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História Teach me... - Don't you forget about me


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Manaaaas, o retorno de vocês foi lindo <3, de verdade. Me deu o maior gás de fazer a revisão do capítulo dois e correr pra postar. Vou tentar não demorar tanto pra soltar capítulo, quero tentar pelo menos dois ou três por semana.
Vão me falando o que acham heeeim?!!!
Eu sou twiteira, me chamem la: @thatfun

Capítulo 2 - Don't you forget about me


 

A classe fora dispensada sob ordens de uma professora claramente incomodada.

- Sua doente mental, o que foi aquilo? Perguntou Lindsey tentando alcançar os passos de Clarke em busca da próxima aula.

Ela riu.

- Essa Lexa não sei das quantas é muito folgada, viu como ela se porta, todo mundo babando só pelo fato dela respirar. Ahh, vai te catar né? Disse Clarke, gesticulando irritada..

- Por favor, fica de boa nessa merda de aula, se você for expulsa vai ser insuportável pra mim. Suplicou Lindsey.

- Ela não vai me expulsar, Linds, se acalma. Eu pelo menos animei um pouco a vida dessa mulher, se fosse pra me tirar da sala, ela teria feito.

- Você tá estranha. O que você ta pensando? Perguntou Lindsey arqueando a sobrancelha.

- Eu? Nada. Eu vou entrar mais tarde na próxima aula, preciso resolver um probleminha, até jaja. Respondeu Clarke deixando Lindsey confusa e parada no corredor observando a amiga se afastar.

Era exigir muito de Clarke não se incomodar com alguém contradizendo-a. Seu pequeno mundinho sempre agira de acordo com suas vontades e necessidades e ela estava determinada a fazer com que sua professora não fosse diferente. Tinha facilidade em manipular até seus professores do colegial, Lexa não era melhor que ninguém e ela queria provar isso.

Ela viu um anúncio no quadro ao lado da secretária mais cedo e se lembrou disso a pouco, caminhou até la e leu:

VAGAS PARA MONITORES:

AUXÍLIO NA SECRETARIA

COZINHA

SALA DE INFORMÁTICA

DIREÇÃO

AULAS PRATICAS DE MANUSEIO DE FERRAMENTAS DOMESTICAS

 

Clarke sorriu e viu ali sua chance. Puxou o papel que dizia “DIREÇÃO” e o entregou na secretária de seu campus. Sorrindo o tempo todo. A necessidade de provocar Lexa se tornara sua fonte de energia a partir daquele momento e a melhor maneira de fazer isso seria estando ao seu lado duranto o dia inteiro.

 

****

 

 

Lexa andava em direção ao seu escritório, tinha uma sala consideravelmente grande. Uma grande mesa no canto da parede, uma tv LSD na parede contra a mesa e uma biblioteca particular atrás de sua cadeira. Uma mesa de centro feita de vidro temperado para reuniões na frente de sua mesa de escritório, em cima de um tapete persa, com aparência luxuosa.

Entrou e deixou suas coisas em cima de sua mesa, ainda incomodada com os acontecimentos recentes.

Ouvira um barulho na porta:

- Entre. Respondeu com desinteresse.

- Senhora. Pramheda, finalmente encontramos um interessado para ocupar o auxílio a direção no monitoramento. Disse sua secretária, com sincero alívio.

- Vamos ver se ele vai durar. Disse Lexa prazerosamente.

- Ela. Corrigiu a secretária.

- Como? Questionou Lexa

- É uma menina. Está aqui fora, quer conhecê-la?

- Tudo bem, mande – a entrar. Disse Lexa com intrigada.

Sua secretária abriu a porta da sala de Lexa e fez um sinal gentil para Clarke que esperava contente sentada num sofá.

- Senhora. Pramheda, essa é nossa nova monitora Clarke Griffin.

Lexa se virou num relance, assustando a secretária. Ao avistar Clarke, não conteve sua expressão de irritação. Percebendo o prazer que dava a Clarke ao ve-la irritada, suavizou sua expressão e levantou uma sobrancelha.

- Senhorita. Griffin. Quem diria? Perguntou retóricamente.

Duas podiam jogar esse jogo.

O que Clarke não sabia, é que Lexa não sabia entrar numa disputa pra perder.

- A senhora realmente acredita que tem tutano o bastante pra ocupar uma posição com tanta responsabilidade? Acha que tem competência pra isso? Perguntou irônicamente se aproximando de Clarke com passos pesados.

Clarke não se intimidara. Por fora.

-Você não faz ideia como posso ser competente em todas as áreas, professora. Eu vou adorar poder auxíliar a senhora, seja no que for. Respondeu Clarke, arqueando uma sobrancelha, provocando-a

- Você tem conhecimento que dos últimos 7 alunos, nenhum se manteve neste cargo, com exceção de um 8, que não era nem aluno. Acha que isso é um jogo?

“Sim.” Pensará Clarke.

- Claro que não, quero poder fazer meu melhor, ganhar créditos extras e ser bem sucedida na sua disciplina juntamente com as outras. Disse Clarke fingindo sinceridade.

