1. Spirit Fanfics >
  2. Teach me... >
  3. LSD - Let's settle down? Oh, no!

História Teach me... - LSD - Let's settle down? Oh, no!


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Meninxxxxx voltei. Já to escrevendo o próx. Esse cap ta longo e arriscado,
espero muito que gostem. Não vou demorar pra postar o prox.

<333

Capítulo 26 - LSD - Let's settle down? Oh, no!


Fanfic / Fanfiction Teach me... - LSD - Let's settle down? Oh, no!

Música do cap:

Lorde - Yellow Flicker Beat

https://www.youtube.com/watch?v=3PdILZ_1P74

 

Clarke abrira os olhos, encarara o teto por vários minutos, refletindo os últimos acontecimentos. Olhou o relógio e já estava quase na hora de despertar. Desligou seu despertador e acordou Lindsey:

- Linds, acorda. Disse, jogando um travesseiro na amiga, que dormia na cama ao lado.

As aulas iriam começar, ela não estava preparada, mas o que podia fazer?

Respirou fundo, pensando no dia pesado que teria ao ter que rever Lexa após o fiasco do ano novo. Tomou seu banho matinal, colocou um vestido pra lá de decotado, propositalmente é claro. Se enfeitou com pulseiras, anéis, perfume.

- Queria ser uma mosquinha pra saber pra quem você tá se arrumando tanto. Disse Lindsey se trocando.

Clarke sorriu:

- Pra ninguém, pra todo mundo, pra mim mesma. Disse Clarke encarando sua imagem no espelho, mentindo.

 

 

Clarke passou no café próximo ao seu campus para pedir seu expresso. Wick estava lá com Finn. Sentados em uma das confortáveis poltronas.

- Bom dia. Disse Clarke para os garotos, que responderam encantados.

- Bom dia.

- Bom dia, Clarke. Responderam juntos.

- Wick, desculpa por aquele dia, eu precisava muito ir embora. Se explicou enquanto esperava seu pedido.

- Não tem problema, Clarke, está tudo bem agora? Perguntou, encarando a loira que estava em pé e ele sentado.

- Vai ficar. Disse com um meio sorriso.

- Clarke. Disse a atendente do café, com o expresso de Clarke em mãos.

- Bom, nos vemos lá dentro Finn. Até logo, Wick.

- Até. Respondeu o loiro.

- Que dia? O que tá rolando aqui? Perguntou Finn incomodado.

- Encontrei Clarke na festa de ano novo, ela tava linda cara, você tinha que ver.

Finn engasgou:

- Rolou alguma coisa entre vocês? Perguntou com medo da resposta.

- Não.

Finn soltou a respiração aliviado.

- Mas to louco pra chama-la pra sair, cara. Você ia ficar muito chateado?

- Eu? Claro que não, Clarke é passado, faz o que cê quiser. Disse Finn fingindo indiferença.

- Ela é diferente, sabe, cara? Eu sempre fui meio babaca com as garotas, nunca liguei no dia seguinte, mas essa mulher... Me deixa sem folêgo. Quero leva-la num encontro e fazer tudo como manda o figurino.

- Que seja. Disse Finn se levantando.

Wick não prestou atenção, ainda olhava pro ar imaginando como seria um encontro com Clarke.

*********

A primeira aula era de Lexa. Clarke olhou para a porta da sala e respirou o mais fundo que podia. Estava nervosa e tinha medo de chorar por qualquer motivo, mas a dias estava se convencendo que chorar não a levaria a nada. Se Lexa não queria estar perto dela, não era seu problema, Clarke também não ia mais se importar.

Entrou na sala com o pé direito pra dar sorte, e subiu até seu lugar sem olhar para a mesa da professora.

Dez minutos se passaram, a sala já estava repleta de jovens, Finn conversava com uma colega ao lado de Clarke. Lindsey dava risadas com Octavia. Clarke mexia em seu celular tentando disfarçar o nervosismo pelo atraso de Lexa. Olhou para Lindsey e a morena lhe deu um sorriso. Olhou automaticamente para Octavia e a morena lhe disse em palavras sem som algum:

- Fica calma.

Clarke concordou com a cabeça. Ela tinha aprendido a gostar muito de Octavia, a tinha quase como uma mentora meio mística. Se lembrou da noite de ano novo, onde foi facilmente convencida por ela a ir à festa com Lindsey:

 

“- Clarke, posso entrar? Perguntou Octavia já entrando em seu quarto.

- Pode, mas vai perder seu tempo, eu não to afim de ir, Octavia. Disse Clarke sentada em sua cama.

- Dê um tempo a Lexa. Ela vai repensar toda essa bobagem de não querer assumir vocês.

