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História Teach me... - Sticky hippie


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Olaaaarrr
nesse cap, Lexa ta mais sensível, vulnerável, afinal, a bixinha ta sofrendo umonte né, mores?
Espero que gostam <3

Capítulo 28 - Sticky hippie



((POV Lexa))
 

Eu estava exausta, depois de pedir pra um aluno de minha confiança buscar o carro de Clarke em Moss Beach, me dediquei inteiramente a uma coisa: Colocar Finn Collins atrás das grades.

Fui até a segurança conversar com Roan, avisei Harper que não iria trabalhar, ela me encheu de perguntas querendo saber se eu estava bem ou se precisava de algo. Eu sei que essa garota pode ter algum tipo de paixonite por mim, mas as vezes me parece inapropriado, levando em consideração o fato de não ser reciproca. Já na sala da segurança encontrei o mesmo guardinha de sempre:

- Chame Roan, preciso conversar com ele.

- General Roan está ocupado agora, Sra. Pramheda, está com gente em sua sala. Puff.. Sorri ironicamente pro pobre guarda e entrei no corredor atrás do balcão. O ouvi me chamando, mas obviamente que não dei a mínima.

Fui olhando sala por sala, até que encontrei Roan em sua pose prepotente conversando com um homem bem vestido. Abri a porta:

- Roan, preciso conversar com você.

- Sra. Pramheda. Disse se levantando constrangido. – Podemos remarcar esta reunião­­­­­? Perguntou ao rapaz que se sentava na cadeira a sua frente.

- Claro. Acredito que esse seja um assunto mais urgente. Disse gentilmente se referindo a mim.

Acenei com a cabeça agradecendo e esperando ele se dirigir até a porta.

- A que devo a surpresa inesperada e devo dizer... Afobada? Disse me apontando a cadeira pra que eu sentasse.

Me sentei não me importando com seu tom de voz irônico:

- Eu venho reclamando pra vocês sobre a insegurança nesse campus fazem semanas.

- Pramheda, o Sr. Dante...

- Eu sei o que ele disse e sei como censura os gastos para uma investigação. Eu disse interrompendo-o. - Foda-se o que ele pensa, Roan, a questão é que eu já sei exatamente quem vocês precisam prender.

- A sra tem provas?

- Ainda não, mas tenho testemunhas.

- Alguma vitima concordou em falar?

- Não exatamente, mas ele drogou uma aluna, isso não é o bastante?

Roan juntou as mãos e sorriu debochadamente.

- Sra Pramheda, não podemos trabalhar com suposições, achismos e palavras contra palavras.

- Eu sei disso, Roan, eu não to te pedindo pra prender esse garoto por conta do que você chama de suposição, estou lhe dando motivos para que o vigie e o tenha como suspeito, para que interrogue as testemunhas novamente jogando essa possibilidade. O que estou te pedindo… É que faça seu trabalho. Disse em um tom de voz grave, me sentindo irritada.

Roan me encarou, mas aqueles seus olhos verdes não me intimidavam. O encarei de volta. 

- Tudo bem. Vou manter a segurança perto de seu dormitório redobrada…

-  E?

-  E vou reportar este fato para o Sr. Dante.

- Preciso que faça um relatório e diga que você acredita veemente nesta possibilidade.

- Tudo bem. Eu farei.

- Ótimo, do jeito que Dante é um machista inescrupuloso, vai passar a se preocupar depois de ouvir sua palavra.

- Infelizmente tenho que concordar. Ele disse.

- Obrigada, Roan.

Roan acenou com a cabeça e me acompanhou até a porta. Talvez ele não fosse tão ruim como eu pensava.
Quando Dante recebesse o relatório, saberia que se o chefe de segurança estava preocupado com um determinado assunto, as coisas na universidade estavam bem feias.

Liguei pra Bellamy assim que saí de sua sala:

- Bel? Denunciei Finn Collins formalmente. Roan vai mandar um relatório para Wallace Dante, vamos ver agora se esse velho não vai me deixar tomar nenhuma providência.

