1. Spirit Fanfics >
  2. Teach me... >
  3. (In)Justice it's done

História Teach me... - (In)Justice it's done


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


ooooe, olha eu voltando na mesma semana <3
Lexa ta cuzona mores, ta sofrida, mas ama tanto a Clarke q n consegue ser indiferente nem qdo tenta.
Prox. Cap vai ter MUITA interação Clexa, daquela gostosa de se ler, prometo.
Por enquanto, vamos ver nosso pseudo assediador tomar um rumo.
boa leitura.

Capítulo 29 - (In)Justice it's done


 

- Lexa ela não quer. Disse que não vai! 

Clarke disse enquanto andava pelo seu quarto.

- Ela simplesmente disse isso. Eu insisti…

Andava impaciente arrumando suas roupas bagunçadas. 

- O meu testemunho não vale? Posso falar que ele passou a festa me assediando com os olhos, sei la...

- Eu sei que assedio com os olhos não existe, Lexa, não sou retardada. Foi modo de dizer.

Lexa estava sendo rude por conta de sua impaciência e Clarke estava se sentindo ofendida por toda essa agressividade:

-  Não! Octávia está fora de questão, se quiser pedir de novo pra ela testemunhar peça você. Clarke sentia um certo sentimento fraternal por Octavia, não queria tocar nesse assunto com a morena novamente, pois sabia que ela iria se aborrecer. 

- Eu sei de alguém que pode ajudar. Ela disse decidida. – Ok, eu te aviso se conseguir. Beijos, te amo. Disse sem perceber. 

O silêncio se instalou entre as duas, que foram incapazes de desligar o telefone.

- Desculpa, não quis dizer isso. Até mais. Disse Clarke constrangida, desligando o telefone.

- Porra, Clarke. Burra! Disse a si mesma.

Do outro lado da linha, Lexa encarava o telefone, se arrependendo por não responder da mesma forma. Mas ao pensar sobre os inúmeros motivos pelos quais não estavam juntas, parou de pensar nisso.

Naquela mesma tarde, Clarke achou uma ideia interessante ir até a sala de Lexa contar o que havia planejado. No fundo sabia mesmo que aquilo era uma boa desculpa para ver a morena, mas preferia se enganar.

-  Harper querida, chame Lexa pra mim.

- Lexa está ocupada. Disse ironicamente.

- Achei que fosse Sra. Pramheda pra você. Disse Clarke incomodada.

- Mas não é mais. Assim como seus privilégios nesta diretoria também acabaram. 

 - O que quer dizer? Perguntou.

- Que não pode entrar a hora que quer. Lexa está ocupada com a advogada da universidade e pediu para não ser interrompida por absolutamente ninguém. 

- Mas isso é do meu interesse também. Clarke disse interessada, pensando que podiam estar conversando sobre os últimos acontecimentos.

- Pare de ser curiosa e se ponha no seu lugar, Griffin. Se interromper Lexa e a Sra. Applegate, vou abrir uma reclamação sobre sua conduta como aluna.

- Minha cond… Espera, você disse… Applegate? Perguntou Clarke sentindo que conhecia aquele nome de algum lugar.

- É. Você é surda, garota?

- Applegate… Applegate.. De onde conheço esse nome?

- Além de surda, é louca. Disse Harper ao ver Clarke falando sozinha.

Clarke olhou para a porta, se lembrando de onde conhecia aquele nome. Abriu a porta antes que Harper pudesse alcança-la.

- Boa tarde. Disse ao abrir a porta e ver Lexa e Costia sentadas no mesmo sofá examinando alguns papéis concentradas. 

As duas olharam para Clarke:

- Clarke. O que faz aqui? Perguntou Lexa.

- Clarke Griffin. Disse Clarke estendendo a mão para Costia.

- Costia Applegate. Disse Costia confusa e sem graça, apertando a mão de Clarke.

- Você é advogada de Stanford? Perguntou Clarke chateada.

- Uma das, porque? Perguntou se levantando.

- Clarke, você veio fazer alguma coisa especifica aqui? Perguntou Lexa se incomodando com toda a situação. As coisas estavam bem com Costia, a morena conseguira separar a relação das duas, deixando assuntos pessoais no passado, mas tinha medo que ela descobrisse sobre Clarke. Isso poderia fazê-la perder o controle novamente, irritando Lexa e jogando o trabalho que vinham fazendo juntas ir por água abaixo.

- Vim! Te dizer o que eu tinha em mente pra ajudar, mas to vendo que você já tem ajuda o bastante.

- Não! Tudo que você puder fazer será útil. Disse Costia.

Clarke olhou para Lexa desconfiada:

- Pode confiar, Clarke. Ela ta aqui justamente pra defender nossos interesses.

Clarke encarou Lexa até ter certeza de que poderia confiar em sua ex namorada:

- Eu acho que o Wick poderia vigiar o Finn e dizer quando ele vai fazer de novo. 