Clarke arregalou os olhos, como Octavia sabia sobre Lexa?

- Bellamy disse pra você sobre nós? Perguntou irritada.

- Clarke, não é assim tão difícil perceber. Saem faíscas naquela sala quando vocês se olham.

Clarke sentiu suas bochechas queimarem de vergonha.

- Vá a festa, se divirta. Eu faço questão. Sabe, Clarke, quando você sofre algumas coisas como as que aconteceram comigo, você passa a ver a vida de uma forma diferente, passa a apreciar pequenos momentos assim.

- Octavia, eu entendo, mas eu realmente não to querendo ir. Disse sentada respirando fundo.

- Talvez ela esteja lá.

Clarke levantou a cabeça e a encarou interessada. Octavia considerou isso como um sim:

- Não sei que roupa usar.

Octavia sorriu e foi até a sala pedir a ajuda de Lindsey para escolher a roupa com Clarke. “

De volta a sala de aula, os alunos estavam ficando irritados pela demora. Quando Lexa adentrou a sala apressada:

- Desculpem o atraso. Lexa usava óculos escuros e um vestido cinza de manda cumprida colado em seu corpo.

- Vocês receberam o formulário desse semestre por email? Perguntou enquanto tirava seus óculos.

Os alunos acenaram que sim com a cabeça:

- Então porque estão com essa cara de tacho me encarando? Abram a porcaria do livro na página dez. Disse em tom grave.

Todos se apressaram a abrir o livro, menos Clarke. Ela pegou seu livro com a maior calma do mundo e isso despertou a atenção de Lexa que ainda não havia encarado a loira.

Lexa a olhou e sentiu seu maxilar trancar em nervosismo. Clarke estava linda e exageradamente atraente com aquele vestido, Lexa desceu seu olhar até seu decote.

Ao perceber o olhar malicioso de Lexa, Clarke sorriu para a morena e lhe mandou uma piscadela quase indecente.

Fazendo a morena contorcer as pernas.

Ela imediatamente se inclinou pra falar com Finn que sentava ao seu lado, se abaixou tanto que fez o garoto ficar sem jeito por estar com as mão tão perto do busto da loira.

- Será que pode me emprestar uma caneta, eu esqueci a minha. Disse olhando para o rapaz que começara a corar.

Lexa encarava a cena percebendo exatamente como Clarke levaria esse termino e isso lhe embrulhou o estomago, tamanho era a raiva.

- Cla...Cla...Claro, Clarke. Serve essa? Disse Finn dando uma caneta qualquer.

- Essa é perfeita. Disse Clarke sorrindo, ela pegou a caneta fazendo sua mão entrar em contato totalmente com a de Finn. Deixando o garoto ainda mais nervoso.

- Hoje vamos fazer uma atividade diferente, começar o semestre com todo gás, pessoal. Vamos lá, essa turma do meu lado esquerdo, traçando uma linha a partir da Srta. Griffin, sentem todos no canto esquerdo, se apertem aí até caber. E a turma do lado direito, traçando uma linha a partir do Sr. Collins, juntem-se no canto direito da sala.

Clarke semicerrou seus olhos, tentando entender o que Lexa pretendia. Mas qualquer que fosse a atividade, ela começara separando a loira do moreno.

- Vamos fazer um debate, escolham seus advogados, eu vou dar um tema, vamos defender projetos administrativos que já existem, mas quero ver o ponto de vista de vocês sobre isso, economicamente falando. Disse, mostrando empolgação.

 

**********

 

A aula havia sido exaustiva, mas completamente divertida, os alunos aprenderam em uma aula o que demoraram um semestre inteiro, por se sentirem intimidados por Lexa.

Todas saiam da sala sorrindo, comentando a matéria e ansiosos pelo próximo debate. Lexa por sua vez estava bem satisfeita, vira potencial finalmente em sua turma. Clarke demonstrou um poder de persuasão muito forte, ganhando o debate para o seu canto da turma. O que deixou Lexa bem orgulhosa, se perguntando se Clarke não devia seguir a carreira de direito ao invés de administração. A morena guardava seu material com uma expressão de leveza no rosto, por algumas horas pôde esquecer o tamanho estrago que existia em sua vida.

Clarke demorara a guardar seu material propositalmente, pediu para Finn lhe esperar pra que ela pudesse devolver sua caneta. Lexa assistia a cena de longe:

- Obrigada pela caneta, Finn.

- Não foi nada, Clarke. Respondeu pegando a caneta de volta.

- Eu to com dificuldades nessa matéria, será que você podia me dar uma mãozinha, ou duas. Disse a garota com a voz suave.