- Mas o que te fez fazer isso de repente?

- Ele drogou a Clarke, Bellamy. Eu disse com rancor em minha voz ao lembrar disso.

- Que, como assim?

Contei toda a história a Bellamy e o ouvi ficar tão furioso quanto eu. Pedi pra ele ter cuidado com Octávia e entãp desligamos a ligação.

Aproveitei essa folga inesperada para fazer o que eu planejava havia um tempo. Arrumar meu dormitório na universidade. Eu havia feito o pedido para um espaço faziam meses, mas com Clarke em minha vida acabei me distraindo.

Lembrar de Clarke fez meus olhos marejarem, pensei em alguma bobagem tentando tirar suas lembranças de minha cabeça. Embora fosse impossível.
 

*********

Após algumas horas, fui até meu apartamento e fiz algumas malas, nada demais além do necessário, e algumas inutilidades, claro. 

Tomei um banho relaxante e demorado. Toda vez em que tentava relaxar ou não tinha a mente completamente presa em algum problema, ela navegava a milhas de distância, milhas que terminavam nela. Tudo em mim começava e acabava em Clarke, eu ainda sentia tanto sua falta que as vezes achava que seria consumida por esse sentimento. Sentia tanto medo dela fazer alguma besteira, alguma besteira irreversivel, meu coração murchava inteiro ao pensar nisso. Semanas depois dela sair daqui, eu ainda encontrava algum fio de cabelo loiro espalhado por minha casa. Dando o mínimo de cor, pra vida cinza que eu voltara a levar.

Precisava ver se ela estava bem. Ela podia saber os efeitos da pós droga, mas eu não sabia, quem me garante que estava realmente viva? Precisava checar. Como professora, é claro.

Coloquei minhas malas no carro e após estar trocada, segui para a universidade.

Chegando em Stanford após alguns minutos de vias livres, fui direto ao dormitório de Clarke. Já era de tardezinha, ela provavelmente estaria lá, ou pelo menos assim eu esperava. Subi até seu quarto, os corredores estavam relativamente vazios, mas não me importei muito com quem me visse por ali.

Cheguei em sua porta e bati, algumas vezes na verdade e nenhuma resposta. Abri a porta com minha chave mestra que aliás, abriria a porta de meu dormitório também e lá estava ela. Dormia tão docemente, uma doçura aliás que lhe fugia quando estava acordada. Não pude deixar de admirar cada expressão de sua respiração. Ela estava coberta e tinha apenas a cabeça fora do cobertor, tornando tudo ainda mais adorável. Me aproximei sem controle e me abaixei.

- Não era pra ser assim, amor. Eu só preciso cuidar da gente… de você. Eu disse ajoelhada, enquanto acariciava seus cabelos.
Me aproximei e depositei um beijo leve em seu lábio, com medo de acorda-la. Ela se mexeu levemente, mas não acordou. Sorri com a ação.

 Como você faz falta, meu bolinho. Espero que me perdoe um dia. Eu disse com a voz baixa.
 

Após alguns minutos, com medo de Lindsey chegar e me ver naquela posição vulneravel, decidi ir embora. Já tinha comprovado que Clarke estava bem. Me levantei e fui até a porta, encarando-a mais uma vez, queria pregar aquela imagem na ninha mente. Sai de seu quarto e dei de cara com alguém prestes a bater na porta.
Respirei fundo, tentando guardar minha irritação:

- Niylah.

O que essa hippie grudenta estava fazendo aqui?

- Parece que tivemos a mesma ideia. Ela disse com um sorriso irônico.

- Clarke está descansando, como deve saber, teve uma noite muito agitada, deixe-a. Eu disse alertando.

- Ahhhh, eu sei sim. Inclusive esse cansaço foi eu quem causou..

- Você viu aquele garoto drogando Clarke e não fez nada? Como ela é sua amiga ainda? Eu disse ficando entre a porta e Niylah.

