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História Teach me... - Monsters in the closet


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Desculpaaaaaa manas a demora. Mesmo!!!
Aqui vai mais um capzinho pra ocês.
Quero posta um sobre o Natal ainda heim?
Melhor feriado do ano, diga-se de passagem haha
Boa leitura, lindonas <3

Capítulo 19 - Monsters in the closet


 

- Desde sempre me sinto assim. São pesadelos, simples assim, mas são específicos. Neles eu sou uma criança de uns 5, 6 anos e estou sempre em um lugar ruim, nesse lugar hora está calor como o inferno ou frio como o polo norte. Minhas roupas estão sempre sujas e rasgadas e o cheiro é forte, parece que não é higienizado há semanas.

- Todos os pesadelos você está nesse lugar? Perguntou Lexa, interessada em minha história.

- Sim. Todos eles neste mesmo lugar com os mesmos rostos. Tem crianças da minha idade, várias e todas mal vestidas como eu e tem um...Eu disse limpando a garganta, sentindo dificuldade em colocar aquilo pra fora. – Um homem, alto, negro...Ele ta sempre humilhando a gente, batendo e gritando. E ele me expõe o tempo inteiro pra todo mundo ver, sente prazer em gritar comigo e ter uma plateia pra assistir. Eu não consigo controlar, Lexa, passo mal com esses sonhos, acordo descontrolada do jeito que você infelizmente presenciou, e conversar sobre só piora as coisas, por isso prefiro me virar e voltar a dormir, com sorte esqueço tudo e posso recomeçar o dia bem.

- Seus pais nunca foram em busca de um profissional? Lexa me perguntou.

- Foram, mas todos os psicólogos que conversei pareciam paredes, eram sempre as mesmas perguntas “Como isso te fez sentir?” “O que você pensa sobre isso?”. Porra... Se isso teve algum efeito foi mais negativo do que positivo. Então pedi pra não ir mais, devia ter uns 18 anos e eles concordaram.

- Clarke, isso não é normal, você tem que tratar isso. Ela disse com a voz alterada, estava ficando irritada.. – Tem que saber de onde vem.

- São só sonhos, Lexa, como se trata sonhos? Não tem muito que fazer, meus pais aceitaram isso, eu aceitei, você tem que aceitar também. Eu disse me levantando, quem estava começando a ficar irritada era eu. .

- Não faz sentido, deve ter sido algum trauma, algo que você repeliu com os anos. Você é adotada, Clarke?

- Uau, você é delicada como um caminhoneiro, Lexa. Não, eu não sou. Não existem traumas na minha vida, você mesma viu, o que de ruim pode ter acontecido pra eu ter esses sonhos? Nada, são só sonhos, aprendi a viver com isso. Eu disse começando a me trocar.

- Tudo bem, seu problema, suas questões, eu não vou me meter.

- Ótimo! Disse num tom mais alto que o necessário, e fui em direção a cozinha.

- Onde você pensa que vai. Disse Lexa já trocada.

- Tomar café da manhã, oras. Gritou da cozinha.

- Nada disso. Estamos atrasadas. Disse me puxando pelo braço, no momento em que me sentava na cadeira.

- Ei, eu quero emagrecer, mas nem tanto assim. Disse sendo arrastada até a porta.

**********

A aula foi um porre como sempre, acho que levantei pra ir ao banheiro aproximadamente 5 vezes. O que aliás, fez Bellamy se abaixar e perguntar sutilmente se eu estava com dor de barriga, me deixando corada e me arrancando risos. Eu não conseguia me concentrar, tudo parecia tedioso e a mínima mosca na parede chamava mais minha atenção do que as regras ambientais aplicadas na economia coorporativa.

Embora Bellamy fosse incrível, a matéria era tão chata que nem mesmo seus encantos davam conta de manter minha atenção as vezes. Assim que a aula acabou me levantei apressada pra ir almoçar, mas Bellamy me chamou:

- Clarke, podemos ter uma palavrinha? Ele disse, fazendo meu estômago embrulhar em pensar em tocar naquele velho assunto.

- Uhum. Eu disse nervosa. Voltei pra perto da mesa de Bellamy e me sentei na cadeira a sua frente.

