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História Teach me... - Holding my world


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Boa leitura <3

Capítulo 12 - Holding my world



...Clarke estava em seu quarto, encarando o escuro, estupefata por Lindsey nem se quer demonstrar qualquer reação, ela acabara de abrir o coração e fora completamente ignorada. Ela se levantou e acendeu a luz, sedenta por alguma coisa, uma palavra, um soco, uma expressão de raiva, quando viu que... Lindsey estava dormindo o tempo todo. Tinha uma expressão serena no rosto, dormia agarrada a seu travesseiro...Todo seu discurso, suas lágrimas, sua coragem...pra nada.
Clarke voltou pra cama frustrada, mas de alguma forma o fato de por aquilo pra fora lhe deixou dormir um pouco mais aliviada.


                                                                                                        ((POV LEXA)

O dia parecia bonito, era sábado e eu não tinha planos. O jeito era trabalhar em minha tese, além do que, haviam dúzias de provas para corrigir. Gostava do silêncio de meu apartamento, mas preferia ir a praia, algo naquela briza me clareava a mente para prosseguir com meu trabalho remoto.

O celular vibra, me obrigo a abrir os olhos e abro a mensagem que recebi.

“Bom dia, Senhora. Carrancuda Pramheda. Será que hoje vou conseguir ter a chance de ver esses lindos olhos cor de rio?”

Essa hora da manhã e Clarke me mandara mensagem, eu deveria ficar irritada e cortar esse tipo de contato e intimidade, mas a única reação que me vinha era sorrir. Eu entrei numa loucura descabeçada atrás dessa garota e dia após dia tentava me convencer do quanto precisava acabar com isso, mas era docemente convencida do contrário com suas mensagens carinhosas, suas provocações em sala de aula e seu sorriso, aquele maldito sorriso.

“Bom dia, senhorita irresponsável. Griffin, traga seu oceano para encontrar meus rios.” Mandei. Onde eu estava com a cabeça? Dei uma pancada suave na testa...Talvez assim voltasse a pensar conscientemente.
Meu telefone tocou, era Blake. Porra, em pleno sábado...Pensei três vezes antes de atender.

- Fala, Blake. Atendi.

- Lexa, bom dia, desculpe a hora. Eu acho que tenho uma pista sobre nossa investigação.

- O que seria? Perguntei desinteressada.

- Eu ouvi uma conversa de Octávia com uma amiga dela, elas falavam de um garoto, Finn alguma coisa, nos damos aula pra ele, Octávia não parecia muito feliz ao dizer o nome dele.

Eu tentei me lembrar de onde conhecia esse nome, mas não consegui.

- Você tem certeza disso, Blake? As vinte últimas pistas que você tinha eram furadas. Eu disse, me levantando preguiçosamente da cama.

- Tenho, sinto que essa é real. Pensei em conversar com ele na segunda – feira. Ele disse, determinado.

- E o que vai dizer? Você vai puxar o garoto e perguntar “ Olá, você estuprou minha irmã?” Você está perdendo a cabeça, Blake, honestamente. Me dê algo concreto, eu acredito que isso esteja acontecendo, mas sua obsessão está estragando tudo. Desabafei irritada.

- Eu vou te provar que tenho razão, Lexa. Disse antes de bater o telefone na minha cara.

Bellamy estava ficando completamente paranóico com essa história, eu entendia seu lado, mas certas coisas deveriam ser lidadas com uma frieza que ele não tinha. Eu teria que tomar as rédeas dessa investigação.

Eu já estava sem roupa me preparando para entrar no banho, quando meu celular vibrou novamente. 

Puta que pariu.

Mensagem do Kane. 

Nada me irrita mais do que receber ligação ou mensagens de texto de colegas de trabalho em pleno final de semana.

“Lex, bom dia. Acabei de receber uma mensagem do Sr. Dante Wallace, eu realmente quero ajudar, mas minhas mãos permanecem atadas. Ele não quer nenhuma investigação oficial aberta na universidade e pede para que demos auxílio psicológico...externo. O famoso pano quente..”

“Filho da puta. Deixe comigo, Kane. Vou resolver essa merda de situação.” Disse ao desligar.

