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História Teach me... - Coward or Brave?


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Boa leitura manas
<3

Capítulo 14 - Coward or Brave?


 

Lexa abriu a porta de seu apartamento com a mão direita, sem nem mesmo encarar a fechadura. Clarke a beijava no pescoço agora, querendo se vingar por toda vontade que a morena havia lhe feito passar. Com beijos apressados como se o mundo fosse acabar, elas entraram no apartamento sem perder o contato com o corpo uma da outra. Lexa ainda de olhos fechados, com a mão esquerda nos cabelos de Clarke, controlando a fome da loira, colocou suas chaves em cima de seu porta-chaves após trancar a porta. Retirou a regata de Clarke com pressa, enquanto sentia as mãos da loira em suas costas a arranhando.

Ela urrou em agonia ao sentir as unhas da loira contra sua pele, sorriu em irônia:

- Vamos ter que cortar essas belezinhas, Griffin.

Clarke sorriu suavemente e em seguida afogou seus lábios nos ombros de Lexa, que por sua vez desabotoava agora o shorts de Clarke...Pela terceira vez naquele mesmo dia.

 Após deixa-la de calcinha e sutiã, tirou seu vestido em um único movimento sem abrir os olhos.

- Se você me deixar na mão de novo...Disse Clarke receosa de começar algo que Lexa não fosse terminar.

- Vai fazer o que? Disse Lexa puxando-a em direção ao quarto, entre beijos.

- Não queira saber. Disse, desafiadora, seguindo Lexa sem desgrudar de seus lábios sedentos.

Lexa sorriu achando graça do tom desafiador de Clarke, mas sem realmente levar a sério.

- Muito pelo contrário, Griffin... Vou te comer tão gostoso que vou ouvir você me pedir pra parar.

Lexa a empurrou em cima de sua cama com leve violência e sem tirar os olhos dela, deitou suavemente sob seu corpo exposto. Lexa se sentou em cima da barriga de Clarke, fazendo Clarke gemer ao sentir seu sexo quente coberto por seu biquíni ainda úmido recostar em sua pele. Lexa rebolava em cima de Clarke enquanto tirava a parte de cima de seu biquíni. Assim que retirou, com um único movimento desfazendo um laço, retirou a sua própria parte de cima, deixando Clarke encantada.

- Como você consegue. Clarke olhava admirada.

- O que? Perguntou Lexa, confusa.

- Ser assim... Disse.

Lexa sorriu e selou seus lábios nos de Clarke, num beijo quente. Adentrou sua língua com urgência na boa da loira, buscando por oxigênio em sua maior fonte de vida.

Ela saiu num pulo de cima de Clarke e lhe arrancou a parte de baixo de seu biquíni, deixando-a nua, se sentiu úmidecer com essa cena.

Deitou em cima de Clarke e começou a dar beijos suaves em seu pescoço, acelerando os movimentos conforme a mão de Clarke puxava seus cabelos. Desceu seus lábios pela clavícula da loira, fazendo-a arfar de desejo, levou sua mão até o seio de Clarke, massageando-o com força...E pressa.

Alcançou o outro seio com seu lábio e chupou suas laterais, até chegar em seu mamilo. Circulou seu mamilo com a língua, enquanto massageava o outro seio com a mão. Clarke estava num frenesi total embaixo da morena. Gemia em tortura, movimentando seu corpo freneticamente ao sentir a língua de Lexa em seu corpo.

Lexa desceu seus lábios pelo torço de Clarke, sem deixar de tocar seus seios. Sugou sua pele deixando pequenos roxos pela extensão de sua barriga pálida. Clarke puxava seu cabelo, já sentindo as próximas atitudes da morena. Jogou sua cabeça pra trás, ansiando por esse momento, mas Lexa tinha outros planos...

Ao chegar em seu baixo ventre e dar beijos suaves ao redor, ela disse:

- Vira!

Clarke fora acordada de seu transe, abrindo os olhos e encarando-a:

- Hã?

- Vira de costas. Lexa repetiu, objetiva.

Clarke se virou, obedecendo cegamente.

Já de costas, Lexa mediu Clake de cima a baixo, admirando suas curvas perfeitas.

Deitou em cima da loira, beijando sua nuca e sentindo arrepiar todos seus pelos ao sentir isso. Alisou todo seu corpo com força, decorando cada parte de Clarke. Abaixou seu corpo e seus beijos, passou sua língua pela extensão de suas costas, enquanto alisava sua cintura, descendo para sua bunda.