- Se está com dificuldade nessa matéria, peça ajuda a mim, Srta. Griffin. Disse Lexa sem encarar a loira.

- Não quero tomar seu tempo, professora. Afinal, aulas particulares, o que seu precioso conselho iria achar? Disse com a sobrancelha arqueada.

Lexa engoliu seco… De raiva.

- Podemos ir na biblioteca. Disse Finn levando o material de Clarke.

- Lá é muito barulhento. Vamos ao meu dormitório. Eu tenho tempo, agora que tenho as tardes livres. Disse Clarke, puxando Finn pra fora da sala, mas garantindo que Lexa ouvisse cada parte da conversa.

Lexa socou sua mesa com todas as forças ao ver a loira sair acompanhada.

Fora da sala, Finn já planejava os detalhes empolgado, mas Clarke tinha outros planos.

- Podemos pegar um almoço rápido e comer lá mesmo. Disse o rapaz entragando o material para a loira.

- Lá onde? Disse a loira pegando seu aparelho do celular distraída.

- No seu dormitório. Respondeu confuso.

- Ah! Vamos deixar pra outro dia, Finn?

- Mas você disse que precisava e...

- Eu sei o que eu disse, mas acabei de me lembrar que preciso ajudar a Lindsey com umas coisas. Desculpa ta? Disse dando um beijo no rosto do garoto, que ficara plantado no corredor tentando entender a situação.

- Você ta brincando com fogo, Clarke. Disse começando a se irritar.

- Deu pra falar sozinho? Perguntou Wick, se aproximando do amigo.

Finn olhou pro loiro e suspirou de raiva.

- Cara, cê ta vermelho.

- Me erra, Wick, me erra. Disse. – Olha lá sua professora favorita.

Lexa passava na frente dos garotos sem dar-lhes atenção.

Wick virou o nariz ao vê-la passar:

- Dessa maluca aí eu quero é distância.

- Ficou com medo dos gritinhos da mestra, é? Disse Finn passando o braço pelo pescoço do rapaz e tentando lhe dar uns cascudos de forma bem humorada.

 

******

- O que vai fazer hoje? Perguntou Lindsey a Clarke que terminava de se trocar, após tomar um longo e demorado banho.

- Luau, moss beach. O que acha?

- Acho que está frio, que são quatro horas da tarde e é só quarta-feira pra você sair pra tão longe assim. Disse a morena, enquanto ligava seu notebook.

- Eu tirei três cochilos durante seu discurso. Quando foi que você virou essa pessoa tão chata? Foi a Octávia que fez isso com você? Desintoxica um pouco. Disse a loira revirando os olhos.

- Você ta parecendo uma adolescente, Clarke. Aquieta a bunda, temos muito o que estudar.

- Pra que? Se eu bombar, que diferença vai fazer, numa boa?

- Você ainda não me contou o que houve com seus pais.

- Eu vou contar, mas não agora. Agora tenho assuntos mais importantes.

- É, porque um luau numa praia deserta cheio de gente babaca é mais importante que isso.

- Você não faz ideia do quanto. Disse com um sorriso irônico. - Não quer mesmo ir? Perguntou mais uma vez enquanto pegava sua bolsa.

- Nem pensar.

- Você envelheceu, cuidado que o próximo passo já vai ta cansada até pra fazer sexo.

- Mas nem quando estiver morta. Gritou Lindsey, sem sucesso.

 

*******

Clarke fora até o estacionamento. Usava um vestido leve, com alpargatas e um casaco cinza por cima. Estava focada naquele luau. Iria sozinha, não conhecia uma alma viva daquele lugar, mas não se importava, aliás, ultimamente, não se importava com mais nada.

*****

Duas horas e meia dirigindo, o trânsito estava carregado, o que deixara Clarke irritada e se perguntando se realmente queria ir a aquela festa ou se queria só se provar alguma coisa.

Chegou e avistou a praia toda cheia, estacionou seu carro longe da multidão e deixou seu casaco e seus sapatos por lá, mesmo passando frio. Queria estar na mesma temperatura que os outros jovens, muitos sem camisa, muitas de biquíni, a verdade é que a maioria estava bêbada ou drogada demais para sentir qualquer sensação em suas peles.

Clarke entrou apressadamente no quiosque, buscando por calor. Passava tanto frio que por uma fração de segundos desejou estar debaixo das cobertas do apartamento de Lexa, com Lexa de preferência do outro lado da cama, a esquentando ainda mais que os grossos cobertores.

Balançou a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos, chamou o rapaz atrás do balcão para pedir uma bebida:

- O que você têm que pode me esquentar? E que seja alcoólico, é claro.

- Olha só quem voltou. Disse Sinclair sorrindo sinceramente enquanto reconhecia Clarke.