- Clarke eu posso ver de longe seu esforço pra levar as matérias adianta, vi que todos os dias a tarde você vem passando na biblioteca pra terminar seus trabalhos a tempo, mas eu digo isso não como professor, mas como um amigo próximo seu… e de Lexa. Ele disse deixando evidente que já sabia de nosso envolvimento. – Não está sendo o bastante.  

Aquilo me atingiu como um soco no estômago. Porra, essa conversa e enrolação toda eram pra dizer que eu era burra e não tinha o que fazer?

Me arrumei na cadeira, incomodada.

- Posso te fazer uma pergunta pessoal? Ele disse.

- Pode.

- Você já passou em algum tipo de profissional pra falar a respeito da sua concentração?

- Como assim minha concentração? Bellamy, eu não estou entendendo onde você quer chegar. Eu disse alterando minha voz sutilmente.

- É só que, você me parece ter alguns sintomas de diagnósticos que deveriam ter sido tratados na infância, por isso pra mim não faz sentido. Ele disse, com um tom suave.

- Quais tipos de diagnósticos? Perguntei me estressando.

Não era a primeira vez que algum professor questionava esse tipo de coisa, mas eu sempre fiquei sem saber o que dizer. Frequentei psicólogos durante toda a infância e adolescência, mas eles não diagnosticavam absolutamente nada.

- Déficit de atenção, por exemplo. Disse.

- Olha, professor, sei que sua intenção é realmente boa e agradeço a preocupação, mas eu estou bem. Eu disse me levantando.

- Você precisa tirar pelo menos 9,0 no trabalho semestral pra passar na minha matéria. Ele disse sem me encarar.

- Me virei com o coração acelerado, já em pé. Sem acreditar no que estava ouvindo.

- Como é?

- Suas provas individuais, você tirou nota mínima em todas elas. Parece que você frequenta as aulas, Clarke, mas que não está realmente aqui.

- Eu presto toda a atenção que eu consigo professor, eu não sei o que fazer. Eu disse com a voz embargada, denunciando meu desespero. Se eu bombasse nesse curso, minha vida estaria acabada.

- Procure alguém. Por favor. Você não é burra, Clarke, as coisas que escreve tem coerência e até sentido, só não são as respostas certas. Isso é tratavel, confia em mim. Ele disse.

- Obrigada pela preocupação, Professor Blake. Eu disse brevemente me dirigindo a saída com pressa, não queria que ele visse as lágrimas que se formavam nos meus olhos.

Eu estava cansada das coisas darem errado por problemas do passado e isso incluía tudo o que estava infernizando minha cabeça, por isso tomei uma decisão.

 

******

- Você está certa. Vou falar com meus pais sobre os pesadelos. Eu disse parada na porta do escritório de Lexa. Ela levantou a cabeça ao meu ouvir e deu um sorriso gentil.

- Estou orgulhosa de você.

Senti minhas bochechas corarem ao ouvir isso. Orgulho! Nunca havia feito diferença o fato de nunca ter ouvido isso de alguém, mas saindo da boca de Lexa, essa palavra se transformou na melhor coisa que eu já ouvira.

- Vem comigo? Pedi. – Não quero passar por isso sozinha.

- Ir com você, pequena? Não seria inapropriado? Perguntou me olhando por cima dos óculos.

- Meu pais te adoraram, sua presença deixaria tudo mais… Leve.

Ela sorriu em desistência. Se levantou sem tirar os olhos de mim e veio sorrindo em minha direção, fechando a porta atrás de mim.

- Tem certeza que quer fazer isso? Perguntou segurando meu rosto.

- Tenho. Quero desencadear tudo o que pode ter dado origem a mais do que só os pesadelos.

Lexa depositou um beijo terno nos meus lábios, fazendo-me arrepiar ao sentir seu toque. Eu já estava com saudades.

*******

Três semanas se passaram, havíamos marcado a visita aos meus pais neste final de semana, por conta do trabalho de Lexa. Passei as semanas bem, pedi aulas extras com Bellamy e Lexa que adorou a ideia, diga-se de passagem. Minhas notas não melhoraram como eu gostaria, mas garanti meu semestre e isso era o importante.

- Clarke, nos não vamos passar o final de semana inteiro, é ida e volta no mesmo dia, ta? Disse Lexa referente à pequena mala que eu estava arrumando.

- Eu não consigo andar com pouca coisa, o que posso fazer? Disse fechando o zíper de minha mala de mão.

- Onde está Lindsey? Perguntou ao ver a cama dela arrumada.