Clarke respirava ofegante e apertava a fronha do travesseiro mais próximo, extravasando seu tesão ainda não saciado.

Lexa desceu seus lábios até alcançar sua lombar:

- Fique de quatro. Disse, desgrudando seus lábios da loira.

Clarke sem questionar e sem encarar a morena, levantou seus joelhos ficando de quatro.

Lexa se ajoelhou e levou sua mão até o clitóris da loira que estava pronta pra ela. Arfou ao sentir sua umidade.

Estimulou seu clitóris carinhosamente e gradualmente aumentou o ritmo, ouvindo a respiração de Clarke cada vez mais fraca. Num movimento lento, penetrou dois dedos dentro de Clarke, a primeira estocada fora completamente carinhosa, fazendo a loira arfar em desejo.

A segunda...

- Ohhhh, Lexa... Clarke gemia de olhos fechados.

Lexa penetrava em um movimento de vai e vem frenético, rápido, urgente, faminto. Sentia que seu sexo estava completamente molhado por foder Clarke dessa forma. Ela segurou sua cintura, aumentando ainda mais a profundidade de seus dedos dentro da loira, ela controlava suas estocadas e a intensidade que Clarke as sentia, movimentando a  cintura da loira no mesmo movimento de vai e vem que seus dedos.

Clarke encarava a cabeceira da cama, apertando o lençol, sentia seus dedos vermelhos e ardentes.

- Isso, forte... Suplicava.

Lexa estocava apressadamente, violentamente seus dedos em Clarke, sentindo toda a urgência nas suplicas da loira.

- Goza pra mim. Pediu, intercalando com beijos e mordidas em suas costas.

- Só pra você. Disse Clarke.

Parecia impossível, mas ouvir tais palavras de Clarke fez Lexa deseja-la ainda mais, aumentou seus movimentos e acrescentou outro dedo dentro da loira.

- Ahh... Gemeu.

Clarke sentia dor e tesão ao mesmo tempo, agora com três dedos, Lexa a estocava com força e desejo, ela estava prestes a alcançar seu ápice só de ver o prazer que causara a loira, mas antes que pudesse conseguir, sentiu Clarke se desfazer em sua cama. Ela amoleceu seus músculos e se deitou, com a respiração ofegante, de olhos fechados.

Lexa retirou seus dedos com cuidado para não machucar ainda mais o sexo de Clarke, limpou sua mão numa toalha próxima jogada no chão as pressas horas antes logo após a briga que tiveram. Deitou do lado de Clarke se sentindo satisfeita. A loira estava de bruços e de olhos ainda fechados. Lexa selou seus lábios nos dela num rápido selinho, mas Clarke já estava dormindo. Ela sorrira ao se dar conta disso. Cobriu a loira e a si, virou-se de lado e fechou os olhos relaxada. Sentiu Clarke se mexer e de repente, sentiu seus braços por cima de seu corpo, e seu rosto perto de sua nuca, Clarke a abraçara por trás, de conchinha. Lexa se assustou por um momento, com essa proximidade, com essa intimidade, mas se deixou ser ao lado de sua loira. Soltou um leve sorriso de lado, se ajeitou se aproximando mais do corpo de Clarke, levou sua mão até o braço de Clarke que a rodeava, fechou os olhos fazendo um carinho suave e dormiu. Dessa vez não só relaxada, mas feliz.

********

O dia amanhecera e Clarke e Lexa se encontravam exatamente na mesma posição, como se inconscientemente tivessem medo de se soltarem e não terem a chance de se envolverem assim novamente.

Lexa acordara, olhando a hora.

- Caramba, dormi por quase doze horas. Disse ao encarar seu rádio relógio.

Virou seu pescoço com delicadeza se recordando de Clarke e de tudo que viveram no dia anterior, sorriu ao sentir a loira ainda envolta de seu corpo. Se virou gentilmente, sem tirar o braço de Clarke de cima de seu torço, ficando de frente para ela.

“ O que você tá pensando, Lexa? Uma aluna...Sério? Uma aluna irresponsável, imatura, dependente, inconsequente...Linda, cheirosa, boa amiga, com o sorriso mais encantador que eu já vira, a gargalhada mais engraçada, o toque mais sereno, de bom coração, inteligente e desaforada...Eu to ferrada.”