- Quem? Perguntou Costia com desdém.

- Wick! Ele é o melhor amigo do Finn. Respondeu Clark.

- Clarke não! Censurou, Lexa.

- Sim! Ele é uma boa pessoa, Lexa, embora você ache que qualquer um que se aproxima de mim é má pessoa. Disse revirando os olhos, se esquecendo de que a advogada em pé a sua frente era a ex namorada de Lexa.

Costia olhou para Lexa com desconfiança.

- Eu não acho isso, de qualquer forma você têm alguém pra te proteger agora, não tem? Perguntou ironicamente se referindo a Niylah, mas Clarke não entendeu a referencia.

- Eu to perdendo alguma coisa aqui? Perguntou Costia.

- Não!

- Não! Responderam Clarke e Lexa num coro, encarando Costia.

Costia fez sinal de rendição:

- Ok então.

- Clarke, você não sabe se esse cara ta com o Finn aprontando uma dessas. Não sabe se ele não é tão perigoso quando ele. Disse Lexa. 

- Ele não é. Já conversei com ele, me pareceu uma pessoa de caráter, nunca me deu motivos pra pensar diferente.

- Você é inocente demais. Disse Lexa, em zombaria. 

Clarke a olhou irritada, se sentindo humilhada na frente de Costia.

- Se não me ajudam, vou providenciar isso sozinha. Obrigada por nada, Lexa.

- Vai lá, qualquer novidade estamos aqui. Disse Costia com desdém, fazendo pouco de Clarke. 
Ela olhou pra Lexa, buscando defesa, buscando qualquer palavra de apoio, mas a morena se mantinha séria.

Clarke saiu pisando duro pela porta do escritório. 

Lexa continuou olhando seus papéis em silêncio:

- Vai me dizer o que está acontecendo entre você e essa garota? Perguntou Costia, se sentando e cruzando as pernas.

- Mais nada. Lexa bastou-se a responder.

Costia a encarou e levantou uma sobrancelha. Olhou pra porta, pensativa.

 

********************************

 

Mais tarde naquele dia, Clarke fora até o dormitório de Wick, já que não encontrara o rapaz pelo campus. Aproveitou que seu dormitório estava protegido por seguranças que rondavam o prédio, por causa de Finn, mas ao chegar lá, teve uma pequena surpresa:

- Quem é? Perguntou Finn, deitado em sua cama, com o travesseiro sobre o rosto, tentando esquecer as coisas estranhas que vinham acontecendo nos últimos dias.

- Clarke Griffin. Sem identificou ao ouvir a voz do rapaz.
Finn deu um pulo de sua cama:

- Ahhh, só um minuto. Disse enquanto arrumava o cabelo e olhava o quarto, observando se não teria nada embaraçoso que pudesse lhe fazer passar vergonha. - Só mais um minutinho, Clarke. Repetiu o rapaz, se olhando no espelho com pressa. Deu alguns tapinhas no rosto, tentando fugir da palidez por sua falta de alimentação.

Finn abriu a porta com violência:

- Oi Clarke. Respondeu o rapaz sorridente.

Clarke se perguntou como ele mantinha esse bom espirito com ela, após o chá de climão que houve entre os dois no último encontro, em Moss Beach. Mas pensou na possibilidade do rapaz ser doente, ter algum tipo de distúrbio ou bipolaridade. 

- Oi Finn.  Disse em paz. Era difícil ter medo daquele sorriso doce que Finn mantinha nos lábios, mas a imagem de Octávia sendo abusada por ele estava vivida na mente de Clarke, por isso ela tentava não se enganar quanto ao carisma do rapaz.

- Tudo bem? Quer entrar? Está uma bagunça, mas posso dar um jeito rapidinho. Disse sem graça.

- Não, obrigada. Na verdade, eu estou procurando por Wick. Disse.

O sorriso de Finn murchou instantaneamente e deu espaço para uma expressão irritada:

- Pode começar batendo no quarto dele, então. Disse entrando no quarto e deitando em sua cama, sem se importar por Clarke ainda estar na porta.

- Como assim? Perguntou Clarke automaticamente entrando no quarto. Ao chegar perto da cama de Finn, Clarke se afastou e voltou a ficar na porta. - Vocês não são colegas de quarto?

- Não. Disse o garoto, pegando seu celular.

- Mas... Mas, pensei que fossem amigos e...

- Não é porque somos amigos que temos que dormir juntos. Disse, visualizando seu celular, fingindo não dar atenção a Clarke.

- Tudo bem. Pode me dizer onde é o quarto dele? Clarke perguntou com medo de que Finn pudesse se estressar.

- Não é nesse prédio. É no do lado.

- Mas esse prédio é do nosso curso, ele ta em outro prédio porque? Perguntou começando a se irritar pela falta de detalhe que Finn lhe deixava.

- Como é que vou saber. Ele dorme lá e ponto.