- De novo essa história, olha, eu não sabia que o copo era pra ela tomar, já disse isso pra ela, professorinha.

Fiquei extremamente irritada com aquilo. Clarke me chamava assim e pensar que as duas tinham os mesmos jeitos e costumes me incomodou profundamente.

- Eu não quero você perto de Clarke. Pode dar meia volta.

Niylah deu uma gargalhada debochada:

- Quem você pensa que é? Só porque comanda essa escolinha, acha que é a o dona da Clarke também?

- Eu não sou dona de ninguém, só quero proteger a Clarke de pessoas como você, que só vão arrasta-la pra baixo.

- Ela me contou o que você fez com ela, não tem vergonha? Faze-la sofrer e vir aqui dar esse discursinho?

- Isso não é problema seu. Eu estava a um ponto de chamar a segurança.

-  Não e nem Clarke é seu. Eu nunca faria o que você fez, Lexa. Disse se aproximando. – Você a tinha por inteiro e jogou for a, agora se me der licença, vou tentar reparar o que você destruiu. Eu queria meter minha mão naquela cara, e arrancar aquelas tranças uma por uma.

-  Você não tem vergonha na cara? Não vou ficar aqui discutindo com você, mas se não se importa em ter os restos que Clarke te dá, é um problema seu.

- Restos? O que ela me deu ontem não parecia resto nenhum.

Meu corpo estava gelado, com medo do que aquilo significava:

- O que quer dizer?

- Ahhh, professorinha, acha mesmo que numa festa em que eu esteja, a Clarke iria resistir?

Puxei Niylah pelo braço, aquela brincadeira estava me tirando do sério, apertei com tanta força que a levantei até minha altura:

- Você precisa de algum estimulo pra ser mais clara sobre isso? Posso te dar um aqui mesmo. Disse ameaçadora. Ela sorriu, ainda em deboche:

- Podemos dizer que… Eu estava com saudade daquele gosto.

Joguei Niylah violentamente contra a parede ao ouvir aquelas palavras, mas pela distância de onde eu estava até a parede, ela não se machucou...Infelizmente.

- Vocês se beijaram? Perguntei, mantendo alguma esperança.

- Não seja inocente, um beijo com Clarke nunca acaba em só beijo. Mas eu não espero que você a conheça como eu.

Me virei encarando a parede atrás de mim. Eu não podia acreditar, o ciúme e o ódio me consumiam até o último fio de cabelo. A imagem de Niylah em cima de Clarke não saia mais da minha cabeça.

- Você me da nojo. Eu disse agora encarando Niylah.

- Clarke não pensa assim.

- Eu ainda falo sério, se não ficar longe dela…

- O que vai fazer? Você a jogou fora como um pedaço de lixo. Clarke jamais vai te perdoar. E no final ela sempre volta pra mim, eu a conheço, Lexa, eu sei do que gosta e sei o que quer e eu não a censuro tentando transforma-la em algo que ela não é.

- Eu só queria que ela amadurecesse, pro seu próprio bem.

- Não, você queria uma versão sua estampada nela.

- Você ta bem enganada. Nunca quis mudar Clarke, eu me apaixonei por quem ela é, mesmo com todos os defeitos e todas as irresponsabilidades, tive a enorme sorte de que ela olhasse pra mim e que me amasse de volta. Sabe o que é isso, Niylah?

- O que? Amar Clarke? Amor? Sei disso muito antes de você saber quem ela era, Lexa.

- Não! Se sentir amada por ela. Isso você não sabe. Pode ter suas festas e conhecer Clarke dos pés a cabeça, mas não entende o que é ter aquela mulher te olhando nos olhos e dizendo que quer passar o resto da vida ao seu lado. Então pro inferno com essas suas drogas e seu sexo barato... Isso você não pode tirar de mim.