Dante Wallace era vice presidente da universidade, ele era um ditador, ignorante e senil. Kane e eu pedimos uma permissão oficial para abrir uma investigação secreta no campus de administração e negócios. Tinhamos um plano muito consistente, detetives seriam contratados e tudo seria muito discreto, mas é claro que ele não autorizou. Tudo pelo nome de sua diviníssima universidade. Eu não queria saber, eram garotas, crianças, seres humanos ali sendo abusados em seus próprios lares. Nenhum pai manda seu filho pra faculdade, acreditando que ele estará seguro para que isso aconteça, eu não ia admitir. 

Essas garotas iriam falar, nem que eu tivesse que apontar uma arma na cabeça delas. Fui tomar um banho pra tentar relaxar deste começo estressante de final de semana. Abri o chuveiro na temperatura mais quente possível, deixando aquela água me inundar, a água fervente batia nas minhas costas e eu podia sentir a ardência, isso tranquilizou meus músculos que a essa hora da manhã já estavam tensos.

Quando terminei, ao pegar a toalha e me enrolar ouvi pequenos ruídos em minha sala que me deixaram apreensiva. Corri e peguei meu revólver, trancado no criado mudo do meu quarto, e de toalha fui sorrateira até minha sala.

Ao adentrar a sala fui surpreendida brutalmente pela pessoa mais inoportuna que eu conheço:

- Como você entrou aqui, Griffin? Esse porteiro é uma parede, não é possível.

Ela ria de minha reação até que ficou séria de repente e respondeu:

- Quem mais ele deixou entrar? Disse ao levantar uma sobrancelha.

- Ninguém que seja da sua conta. Respondi indo para meu quarto.

- Pra que? Não precisa se trocar só porque eu cheguei. Ela me disse. 

Clarke usava uma regata larga branca e um shorts jeans ridiculamente curto, não entendi a necessidade disso, me segurei pra não dar uma calça pra ela vestir. Tinha os cabelos soltos, penteados de lado, deixando parte de seu pescoço desnudo, enfeitando minha imaginação.

Eu sorri de canto, com um fio quente me percorrendo a espinha:

- É mesmo? Porque você não vem tirar o pouco de pano que ainda tenho no corpo? Provoquei.

Clarke veio em minha direção, e eu me virei rapidamente agarrando seu queixo com minha mão, apertei de verdade:

- Você acha que vai aonde? Acha que sou fácil que nem você? Perguntei.

Ela mordeu os lábios. Droga, Griffin.

- Acho que você é fácil pra mim. Respondeu me penetrando com aqueles malditos olhos azuis.

- Esse jogo está muito injusto. Tira a roupa pra mim. Eu disse me jogando seu queixo e medindo-a de cima a baixo, desedenhando-a.

Ela riu, duvidando de meu pedido.

- Quê? Claro que não. Respondeu com deboche.

Eu me aproximei depressa e puxei seu cabelo na altura de sua nuca, vi resquicios de dor se formando em sua expressão:

- Isso não foi um pedido. Tira a roupa pra mim.

Eu não queria ficar exposta sozinha, vulnerável, e vi ali uma chance de ver Clarke em toda sua essência, algo que eu quero faz tempo.

Aquele dia em meu escritório estava tudo escuro e eu não estava em mim, tinha aquele instinto imbecil de querer protege-la, mas dessa vez não… dessa vez ela que teria que se proteger de mim. 

Clarke levantou uma sobrancelha e contrariada...bufou.

- Não bufe pra mim, Griffin. Avisei.

Me sentei no sofá ainda com a toalha enroscada em meu corpo. A observando.

Clarke mexeu em seu cabelo da forma mais sexy que eu já vira alguém mexer em um cabelo, o colocou pra trás aceitando o desafio.

Afastou minha mesa de centro com seu pé já descalço.

Ela me encarou, e riu de si mesma por não acreditar no que estava fazendo, aquele riso me derreteu, mas me mantive rigorosa:

- VAI! Gritei.

Ela tirou sua regada com calma, me fazendo franzir a sobrancelha, essa garota tinha potencial.

Ela começou a desabotoar seu shorts jeans desnecessariamente curto, sem parar de me encarar por um só segundo, desceu seu zíper devagar e ao alcançar o fim do trilho, ela gemeu. Eu explodi por dentro.

Vadia! Eu não vou tocá-la até que tire toda a roupa.

Ela tirou seu shorts em câmera lenta, me provocando a cada movimento, lentamente passou ele por sua bunda enquanto se inclinava pra frente, rebolando.

