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História Teach me... - Youll be in my heart


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Foi bem difícil escrever esse cap, não por nada, eu já tinha td meio esquematizado na cabeça, mas
é meio foda escrever algo q vc num ta mto na mesma vibe rsrs.
Espero q gostem, boa leitura
<3

Capítulo 21 - Youll be in my heart


Fanfic / Fanfiction Teach me... - Youll be in my heart

((LEXA POV))

- Clarke, levanta! Eu disse debruçada sobre seu corpo dormente, tentando acorda-la.

- Não. Ela disse com voz de sono e manha, tentando me convencer.

- Temos que comprar os presentes, anda, levanta que já são quase meio dia. Te deixei dormir até agora. Disse sacudindo seu braço.

- Ai que saco, Lexa. Hoje é sábado e eu estou de férias. Ela disse ríspida, me deixando sem palavras.

- Mesmo assim, você não queria dar algo pra Lindsey? Vamos comprar. Eu disse pacientemente.

- Tudo bem! Mas as lojas fecham mais tarde, temos um tempinho até lá, não temos? Ela disse com a sobrancelha arqueada, tentando abrir os olhos sonolentos.

- Amor... Implorei.

Era incrível como as coisas avançaram naturalmente entre mim e Clarke, depois de dizer sem querer que a amava, as palavras saiam mais facilmente, nos entendíamos mais e eu estava pegando leve com minhas grosserias, embora ela merecesse de vez em quando.

Ela amadurecera tudo o que seus pais a impediram durante a adolescência e vida adulta, de uma vez só durante semana passada, e embora fosse um baque tremendo, sinto que isso se espelhava positivamente em nossa relação...Uau, relação. Era estranho pensar nisso ainda, eu tinha uma relação com Clarke, não com minha aluna, já não era algo por impulso ou desejo, era amor, era maduro, era algo que me completava e eu sinceramente já não sabia viver sem. Eu amava aquela loira mimada e queria amar pro resto da minha vida.

Faziam alguns dias desde que Clarke sofrera provavelmente o maior baque de sua vida e sua forma de lidar com isso estava sendo, digamos... Bem física.

Estávamos fazendo amor todos os dias, várias vezes por noite desde que voltamos da casa de seus pais, e se eu me recusava por cansaço ou qualquer outra razão, ela simplesmente chorava, chorava e dizia que nem seus pais a queriam, eu já estava sem saber o que fazer. Não que reclamasse por poder possuir aquele corpinho todos os dias, mas a situação não estava saudável pra ela. Eu estava preocupada.

Dei beijos suaves em toda superfície do seu rosto, tentando acorda-la de uma forma que não fosse deixa-la de mau humor pelo resto do dia.

- Amorzinho, acorde. Eu disse baixinho em seu ouvido.

Mas com meus sussurros tão próximos acordei não só Clarke, mas seu libido.

Ela abriu os olhos em relance e arqueou uma sobrancelha em desafio. Sorrindo me empurrou e se debruçou em cima de mim:

- Clarke, estamos atrasada. Eu disse inutilmente. Olhando pra ela que se sentava sedutoramente em minha barriga. Senti meu ventre se acender ao perceber seu sexo contra minha pele pelo fino tecido de seu pijama.

- Não se preocupa, o que tenho em mente não vai levar muito tempo. Disse mordiscando seu lábio inferior.

Clarke começou a rebolar em minha barriga, me fazendo arfar de desejo, segurei seu quadril, centralizando suas reboladas e a senti gemer com a cabeça jogada para trás.

Ela se levantou brevemente, tirando o shorts de seu pijama, estava sem calcinha, o que me fez pensar:

“Ela dormiu assim tão fácil de se alcançar e eu não fiz nada a noite inteira? Você está ficando mole, Lexa Pramheda, que vergonha”.

Eu estava de camisola, e senti as mãos de Clarke invadirem minhas pernas e retirarem minha calcinha com urgência. Ela voltou a se debruçar em cima de mim e me beijou com determinada violência, explorou minha boca me deixando sem reação. Passei minhas mãos por seu corpo já nu, com força, sentindo cada curva da minha loira.

Ela cessou o beijo de repente, me fazendo desejar por mais e se encaixou sentada entre minhas pernas...E rebolou.

Não tive nem mesmo tempo de entender o que estava acontecendo quando senti seu sexo contra o meu, ela rebolava com uma pressa de quem estava precisando gozar como precisasse de ar. Eu sentia que não poderia me segurar mais, embora tudo tão rápido, só de sentir o toque da pele de Clarke contra o meu já estava preparada pra qualquer coisa que viesse a seguir.

