Paolla
Minha cabeça estava doendo demais, me estico de um lado para o outro, insistindo em manter os olhos fechados. Então escuto uma tosse diferente, na verdade era familiar.
O álcool devia estar afetando meu cérebro, resisti e não abri os olhos.
-Ah não você é uma espécie imaginária do meu insconciente, não está aqui, não está aqui!
Repeti algumas vezes em voz alta.
-Bom, rum rum diferente seu modo de espantar fantasmas mas eu sou bem real!
Disse pigarreando.
Dei um leve pulo com o susto, abri os olhos, sem saber onde estava me virei para o outro lado, analisei o lugar que era estranho mas o homem parado a porta não.
-Bom dia!
Ele falou se aproximando e eu me agarrei ao lençol.
-Por que eu estou aqui?
-Porque ficou bêbada e seu namorado não estava lá!
Arregalei os olhos.
-Por que não me levou a minha casa?
Perguntei aleatoriamente.
-Porque a sua chave não abriu o portão e deduzi que não morasse mas lá!
Cocei a cabeça e confirmei.
-Ah, não moro! A gente fez?
Perguntei olhando e apontando para o que eu vestia envergonhada.
-Não! Prefiro mulheres sóbrias! Acabou o interrogatório?
Fiz sinal com a cabeça "sim" e depois "Não".
-Muito bem, fala.
Pediu sentando na beirada da cama.
-O que aconteceu o que eu fiz, disse ou sei lá?
Perguntei curiosa.
-Tudo mesmo?
Ele perguntou e fiquei assustada.
Coloquei a mão direita na testa e pedi que contasse.
-Ah, primeiro você bebeu demais, aí você não gostou de Sophia e jogou uma vinho nela...
-Hey não foi assim!
-Ah, então você lembra?
Disse apertando os olhos curioso.
-Sim, foi ela que me provocou a festa inteira! Primeiro no momento em que nos cumprimentamos.
-Não sei se anunciar que é minha namorada é provocar!?
-E eu não sei se me chamar de vagabunda não é provocar! Horas sendo observada naquele salão por aquela insuportável com cara de poucos amigos, que aproveitasse a festa ao invés de me enjoar com aquela cara de vaca! Tirei mesmo satisfação, não gostou levou o que merecia!
Falei me exaltando ficando de joelho na cama.
-Sabe o que eu acho?
Perguntou provocativo com o rosto próximo ao meu.
-O que?
Indaguei.
-Foi tudo ciúme!
-Que?
Perguntei raivosa.
-Tem ciúme que ela está comigo!
-Ah claro, fui eu que fiquei com pena da ex e a trouxe pra casa!
Retruquei
-Fui eu que fiquei toda hora dando as costas pro atual para ficar trocando olhares com o ex?
-Não fui eu que agarrei a ex na entrada do salão quase a sufocando sem oxigênio!
Jogamos provocações ele levantou e como última cartada disse:
-É espertinha, não fui eu que disse "Te amo"!
Engoli grosso.
-Quando eu disse isso?
Perguntei guaguejando de nervoso.
-Ontem, deitada na minha cama no meu colo e sem ao menos eu ter dado brexas! Tem mais alguma coisa a dizer?
Perguntou sentando novamente e com rosto atônito.
Muito envergonhada puxei o lençol me cobrindo da cabeça aos pés.
-Eu estava bêbada!
-É o que eu acho mais engraçado, quem bebi não mente!
1 a 0 para ele.
-Não era para você, às vezes estava pensando no Alejandro!
-Acho que não adianta fugir, você afirmou!
Marco
Puxei o lençol que a cobria e vi Paolla com as pernas cruzadas de indinho e as mãos tampando o rosto.
-Quer escutar algo ainda melhor?
-Hum...
Resmungou quase em choro.
-Quase ficou pelada em minha frente! Apesar de não ter nada que eu já não tenha visto! Mas pode ficar tranquila que o show de horrores foi antes.
- Que?
Perguntou ainda com o rosto tampado.
-Vomitou as tripas e sujou todo a vestido! Como sou uma pessoa muito boa dei uma lavada nele ontem depois que você dormiu, já deve estar seco!
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