Lexa a encarava, decorando cada parte de seu rosto, olhava seus cílios cumpridos, o desenho perfeito de seus lábios vermelhos, as maças de seu rosto perfeiramente levantadas, exalando a juventude de uma garota de vinte e quatro anos. Ela levou sua mão até seu rosto, e segundos antes de alcançar o toque, Clarke abrira os olhos, encarando-a de volta.

- Está me encarando a quanto tempo? Perguntou, sonolenta.

- A noite toda, sou uma psicopata, não sabia?

- Comigo na sua cama, não tem nem como não ser. Disse, sorrindo.

- Convencia. Lexa disse revirando os olhos e sendo interrompida pelos lábios de Clarke nos seus, num selinho longo.

- Bom dia. Disse Clarke ao se distanciar.

- Bom dia. Respondeu Lexa, sorrindo.

- Preciso ir pra universidade. Disse Clarke.

- Pra que? Hoje é domingo. Perguntou Lexa, desfarçando sua chateação.

- Tenho que concluir minha parte do seminário de uma certa professora.

Lexa sorriu sem tirar os olhos dos de Clarke. Elas se encararam por mais alguns segundos, Lexa queria pedir pra Clarke ficar e Clarke queria que Lexa fizesse isso, mas percebera que nunca iria acontecer. Ela fez menção de levantar, mas Lexa a impediu. Colocou a mão em seu braço, a impedindo de levantar.

- Fica. Pediu encarando a loira.

Clarke sorrira satisfeita.

- Não posso bombar em mais um curso, Lexa. Disse Clarke sincera.

- Amanhã pode usar seu tempo de monitoria na minha sala finalizando sua parte. Posso te ajudar se precisar. Disse, ainda sorrindo.

- Isso é trapaça. Disse Clarke, com um sorriso travesso de lado.

- Não senhora. Lexa disse convencida. – Qualquer aluno pode buscar pelo meu auxílio, eu estou disponível para sanar dúvidas durante todo meu período, mas vocês têm tanto medo de mim que jamais teriam coragem de me procurar. Disse com uma sobrancelha arqueada. 

Clarke sorriu.

- Vocês quem? Nunca tive medo de você. Disse desafiadora.

- Não é? Perguntou Lexa.

- Nope! Respondeu fazendo bico.

- Pois deveria. Disse Lexa se levantando e deitando em cima de Clarke.

- Porque? Perguntou Clarke embaixo da morena.

- Sou dona de um dos piores ataques que essa cidade já vira. Devia me temer e muito. Disse com uma sobrancelha levantada.

- Ataque? Perguntou Clarke segurando o riso.

Lexa baixou sua cabeça e rapidamente encheu o rosto de Clarke de beijos suaves, pelo queixo, nariz, bochecha, lábio...

- Meu deus, é um ataque de beijinhos, alguém me ajude. Disse Clarke com voz de manha enquanto adorava receber cada um daqueles beijos.

********

Passaram o dia na cama, Lexa preparou um café da manhã reforçado e levou na cama para Clarke. Depois da última noite, ela se sentira completamente entregue. Não da parte sexual, mas da forma que dormiram, estava envolvida com Clarke até o último fio de cabelo e o mesmo era com a loira, que tinha uma facilidade maior em se doar, mas com toda sua egocentricidade e ego exarcebado tinha dificuldade em ter interesse em alguém por muito tempo, mas depois de Lexa, já não se via com mais ninguém.

Depois de tomarem o café da manhã, passaram a tarde assistindo filmes e séries. Romances para combinar com o ambiente, comédias porque Clarke amava e Lexa odiava e terror, os favoritos de Lexa e os que mais assustavam Clarke, levando-a se esconder nos braços da morena. Pediram comida fast food e se acabaram em cima daquela cama, se acabaram em batata frita e coca-cola, em abraços, em cócegas, em desejo, em cochilos, se acabaram nos braços uma da outra.

 

 - Eu preciso mesmo ir, Lexa. Disse Clarke já vestida, pegando sua mochila.

- Dorme aqui, ué. Disse Lexa inconformada.

- E amanhã? Chegar com você na universidade? Que ótima ideia. Ironizou, Clarke.

-  Eu sou a professora, mas é você a chata que teoriza as coisas. Disse Lexa se jogando em sua cama, chateada.

Clarke sorriu e a invadiu com um beijo carinhoso, segurando seu rosto.