Já entregue ao que estava acontecendo, segurei seu quadril, fazendo-a rebolar com mais força e mais intensidade. Clarke me encarava com um sorriso safado no rosto, e sobrepunha suas mãos em meus seios, apertando-os, massacrando-os com seu tesão. Eu não tinha forças para aperta-la mais do que já o fazia. Estava concentrada em seu sexo rebolando sem parar sob o meu, cada roçada, cada escorregada entre nossos líquidos me faziam entrar num frenesi absoluto.

Senti Clarke intensificar seu quadril contra o meu e me apertar com tanta força que sentia os hematomas em meus seios se formando, ela gemia tão alto que por um breve segundo me perguntei se teria algum vizinho ouvindo.

- Ahhhhh, vou gozar... Disse, me excitando ainda mais, se é que era possível.

Ela rebolava demasiadamente rápido, eu rebolava com ela buscando apenas por seu prazer unicamente, nos mexíamos uniformemente até que pude sentir Clarke estática em cima de mim, com a respiração ofegante após ter dado um gemido ainda mais gritante, relatando o orgasmo que acabara de invadi-la.

Eu sorriu com os lábios secos, a encarando.

Ainda com a respiração difícil, ela sorriu de volta e voltou a se mexer.

- Amor... Eu disse.

- Acha que eu te deixaria sair desse quarto sem te ouvir gemer assim também? Disse já recuperando seu ritmo inicial e me levando a loucura.

Rebolei com ela, concentrada em meu prazer dessa vez, ela não tirava aquele sorriso ironicamente safado de seus lábios, que pra mim servia como combustível pro tesão que eu já não conseguia controlar.

- Ahhh, Clarke... Gemi

- Goza pra mim, Lexa...Goza em mim, eu preciso te sentir. Implorou com a voz mais sexy que eu já tinha ouvido em minha vida.

E após isso, já não pude me controlar, me desfazendo entre suas pernas. O orgasmo me atingiu e eu sentia que fora tão intenso que se eu me levantasse ficaria tonta.

Ainda grudadas, sentindo meu líquido escorrer por entre minhas pernas, nos olhávamos com a respiração acelerada.

Clarke se deitou ao meu lado, fitando o teto, como sempre fazia. Eu me virei sorrindo e encarando-a.

Como era linda. Sua presença se tornara completamente indispensável pra mim, já não me via mais sem Clarke, me sentia juvenil ao imaginar uma vida inteira ao lado daquela mulher. Imaginava onde moraríamos, quantos quartos, quantos filhos, como seria nossa cerimônia de casamento, como seria o pedido que eu obviamente faria. Abri um sorriso ainda mais largo ao me pegar pensando nesse futuro.

- O que é tão engraçado? Ela perguntou se virando pra mim.

Não havia muitas vezes em que Clarke me encarasse com aqueles olhos perfeitamente azuis em que minhas pernas não ficassem bambas, era o oceano mais profundo em que eu gostaria de me perder.

- Só estava pensando na gente. Respondi sem jeito.

Ela sorriu docemente:

- Eu amo você.

Depositei um pequeno beijo na ponta de seu nariz:

- Clarke, eu estou amando essa sua voracidade pelo meu corpo, mas sabe que temos que conversar sobre isso né? Disse num tom mais sério.

- Eu to com uma fome, vamos comer logo e irmos ao shopping, sei exatamente o que dar para Lindsey.

Ela tinha essa mania irritante de fugir do assunto da forma mais cara de pau desse mundo, respirei fundo para não ser grossa e me levantei com ela.

******

Depois de passarmos o sábado inteiro no shopping, virei um cabide humano apoiando todas as comprar que Clarke não conseguia segurar, eu a deixei na universidade, pois seu estoque de roupas na minha casa estava chegando ao fim.

Isso me fez pensar um pouco sobre todas as circunstancias que estavam acontecendo a minha volta e com isso tive uma ideia do presente perfeito pra Clarke de natal.

*******

Já na universidade que estava vazia devido às férias de inverno, subi com Clarke para ajuda-la a pegar suas coisas.

- Sinto que faz meses que não venho nesse quarto. Disse abrindo seu guarda-roupa.

- Olha, eu não to reclamando. Eu disse em tom bem humorado.

Ela sorriu e depositou um beijo carinhoso em meus lábios.

- Contou pra Lindsey tudo o que aconteceu com seus pais? Perguntei, puxando a mala que ela guardava em baixo da cama.

- Ainda não, faz uns dias que não conversamos. Disse com pesar em sua voz. – Mas ela volta logo após o natal, vou chama-la pra almoçar ou algo assim.