- Vem! Ela disse.

- Termine! Eu mandei.

Ela mordeu os lábios novamente, de propósito e virou de costas, não tínhamos música no ambiente, mas ela rebolava em algum ritmo de alguma música provavelmente muito sexy, ela terminou de tirar o shorts e o jogou longe, suavemente ela desabotoou seu sutiã e sem olhar para mim o jogou em meu rosto, me fazendo arder em desejo.

- Eu vou acabar com você. Eu disse, podendo sentir seu gosto em meus lábios. Meus olhos estavam cerrados em vontade.
Ouvi ela sorrir em deboche.

- Vai me castigar, professora? Ela perguntou me olhando por cima do ombro já nu. 

- Como você nunca fora castigada em sua vida. Eu disse.

Ela se inclinou para frente, curvando suas costas e deixando sua bunda próxima a meu corpo sentado, passou seus dedos pelo fio dental de sua calcinha vermelha, com calma, me provocando...acariciou seus próprios seios, me pedindo com os olhos por cima de seus ombros pra que a tocasse.

- Tire! Eu exigi.

- Não. Ela retrucou mal criada.

- Tire agora. 

- Sua boca podia falar menos e me tocar mais. Ela disse ainda sem se virar, se acariciando...Gemendo com a ação.

- Griffin, pare de me desobedecer. Eu ordenei. Eu já não estava aguentando, meu corpo vibrava para toca-la, ela só precisava fazer o que eu mandei. 

Então...ela bufou...

Foi o que bastou, me levantei furiosa a atacando por trás, prensando-a contra minha porta de entrada que ficava próxima da sala de estar, nossas respirações estavam ofegantes e uniformes. Inspirei em seu ouvido e então mordi seu pescoço seguindo para sua nuca, deixando minhas marcas por todo seu corpo. Ela rebolava em mim e eu podia senti-la através de minha toalha, com meu sexo. Ainda de costas, ela puxou minha toalha com violencia, fazendo-a cair e com que o toque de sua pele ficasse agora ainda mais sensível sob a minha.

Ela rebolava ardentemente, o toque entre meu sexo e sua traseira já estavam escorregadios, tamanha era a minha vontade em possui-la.

Encontrei o caminho até sua calcinha, coloquei minha mão dentro e estimulei seu clitóris, ela urrou de prazer, vi todos seus pelos se arrepiarem, gemia agora olhando para a porta, com a testa encostada e os olhos fechados, seus lábios estavam secos, pude ver seus dedos procurando algo a que apertar, algo para extravasar o tesão que sentia.

Me senti encharcada ao senti-la, mexia cada vez mais em seu clitóris fazendo – a se contorcer.  Acariciei sua área em volta, sentindo seu líquido já espalhado por toda sua parte, escorreguei minha mão perto de seu sexo fazendo menção de penetrar, provocando-a

- Me fode! Ela implorou, ainda de olhos fechados. 

E dessa vez, foi eu quem a obedeceu. Que urgência em ter essa garota. Eu não estava em mim...de novo.  A virei de frente bruscamente, batendo suas costas contra minha porta e ainda com a calcinha, a invadi. Coloquei dois dedos de uma vez dentro dela e ela estava mais úmida do que nunca. Meus dedos escorregavam facilmente enquanto fazia movimentos de vai e vem. Eu gemia. Ela mal respirava.

Pressionei meus seios contra os dela, arrepiada com o atrito, esfreguei nossos corpos quentes, alcancei seu pescoço e dei pequenas mordiscadas. Enquanto a fodia com uma mão, busquei seus seios com a outra e o outro seio ficou por conta de minha boca que agora descia de encontro a eles. Eu a chupei, deixei sua pele clara marcada com minhas mordidas e chupões, lambi cada parte de seu bico enrijecido em movimentos circulares, me afoguei naqueles seios. 

- Eu vou gozar. Ela disse em meio a uma respiração difícil.

- Só quando eu quiser. Eu disse, retirando meus dedos que agora eram três. E então calei sua respiração invadindo sua boca com minha língua sedenta. Foder Clarke estava divino, mas eu não conseguia olhar naqueles olhos sem precisar me perder em um beijo, precisava senti-la. Explorei cada parte de sua boca, lutando contra sua língua, mas ela não lutava de volta, Clarke estava entregue, sua língua macia só se preocupava em sentir a minha de volta. Eu chupei sua língua fazendo – a inclinar a cabeça levemente pra frente seguindo a língua presa em minha boca. Mordi seu lábio inferior com força, sentindo o gosto metálico do sangue resultante a mordida, quase gozei ao ouvi-la gemer de dor.