- Hoje foi...uau.

- Me deixa te levar. Disse Lexa entre lábios, querendo prolongar o dia com Clarke.

- Eu pego um taxi, tem um ponto aqui em frente.

- É perigoso, não quero você chegando sozinha naquele campus maldito. Disse Lexa com certo rancor em sua voz.

- Eu vou correndo, não tem perigo, prometo ok? Clarke disse tentando tranquiliza-la.

- Me avisa assim que chegar em seu dormitório? Pediu, Lexa.

- Nem um minuto depois. Sorriu Clarke.

Lexa a levou até a porta, com o coração partido em preocupação. E quando vira Clarke saíndo de seu apartamento a puxou pelo braço e juntou seus lábios num beijo de saudade. Explorou sua boca uma última vez naquele fim de semana que fora de longe o mais perfeito que se lembrava, e Clarke retribuiu com o mesmo sentimento, sentindo tudo o que Lexa transmitia, toda energia, todo carinho, toda paixão naqueles poucos segundos.

Ela se afastou de Lexa deixando a morena com um olhar de cão sem dono e fora embora.

Lexa fechou a porta de seu apartamento com a sensação de ter 15 anos de idade e acabar de dar seu primeiro beijo. Era um sentimento tão novo, uma urgência nova, uma sensação diferente, ela nunca fora carinhosa, mas ao lado de Clarke tinha vontade de agir como uma carente o tempo todo, tinha vontade de sempre ter algum tipo de contato com o corpo de Clarke, seja com as mãos entrelaçadas, ou num cafuné, ou com os pés se tocando acidentalmente debaixo da coberta, ela só precisava ter Clarke ali. Fora tomar um banho se sentindo patética, mas ainda assim, sentindo seu coração a ponto de explodir.

 

Clarke pegara um taxi tranquilamente, a rua estava movimentada o que a deixou aliviada, embora tivesse passado o dia deitada, estava cansada graças a Lexa. Seguia dentro do taxi com um sorriso no rosto, sorriso de satisfação, de ansiedade pelo dia seguinte, sorriso nostálgico repassando cada segundo de seu fim de semana. Recostou sua cabeça no banco do carro e cochilou.

Foi acordada pelo taxista avisando que haviam chegado.

- Moço, têm como você entrar? Meu prédio é segundo, se puder me deixar na porta. Disse Clarke receosa.

- Eu não posso. Esta cancela está abaixada, não consigo passar assim. Disse o taxista.

- Deixa eu pedir pro guarda abrir. Disse Clarke saíndo do taxi e indo em direção a guarita que se encontrava do seu lado.

Ela bateu no vidro com insulfilme, mas não obteve resposta, bateu mais algumas vezes e nada...

“Droga, onde esse imbecil se meteu?”

 Pensou.

O taxista já impaciente a olhara fazendo sinal de dinheiro com os dedos.

Ela voltara para o taxi, pegando dinheiro em sua bolsa e pagando o rapaz.

- Desculpa, moça. Disse ele ao engatar a ré e sair na direção que vieram.

Clarke encarou aquela escuridão, aquele bosque que parecia gigantesco agora que estava sozinha no escuro e sentiu sua mão tremer.

“Vai Clarke, coragem”. Pensou, tentando se animar.

Ela entrou no campus com o coração na mão, a passos ligeiros quase corridos, seguiu para seu prédio. Sentiu seu coração falhar por um segundo quando ouviu passos atrás de si. Ela olhou para trás, mas só vira a guarita vazia e a cancela levantada no meio daquele campus sombrio. Continuou com seus passos apertados.

Ainda estava um pouco longe de seu prédio, mas já estava cansada. Instintivamente desacelerou suas pernas, andando apenas um pouco rápido, enquanto recuperava um pouco de ar.

“Uma universidade desse porte e não tem um guarda na porta ou um meio de transporte interno, que inferno” Pensou.

Ela andava na pista cimentada, mas ouvia pés pisando em gramas e galhos, grama que existia ao redor da pista umidecida com o sereno da noite. Seu coração quase saindo pela boca com o susto a fez engolir o cansaço e correr. Ela corria e em relances olhava pra trás, tentando dar forma ao seu medo, mas toda vez que se virava, o barulho magicamente sumia.

Sentia uma presença se aproximando, não podia estar louca, estava sendo seguida, estava sendo caçada. Enquanto corria, achou forças para retirar o celular da bolsa e ligar para a segurança 24h do campus.