Terminamos de arrumar sua mala e seguimos de volta para o carro:

- Onde você vai passar o natal? Ela me perguntou.

- Ué, em casa. Porque?

- Pensei que tinha alguma outra opção. Deu de ombros.

- Você é sempre minha primeira opção. Disse com um sorriso de lado.

- É só que...

- O que foi, meu amor? Perguntei preocupada.

- O natal é meu feriado favorito, era sempre muito especial na minha casa, eu até ajudava. Disse ela achando graça. – Temos uma árvore enorme na sala e os presentes eram tantos que cobriam metade da árvore. Sua voz começou a embargar, antes que fosse chorar, eu a interrompi, sabia que ficaria depressiva o resto do dia se começasse a chorar.

- Amor, se quiser podemos passar o natal lá, digo, não precisa existir todo um drama ao redor disso, podemos ir passar a noite e virmos embora.

- NÃO! Ela disse de forma hostil, quase num grito. – Eu não piso naquela casa, Lexa. E vamos vai, está começando a esfriar, eu to com fome e sono. Disse sem me encarar.

Já havia arruinado seu humor, então decidi leva-la de volta ao meu apartamento. Clarke estava mais sensível que nunca esses dias, tudo a irritava, triste ou com tesão, era uma montanha russa de emoções, se fosse possível diria que estava grávida.

Pegamos a avenida principal que era o caminho mais rápido até minha rua e de repente num surto, Clarke se virou pra mim e disse, quebrando o silêncio:

- Eu acho que de todos os lugares públicos que já transei, nunca transei numa avenida interestadual. Disse me encarando:

- Como é que é? Como assim todos os lugares públicos que já transou? Disse irritada imaginando várias imagens na minha cabeça.

Fui interrompida por sua mão alcançando meu jeans tão rapidamente que mal pude ver seus movimentos.

- Quero que minha primeira vez seja com você. Disse abrindo meu zíper

- Clarke, está louca? Eu to dirigindo, agora não é momento. Eu disse dividindo minha visão entre ela e a direção.

Tirei sua mão da minha calça, mas ela se desvencilhava de mim com muita agilidade. Tirou então seu cinto e se aproximou de mim, me desestabilizando.

“Que inferno, Griffin!”

- Clarke, para, coloca o cinto, isso é perigoso, anda. Eu disse puxando o cinto dela e tentando encaixa-lo.

- Vamos lá, Lexa, pare de ser tão retraída, eu só quero te fazer um carinho. Ela disse se aproximando do meu ouvido, passou a lambê-lo sutilmente, me fazendo arrepiar.

“Desgraçada”.

- Clarke, não... Disse tentando lutar contra.

Sua mão voltou a alcançar meu zíper, terminando de baixa-lo, desabotoou meu botão enquanto ainda beijava meu ouvido:

- Amor, para... Eu disse com a voz mais contraditória do mundo. Era perigoso, e eu estava preocupada com isso, mas porra, tava gostoso demais pra parar.

Ela colocou a mão dentro da minha calça com dificuldade, eu abri sutilmente a perna facilitando sua entrada, pude sentir seu sorriso irônico ao ver a cena.

Ela não parava de me encarar, me deixando com ainda mais tesão, por não poder virar e ataca-la. Seus dedos estimulavam meu clitóris com suavidade, me torturando:

- Ahh, Clarke... Gemi seu nome.

Ela aumentava o ritmo de seus dedos enquanto mordiscava meu pescoço, me arrepiando em cada parte. Tive que me segurar veemente para não fechar os olhos e me entregar a aquela sensação, mas ainda tinha que manter os olhos na estrada.

Ela me penetrava com o dedo, estocava violentamente e descia sua língua para meu peito, direcionando pros meus seios.

- Gosta assim? Ela perguntou, com sua voz roucamente sexy, fazendo movimentos circulares no meu clitóris.

- Mais forte... Pedi.

- Assim? Disse voltando os lábios pro meu ouvido e sussurrando bem perto.

- Isso...Isso, Clarke. Disse quase fechando os olhos.

- Goza pra mim, amor. Ela disse roçando seus lábios na minha bochecha.

Eu gemia alto, rebolava em volta de seus dedos em busca de meu prazer, sentia meus membros formigarem, o orgasmo estava próximo, por uma fração de segundos senti meus olhos se fecharem abraçando aquela sensação e os abri tão rapidamente quanto, freando e parando a centímetros de outro carro. Clarke estava sem cinto, o baque a fez ir pra frente e bater o ombro, mas não fora tão forte para abrir o air bag.