Niylah me olhava com fúria, o corredor dos dormitórios permanecia vazio, embora estivessemos falando muito alto. Não sei porque me prestei a esse papel, essa competição infantil, mas sentia que estava perdendo Clarke e mesmo tendo meus motivos para terminar, perceber isso me fazia querer veemente voltar no tempo e desfazer cada besteira que havia feito nas últimas semanas.

- Você não vê, professorinha? Isso eu já tirei! Clarke e eu estamos nos reaproximando e isso não vai parar, talvez eu até peça uma transferencia pra alguma universidade aqui em Palo Alto... Quem sabe, Standord. Disse com a mão no queixo, fingindo analisar as opções.
Eu sorri debochada:

- Se depender de mim, minha querida, desse portão você só passa pra visitar.

- A professorinha acha que vai me impedir? Cade meu direito de ir e vir? Isso está na constituição, sabia?

- Ah, acho que a Clarke não te contou, Niylah. Eu disse sorrindo e me aproximando, enquadrando sutilmente ela a parede. – A professorinha também é diretora dessa universidade. Eu quero que você e seu direito de ir e vir vão pro inferno. Você vai sair daqui nem que seja arrastada.

- Me solta. Ela disse quando me viu pegando-a novamente pelo braço.

- Hey!

Alguém interrompeu. Quando olhei pra trás vi a figura de Clarke, com uma cara sonolenta na porta de seu quarto. Ela apertava os olhos tentando enxergar melhor a cena.

- Vocês falam muito alto. Disse se explicando.

- Clarkezinha! Disse Niylah, saindo do meu aperto e indo em direção a Clarke.

Travei meu maxilar vendo aquela cena, queria tirar Niylah de cima de Clarke, mas… O que eu podia fazer?

- O que vocês fazem aqui?

- Eu vim te ver, depois de ontem você pareceu muito cansadinha. Temos que parar de fazer essas loucuras né? Disse Niylah claramente me provocando.

- Que loucura, Niylah, a única loucura da minha noite foi ser drogada por um sociopata. Ela disse ainda me encarando.

- Tem razão, ficarmos juntas sempre foi tão comum que já deixou de ser loucura. Ela disse puxando o rosto de Clarke e lhe beijando a bochecha.

Clarke ficara corada com a ação. Eu nunca imaginei que fosse ter que ver esse tipo de cena. Clarke não tinha apenas beijado Niylah, tomado umas bebidas e feito algo impensado, elas transaram… E estavam juntas. Essa hippie brega com a minha Clarke.

Mas acho que essa era a questão agora, ela não era mais a minha Clarke.

A olhei uma última vez:

- Você está bem? Perguntei.

- Estou melhor. Ela disse numa voz suave, me causando raiva e dor ao mesmo tempo.

- Vou deixar vocês sozinhas, visitas não são permitidas a essa hora, seja breve. Disse encarando Niylah. Ela levantou as mãos em sinal de rendição.

- Lexa… Clarke disse ai me ver virar as costas. Me virei e a encarei.

- Não se preocupe, acho que você tem todo direito. Eu disse sorrindo tristemente.

Eu queria pular no pescoço daquela mulher e quebrar Clarke junto, mas tudo doía. O coração estava tão machucado que a dor se tornara insuportavelmente física.

- Que bom que sabe. Ela se bastou a dizer, com um resquício de raiva em sua voz. Sorri conformada e as deixei ali.

Depois desse dia desgastante e diferente de qualquer quinta feira que eu achei que teria, fui a minha sala no começo da noite pegar alguns papeis para estudar em casa, ao chegar dei de cara com Harper se arrumando para ir embora:

- Sra. Pramheda. Não achei que fosse vir hoje.

- Só vim buscar dois papéis. Eu disse abrindo minha porta. Ela veio atrás de mim.

- Procuraram a senhora hoje, uma tal de Srita. Applegage. Ela disse que vem pessoalmente amanhã.

- Costia? O que ela queria? Perguntei encarando Harper.

- É sobre a acusação de um aluno a policia.