Ela agora massageava meus seios, enrijecidos com o tesão de seu toque quente. Massageava com força, com raiva. Sua outra mão encontrou minhas costase  a arranhou, se vingando de minha mordida, ela desceu até minha bunda e a aperto com força, pressionando nossos sexos, esfregando nossos sexos.

Ela me afastou e achou o caminho para meu clitóris, me tocando e aquilo foi pura heroína. Fechei os olhos e me deixei sentir seu toque, eu estava completamente entregue e não sabia como controlar toda vulnerabilidade que ela me fazia sentir. Sorrateiramente, menina Griffin me penetrou com seus dedos, eram dois, de uma vez, sem aviso prévio, gemi em protesto de dor pela surpresa e tesão pelo toque, eu já não tinha controle de nenhum dos meus músculos, nem forças para beija-la eu tinha. A apertei contra mim, sentindo seus seios macios contra os meus, e os esfregava, cada vez mais intensos, cada vez mais fortes, seus seios estavam completamente duros e eu pude sentir cada parte disso.

Meus pelos se arrepiavam com o atrito. Enquanto eu os esfregava, ela me penetrava, e eu estava prestes a alcançar meu ápice, eu queria esperar e faze-la sentir esse paraíso primeiro, sabia muito bem me controlar e me segurar para fazer uma transa durar bem mais...Bons ensinamentos tântricos. Mas não consegui, não conseguia me segurar sabendo que essa loira maravilhosa estava me tocando, ela me penetrava, mexia seus dedos dentro de mim, esfregava seus seios duros nos meus, gemia em meu ouvido, minha visão estava quase turva, meus músculos rígidos, paralisados, esperando pelo frenesi daquele toque. Eu apertava seu ombro nu em protesto.

E senti. 

Gozei em seus dedos e soltei minha respiração pesada em sua nuca suada. Ficamos assim por alguns segundos até que eu pudesse recuperar algum ar. Ao perceber que eu havia gozado, Clarke retirou seus dedos de dentro de mim, me encarou e lambeu cada um deles. Pra que isso? Ela não parava de me surpreender… de me enlouquecer.

Eu voltara a estaca zero com isso...Estava excitada como a 10 minutos atrás. A peguei pela cintura e a levantei, o que foi relativamente fácil a considerar pelo tanto que treino. Prendi  suas pernas ao redor da minha cintura e a coloquei em meu sofá encostada, abri suas pernas expondoa-a inteira pra mim e abocanhei seu sexo.

Estava completamente molhada, esperando por meus lábios, esperando que eles sentissem esse gosto maravilhoso que 

Clarke produzia, seu cheiro, seu calor...

Eu chupei seu clitóris e a senti agarrando meus cabelos em protesto. Ela gemia e apertava todos os dedos dos pés se sentindo torturada, com os músculos completamente tensos. Eu a penetrei com minha língua repetidas vezes, ao som de seus gemidos ligeiramente altos, lambi suas extremidades provocando-a e alternernando com pequenos chupões.

- Que tesão. Me fode inteira. Ela pediu.

Sua voz rouca de respiração difícil acabava comigo. Eu precisava de seu líquido em minha boca.

Penetrei minha língua com toda pressão presente em mim, sentindo-a vibrar de prazer, retirei e voltei a estimular seu clitóris com a língua pesada, apertei sua coxa, marcando-a, seu corpo se movia procurando o próprio prazer, ela rebolava em minha boca e me pressionava contra seu sexo.

A senti cada vez mais rígida, enrigecendo seu interior e suas pernas enquanto gemia, e gemia, e se contorcia contra meu sofá...Até que, seu gosto me invadiu. Seu líquido escorreu por meus lábios e queixo e eu pude provar cada parte dele. 

Senti seu corpo amolecer diante de mim, suas mãos entrelaçaram carinhosamente meu cabelo, protestando cansaço. 