Lexa estranhou aquela resposta e não acreditou nem por um segundo, mas perceberá o motivo pra isso. Atrás de Lexa,  chegara Marcus Kane, um dos diretores da Instituição.

- Muito bem criança, me trás tanto prazer ver mentes jovens com essa voracidade por se provarem. Vocês está muito bem vinda e tenho certeza que fará um incrível trabalho. Disse Kane enquanto tentava alcançar um pote de doces na prateleira de cima de Lexa.

Lexa respirara fundo para não perder a cabeça com os dois naquele momento.

Clarke sorriu e piscou para Lexa, seguindo em direção a saída.

Lexa sentia seus nervos tremerem de ódio.

- KANE, pegue esta cria pra você, não a quero atrapalhando meu trabalho com esse falso entusiasmo. Disse Lexa, num tom pouco amistoso.

Kane arregalou seus olhos e sorriu, ele tinha essa personalidade positiva e excêntrica, que irritava Lexa, mas sua inocência e sinceridade a ganhará desde o momento em que o conhecera, fazendo dele um de seus poucos amigos.

-Lexa, deixe disso, a garota te admira e quer conhecer o que há por trás dessa mente brilhante. Disse Kane apontando para a cabeça de Lexa, irritando-a.

- Agora, vamos discutir o que realmente importa. Adorei sua nova cortina, talvez um pouquinho mais de cor deixasse a sala mais alegre, não acha? Perguntou Kane considerando honestamente comprar as mesmas cortinas pra sua sala.

Lexa respirou fundo, acostumada com a excentricidade e empolgação exarcebada do amigo.

****

Do outro lado da porta, Clarke saía da sala de Lexa satisfeita por tirar a morena do sério, com um sorriso de lado.

Estranhando tamanha felicidade, a secretária de Lexa, Harper,  a olhou e afirmou:

- Eu acho que você não tem muita noção de como será esse trabalho, pra estar tão feliz assim. Deu de ombros.

Clarke ficou surpresa:

- Não pode ser tão difícil. Desacreditou.

- Olha, vou te dizer isso porque não aguento mais fazer ficha de inscrição para novos monitores. Você tem aula com a Senhora. Pramheda, percebeu como ela é, nenhum aluno aguentou seu gênio difícil ou seu mal humor e grosserias, ainda mais porque vocês são todos filhinhos de papai e uma levantada de voz já os fazem chorar, então por favor, comece sabendo que não será o mar de flores de crédito extra que você espera, quem sabe assim você consiga durar mais de um mês. Disse concentrada, sem tirar os olhos de Clarke.

Clarke engoliu seco e ficou sinceramente assustada, não mais do que ficara curiosa, em saber como seria essa batalha de gênios difíceis entre a aluna e sua professora.

- Senhora.. Harper, certo? Disse Clarke num tom condescendente.

- Você conhece a Senhora. Pramheda, mas não faz ideia de como sou, eu vou durar nesse emprego, acho mais provável que essa professora é que não dure depois de trabalhar comigo. Disse Clarke prepotente e seguiu em direção a saída, deixando a secretária intrigada.

 

****

Passaram – se dias, Clarke ainda estava entediada, suas únicas duas aulas de interesse eram a de Lexa e a de Desenvolvimento sustentável, lecionada pelo professor Bellamy Blake. Ela genuinamente gostava dele, sua aula tinha um assunto tedioso, mas ele sabia transforma-la em algo interessante e isso estimulava Clarke a aprender.

A última aula daquela segunda-feira era de Lexa, após a aula, a aluna acompanharia a professora para começar seu treinamento no auxílio a direção e não sabia dizer ainda se estava ansiosa ou com medo.

- Você ta muito ferrada. Não vai dar conta de estudar e trabalhar nessa chatice de monitoria. Disse Lindsey que sentava ao lado de Clarke no alto da sala.

- Eu vou sim! Linds, preciso ter alguma diversão, se não me distrair vou enlouquecer e desistir da faculdade de novo, tenha um pouquinho de fé em mim, vai. Pediu Clarke, com sinceridade.

- Diversão? Clarke, você vai trabalhar com a professora mais demoniaca da história.

- Preciso baixar aquele nariz e aquele topete, Linds, ela não pode tratar as pessoas e humilha-las da forma que faz.

Lindsey reparou a expressão de Clarke, ela tentava manter algo divertido e leve no ar, mas de alguma forma aquele tom a fazia pensar que talvez Clarke não estivesse fazendo isso somente pela diversão.

Lexa terminara de escrever um texto em toda lousa, causando murmuros mal humorado dos alunos.

- Copiem isso, em 10 minutos apago a lousa e explico o conteúdo. Disse enquanto se sentava na mesa e pegava alguns trabalhos pra corrigir

- Dez minutos? Em Dez minutos a gente não chega nem na metade da lousa. Disse Clarke revoltada.

Lexa olhou por cima de seus óculos e fez uma expressão de conformidade ao perceber quem dissera aquilo.