- Segurança Stanford. Atendeu uma voz cansada.

- Estou sendo seguida. Estou na entrada leste, do campus de administração e negócios, seguindo para o dormitório próximo ao chafariz central.

- Peço que permaneça onde está, enviarei um viatura escolar até sua localização. Respondeu a voz desinteressada.

- Você é retardado? Tem uma pessoa correndo atrás de mim, se eu parar e esperar por vocês quando chegarem vão encontrar meu corpo no chão. Disse enquanto corria desesperada.

- Moça não tem nada que eu possa fazer além disso, peço que permaneça onde está que enviarei uma viatu...

Clarke desligara o telefone com raiva.

“DESGRAÇADOS” Pensou.

Ela já não aguentava correr e seu prédio ainda estava relativamente longe, num sábio ímpeto ela parou, enfiou a mão em sua bolsa e gritou se virando:

- Eu tenho spray de pimenta aqui, meu amigo. Você pode até conseguir o que quer, mas esses olhinhos eu prometo que vou machucar.

Pode ver de relance uma sombra alta, era um homem, seu contorno era de alguém musculoso, ele parou de correr assim como ela e passou a andar em sua direção. Clarke congelara e não conseguiu mais se mover, tentou reconhecer quem era, mas estava muito longe pra isso. Sentiu seus pés fincados no chão como se tivessem criado raízes, seu corpo tremia, suas mãos mal conseguiam segurar seu celular, sua respiração ofegante estava alta e seu coração batia numa velocidade que desconfiava ser um ataque cardíaco.

Estava tendo um ataque de pânico.

- Eu vou gritar. Disse ao ver o homem se aproximar cada vez mais, ainda embalado pela sombra das árvores que rodeavam o campus.

Tirou forças sobrenaturais de seu corpo e conseguiu dar pequenos passos para trás, se distanciando, seus pequenos passos foram aumentando e sua coragem e determinação em sobreviver também. Começou a correr novamente, sentindo o homem fazer o mesmo, correu determinada a chegar em seu prédio, segundos que pareciam horas foram cruciais, de repente se chocou com uma pessoa, quase caíndo no chão. Sentiu uma mão impedindo-a de cair, segurando seus dois braços com força, mas sem machuca-la.

- SOCORRO! SOCORRO, ME SOLTA, SOCORRO. Batia no homem que a segurava, ainda de olhos fechados, com medo do que poderia ver, do que poderia acontecer.

- Clarke, calma, sou eu. Calma.

Clarke demorou alguns segundos e alguns socos para perceber que a voz que se dirigia a ela, era de  Bellamy.

- Bellamy. Disse aliviada por ter encontrado o professor. O abraçou forte quase se sufocando em seu pescoço.

- O que aconteceu? Ele perguntou preocupado.

Mas Clarke se desfazia em seus braços. Os soluços a impediam de falar

Bellamy a afastou gentilmente de seu peito, já lavado por suas lágrimas:

- Clarke, calma por favor. Me conta o que houve. Disse segurando a loira pelos ombros.

- Tinha...uma...pessoa... Dizia entre soluços.

- Respira. Pediu Bellamy calmamente.

- Um cara...me...seguindo. Disse Clarke já com os olhos inchados.

- Um cara? Você conseguiu ver o rosto dele. Perguntou Bellamy com pânico na voz.

- Não. Disse Clarke, chateada.

- Tudo bem. Disse Bellamy olhando atrás de Clarke, por todo redor do campus, tentando achar algo. – Você precisa se acalmar. Ta tudo bem agora. Vou te levar até a enfermaria.

- Não...precisa...Disse, Clarke limpando as lágrimas dos olhos. – Eu só quero ir pro meu quarto.

- Podemos ir na seguraça do campus antes? Denunciar este acontecimento? Pediu Bellamy, encarando a loira.

- Não, Bellamy...Agora eu só quero meu quarto, por favor. Implorou a loira com a voz embargada, ameaçando voltar a chorar.

- Tudo bem, tudo bem. Vou te acompanhar até lá. Ele a abraçou de lado e a guiou até seu quarto.

*************

- Porra, Clarke, para de chegar tão tarde. Disse Lindsey ao ouvir alguém batendo na porta de seu quarto. Ela abriu a porta com raiva, mas conseguiu acordar inteiramente ao ver Bellamy ao lado de Clarke que tinha o rosto vermelho e os olhos inchados.