-  Pra policia? Quê? A única pessoa que sabe dessa situação é Roan. Ele já encaminhou isso pro Dante?

- Eu não sei responder, Sra. Pramheda. Foi só o que essa moça me disse, que ela vai cuidar desse assunto.

- Eu me esqueço constantemente que a empresa de Costia representa a universidade. Disse coçando os olhos, mais pra mim mesma do que pra Harper.

- A sra. Deseja mais alguma coisa por hoje?

- Não Harper, pode ir pra casa. Obrigada.

Harper não saiu da sala, continuava a me encarar enquanto eu buscava por meus papéis.

- Tem certeza que a senhora está bem? Ela perguntou.

- Já disse que estou, Harper. Porque? Disse com um tom desnecessariamente grosso. Estava ficando impaciente já, eu só queria poder ficar com a minha própria presença naquele dia.

- Está procurando os papeis do banco?

- Estou! Respondi irritada. Revirando minhas gavetas.

- Estão na sua mão.

Olhei pra baixo e vi os dois papeis prensados pelos meus dedos. Aquilo me incomodou de uma tal forma, que ao encara-los, agarrei um dos vasos de vidro que eu tinha em cima da minha mesa e o joguei com força na parede.

Minha respiração estava pesada, quase não conseguia levar o ar aos meus pulmões.

- Sra, Pramheda… Ela disse me pegando pelo braço e me direcionando até uma cadeira próxima.

Eu fechei meus olhos, antes que ficasse tonta com minha falta de oxigênio.

- Harper… Me trás...

- Água?

Fiz que sim com a cabeça. Após alguns minutos, Harper me trouxe um copo com água. Bebi inteiro e me acalmei.

- Desculpa te fazer presenciar isso, Harper. Eu ando sob todo tipo de estresse e acho que agora explodi todos eles.

- Imagina, Sra. Pramheda. Eu só estou preocupada, me deixe te levar ao médico.

- Acho que agora você já pode me chamar de Lexa. Eu disse sem graça. A mulher tinha me visto surtar, o que era a formalidade de um nome?

- Tudo bem, Lexa. Ela disse ficando um pouco constrangida. Suas bochechas se rosaram e isso me fez lembrar de Clarke. Respirei fundo e me levantei, já sem as sombras da tontura.

- Não precisa me levar a lugar algum, vá pra sua casa descansar, amanhã cedo peço pra alguém limpar essa bagunça.

- Imagine, eu mesma limpo. Ela disse se abaixando e pegando os cacos espalhados pelo chão.

- Harper. Disse com uma voz autoritária, vá pra casa, isso é uma ordem.

Harper sorriu sem graça novamente:

- Se precisar de alguma coisa, pode me ligar, Sra… Quer dizer, Lexa. Que eu virei correndo.

- Sei que sim, agora chispa daqui. Disse bem humorada.

Voltei pra minha mesa e peguei meus papeis amassados. Olhei pros cacos de vidros no chão, estava decepcionada comigo mesma, eu precisava me acalmar. Clarke estava atingindo meus nervos até o último, isso tinha que parar, afinal, tomei uma decisão não tomei? Porque não consigo deixa-la ir?
 

Eu não tinha problemas pra dormir, mas esta noite tinha se arrastado até de manhã. Dormi pouco e o pouco que dormi, dormi mal.

Tive inúmeros sonhos com Clarke, com a Finn, até mesmo com meu pai. Fui até o trabalho, levando mais algumas coisas para meu novo dormitório, aquela noite já dormiria lá.

Cheguei na universidade e já encontrei Harper sentada em sua cadeira:

- Bom dia, Lexa. Ela gostou mesmo dessa história de Lexa.

- Bom dia Harper. Respondi num tom sonolento e mal humorado.

- A moça que veio ontem, está aqui. Sra. Applegage

- Costia está aqui? Perguntei perturbada.

- Isso.