- Tudo bem, Finn. Disse respirando fundo. Obrigada por nada. E saiu pela porta. Ao chegar no fim do corredor, pôde ouvir o barulho de Finn bater a porta com tanta violência que Clarke tinha certeza que o batente da porta no mínimo, havia trincado.

Clarke desceu as escadas irritada, e ao chegar no térreo dera de cara com Wick entrando no prédio:

- Wick! Ela gritou numa voz aliviada.

Wick sorriu achando graça da alegria de Clarke ao vê-lo.

- Fala aí loirinha, todo esse sorriso é por me ver? Perguntou.

- Com certeza. Respondeu Clarke, abraçando o loiro.

- O que houve? Perguntou, retribuindo o abraço, sem jeito.

- Vamos tomar um café comigo?

- Que direta. Vamos sim. Respondeu.

Já na mesa redonda no meio do café do campus, Clarke queria que Wick dissesse algo sobre a rotina de Finn, ou os gostos, algo que lhe desse alguma pista, mas não sabia como fazer isso sem ter que contar a verdade. 

- Eu gosto muito do Finn, sabe. Mentiu Clarke.

- Não vai me pedir pra falar com ele sobre você, vai? Disse o garoto a contra gosto.

- Claro que não. Respondeu.

O rapaz suspirou aliviado.

- Ele anda estranho, assediando algumas amigas minhas. Mentiu novamente.

- Assediando como? Perguntou Wick preocupado.

- Eu acho que ele as força a fazer algo que elas não querem.

- Clarke, isso não é possível, Finn é a pessoa mais do bem que eu conheço, porque pensa assim?

- Eu acho que ele anda te enganando também, Wick. Disse Clarke conformada que não arrancaria nada dalí.

- Pode confiar em mim, loirinha, manda a real. Disse Wick tocando a mão da garota, lhe passando confiança.

- Eu acho que ele anda abusando sexualmente das garotas do campus.

Wick franziu as sobrancelhas, parecia não conseguir pronunciar uma só sílaba.

- Desculpa, sei que ele é seu amigo...

- Mas não pode ser. Ele disse encarando a mesa. - De onde você tirou isso, loira?

- Ele me drogou na festa de Moss Beach.

- Festa? Perguntou confuso.

- Sim, teve um luau e ele estava lá. Me encarou a festa inteira, mas então drogou a bebida que meu amigo me trazia. Além do mais, ando desconfiando dele já faz um tempo.

- Clarke, tem certeza do que está dizendo? Finn não têm porque fazer isso. Ele é um cara boa pinta... Justificou o amigo.

- Wick, isso é ridiculo. Você não precisa ser feio pra cometer assedio. 

- Só quis dizer que ele pode ter a mulher que quiser, pra que fazer isso?

- Deixa de ser machista, existem muitos motivos pra estuprar alguém além da atração.

- Poder?

- Isso. Respondeu Clarke.

- Possessão? Rejeição? Vingança? Prazer? Insistiu, Wick.

- Exatamente. Concordou Clarke.

- Eu não sei o que dizer. Você tem certeza disso? Não existem outros suspeitos?

- Não! Na verdade eu não deveria te dizer isso, mas, a diretoria já está ciente.

- Quê? Até Wallace? Perguntou.

- Quem? Perguntou Clarke.

- Não sabe quem é? Perguntou.

- Não faço ideia.

-É o presidente da universidade, acha que chegou aos ouvidos dele?

- Não tenho dúvidas. Lexa está envolvendo todo mundo que ela pode pra gente pegar esse nojento.

- Lexa? Disse Wick desconfiado.

- Sra. Pramheda. Ela está bem envolvida. Eu to tentando ajudar, sabe? Disse Clarke se sentindo orgulhosa por finalmente fazer algo por pessoas que não fossem ela mesma.

- Já alcançou essa repercusão toda? Perguntou o garoto em pânico. Porque? Você quem fez isso? 

- Wick, se acalme. Disse Clarke desconfiada.

- Clarke, você não entende. Eu sei que Finn é um idiota e essa atitude não é digna de um homem de verdade e blá blá blá, mas isso vai destruir a vida do cara. Disse nervoso.

- Pois que destrua. Ele destruiu a vida dessas meninas também, não destruiu?

- Não exagere. Disse Wick irritado.

- Exagero? Olha, eu acho que te contar isso pode não ter sido uma boa ideia. Clarke disse se levantando.

- Não, espera... Desculpa. Disse Wick, segurando seu braço. - Eu não consigo ficar indiferente a isso. Disse com a voz embargada.
Clarke sentiu uma verdadeira simpátia por Wick naquele momento. Sentou na cadeira ao seu lado, pegando em sua mão:

- Hey, para. Eu entendo, ok? Mas preciso que você me ajude com isso, Wick. Ele é um mal carater, não podemos deixa-lo aqui. Você é bom demais pra ter um amigo como ele. