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História Teach me... - Thanksgiving? Parte 3


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


última parte desse feriadão cheio de babados, gente.

Capítulo 17 - Thanksgiving? Parte 3


 

((POV CLARKE))

 

Acordamos naquele sábado na mesma posição que dormimos, como sempre. Fiquei com um pouco de medo, em casa me sinto mais propensa a ter pesadelos e não queria que Lexa conhecesse essa parte da minha vida.

Minha mãe preparou a mesa de café da manhã mais exagerada que eu já tinha visto, obviamente para agradar Lexa, revirei os olhos ao refletir sobre isso.

Fomos dar uma volta pelo pier de Santa Monica logo pela manhã, num horário em conseguíamos nos movimentar, levando em consideração no quão cheio era aquele lugar. Passeamos no shopping e almoçamos por lá, com aquela vista maravilhosa da roda gigante, eu não podia pedir por coisa melhor. Esse fim de semana estava surreal em todos os sentidos, veja bem, eu não era assim, nunca fui do tipo de garota que gosta de confraternizações familiares e bla bla bla, mas com Lexa, eu trocaria todas minhas noites de farras desenfreadas por uma noite quadrada no quarto com ela comendo pizza.

Já era domingo e meus pais estavam completamente apaixonados por Lexa, se pudessem  me trocar por ela sinto que não pensariam duas vezes.

- Que horas vocês vão pegar a estrada? Minha mãe perguntou enquanto almoçávamos na sala de jantar.

- Assim que acabarmos de comer. Respondi.

- Ótimo, não quero vocês pegando estrada à noite. Disse minha mãe.

- Lexa, você joga tênis? Meu pai perguntou repentinamente.

- Jogo sim, Jake. Ela respondeu com naturalidade.

Que papo mais estranho. Olhei pro meu pai em busca de alguma explicação.

- Quando tiver uma folguinha em administrar um universidade multimilionária, você poderia acompanhar Clarke, Abby e eu em uma partida. Seria ótimo. Ele disse fitando-a e voltando seus olhos para o prato.

- Ótimo e tedioso. Eu disse sem tirar os olhos da minha comida.

Lexa riu em solidariedade e respondeu:

- Seria um prazer, mas eu posso trocar de dupla?

- Hey! Eu disse fingindo estar ofendida.

- Ela tem razão filha, você não é a pessoa mais equilibrada que existe. Minha mãe disse.

- Mesmo assim, ouvir isso magoa. Disse magoada.

Todos riram a mesa.

Olhei pra Lexa em cumplicidade, eu estava radiante por ver como meus pais adoraram Lexa, talvez isso facilite as coisas quando souberem.

********

Após o almoço subimos para pegar nossas malas, mas Lexa se distraiu com uma mensagem que chegara em seu celular. Ela encarava sua tela de telefone completamente estática.

- Ta tudo bem? Perguntei.

Num pulo como quem acorda de um transe, ela colocou seu celular contra o peito, tentando esconder o que quer que tivesse ali.

- Está. Desculpa, preciso ir ao banheiro.

Disse indo em direção a minha suíte. Eu rapidamente a puxei pelo braço e peguei seu celular de surpresa. Sou curiosa, o que posso fazer?

“Temos outra vítima, estou com ela na minha sala, ela está disposta a contar”

Era uma mensagem de Bellamy Blake e eu sabia exatamente o que queria dizer. Deixei o celular cair sem forças para segura-lo e precisei me sentar.

- Que tipo de intromissão foi essa, Griffin? Qual seu problema? Nunca mais faça isso. Ela disse pegando seu celular do chão e então percebendo minha reação.

- Clarke? Você está se sentindo bem? Perguntou se sentando ao meu lado.

- Outra... Outra vítima. Eu disse encarando o nada.

- Sim, eu também estou indignada e morrendo de raiva. Ela disse com naturalidade, mas então percebeu. – Espera um minuto. Disse se levantando.

- Você sabe o que essa mensagem significa? Perguntou.

Eu a olhei com os olhos marejados.

- Você sabe o que está acontecendo no campus?

Eu acenei que sim com a cabeça.

- Ah, Clarke... Eu tentei tanto te poupar. Não queria que fizesse parte disso, agora por minha causa...

- A gente tem que descobrir quem é, Lexa. Se a Octávia não quer falar, que essa nova vítima fale. Eu disse me levantando e a encarando na mesma altura.

- Octávia?

Percebi o que acabara de fazer.

“MERDA” tanto tempo escondendo isso pra contar sem querer. Eu sou o ser humano mais imbecil do mundo.

- Quero dizer... Se as outras meninas não quiserem delatar. Disse, tentando disfarçar vergonhosamente.

Ela deu alguns passos pra frente, passando pelo meu ombro, permaneci de costas esperando que ela chegasse à conclusão. Acho que no fundo, contei aquilo porque quis, já não aguentava ter isso nos meus ombros e sinceramente, saber que ela sabia já era meio caminho andado pra minha redenção.

- Você sabia que a Octávia fora estuprada. Perguntou, me fitando. – Como?

- Eu juntei as peças, Lexa, percebi o motivo de Bellamy dormir na faculdade naquele dia que me pediu pra enviar o email com o nome de vocês dois. E então tudo foi se encaixando. E dai... Perguntei pra ela.

- E ela confirmou? Perguntou tão de pressa que quase me interrompia.

- Sim. E me xingou e pediu pra eu não contar pra ninguém. Na verdade ela não pediu, mas supôs que eu fofocaria, mas eu nunca faria isso e não o fiz. Eu disse pateticamente orgulhosa de mim mesma.

- Quando foi isso? Perguntou questionadora.

- Sei la, faz um tempo, foi na época do email. Eu disse dando de ombros.

- Vejamos... temos Bellamy, um professor que você não desgruda, tentando cuidar da sua irmã e no fundo esperando que nada disso tivesse acontecido. Temos eu... que julgo ter o mínimo de importância na sua vida e temos Lindsey, sua melhor amiga, que está se envolvendo romanticamente com Octávia pelo que você me contou... temos três pessoas, duas perdendo tempo tentando descobrir se as suspeitas são verdadeiras e você...  Clarke, a Clarkezinha. – Disse com um tom condescendente. – A melhor amiga, a aluna compreensiva, a apaixonada pela diretora, escondendo a verdade durante todo esse tempo.

- O que você queria que eu fizesse, Lexa? Eu não podia contar a principio e depois foi virando uma bola de neve, você não me perdoaria, a Lindsey não me perdoaria... Disse tentando conter minha voz embargada.

- E? Isso é realmente mais importante do que contar pra gente? Não fosse pra mim, pro Bellamy que está agoniado procurando uma sombra no escuro. Ela quase gritava.

- Eu não podia. Ela confiava em mim, toda vez que me via suplicava com os olhos, eu me senti impotente.

- Tudo bem, Clarke. Quem é o cara? Vamos acabar logo com isso.

- Eu não sei quem é. Ela não quis me dizer. Eu disse cabisbaixa.

- Espera mesmo que eu acredite nisso? Perguntou com os olhos cerrados.

- Não acredita em mim? Porra, Lexa, porque eu mentiria? Eu já tentei descobrir também de tudo quanto é jeito. Me expliquei.

Lexa respirou fundo, parecia querer acalmar uma mente nervosa:

- Espera mesmo que eu acredite em você? Depois de me esconder isso,pelo seu próprio ego, só para garantir que não ficaríamos bravos com vc? Disse pegando sua mala.

- Sim. Espero! Eu disse decidida.

Era demais, eu guardei esse segredo infeliz a sete chaves pra não prejudicar alguém que não merecia e qual era a recompensa? Lexa duvidar da minha palavra?

- Pois não acredito.

Ela disse saindo do meu quarto.

Peguei minha mala logo atrás dela e a segui.

Descemos as escadas e já demos de encontro com meus pais, em frente a porta nos aguardando.

- Meninas, vou sentir saudades. Disse minha mãe abrindo os braços para me abraçar. Eu me encaixei em seus braços sem levantar os meus.

- Foi um enorme prazer, Abby, Jake. Disse Lexa acenando a cabeça educadamente.

- Venha ca, Lexa. A família Griffin é carinhosa. Minha mãe disse abraçando Lexa, que correspondeu com sinceridade.

- Tchau meu amor, espero você para o natal. Meu pai disse depositando um suave beijo em minha testa.

- Vocês. Minha mãe o corrigiu, fitando Lexa, que sorriu sincera.

********

A viagem estava sendo insuportável, deixei Lexa dirigir, já que é pra duvidar de mim, que duvide fazendo a parte chata.

- Lexa, pela enésima vez, eu não sei quem é. Acha que eu esconderia isso?

- Você escondeu todo o resto. Ela disse sem tirar os olhos da direção. – Eu sabia que você estava escondendo alguém, eu tinha certeza. É o Finn Collins não é? Perguntou, me fitando por alguns segundos.

- Finn? Eu não faço ideia de quem seja, mas não é Finn. Defendi, horrorizada. – Tudo isso é ciúme? Perguntei.

- Você não cresce mesmo. Isso é bem maior do que eu ou você, Clarke. Esse cara já fez quatro vítimas, isso que nós ficamos sabendo.

- Ok, mas não é o Finn. Eu disse.

- Viu como sabe quem é. Ela disse, irritada.

Bufei tão irritada quanto.

*****

Lexa estacionou em frente ao seu prédio, me entregando a direção, sem dizer uma palavra, pegou sua mala e entrou no prédio. Depois de passar o portão, se virou e me encarou:

- Sua imaturidade me encanta na maioria das vezes, mas isso, isso é demais, Clarke. Você está acobertando um crime e isso eu não posso perdoar. Disse se virando em direção ao lobby sem me dar tempo de respondê-la

- Eu não to acreditando, que ódio, inferno, inferno, inferno! Eu gritei descontroladamente batendo no volante.

******

Cheguei em meu quarto, já na universidade e dei de cara com Lindsey, que visualizava o celular com uma expressão chateada.

- Oi Linds, aconteceu alguma coisa? Eu disse depositando um suave beijo em sua cabeça.

 Ela se virou pra mim com os olhos marejados.

- Eu não sei, eu voltei mais cedo de casa e fui almoçar com a Octávia, mas o Bellamy ligou pra ela, e de repente ela começou a chorar desesperadamente e não quis me dizer de forma alguma o que estava acontecendo. Só disse que precisava ir pra casa. Agora ela me mandou uma mensagem dizendo que estava bem e pra eu não me preocupar, mas como, Clarke? Como não vou me preocupar? Eu to completamente envolvida com ela, não saber o que está acontecendo está acabando comigo aos pouquinhos. Ela disse sem controlar o choro.

Aquilo espremeu meu coração e o deixou pequenininho.

Me sentei ao seu lado, respirei fundo e disse:

- Lindsey, precisamos conversar. Têm uma coisa que preciso te contar.

 

 


Notas Finais


E aeee??

Me contem o que acharam heim?
Podem dar opiniões, ideias, críticas...Aceito tudo <3


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