Clarke sorriu sem graça.

- Não se preocupe, já peguei pessoas em situações piores, menina. Disse enquanto preparava um coquetel.

- Eu, eu... Não tinha bebido e nem usado nada, Sr. Sinclair. Disse.

- Você até se lembra do meu nome... Já te disse pra não me chamar de senhor. Eu não julgo ninguém não menina, vocês já são bem grandinhos pra saberem o que fazem. Eu só não quero nada ilegal aqui dentro ok? Disse piscando.

- Mas assim não tem graça, Sinclair. Disse uma loira pairando ao lado de Clarke, depositando as mãos sobre o balcão.

Sinclair sorriu e continuou preparando seu drink.

Clarke se virou e reconheceu a voz abusada:

- Niylah! Disse Clarke séria.

- Clarkezinha. O que te trás nas redondezas?

- Eu é que pergunto. Estamos bem longe de sua jurisdição não acha? Disse Clarke levantando a sobrancelha.

Niylah sorriu bem humorada:

- E a namorada? Perguntou objetiva.

- Não existe. Respondeu se sentindo desconfortável.

- Eu imaginei, eu jamais te deixaria sair sozinha se você fosse minha e aquela mulher tem cara de saber cuidar do que é dela também.

- Era.

- Como?

- Do que era dela. Reafirmou Clarke. Mais para si mesma do que pra Niylah.

- Sinclair. Disse Niylah sem tirar os olhos de Clarke. – A moça está com frio, traga uma taça de conhaque.

- É pra já.

Clarke sorriu, conhecendo os gostos excêntricos da amiga e ex amante.

- Aqui está. Clarke pegou a taça e bebeu em uma tragada só, arrancando sorrisos encantados de Niylah, olhando a cena nostálgica.

- Nos vemos por aí. Disse saindo de fininho ao redor da amiga.

- Não desapareça. Pediu Niylah, temendo perder a chance que aguardara por tanto tempo.

- É o que eu faço de melhor. Disse Clarke já de costas.

Clarke rodou o quiosque lotado, querendo escapar de Niylah e suas investidas, não demorou muito até alguém se aproximar da loira novamente:

- Bebe mais que esquenta, gata. Disse um rapaz alto e moreno.

Clarke não deu atenção e passou reto. Seus critérios para cantadas faceis estava bem maior. Clarke havia provado o que tinha de melhor em uma relação. Amar e ser amada. Por tanto, se recusava a aceitar qualquer coisa menor do que isso, mas o problema era esse.. Qualquer coisa ou pessoa eram menores do que Lexa e do que sentia por ela. Após passar reto, sentiu a mão do rapaz segurar seu braço e quando estava pronta para lhe retrucar com um grito ou até mesmo um soco, alguém fez isso por ela.

- Saí andando cara, ela não quer. Gritou Niylah pro rapaz agora de nariz sangrando.

Clarke a olhara chocada.

- Nossa!

- Vem! Dise Niylah puxando Clarke pra parte de trás do quiosque.

Clarke se deixou puxar, mas não tirava os olhos do rapaz que limpava seu nariz sujo de sangue. Estava achando incrivel aquele surto violento feito por ela.

Se distraiu tanto que tropeçara quase levando Niylah ao chão, mas a loira mais alta e estavel que Clarke, tratou de se equilibrar, segurando o pulso de Clarke que protestava com o impacto.

- Sempre tão desastrada. Disse sorrindo.

- Dizem que meu desastre é o meu maior poder de encanto. Disse Clarke com uma sobrancelha arqueada.

- Eu conheço muitos outros. Disse Niylah levando Clarke para o canto do quiosque, onde tinham poucas pessoas, por conta da má iluminação.

A loira encostou Clarke no azuleijo gelado e se aproximou:

- Niylah. Não!

- Porque? Disse beijando seu pescoço, enquanto segurava seus braços.

- Porque eu não quero. Eu sei como se sente sobre mim e não quero que crie expectativas.

Niylah a soltou, sentindo seu orgulho ferir. Sorriu ironicamente:

- Clarke, se toca, essa fase já passou. Namorei e amei outras pessoas depois de você. Disse a garota magoada, se afastando.

- Tudo bem, então vamos tentar deixar essa noite na amizade ok? Disse.

- Tanto faz.

Niylah se afastou de Clarke, deixando a loira no escuro sozinha. Clarke bufou, aquela festa estava sendo a maior burrada, estava chata e tudo o que fizera até agora fora escapar de problemas. Respirou fundo e decidiu ir embora.

- Não pode culpar a garota, você é a mulher mais linda dessa festa. Disse um rapaz que estava recostado em seu carro, com um copo de cerveja.