- O que houve? Perguntou a morena preocupada, dando espaço para os dois adentrarem o quarto

- Clarke está cansada. Amanhã ela te explica melhor. Disse Bellamy sentando Clarke em sua cama.

Se ajoelhou para ficar na altura da loira:

- Amanhã, vamos reportar isso tabom? Pediu.

Clarke assentiu com a cabeça. Lindsey a encarava confusa. Acompanhou Bellamy até a porta. Ele se virou e encarou a morena:

- Cuida dela, ela ta meio chocada agora, mas vai ficar melhor. E...Cuidado nesse campus, não saia sozinha, ok? Pediu Bellamy.

- Tudo bem, professor. Disse Lindsey fechando a porta. Antes que terminasse o movimento, Bellamy empurrou a porta levemente com a mão impendindo-a de fechar.

- Ah, Srta. Morgan, você conhece o aluno Finn Collins? Conhece bem? Perguntou.

- Ah, Finn é um amigo. Disse confusa.

- Octávia, vi que vocês andam muito juntas, sabe se ela tem alguma inimizade com ele?

- Ah...Lindsey ficou sem graça com a pergunta. Octávia desenvolvera certa intolerância a Finn desde que ela e Lindsey passaram a se relacionar, por saber seus sentimentos anteriores por ele.

Bellamy sentiu que a garota ficara desconfortável e desconfiou.

- Ele não é sua pessoa favorita no mundo. É tudo que posso dizer. Disse tentando desfarçar.

- Tudo bem. Boa noite. Disse Bellamy com a certeza de que Finn era quem procurava.

********

- Clarke, me conta o que houve. Pediu Lindsey encarando a amiga.

Clarke tinha medo de se desenfrear a falar e falar algo que não queria. Não podia contar sobre Octávia.

- Nada, Linds. Eu fui seguida pelo campus, mas devia ser algum idiota tentando me assustar.

- Clarke isso é sério. Você prestou quixa? Perguntou.

- Não, vou fazer isso amanhã. Agora eu só quero dormir. Por favor. Pediu Clarke se cobrindo, vestindo ainda a mesma roupa que usara naquele dia.

Lindsey assentiu, respeitando a amiga.

- O que precisar, é só olhar pro lado, ta? Disse Lindsey.

- Uhum. Clarke disse já de olhos fechados.

******

No dia seguinte, Clarke acordou, mas não quis se levantar. Encarou o teto pensativa, se ficasse dormindo seria pior, não queria ficar sozinha.

Pegou o celular, sete chamadas pertidas de Lexa, nove mensagens.

“Chegou?”

“Clarke?”

“Será que dá pra você responder essa merda?”

“Chegou e já dormiu né? Caralho, garota”

“Estarei na entrada do seu prédio te aguardando exatamente às 7:30 da manhã com o Blake”

“Vamos até a segurança prestar queixa.”

“Espero que esteja bem”

“Eu deveria ir aí agora mesmo, queria ir aí agora mesmo.

“Eu só queria...Droga!”

Lexa estava transtornada de preocupação e Clarke percebera isso.

Era 7:10 da manhã. Lindsey saia do banheiro de toalha.

- Bom dia. Disse a amiga.

- Bom dia. Respondeu Clarke sonolenta.

- Vai a aula hoje? Perguntou enquanto se trocava.

- Não sei. Srta. Pramheda e o professor Blake vão me aguardar la embaixo, querem me acompanhar até a segurança. Disse se levantando.

- Mas que chique. O professor Blake estar envolvido nisso tudo já é estranho, agora a Pramheda... Acho que no fundo essa implicância que ela tem de você é amor reprimido. Disse brincando.

- Haha, aquela ali...Não amaria nem se fosse paga pra isso. Clarke disfarçou.

Entrou no banheiro e tirou sua roupa, seguindo até o boxe tomando um banho relaxante. Esse meio papo com Lindsey lhe fizera bem, pensaram e Lexa. Em seu fim de semana, nas grosserias da morena, no cheiro cítrico, no toque. Sorriu carinhosamente embaixo da água quente. Respirou fundo e terminou seu banho com um pouco mais de paz agora.

Clarke seguia com Lindsey até a entrada de seu prédio. Octávia estava la, junto com Bellamy e Lexa.

- Não quer que eu vá com você? Tem certeza? Perguntou Lindsey, apertando seu ombro com carinho.

- Não Linds, vai ficar tudo bem. Foi uma bobagem, estou indo só porque o Bellamy insistiu muito.

- Bellamy... Você ta muito íntima, cara. Disse Lindsey brincando. Se afastou, comprimentou os professores com um aceno discreto e foi até Octávia.

- O que aconteceu? Perguntou a Lindsey.

- Alguém seguiu Clarke pelo campus ontem. Professor Blake está preocupado e quer que ela vá reportar isso. Disse encarando Clarke se aproximar dos professores.

Octávia ficou pálida na hora e encarou Clarke profundamente. Fazendo a loira encontrar seus olhos de volta que estavam desesperados.

Se olharam por alguns segundos. Clarke voltou a mirar Lexa.

- Não preciso que me acompanhem, professores. Eu posso ir sozinha. Disse.

Lexa estava nervosa, parecia reter palavras e atitudes e aquilo a consumia.

- Não quero ouvir uma palavra. Vamos, Griffin.

- Pramheda, ela está certa, eu posso acompanha-la.

Lexa o olhou, fuzilando-o com os olhos. Censurando completamente suas palavras. Ele percebera, e levantou suas mãos em rendição.

*******

Ao chegarem no pequeno espaço destinado a segurança do campus, os guardas da recepção congelaram chocados por verem Pramheda naquele lugar.

- Sen...Sen...Srta. Pramheda. Disse um dos guardas nervoso.

- Eu quero falar com a autoridade máxima daqui.

- Eu posso te ajudar. Disse o guarda.

- Autoridade máxima. Você é surdo? Disse na frente do balcão.

- Sim senhora.

Clarke achou um barato o medo que todos sentiam de Lexa, gostava de imaginar que tinha esse corpo todo mandão e prepotente em cima dela na noite anterior. Sorriu ao lembrar.

Todos ficaram em silêncio aguardando o general do plantão.

- Srta. Pramheda? General Roan, a seu dispor. Disse um homem alto de cabelos compridos, preso em um coque samurai. Usava uma camisa verde, cor musgo e calça Jeans. Uma bota coturno, tinha uma corrente de tag no pescoço, denunciando seu título no excercito. Tinha os olhos levemente puxados e claros. Clarke o mediu, impressionada. Lexa bufou ao perceber.

- Olá, General Roan. Temos uma questão nesse campus e eu quero dar fim nela ainda hoje.

- Tudo que eu puder fazer para ajudar. Disse.

- Essa aluna foi seguida praticamente até seu dormitório ontem a noite quando retornava de seu final de semana. Se não fosse pelo professor Blake que optou por morar no campus esse semestre e estava pelos arredores, não sei como encontraríamos essa aluna essa manhã. Disse. Lexa era alta e tinha uma voz imponente, ou seja, sempre que falava, todos ao redor paravam o que estavam fazendo e prestavam atenção no que quer que ela estivesse dizendo.

- Entendo. Pode me acompanhar, Srta. Disse a Clarke.

Lexa a seguiu e foi parada por Roan.

- Preciso de um testemunho particular. Srta. Pramheda.

Lexa bufou irritada e se sentou na cadeira da recepção sendo seguida por Bellamy.

- Acha que devíamos dizer que é o Collins? Faze-los investigar, jogar essa pulga atrás da orelha? Perguntou Bellamy.

- Não temos certeza de nada ainda, Blake.

- Só pode ser esse rapaz, Pramheda. Tenho certeza disso.

- Você tem sempre certeza, já reparou? Todo caso, toda suspeita, absolutamente tudo é certeiro pra você. Disse Lexa alterando sua voz e se virando para encarar Bellamy.

- Porque está tão irritada?

- Você não está? Olha essa merda de situação, Bellamy. Essas garotas correndo perigo, até nós professoras corremos perigo e não temos a menos ideia de quem faz isso. E agora, Clarke passando por isso, eu não consigo suportar imaginar o medo que ela passou e...

Bellamy a encarava confuso. Ao perceber o que estava dizendo, Lexa parou de falar, balançou a cabeça em cansaço e recostou contra o sua cadeira.

******

- Muito bem, Srta...?

- Griffin. Disse Clarke, estavam em uma cabine de vidro dentro do departamente de segurança. Encarava Roan sentado atrás de uma mesa bagunçada.

