez em que ele a ajudou a consertar uma das invenções de Gaster.

Sem demorar muito, foi caminhando até o apartamento da amiga. No caminho, acabou encontrando Frisk, que estava conversando animadamente com Napstablook e Monster Kid. Resolveu então criar alguma oportunidade para falar com ela.

Então, quando passou do lado dela, esbarrou de leve em seu braço, quase a derrubando. A garota só não caiu porque o esqueleto foi mais rápido e a segurou.

- Hey, tome cuidado! – Monster Kid falou furioso.

- Desculpe, não foi minha intenção machucar você... – Sans falou para Frisk.

- T-tudo bem, nós estávamos distraídos também! – Frisk falou sorrindo.

- Mas está tudo bem? Machucou-se? – Sans perguntou, olhando nos olhos de Frisk.

- N-não... Estou bem, obrigada por se preocupar... – A garota respondeu um pouco corada.

- Que bom então, assim fico mais tranquilo! – Sans falou sorrindo com seu sorriso habitual.

- Ahn... Precisamos ir... Até mais...! – A garota falou, se afastando do garoto.

- Ok, a gente se esbarra por aí! – Sans exclamou e saiu correndo.

- Esse menino... – Frisk falou.

- O que tem ele? – Napstablook perguntou curioso.

- Ele me lembrou do Sans... – Frisk falou, olhando o garoto se distanciar.

- Você deve estar imaginando coisas, só isso! – Monster Kid falou.

- Tem algo estranho nisso... Vou falar com Sans mais tarde... – Frisk falou pensativa.

Enquanto isso, o garoto corria como se não houvesse o amanhã. Não queria que Frisk descobrisse que ele era... Ele. Queria conquistá-la primeiro, para depois revelar quem realmente era.

Quando conseguiu uma boa distância, parou de correr. Caminhou rapidamente o caminho que faltava até a casa de Alphys. Queria chegar lá o mais rápido possível. Era impossível, mas se alguém o reconhecesse, estaria frito.

Chegando à casa da amiga, tocou a campainha.