Entrei no meu escritório preocupada, espero que ela não esteja surtando novamente:

- Bom dia, Lexa. Disse Costia sentada em meu sofá, vestindo seu habitual terninho social.

- O que faz aqui? Acho que deixei bem claro…

- Eu não vi para falar de assuntos pessoais, Lexa. Não estamos mais juntas, mas ainda represento esta universidade se é que se lembra.

- Como eu poderia esquecer, foi assim que te conheci. Disse.

Me sentei e apontei a cadeira a minha frente pra Costia sentar:

-  O que quer? Perguntei friamente. Vi o incomodo nos olhos de Costia ao ver minha indiferença.

- Finn Collins! Wallace Dante me ligou pessoalmente e me pediu para cuidar deste assunto.

- O que há para você cuidar? Perguntei, eu era um zero a esquerda para assuntos jurídicos.

- A policia já está sabendo dos acontecimentos, estou trabalhando diretamente com eles pra fazer essa prisão acontecer. Disse formalmente.

- Eu sabia que se metesse Roan nessa história, Dante me ouviria, machistinha nojento.

- Foi o que eu disse, mas Kane já havia alertado ele sobre essas desconfianças no campus e ele não o ouviu.

- Acha que ele vai ouvir um professor, Costia? Esse cara é o maior ditador que existe, mesmo Kane sendo diretor junto comigo, jamais conquistou o respeito de Dante, por ter seus ideais.

- Você ta levando isso pro pessoal demais, Lexa, precisa se acalmar.

- E como não levar? Porra… Eu to cansada desses abusos acontecerem ao meu redor. Parece que eu atraio essas coisas. 

- Hey! Esses abusos são tudo, menos culpa sua. Sabe do que to falando. Costia disse se referindo aos meus pais, mas antes de responde-la, percebi que sua mão estava sob a minha. Tirei de forma sútil e limpei a garganta.

- Desculpa. Força do hábito…Como eu estava dizendo. Ela continuou, um tanto sem jeito. – Eu acredito nas suas suspeitas Lexa, mas precisamos de uma peça chave.

- O que isso quer dizer?

- Precisamos que alguém deponha.

-  Costia não. Eu disse me levantando. – Se eu tivesse alguém pra depor já teriamos prendido esse garoto. As meninas não querem.

- Lexa, não há muito o que eu possa fazer…
 

- Ah não ser. Eu disse, tendo uma ideia. – Recentemente ele drogou uma aluna, e talvez eu tenha uma testemunha ocular do caso. Acha que isso serviria?

- Podemos tentar. Mas Lexa, não se esqueça… Se perdermos, é a sua carreira em jogo.

Senti calafrios por todo meu corpo ao ouvi-la dizer isso. Se não conseguimos ganhar o caso, eu seria a pessoa a acusar um aluno “inocente” a policia. Poderia sofrer inúmeros processos do pai de Finn Collins, além de ser demitida.

- Tem certeza que quer embarcar nessa? Costia perguntou se levantando e me encarando.

Pensei em minha mãe e em tudo que meu pai fez a ela, o motivo principal aliás de eu não estar com Clarke… E Clarke, pensar como ela poderia não estar segura nesse campus me fazia surtar. Se arriscar minha carreira significava manter uma universidade segura para as alunas e principalmente pra clarke… Eu arriscaria minha carreira.

- Não posso deixar mais ninguém se machucar, Costia. Avise a policia e faça o que tem que fazer. Vou ligar pra minha testemunha.

- Acha que ela vai colaborar? Perguntou Costia.

- Se eu pedir não, mas talvez outra pessoa possa fazer isso por mim. Peguei meu celular e disquei de cabeça o número que tanto conhecia:

- Contra minha vontade e em caráter de necessidade... Preciso que faça Niylah testemunhar... Clarke.
 


Notas Finais


E aiii? Podem dar o feedback maroto, mesmo c eu n responder, eu leio todos com o maior carinho.
Me chamem no tt
@thatfun

bjx de luz.


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