- Deve ter sido algo muito grave ou você deve ser bastante especial. Disse, anotando seu nome numa ficha cadastral.

- O que quer dizer? Perguntou Clarke confusa.

- Srta. Pramheda nunca colocou os pés nesse departamento, trabalho aqui a anos e só a vejo de longe ou em confraternizações, nem mesmo sabia quem eu era. Disse com certa chateação na voz.

Clarke o fitou sem graça.

- Ela só está cansada dessa situação.

- Então é uma situação? Perguntou encarando, Clarke.

- Como? Como sendo da segurança do campus vocês estão alienados a tudo que acontece?  Perguntou enfurecida.

- Pode ser mais clara? Perguntou Roan, arqueando uma sobrancelha.

- Estamos todas num perigo eminente aqui, General Roan. Tem alguém seguindo as meninas e atacando-as e ninguém parece se importar.

- Atacando? Essas meninas reportaram isso? Perguntou desconfiado.

- Não. Elas devem ter medo, não tem apoio, pra que falar?

- Eu não posso fazer nada se essas garotas não reportarem isso, srta. Griffin.

“- Pode no mínimo cuidar da pouca segurança que temos. Ontem quando cheguei de taxi, pedi para o taxista me levar até a entrada do meu prédio e ele levou? Óbvio que não porque a cancela de entrada estava abaixada e não tinha um ser humano se quer na guarita. Ai, eu inocentemente pensei: Vou correr. Corri que nem uma maluca no meio do campus e comecei a ser seguida, não consegui ver o rosto dele, mas sei que me seguia, eu vi, eu ouvi e eu senti cada passo que esse homem dava atrás de mim. Liguei pra cá e o que disseram? Pra eu aguardar a pocaria de uma viatura. Aguardar? Porra, General, com todo respeito...Um cara praticamente me caçando e você pedem pra eu ficar parada? Só faltou pedirem pra eu abaixar o shorts pra facilitar o trabalho dele.”

- Srta. Griffin?

Clarke acordou de seu transe, onde se imaginou dizendo tudo que gostaria para o General, mas tudo o que disse foi:

- O senhora está certo. Sobre ontem, não precisamos tomar nossos tempos. Eu me senti sendo seguida, devia ser algum babaca tentando me assustar. O professor Blake estava pela área e conseguiu me acalmar. Tudo não passou de um episódio infeliz.

- A senhora tem certeza disso? Perguntou.

- Sim. Disse a contra gosto.

“Como, Deus? Se eu levantar suspeitas vão perceber que sei mais do que estou contando e se descobrirem? Se descobrirem Octávia e que ela me contou...Lindsey nunca iria me perdoar, nem Bellamy...Nem mesmo Lexa...Que deus me ajude”

Clarke saiu e avistou Bellamy e Lexa ainda sentados esperando por ela:

- E ai? Perguntou Bellamy.

- Eles vão colocar um guarda perto da saída. Achei uma ótima alternativa.

Lexa a encarou confusa.

- Só isso? Depois de tudo que você passou é essa a providencia que eles vão tomar?

- Lexa... Disse Clarke num tom de pedido para que ela baixasse o tom de voz.

- Esse Roan de merda vai me ouvir. Seguiu em direção a sala, mas Clarke segurou seu braço.

- Por favor. É o bastante, não foi nada demais, só foi alguém tentando me assustar, algum babaca possivelmente. Se acalme.

 Lexa não acreditava naquilo.

- Clarke, eu vi seu estado ontem, não foi só isso.

- Com todo respeito professor Blake, se afaste disso. Obrigada por ontem, mas já foi e foi uma bobagem, eu estava nervosa, tava tudo muito escuro não enxerguei direito, as vezes nem era mesmo uma pessoa...Quem sabe? Eu preciso ir agora, tenho aula. Bom dia.

Disse e se encaminhou para fora do departamento, seguindo em direção ao seu campus.

Clarke só pensava no olhar decepcionado de Lexa, como se o pouco que havia conquistado da morena nesses meses tivesse se decipado com aquela atitude covarde. Seus olhos se encheram de lágrimas ao pensar nisso.


Notas Finais


E aii? Suspeitas? Mandem oq acharam.
Me chamem no tt, manas, se quiserem falar da fic e tals
Um beijo no coração de vcs, talvez eu volte hj ainda se rolar tempo.

<3
@thatfun


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