- No quarto da Octávia, aquelas duas não se separam mais, e depois de descobrir tudo o que houve, Lindsey não deixa Octávia respirar sem ela. Eu disse revirando os olhos.

- Sinto uma pontinha de ciúme? Lexa perguntou colocando uma mexa de cabelo atrás de minha orelha.

- Claro que não. Vamos! Eu disse disfarçando e dando minha mala pra Lexa me ajudar a levar. A ouvi rir atrás de mim.

******

Depois de algumas horas de viagem em que eu mais dormi do que conversei com Lexa, chegamos a minha casa. Meus pais me esperavam na sala de visitas. Pude perceber a empolgação por me terem num período tão curto visitando-os novamente. Sorri ao notar como achei bonitinho.

- Lexa, você fez maravilhas na vida dessa minha filha. Em menos de um mês duas visitas? Minha mãe disse enquanto depositava um beijo na bochecha de Lexa, que estava um pouco sem graça.

Eu dei uma piscadela em sua direção, zombando carinhosamente do momento.

- Vão se instalar, tomar um banho e em seguida iremos pro clube jogar aquele tênis esperto. Meu pai disse com um sorriso no rosto.

- Pai, na verdade vim aqui com outras intenções. Expliquei arrancando expressões confusas de seus rostos.

- Eu acho melhor ir dar uma volta no jardim. Lexa disse se retirando. Apertou minha mão sorrateiramente, demonstrando apoio e sem saber... me acalmando.

- O que houve, filha? Está me deixando preocupada. Minha mãe disse se aproximando e pegando em minha mão.

- Gente, vamos sentar, acho que essa pauta vai ser meio longa.

Meus pais se entre olharam, preocupados.

- Eu não aguento mais, mãe, os pesadelos não cessam e... Eu estou saindo com uma pessoa agora e essa pessoa tem me mostrado o quanto o mundo é bem mais do que o cubículo que sempre vivi, por isso eu decidi que tenho que concertar certas coisas e amadurecer, e pra fazer isso... Tirar alguns monstros do armário. Eu fui em meia dúzia de psicologos e vocês sabem, todos completamente inúteis se querem saber, por isso espero de vocês nada mais que a verdade.

A essa altura eu estava sentada na poltrona, encarando meus pais, sentia minha mão tremer. Eu jamais ficara nervosa em falar com meus pais, mas esse assunto sempre fora um tanto quanto tabu aqui em casa.

- Esses pesadelos, me falem a verdade... De onde são? Onde me levaram quando eu era criança? Que lugar nojento foi aquele? Eu disse com certo rancor na voz sem entender o por que.

Meus pais sentavam na minha frente, no sofá cinza. Minha mãe tinha as mãos sob o joelho e meu pai estava de braços cruzados, encarando o chão. Pude ver as mãos de minha mãe apertar seu joelho sutilmente, em sinal de nervosismo... O que fez minhas mãos tremerem ainda mais. Segurei a barra do meu vestido, procurando algo a que me agarrar, não queria demonstrar o quão receosa estava.

- Clarke, de novo essa história? Já dissemos que em lugar nenhum. Olhe ao seu redor, sua infância foi completamente fácil, burguesa e privilegiada, não é atoa que cresceu tão mimada. Minha mãe disse com um toque de alfinetada, me intrigando.

- Não tem nada a dizer, pai? Perguntei com os olhos cerrados.

- Sua mãe está certa. Você parou de ver os terapeutas porque quis, te demos do bom e do melhor, Clarke. Eles nunca me chamavam de Clarke.

- Não é normal, mãe. Disse me voltando a ela. – Essas malditas crises, eu tenho 24 anos e isso nunca parou, têm que ter um porque, e garanto que minha infância privilegiada não foi o motivo.

- Está procurando cabelo em ovo, Clarkezinha. Se me permitem, preciso passar para as meninas o cardápio do almoço. Disse limpando a garganta e se levantando sem me encarar.

- Muito bem. Me virei para meu pai, o elo mais fraco. – Não tem nada a me dizer, pai? Perguntei sem expressão.

- Não filha. Agradeça por ter tido a sorte de crescer em um bom lar, podia facilmente não ter nem metade das coisas que reclama tanto. Disse ponderado, se levantando e com a sobrancelha franzida.

Encarei o chão, perdida.