Clarke levantou a sobrancelha em sua costumeira posição de flerte.

- Como você é…

- Gentil? Perguntou o rapaz sorrindo.

- Sincero. Responde Clarke num humor prepotente.

O rapaz gargalhou e se encantou ainda mais com a loira.

- Posso te pagar uma bebida? Perguntou.

- Deve! Disse Clarke. O rapaz entrara no quiosque, deixando Clarke sozinha.

Ela se recostou no mesmo carro e visualizou a festa, ainda não se sentia plenamente confortável com toda a situação, mas com as bebidas futuras tinha certeza que isso iria mudar. Clarke avistou um garoto de longe observa-la, semicerrou os olhos para focar seu rosto e pode ver quem era:

- Finn? Que merda esse garoto ta fazendo aqui. Suspirou a si mesma.

Finn levantou seu copo a ela. Ela sorriu sem graça, pensou em se aproximar, mas mudou de ideia ao ver o rapaz que acabara de conhecer se aproximar com sua bebida.

Conversa vai, conversa vem, Clarke estava quase no final de sua cerveja, mas se sentia mais tonta do que deveria. Aliás, se sentia completamente tonta e sem muito controle de seus membros.

- Eu preciso ir ao banheiro. Disse.

- É por ali. Apontou o rapaz. -  Vou ficar aqui te esperando, consegue me achar? Se preferir posso ir junto. Disse com um sorriso malicioso, pegando na cintura de Clarke.

- Eu me viro, obrigada. Disse Clarke colocando a mão na testa, se sentindo cada vez mais tonta.

O efeito da tontura estava passando e dando espaço pra algo mais leve, mais livre, mais solto. Clarke via as pessoas em formato de ondulação, algo quase transcendental. Clarke sorria ao ver os rostos se distorcendo diante de seus dedos, eles estavam tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Via seus rostos a encarando, alguns sorriam solidários e entendendo o que ela sentia, outros riam, maldosos, julgando, outros pouco se importavam.

Clarke não conseguia expressar em palavras a empolgação que sentia, queria explodir. Olhava suas mãos e elas pareciam tão maiores do que realmente eram, não, aquilo não era empolgação:

- Clarke, CLARKE! Gritou chacoalhando-a.

- Niylah! Olha minhas mãos, elas são enormes.

- O que você tomou?

- Cerveja. Calma. Disse sem encarar a loira. – Eu to agitada, vem!

Puxou Niylah até a areia da praia, onde todos dançavam ao som das caixas potentes de Sinclair.

Clarke dançava com energia, com vontade, com euforia. Niylah sabia que a garota estava sob efeito de algo, mas lutou contra seus principios, queria aproveita-la o máximo que pudesse.

Clarke dançava ao redor de Niylah, as duas riam e tudo parecia como se fossem adolescentes novamente.

Niylah se aproximou novamente de Clarke, tocou em uma mexa de seu cabelo enquanto as duas dançavam um pop eletronico, com muitos jovens ao redor. Clarke sorriu. Mal via Niylah, mal entendia que era ela, na verdade, desde que passara a distorcer rostos, Clarke só via Lexa.

Niylah provocava Clarke com o toque de seu nariz em sua bochecha, a cada passo de dança se aproximavam ainda mais. Clarke sabia que aquela não era Lexa, sabia tudo o que tinha acontecido, mas sua cabeça conseguia lhe deixar imaginar o que quisesse e era isso o que queria. Poder mentir sua própria realidade.

- O céu!

- O que? Perguntou Niylah sem conseguir ouvir.

- O CÉU TA ESCURO, MAS TA LINDO E EU QUERIA ESTAR LÁ FEITO ESTRELA COLADA. Gritou Clarke completamente focada, olhando pra cima sem deixar de dançar.

- Você ta muito louca. Disse. - Fica calma, depois fica agitada, parece que tem picos de animação.

Clarke olhou por trás de Niylah distraída, rindo da loira, e mais um rosto se focou, era Finn, segurando o mesmo copo de bebida, observando a garota atentamente. Clarke de repente sentira um calafrio ao ver a figura do moreno, calafrio este que nunca havia sentido antes em sua presença.

Engoliu seco e voltou a encarar Niylah, mas vendo Lexa:

- Amor, vai ficar tudo bem né? Perguntou.

Niylah achou estranho a forma que Clarke a chamou, e se bastou a acenar que sim com a cabeça:

- Porque não vamos num cantinho aqui atrás? Eu o conheci outro dia. Disse Clarke se referindo ao canto do quiosque que Niylah a havia levado a minutos atrás.

Niylah deu risada e puxou a loira pelo pulso.