- Meu deus, amor... Machucou? Perguntei desesperada, a tocando no ombro.

- Não, foi só uma pancadinha, ta tudo bem. Disse massageando o ombro.

- Senta direito e coloca esta merda de cinto, é a segunda vez em menos de duas semanas que quase batemos o carro por conta desse seu comportamento.

Ela arregalou os olhos surpresa com a bronca.

Fechei minha calça e voltei a dirigir, irritada:

- Precisamos conversar Clarke, não podemos continuar com isso, hora você ta triste, hora ta super empolgada, hora com tesão querendo transar em lugares impróprios e o tempo todo... Não que eu esteja reclamando, eu amo fazer amor com você, mas porra, noite passada transamos seis vezes...Ininterruptas, eu to quase ficando assada. Disse em voz baixa, intercalando a visão entre ela e a direção.

– Você precisa conversar com seus pais, você não está bem.

- Eu já disse que não Lexa, se está tudo tão ruim pra você, eu volto pra universidade durante as férias. Não precisa ficar me aturando não. Disse seguida de uma bufada, colocando seu cinto com raiva.  

- Eu não disse isso, que inferno! Eu to preocupada com você, acho que esse problema está te afetando demais, só isso. Você nem deixou que eles contassem a versão deles da história.

- Olha, eu não quero saber desse assunto, Lexa, se for pra falar disso pode dar meia volta e me levar de volta.

A olhei surpresa, odeio quando ela age sem raciocinar desse jeito.

- Ok. Respondi, seguindo pra minha casa.

Entramos no meu apartamento em um silencio irritante, eu batia a porta, Clarke jogou sua bolsa na mesa com uma força desnecessária, e jogou suas compras no meu largo armário, mostrando o quanto estava contrariada.

- Vai quebrar minha mesa agora? Perguntei, sem encara-la, indo em direção ao meu quarto.

- É pra não quebrar outra coisa. Disse se sentando no sofá e tirando sua bota.

Tirei toda minha roupa, de forma nervosa e segui para o banheiro. Nem chamei Clarke para se juntar a mim no banho porque do jeito que estava, ia acabar me agredindo e por mais sexy que parecesse a cena, não estava com humor pra isso.

Tomei um banho quente, tirando a temperatura gelada que havia se instalado em meu corpo, massageei minha tempora, em busca de um pouco de relaxamento. Deixei a água limpar toda a irritação que Clarke conseguia me fazer passar.

Terminei meu banho e estranhei não ouvir mais a voz rouca de Clarke gritando comigo mesmo no chuveiro. Sai me enxugando e vesti meu roupão leve de seda lilás, calçando minha pantufa pra aquecer os pés que mesmo pós banho continuavam gelados. Peguei a escova e comecei a pentear meu cabelo e andar em direção a sala.

Chagando lá, avistei Clarke ainda sentada na mesma posição de quando fui tomar banho, sem suas botas e com seu celular em mãos. Seus olhos estavam vermelhos e lágrimas não paravam de escorrer. Toda irritação prévia que eu sentia se dissipara me transformando na maior manteiga derretida do planeta. Me sentei depressa ao seu lado:

- O que houve, meu amor? Perguntei com uma voz suavemente preocupada. 

Ela sem me encarar, me entregou o celular, molhado por algumas lágrimas. Nele, seu email estava aberto. O assunto:

Um amor além da vida

A remetente?

Abby Griffin.

“ Olá, Clarkezinha, tomamos isso como um último recurso pra que você talvez nos desse um pouquinho de atenção. Clarke, com os anos, nós aprendemos que nossos pais também são humanos e também erram. O maior erro da minha vida, foi entregar você nas mãos frias de pessoas desconhecidas, mas se perguntar meu maior acerto? Foi ter você.

Eu não espero que entenda que eu era uma adolescente ingênua, achando que uma criança estragaria minha vida e sempre me sentira pressionada por seu avô pra seguir a carreira medica. Eram hormônios juvenis, hormônios da gravidez, um relacionamento conturbado, uma classe social que me pressionava, eram pessoas querendo tomar uma decisão por mim o tempo todo e eu me deixei. Eu me permiti te perder e nada no mundo vai trazer de volta seus primeiros cinco anos, seus primeiros passos, seu primeiro sorriso ou sua primeira palavra.

Quando te entreguei eu já te amava de todo coração e a partir desse momento, eu e seu pai mesmo separados, fizemos uma promessa pra nós mesmos: Iríamos construir nossas vidas, juntos ou separados e iríamos te reaver, não importava onde você estivesse, com quem, iria até o fim do mundo te encontrar, mas eu precisava ser inteira pra você, uma mãe completa, não aquele pedaço de ser humano quebradiço e imaturo que fui quanto te entreguei.