“ O que ele quis dizer com eu poderia muito bem não ter crescido com nem metade disso?”

Me perdi em meus pensamentos até sentir uma mão sobreposta a meu ombro:

- Como foi? Lexa perguntou docemente.

- Como esperava, fugiram do assunto, mas dessa vez foi diferente. Eu disse ainda sem encarar Lexa que permanecia a minhas costas.

- Como assim? Perguntou dando a volta e sentando no sofá a minha frente.

-  A última vez que toquei neste assunto com tom interrogatório, eu era adolescente e eles agiam naturalmente, mas agora, parece que por eu ter me tornado adulta eles ficaram... Constrangidos. Nervosos, sabe? Nunca vi minha mãe assim com qualquer coisa que eu tenha falado. A não ser quando desisti dos cursos, mas ai não era constrangimento, ela tava bem puta mesmo.

- Acha que eles esconderiam algo dessa magnitude de você? Ela perguntou me encarando.

- Eu não sei. – Disse fitando-a de volta. – Eu não sei.

******

A manhã de sábado passara, eu e Lexa andamos a cavalo pela minha propriedade, e de bicicleta em santa monica, voltamos pra casa era a hora do almoço.

- Fizemos salmão grelhado com molho de alho, querida. Do jeito que você gosta. Minha mãe disse.

- É claro que ela ia fazer algo pra me agradar. Sussurrei a Lexa, que riu em reprovação.

Nos sentamos a mesa, peguei meus talheres e abri a tampa do recipiente do salmão.

- Antes seus mimos me faziam esquecer rapidamente das coisas, mamãe, saiba que agora, vou até o fim pra descobrir o que aconteceu quando eu era pequena. Disse sem encara-la, cortando um belo pedaço de salmão em tom irônico.

- Cla... clar... Clarkezinha, olha os modos. Sem ironias a mesa. Disse buscando apoio do meu pai com os olhos.

- Eu estava pensando, nas férias de Natal, porque não vamos pra Suíça esquiar esse ano. Não estivemos lá desde aquela vez, lembra, amor, quando Clarke não podia subir no teleférico porque ainda não tinha altura? Disse rindo e arrancando risos adoráveis de todos a mesa, menos de mim.

- Eu me lembro, pai, eu tinha o que, uns sete anos? Quase a mesma idade que tenho nos meus sonhos onde estou naquele lugar medonho. Disse com um sorriso desafiador.

- JÁ CHEGA! Minha mãe disse batendo a mão na mesa. - Eu já disse que não tem o que questionar, são só porcaria de sonhos, Clarke. Se for ficar nos pressionando a cada garfada é melhor se retirar. Eu nunca havia visto Abby Griffin gritar assim comigo, senti meu rosto vermelho e quente e apesar de querer levantar, pegar meu carro e não mais voltar, fiquei... Por educação a Lexa. E porque não tive coragem mesmo.

Abaixei a cabeça e comecei a comer, apesar de estar sem fome.

- Então...- Minha mãe disse com o tom mais natural do mundo. Sua rapidez em normalizar o ambiente após qualquer tipo de hostilidade era impressionante... E cínico. – Clarkezinha disse que está com alguém que está ajudando-a a amadurecer e ver o mundo com novos olhos, você sabe quem é, Lexa? Perguntou esperançosa.

Lexa conseguia sair de qualquer situação com a maior classe do mundo, mas dessa vez...

Ela engasgou com o vinho e passou a tossir desesperadamente, erubescendo seu rosto. Eu não sabia se dava risada ou a ajudava.

Dei alguns tapas em suas costas contendo o riso.

Passado o susto, Lexa tomou um copo com água e respirou fundo.

- Você sabe né, Lexa e não quer nos falar. O que é? Clarkezinha pediu segredo? Minha mãe perguntou sorrateira.

- Mãe! Isso é pergunta que se faça pra diretora da minha universidade? Perguntei massageando as costas de Lexa por mais tempo do que planejara.

- Ué, ela é sua amiga mais próxima, deve saber. Disse.

- Tudo bem, Clarke. Ela disse afastando minha mão, percebendo que aquilo já não era só uma massagem para acalma-la da tosse, era carinho puro a uns bons minutos.

- Abby, eu realmente não sei. Acho que a Clarke anda escondendo as coisas de nós duas. Disse em tom brincalhão.

Filha da mãe, jogando a bomba pra mim.