Ao chegaram no canto vazio, antes que Niylah pudesse fazer qualquer movimento, Clarke a empurrou contra a parede e atacou seu pescoço.

- Vejo que continua a mesma faminta de sempre. Disse Niylah ao ver a loira descer até alcançar seus seios coberto com um fino tecido.

Clarke apertava a bunda de Niylah desastrosamente:

- Meu Deus, Clarke, você ta muito descontrolada, vem, deixa comigo. Disse a loira girando Clarke e trocando de lugar.

Ao ver a cena, o moreno que antes cantava Clarke se aproximou:

- Será que eu posso me juntar a festa particular? Perguntou já tocando as garotas sem permissão.

- Claro que pode. Disse Clarke puxando o moreno para um beijo entre os três.

- Claro que não. Disse Niylah empurrando o rapaz. – A única total flex aqui é ela, pode seguir teu rumo. Disse empurrando o moreno que levantou as mãos em sinal de rendição e se afastando.

- Continua ciumentinha? Perguntou Clarke.

- Com você sabe que perco qualquer controle, Clarkezinha.

Clarke sorriu e logo em seguida colocou a cabeça pra trás sentindo Niylah colocar a mão dentro de sua calcinha, embaixo do vestido. Alcançou com rapidez seu sexo, impulsionando seu dedo sobre seu clitóris.

Clarke arfou de desejo. Niylah fazia movimentos circulares, acelerando a cada gemido. Clarke segurava as laterais da parede de madeira, não se importando com quem pudesse ver ou ouvir o que se passava naquele cantinho escuro. Se contorcia em desejo, tentava manter os pensamentos de Lexa afastados, se lembrasse como os dedos de Lexa faziam melhor, ou como preferia beijar seus lábios grossos, sentir seu cheiro, seu toque… Sabia que broxaria completamente e não queria isso.

Lexa não a queria mais, então que assim fosse.

Clarke puxava os cabelos de Niylah que se prendia em um rabo de cavalo cheio de tranças. A loira sentindo o desejo de Clarke, penetrou um dedo em seu sexo com força, mais até do que Clarke gostaria. Niylah penetrava Clarke initerruptas vezes, sentindo seu sexo umido molhar sua mão, já não aguentando sua vontade, se aproximou de Clarke e sussurrou entre suspiros:

- Saudade de chupar você.

- Precisa de permissão? Respondeu Clarke impaciente.

Niylah sorriu com a habitual grosseria da loira e aproveitou que ela estava de vestido, se abaixou e colocou sua cabeça embaixo do tecido. Estava ajoelhada na madeira gelada do quiosque, umida pelo sereno, baixou a calcinha de Clarke até seus calcanhares.

A loira enganchou seus dedos nas tranças presas de Niylah, protestando antecipadamente pelo tesão. Niylah virou Clarke de costas com violência, chocando a garota contra a madeira gélida e molhada, sem saber o que sucederia, Clarke encostou a testa no assoalho, enquanto Niylah a surpreendeu. Abriu suas nádegas e colocou sua língua alcançando seu sexo. Clarke pega de surpresa, apertava a madeira que se partia diante da má qualidade. Niylah apertava a bunda de Clarke enquanto com dificuldade lambia seu clitóris por trás. Clarke arfou em desejo e gemeu, tomando um movimento involuntario de rebolar no rosto da loira abaixada. 

A loira gemia, mesmo com a língua penetrada no sexo de Clarke, sentindo toda sua umidade escorrer por sua boca. Apressava os movimentos, acelerava, circulava com força, sentindo os protestos de Clarke cada vez mais pesados na madeira do quiosque.

Niylah deixava seus movimentos mais fortes, sentindo sua língua quase adormecer em busca do prazer de Clarke.

Se impulsionava pra dentro de Clarke, se mexendo dentro dela, penetrando com movimentos vai e vem e beijando toda a atmosfera em volta de seu sexo. Clarke rebolava com tamanha violencia, que sentia suas nadegas engolirem Niylah, e a loira se deixava engolir por Clarke, afinal era tudo o que mais queria, e fora tudo o que esperava.

Apertava sua bunda deixando a pele clara avermelhada, arranhava-lhe o fim das costas e a chupava, a chupava com profundidade, fazendo-a arfar. Chupava seu clitóris, seu sexo, enquanto lambia ferozmente. E ao voltar a lamber com toda força que lhe restava, sentiu os espamos de Clarke começarem, sabia que ela estava prestes a atingir o ápice. A virou de frente, com agilidade e voltou a afundar seus lábios em seu sexo, chupando-a. Chupou cada parte de seu sexo com força, enquanto a ouvia gemer sem se preocupar onde estavam, subiu sua mão alcançando seus seios e os apertou. Clakre arfou ainda mais com a ação, tinha os olhos fechados, esperando sentir o orgasmo.