- 7 minutos exatos, graças a colega de vocês. Melhor se apressarem. Disse com um sorriso irônico sem olhar pra Clarke.

Clarke se sentira extremante frustrada a não ter os olhos de Lexa sob ela.

- A senhora está de brincadeira? Isso é abuso de poder. Disse desacreditada.

- 5 minutos.

- Cala a boca garota. Gritou um aluno atrás de Clarke.

- Acho melhor você escutar seu colega. Ironizou Lexa.

- Que inferno! Disse ao bater a mão na mesa com raiva.

- 3 minutos. Pela má educação. Disse olhando pra Clarke desafiadora.

Cada chama daqueles olhos verdes encarando diretamente os azuis de Clarke podiam ser sentidos a metros daquela sala.

Clarke sabia que suas bochechas estavam ficando vermelhas ao ve-la direcionando tanta atenção a jovem na frente de toda a classe. E embora sua postura segura, Clarke odiava ser exposta desta forma.

- Porque não diminui pra 2? Ou pra 1? Mas você escreveu 20 minutos de texto pra ter tudo apagado em 3 minutos e ninguém copiar? Desafiou Clarke.

- Tudo que eu sei é que essa merda vai ser apagada logo. Disse Lindsey pra Finn enquanto copiava o texto com desesperada urgência.

Mas o garoto não conseguia tirar os olhos das duas, ninguém conseguia, suas discussões sempre se tornavam um espetáculo de argumentos e encaradas fuzilante na frente de todos e era constante, mas o efeito sempre o mesmo. Era quase como um jogo de tênis, quem tacaria a bola agora? De quem seria o ponto, seus olhos dividiam sua atenção pra Clarke e Lexa em questão de segundos.

- Agradeçam a Griffin.

Disse Lexa ao pegar o apagador e ir em direção a lousa

- Professora, espera. Disse Clarke em tom de súplica.

Lexa se virou esperando por pedidos de desculpas ao julgar pelo seu tom, mas Clarke se levantou e aproveitou a distração da professora para tirar uma foto da lousa.

- Pronto! Pode apagar. Disse Clarke sorrindo e dando uma piscadinha.

- Meu deus, meu deus, meu deus. Sussurrou Lindsey pra si mesma abaixando a cabeça com medo e vergonha alheia pela amiga.

Lexa sentiu que podia levantar a cadeira e tacar em direção a jovem. Mas como sempre, respirou e assumiu o tom mais passivo-agressivo que podia existir.

- Você se acha bem engraçada né? Sorria.

- Que tal fazer graça NA MERDA DA DIREÇÃO? E ADIVINHA? EU SOU A PORRA DA DIRETORA, É COMIGO QUE VOCÊ TERÁ QUE LIDAR, GAROTA. AGORA SAIA DA MINHA SALA E NÃO SE ATREVA NEM A OLHAR PRA TRÁS.

Gritou Lexa.

Quando fora a vez de Wick de ser humilhado por aqueles verdes cortantes dos olhos de Lexa, Clake sentiu prazer genuíno em testemunhar essa cena. Mas quando a mira de seus gritos era a jovem, Clarke entendeu porque ele saira calado. Se sentira humilhado, com medo. E agora era sua vez. Clarke a amaldiçoou por fazer aquilo na frente de todos, mas a odiou ainda mais por perceber que não conseguia pronunciar uma sílaba, se sentia paralizada, como se seus olhos congelassem qualquer ação, como se ela conhecesse Clarke onde mais a atingira. Com sua encarada de volta, Clarke jurou mentalmente que sua vingança seria de doer.

- VOCÊ É SURDA TAMBÉM? SAIA!

Lindsey precisou chacoalhar a amiga sutilmente para que ela voltasse a mover um músculo.

Clarke acordou do que parecia ser um transe, pegou suas coisas e saiu em direção a porta, não olhou pra trás, não porque Lexa pedira, mas pra que não visse as pesadas lágrimas que se formaram em seus olhos.

- Bom, agora que já nos livramos dos maus agouros, foquemos no que importa. Disse Lexa num tom tão diferente que fez Finn perguntar se era a mesma mulher que estava aos berros á alguns segundos atrás.

Clarke correra até o banheiro feminino, enquanto lágrimas incontrolaveis brotavam sem parar em seus olhos. Aqueles gritos a faziam lembrar de uma época, de um tempo que não queria. Flashes de gritos masculinos passaram em sua cabeça, portas batendo, tudo estava embassado, estava frio e sua pouca roupa não dava conta de protege-la daquele ar gelado. Todo mundo a encarava, ela se lembra de olhar pra suas mãos e as ver pequenas, de criança.

Clarke chaqualhou a cabeça, como se isso chaqualhasse qualquer pensamento ruim que tivera, levou suas mãos a pia e ao abri a torneira, jogou a água com exagerada urgência no rosto e na nuca. Se olhou no espelho, desconhecendo seu reflexo:

- Aqui não. Aqui não, Clarke. Por favor. Sussurrou a si mesma, implorando.


Notas Finais


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