- Mas se me permite dizer, se essa pessoa faz tão bem a sua filha, aposto que no tempo certo ela nos dirá. Disse com uma piscadela, conquistando mais ainda minha mãe.

- Quero saber quem é o cara de sorte, quero que ele peça permissão pra te namorar. Disse meu pai.

- Até sua pele ta mais bonita, filha. Estar apaixonada nos trás vida. Disse minha mãe se levantando.

- Vida ou não. Ainda o quero aqui. Disse meu pai. Autoritário se levantando e indo atras de minha mãe até a cozinha.

- Me desculpa. Disse me virando pra Lexa, estávamos sozinhas na sala de jantar.

- Não se preocupe, mas sabe, fiquei imaginando por tempo demais como seria a pequena Clarkezinha. Disse sorrindo.

- Eu era linda! Eu disse rindo.

- Como eu sabia que você diria isso? Perguntou revirando os olhos.

- Quer ver? Temos alguns álbuns. Eu perguntei.

Ela acenou com a cabeça, parecendo empolgada.

Subimos até o quarto dos meus pais, percebi Lexa engolir um pouco a seco ao ver o quanto mamãe podia ser exótica. Era um quarto relativamente grande, a cama centralizada tinha uma cortina ao redor, minha mãe fez o design da rainha da Inglaterra vir pessoalmente desenhar essa cama, o que até mesmo pra mim, pareceu exagero. Entrei no closet dos meus pais, que era do tamanho do meu quarto na faculdade e procurei por todos os armários até que achei... Um álbum antigo, meio empoeirado e amarelado em volta.

“ Familia Griffin “ estava escrito em dourado, na capa dura cor creme.

Abri a capa, passando pelo plástico que separava a capa das paginas duras com as fotos... Ah infância dos anos noventa, não podia ser diferente. Suspirei nostálgica.

Folheamos algumas páginas e só dava eu. Pequenas Clarkes para todo lado.

Me sentei no pequeno sofá de visitas na frente da cama de meus pais e chamei Lexa para se juntar a mim.

- Essa eu tinha seis anos, lembro bem desse dia, foi naquele parque aquático que te levei.

- Essa aqui eu tinha nove, era halloween e usei minha fantasia de costume... Princesa. Disse rindo.

- E essa aqui? Lexa apontou pra uma foto.

- Essa sou eu com 13 anos ao lado de Jasper. Eu tinha beijado ele, mas já estava de olho na sua irmã. Disse rindo.

- Ha ha, que engraçado. Lexa disse irônica.

Depois de folhearmos uns sete álbuns, comecei a guarda-los.

- E suas fotos de neném. Ela gritou ainda sentada no sofá, enquanto eu subia nas prateleiras no closet de minha mão.

- Não vimos nenhuma? Perguntei confusa.

- Não. Queria ver.

Pensei um pouco onde elas poderiam estar, busquei pelas gavetas do closet, nos armários, nos álbuns novamente e nada.

Saí do closet, fitando Lexa.

- Lexa... Eu acho que nunca me vi em fotos de neném. Disse com os olhos marejados e o pânico na voz.

- Calma, Clarke. Disse se levantando e descendo o pequeno degrau até me encontrar. - Deve ter alguma. Vamos achar ok? E você vai me mostrar como era linda neném, assim como era linda criança.

- Tudo bem. Eu disse tentando me acalmar.

- Olha essa foto aqui, você era tão rechonchuda, parecia um bolinho. Ela disse de uma foto qualquer que havia caído no chão, tentando me distrair.

- Um bolinho? Eu disse com voz de manha.

- Meu bolinho. Ela disse puxando meu rosto e depositando um beijo terno, que me acalmou.

- Então ela é a pessoa que está fazendo sua pele ficar tão boa... Clarke? Estava no batente de seu quarto, as duas mãos caídas no corpo, como se estivesse sem reação pra ter qualquer tipo de postura, tinha os lábios retraídos e eu podia sentir a raiva no seu olhar a metros de distancia.

- Mãe...

 

 

Música do cap:

Dotan - Let the river in

https://www.youtube.com/watch?v=triRxUT7MK8a

 


Notas Finais


E aeeeee?? Tem mais daqui a pouco, ta?
Se quiserem falar da fic, me chamem no tt, vamos nos amar <3
Beijos de luzes natalinas pra vocês.


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