Sua respiração estava pesada, ela buscava por ar desesperadamente, dei leves beijos em seu sexo, e pude sentir que a fiz sorrir com isso. Me sentei no sofá, tão cansada quanto ela. Ela se virou pra mim ainda respirando apressadamente e me deu um leve beijo nos lábios, sentindo seu próprio gosto. E assim ficamos por alguns segundos. Suadas, cansadas, com lábios se tocando e os olhos fechados, ela segurava meu queixo ao me beijar, coloquei minha mão em seu pescoço, esmagando seu lábio com cuidado. 

Senti que segurei um mundo inteiro naquele beijo.

****

Tomei outro banho… Agora com Clarke. Ao sair a garota reclamava de fome. Apontei minha geladeira e segui em direção ao meu escritório, já trocada.

Era difícil me concentrar em qualquer coisa sabendo que ela estava em minha casa, fazendo nosso café da manhã, era uma sensação assustadora porque eu gostava disso, por querer que todos meus dias fossem assim. Eu não tenho nenhum problema com compromisso ou com aproximação, era só que...Clarke era minha aluna, além disso, era mimada, prepotente, não tinha ideia do que estava fazendo com a própria vida e me irritava 90% do tempo, era esse tipo de coisa que pesava pra mim. Me forcei a prestar atenção em minhas provas para dois minutos depois o furacão Griffin me tirar de la:

-    Vai me fazer comer sozinha? Ela disse, encostada no vão de minha porta, parecendo completamente sexy com aquelas pernas de fora.
Me levantei relutante e fui até a sala de estar, a mesa estava simples como um café da manhã feito as pressas deve parecer, mas até que bem rebuscada. Havia café preto, creme e açúcar. E no meio um prato com uma pilha de panquecas chamuscados com açúcar de confeiteiro, eu nem sabia que tinha essas coisas em casa. Em cima do açúcar que tinha na panqueca, Clarke desenhara dois olhinhos e um sorriso com maple syrup e bacon. A olhei revirando os olhos, e presenciei um sorriso inocente e conformado.

-    Eu já sei o que faremos hoje! Disse animada, comendo um morango.

-    Eu também. Eu vou corrigir as provas que apliquei ontem. Eu disse enquanto cortava minha panqueca. 

-    Ahh, mas não vai mesmo. Olha esse dia, a primavera está no fim, não teremos um dia assim até maio do ano que vem. 

-    Você tem alguma dificuldade com a palavra não? Perguntei. 

-    Você tem alguma dificuldade com diversão? Mas aproveitando que você ta morrendo de vontade de saber, deixa eu te mostrar onde iremos. Ela disse peralta enquanto se levantava pegando sua bolsa.
De la tirou um saquinho com um par de biquíni. 

-    Dessa vez eu nem precisei escolher e pedi pra Raven fazer minha mala. Disse orgulhosa de si, embora eu não fizesse a menor ideia do que ela estava falando.

-    Praia? Eu disse desanimada.

-    Acha que eu viria aqui com toda essa empolgação se fossemos apenas a praia? Vamos num lugar muito mais animado. Disse, empolgada.

-    Fala logo, Griffin. Disse impaciente.

Ela revirou os olhos chateada por eu acabar com seu jogo de adivinhação e guardou o bíquini de volta na bolsa. Respirei fundo, cedendo ao seus olhos maravilhosamente decepcionados:

- Tudo bem, onde vamos? Perguntei vencida.

- Não vou te falar assim, é surpresa. Disse Clarke se sentando.

- Garota, puta que...

Respirei fundo. 

- Eu não posso, tenho trabalho pra corrigir, Clarke. Disse séria, rezando pra que existisse um senso de seriedade naquela menina.

Ela se levantou novamente e se aproximou de mim, se abaixou até ficar na minha altura, pois eu ainda estava sentada e sussurrou em meu ouvido...Agora arrepiado com sua proximidade:

- Você não só vai perder meu corpo vestindo esse biquíni maravilhoso, como vai me entregar de bandeja pra que todo mundo me veja assim.

Eu sorri ironicamente.

- Acha que tenho ciúmes de você? Perguntei olhando pra frente sem encara-la.

Obviamente que eu tinha. Mas não ia dar esse gostinho pra ela.

Ela seguiu até sua bolsa, pegou seu celular e discou algum número:

- Finn? Oi, é a Clarke...Da faculdade, tudo bem? O que você acha de ir ao parque aquático comigo? Perguntou me encarando.

“Filha da puta!”

Me levantei e arranquei o celular de sua mão.

- Quem diabos é Finn? Perguntei apertando seu queixo.