Niylah aprofundou sua língua o máximo que pode e num constante movimento de penetração, sentiu Clarke apertar suas tranças com voracidade, apertava tão forte que quase incomodava.

Niylah continuou os movimentos, mesmo sentindo seus cabeços lhe serem arrancados, penetrou, penetrou enquanto lhe chupava o clitoris e então sentiu.

Clarke ainda com os dedos entrelaçados em suas tranças, se acalmou aos poucos, enquanto sentia seu líquido escorrer. Recuperou o ar que estava segurando. Ao abrir os olhos, tinha as pálpebras cansadas, mas ainda via tudo distorcido, a praia parecia mais longe do que estava, até Niylah que ainda tinha o rosto colado em suas pernas parecia estar mais longe do que estava.

Mas a sensação era ótima. Sentia ainda toda a energia de antes e poderia transar de novo e de novo e de novo, mas não era isso que queria… Não agora:

- Vamos dançar. Disse levantando sua calcinha enquanto Niylah ficava em pé.

- Calma, deixa eu me recompor.  Você estragou toda a minha roupa de baixo. Disse a loira sorrindo.

- É o que eu faço de melhor. Dança comigo agora! Pediu Clarke.

- O que você tomou? Perguntou Niylah novamente percebendo as pupilas de Clarke completamente dilatadas.

- Coragem. Disse a loira. E em seguida enfiou sua língua dentro da boca da loira num beijo violento e descoordenado.

Niylah colocou sua mão no rosto de Clarke, abraçando aquele momento, mas a loira cessou o beijo. Estava agitada:

- ESSE SEXO GOSTOSO ME DEU VONTADE DE NADAR. TA MUITO QUENTE AQUI. Gritou Clarke, chamando atenção das pessoas em volta.

- Xiu! Você ta louca? Ta fazendo 14 graus aqui, Clarke.

- Eu não sei do que está falando. Clarke disse enquanto tirava seu vestido. Ficando de calcinha e sutiã. Deixou no chão e se apressou a correr. Niylah pegou o vestido e saiu correndo atrás da garota.

- CLARKE! VOCÊ VAI PEGAR UM BAITA RESFRIADO, VOLTA AQUI. Gritou enquanto tentava alcança-la.

- CLARKE, PELO AMOR DE DEUS.

Clarke mais saltitava do que corria, parecia uma criança, os olhos ao redor davam risadas enquanto pediam para Niylah a deixar em paz:

- Deixa a garota nadar.

- Deixa ela em paz, gata.

- Queria eu estar drogada como todos vocês. Respondeu Niylah ainda perseguindo Clarke.

Clarke entrou na água e na hora sentiu o baque gelado.

- SANTA MÃE DE DEUS, ESSA ÁGUA TA FRIA PRA CACETE! Gritou Clarke enquanto começava a tremer.

Niylah riu com a reação da garota e correu pra lhe tirar da água.

- Eu tinha esquecido como você fica fora de controle quando toma essas merdas.

- Eu queria me sentir assim o tempo todo. Niylah. Disse Clarke se deixando vestir por Niylah, enquanto tremia da cabeça aos pés. Ela colocou seu vestido na loira e a aquecia com as mãos.

-Sinclair, SINCLAIR. Gritou da areia enquanto as duas sentavam na beira das ondas.

Sinclair correu até as duas:

- Traga dois copos de conhaques, por favor. Pediu.

- A garota não aprece bem, beber conhaque talvez não seja uma boa ideia.

- Ela é forte, aguenta substancia pior, agora pegue logo. Disse Niylah.

Sinclair foi bufando até seu quiosque e serviu um copo de espumante não alcoolico sem gás:

- Não vou ser responsável por matar a garota que salvei a uns dias atrás.

Voltou correndo e levou até as duas:

- O conhaque acabou, só deu um copo.  De esse pra ela e eu busco outra bebida pra você. Disse entregando o copo para Clarke.

- Pode deixar. Não vou querer nada. Bebe isso, Clarke, vai te esquentar.

Sinclair a olhou com reprovação e voltou ao quiosque.

Clarke bebia a bebida sem pestanejar. Olhava para o horizonte pensativa:

- Lembra como era mais fácil, Niylah? As festas, as brincadeiras… Nossos pais pareciam heróis.

- Lembro! Lembro a primeira vez que te vi. Toda desajeitada, encantando os meninos com tando desastre. Sorriu Niylah encarando a loira.