Me senti aliviada ao saber que estaria num bom lugar, e Jake havia conseguido um acordo para te visitarmos, tínhamos um plano, mas tiveram que te mudar de lá por problemas burocráticos a principio, e o novo lugar não permitia visitas. Depois de muitas brigas, aceitamos a nova proposta. Não te veríamos, mas em cinco anos, ainda mantivemos nossa promessa de te encontrar e o dia então chegou... Era pra ser o melhor dia da minha vida, nós te adotaríamos e eventualmente te contaríamos a verdade, mas você não estava onde deveria, no orfanato que combinamos com sua avó, foi aí que descobrimos que fugiram com você, com a minha pequena, minha menina rechonchuda.

E isso, Clarke fez com que eu me transformasse numa criatura que nunca achei que existiria em mim, numa criatura chamada...Mãe. Percorremos todos os lugares possíveis atrás de você, foram meses de busca, de detetives particulares, de humilhações pedindo ajuda a sua avó que sempre me odiara, foi uma verdadeira angustia e eu nem mesmo te conhecia. Mas te sentia próxima como nunca havia deixado de sentir, desde o dia em que você saiu de dentro de mim.

Até que te encontramos, em um lugar imundo, numa cidade chamada Quincy, perto do Rio Mississippi. Quando te encontramos, estava frio, fazia 2 graus, era inverno e você vestia um suéter vermelho fino, tremia de frio e de medo e tinha marcas por todo seu corpo, hematomas. Seus cabelinhos tão lindos nunca haviam sido cortados, estavam sujos como se nunca tivessem sido lavados também. Ninguém precisou me falar, Clarke, assim que te vi meu coração reconheceu o teu, te arranquei daquele quarto sujo, a contra gosto de um homem alto, chamado Jaha. Um ditador que maltratava você e todas aquelas crianças , um verdadeiro psicótico, ele tinha prazer em humilhar vocês, um prazer sádico...Nunca esquecerei aquele olhar ao me ver te levar, se não fosse seu pai, tenho certeza que ele te arrancaria dos meus braços. Meus braços que te abraçavam forte, que finalmente te sentiam, e você estava com tanto frio, mas tanto, que me abraçara de volta sem nem mesmo saber quem eu era.

Desde então, filha, nós cuidamos de você como se fosse um cristalzinho, com cuidado e mimo e está aí mais um de meus erros, te poupamos de encarar o mundo, sempre embaixo de nossas asas fazendo todas suas vontades. Pedimos aos nossos amigos psicólogos para não desenvolverem as conversas sobre seus pesadelos, com medo de você descobrir tudo e não nos perdoar, sei que isso pode ter desencadeado algo a mais, perdemos a chance de cuidar do seu problema de atenção e tudo em volto disso. Sim, Clarke...Falhamos.

Pois bem, cá estamos nós neste fatídico dia. Tudo que posso te dizer é... Eu sinto muito muito mesmo de todo meu coração, se você não quiser nos ver, não quiser qualquer contato, nos vamos entender, mas saiba que apesar dos erros, você é e sempre foi o amor de nossas

vidas, nossos corações batem por você. Clarke! Como a mulher que é, como mesmo cheia de cicatrizes e proteções exacerbadas, se tornou uma pessoa que nos orgulha, numa mulher que amamos mais do que a nós mesmos.

Jake e Abby Griffin”

A mão de Clarke ainda tremia embaixo da minha, e suas lágrimas não cessavam. Passei meu braço por seu pescoço, a puxando pra mais perto, ela se deitando em meu colo e chorou... Eu não sabia o que fazer, pela primeira vez em minha vida, não sabia concertar, não sabia arrumar, não sabia mudar, eu não sabia como refazer os pedaços que virou o coração da pessoa que eu mais amava no mundo e isso partia o meu junto.

Me fiz presente, fiquei ali, fazendo carinho em seus cabelos, sentindo a umidade de sua pele recostada sobre a fina seda de meu roupão e sofrendo com seus suspiros dolorosos, como se fossem meus. 

 


Notas Finais


E ai, maninhas? Me falem o que vcs estao achando dessa parte da trama.
Vcs tao entendendo bem oq se passou com a Clarke, oq os pais dela fizeram a avó e td mais?
Pq se n estiver mto claro preciso saber, pra esclarecer melhor.
Qualquer opinião, ideias, criticas, podem me mandar por comentario
ou pelo twitter @thatfun

Um beijo <3


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