- Um amigo. Disse sorrindo.

- Ótimo, se divirta com seu amigo então, já que tem a mesma idade mental que você. Eu disse rancorosa, soltando seu queixo e indo para meu escritório.

- Acho que dessa vez não sou eu a criança na relação. Disse Clarke, pegando sua bolsa.

Eu me virei e disse em tom de deboche:

- Relação?

Pude ver seu rosto se transformar em questão de segundos de branco para vermelho...De raiva.

- Vai se foder, Lexa. Engole esse café da manhã, engole o sexo dessa manhã, engole qualquer tipo de contato que acha que tem comigo...Ah, e engole a merda da sua monitoria. Ela disse saindo apressadamente e batendo a porta.

Peguei um prato e impulsivamente taquei na parede com raiva, quebrando a porcelana delicada em vários pedacinhos. 

Menina do inferno! 

Respirei fundo e fui para meu escritório tentar finalmente trabalhar, ao me sentar pude ouvir um sinal apitar na minha mente...

“FINN...”

A ligação de Bellamy! Esse era o garoto que ele desconfiava ter machucado sua irmã. 

Me levantei bruscamente pegando a chave de meu carro, nem mesmo consegui trancar minha porta, tamanha pressa em proteger aquela garota.

O maldito elevador não chegava nunca, soquei o botão no mínimo até quase arrebenta-lo e segui para a escada. 

Cheguei no térreo com a respiração difícil:

- Tatus, o senhor viu uma mulher loira passando por aqui com pressa?

- Vi sim, senhora Pramheda. Ela acabou de sair, me perguntou onde ficava o ponto de taxi mais próximo acredito que ainda esteja lá.

Corri apressada até o ponto de taxi que ficava no quarteirão seguinte e a avistei, andando de um lado pro outro bufando com o celular na mão, de certo se comunicando com o dito cujo. Me aliviei e diminui meus passos, mas um taxi estacionou e Clarke entrara dentro, antes que eu pudesse retomar meu ritmo acelerado, seu taxi passou por mim e 

Clarke não me vira.

“CARALHO!” Clarke estava indo encontrar um doente sociopata e era tudo culpa minha. Peguei meu carro com urgência no estacionamento aberto, que ficava do lado da portaria. Santo momento em que decidi estacionar no estacionamento mais próximo. Tentei encontrar o taxi pelas proximidades, pra minha sorte, estava trânsito e depois de 5 minutos dirigindo, reconheci o carro a uns 4 carros a minha frente. Segui Clarke atentamente, ultrapassando faróis vermelhos e praticamente quase atropelando todo mundo que entrava na minha frente.

O taxi parou na frente da faculdade, me aliviando. Conseguiria alcança-la.

Dei a volta pelo campus, estacionando meu carro em minha vaga, saí em disparada em direção a recepção de seu dormitório.

“Bingo!”

 Clarke estava lá...e o garoto também.

Ele a abraçou, ela pediu pelo abraço, estava buscando consolo por uma tristeza que eu lhe causara, meu coração falhou vendo esta cena.

- Olá, senhora Pramheda. Disse Finn ao me avistar, por cima do ombro de Clarke. Senti vontade de socar este garoto até que sentisse sua vida esvair de seu corpo por minhas próprias mãos. Desgraçado nojento. Não o encarei e me direcionei a Clarke.

- Griffin! Chamei. Ela largara Finn, se virou e me encarou, irritada.

- Vamos Finn, temos que ir. Disse pegando na mão do garoto novamente.

“Tem que ir o caralho.”

Peguei sua mão que segurava a mão dele e a puxei com violência, assustando Finn.

- Griffin, eu preciso de você hoje, considere seu plantão. Disse.

- Eu não trabalho de final de semana ou de qualquer outro dia, já pedi demissão. Disse.

- Você já encaminhou seu pedido para a Harper? Perguntei tentando seguir um viés diferente para convence-la.

- Não. Ela respondeu com raiva.

- Até segunda feira você é minha funcionária e minha aluna, se desistir ainda mais hoje, quando preciso do seu profissionalismo mais do que nunca, vou espelhar esse comportamento em suas notas semestrais, garota. Disse, nervosa.

Ela ficou sem resposta. Abrindo e fechando a boca sem saber o que dizer.

- Vai Clarke, outro dia a gente vai no parque, não se preocupe. Disse, Finn, passando a mão em seu cabelo, parecia chateado.