- Eu adorava ser criança, quando tinha pesadelo, minha mãe me embalava e dizia que ia ficar tudo bem, que não era nada. E sabe… Eu acreditava. Disse se sentindo boba.

- Ela só queria o seu bem. É dificil crescer e perceber que ser adulto não é assim tão fácil.

- Viver não é assim tão fácil.

- Que papo louco, Clarke. Você sempre foi cheia disso né?

- Disso o que?

- Dessa obscuridade. Como se nada realmente te iluminasse por inteira.

Clarke ficou em silêncio. Olhou pra baixo e disse:

- É difícil ser plena quando você cresce rodeada de tantos segredos, mas você está enganada…

- Estou?

- Ela me iluminava por inteira. Não tinha uma parte de mim que não fosse alcançada por sua luz, Niylah.

Niylah respirou fundo e soltou Clarke.

- Não se chateie.

- Eu nunca esqueci você.

- Eu sei. Respondeu Clarke com sinceridade.

- Sua humildade me encanta. Disse sorrindo.

Clarke deu risada e pegou a mão de Niylah, interlaçando com a sua:

- Vem cá. Não é porque sou cegamente apaixonada por aquela babaca que me abandonou, que vou deixar de aproveitar os prazeres da carne. Disse sorrindo.

- Você é ridicula. Disse Niylah dando risada. -  Se sente melhor?

- Eu acho que sim, as coisas estão meio distorcidas, mas a água gelada ajudou bastante.

- Você tava bem empolgada lá a trás.

- Eu precisava disso. O que foi que me deu? Perguntou.

- Eu? Eu não te dei nada.

- Como não, Niylah? Só tomei o conhaque que você me deu mais cedo e esse de agora, que nem parecia ter alcool, inclusive. Disse, enquanto cheirava o copo desconfiada. – Será que foi o cara que eu conversei? Encostado no carro?

- Não! Ele pediu uma bebida, e enquanto papeava com uma morena, o rapaz que te encarou a festa inteira jogou algo no copo.

- Que? Que rapaz, Niylah?

- Um cara de blusão. Ele te olhou o tempo todo, inclusive quando estavamos transando no canto do quiosque.

- Você viu tudo isso e não fez nada?

- Eu achei que a bebida era pra outra pessoa. Só fui ver que era pra você quando você bebeu. Mesmo assim, sei la, achei que soubesse. 

- Porra, Niylah. Clarke se pos em pé.- Mesmo que fosse pra outra pessoa, se você vê alguém colocando droga na bebida de um outro alguem sem sua permissão, você não pode simplesmente ficar quieta. Disse Clarke irritada. - Quanta irresponsabilidade. 

- Nossa, mas que caretisse. Essa não é a Clarkezinha que eu conheço.

- Foda-se essa Clarkezinha. Eu sabia que não devia ter saído de casa. Que inferno… Cara que me seguiu? Eu podia estar morta agora, com meus orgãos vitais arrancados.

- Que exagero Disse Niylah se levantando.

- Pro inferno, Niylah. Disse indo em direção ao seu carro.

- Clarke!  Clarke! Gritou Niylah mais algumas vezes.

Clarke se irritara tanto com a atitude de Niylah, ou a falta de, que quando abriu seu carro e sentou em seu banco com violencia, percebeu o que a loira havia dito:

- Cara que me encarou...Cara que me encarou...A única pessoa que eu vi me encarando hoje foi… Finn?

- O finn? Pera. Disse Clarke respirando fundo, tentando se convencer da loucura q estava pensando.

- O Finn colocou droga na minha bebida? Quê? Pra que? Será que ele sabia que era pra mim.  As vezes a droga foi pro cara que estava comigo. Ah não ser que… Bellamy e Lexa estavam certos? Não pode ser, meu deus.

Clarke olhava pro volante sem saber o que fazer com o que acabara de descobrir. Flashs de Octávia se afastando de Finn toda vez que o via, invadiram a mente de Clarke. As brigas que as duas sempre tinham por conta dele, Octavia e Lindsey. Clarke sempre achara que fora por ciumes, mas agora via que era bem mais do que isso.

- Finn.. O Finn, não pode ser... O Finn abusou de Octavia. E ao dizer essas palavras, num monologo insano, Clarke ainda sem acreditar plenamente nessa possibilidade se encontrava estática, ainda encarando seu volante. Se sentindo paralisada. As imagens tinham até parado de se distorcer, porque algo muito pior se distorcia dentro de sua mente agora.

 


Notas Finais


E ai e ai e ai???????????????
Bem ou mal, podem falar ta? haha
Me chamem no tt qualquer coisa, duvidas, se quiserem me xingar, me cobrar, enfim haha
@thatfun

beijos de luz <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...