Claro que estava, não conseguira dar o bote em Clarke.

- NÃO! Que se foda o que você vai fazer. Ela disse.

- Que se foda? Vou te mostrar o que vai se foder...

Peguei ela pelo braço, enfrentando o olhar de Finn confuso e o protesto de Griffin tentando se desvencilhar sem sucesso.

- Não precisa usar a força, Sra. Pramheda. Disse o garoto vindo em minha direção.

- Não se intrometa, eu falo sério. Eu o encarei profundamente, fazendo-o recuar.

- Me larga! Disse Clarke.

- Não. Eu disse puxando ela em direção ao banheiro.

Era sábado, a faculdade estava deserta, achei o banheiro um lugar seguro.

- Qual seu problema? Você me chuta e depois muda de ideia? Vai se foder. Disse tentando sair do banheiro.

- Espera... Não posso deixar que você saia com esse garoto. Eu disse, a impedindo de sair, fazendo uma barreira com os braços em frente a porta.

- E porque não? Perguntou Clarke, cruzando os braços, desafiando uma resposta.

- Porque... Eu não podia expor Clarke a isso, não sabia o que essa informação faria a ela, até provar que esse garoto era o estuprador do campus, eu tinha que manter isso em sigilo e protege-la. – Porque não. Ele é um moleque , é comigo que você vai sair.

- Eu não vou coisa nenhuma. Ela disse irredutível.

- Me desculpa...Ok? Eu fiquei nervosa, Clarke, o que você espera de mim, estamos numa situação que eu não entendo muito bem. Você é nova, é minha aluna, não pode esperar que eu mergulhe nisso sem olhar pra trás. Disse com sinceridade.

- Eu to pouco me fodendo pro que você tem a dizer, eu também estou numa situação que não entendo, ok? Você é grossa e humilha as pessoas em público, não sabe como isso me incomoda, é seca e quando sinto vontade de demonstrar o que realmente quero, penso quinze vezes por medo de receber o que recebi hoje. Olha, eu sei que não sou a melhor pessoa do mundo, nem a mais adulta ou centrada, mas eu to aqui na mesma merda que você e sim estou me mergulhando sem olhar pra trás...Ou pelo menos estava. Ela disse me apontando o dedo.

Fiquei completamente sem reação. Cade aquela menina? Cade toda sua imaturidade? Engoli em seco ao perceber como 
ela me surpreendia a cada dia. A penetrei com meus olhos, conseguindo ver sua alma através daquela transparência, me aproximei, segurei seu rosto com minhas mãos e a beijei.

Ela retirou minhas mãos, magoada com violencia e eu voltei a colocar, e assim seguimos até eu empurra-la pra parede 
com cuidado, encostar nossas testas quentes e beija-la novamente, fazendo-a se acalmar com meu toque, senti suas mãos pararem de lutar contra as minhas e sua boca se abrindo aos poucos, deixando a minha entrar. A beijei com calma, queria sentir aquela sensação que sua boca me proporcionava. A abracei pelo pescoço enquanto a beijava, deixando nossos corpos completamente próximos, senti meu coração acelerar mais do que em qualquer momento que estivera com ela, nunca nos senti tão juntas, tão próximas, tão sintonizadas. Senti suas mãos me abraçarem pela cintura, compartilhando dessa densidade. Parei de beija-la e disse ainda de olhos fechados e testas encostadas:

- Vamos na porcaria do parque aquático. Disse, arrancando um sorriso molhado de seu rosto. Lágrimas finas escapavam 
de seus olhos. Eu as limpei enquanto a pegava pela mão em direção a porta do banheiro.

Eu não sei exatamente se estava pronta para isso, mas eu não estava pronta pra vê-la correndo qualquer tipo de risco, 
eu só precisava tê-la perto...O tempo todo.
 

 

Música da cena intima:

https://www.youtube.com/watch?v=SYM-RJwSGQ8

Tove Lo - Habits (Stay High) - Hippie Sabotage 


Notas Finais


Gostaram? Me contem. Me desculpem pelos erros de português e os de formatação, eu to com
tanto sono que já nem sei o que to fazendo.
Eu não consegui escrever o cap. de ação de graças pra hoje como prometi,
mas não vou desistir, vou publica-lo mais atrasadinho,

beijos lindezas <3


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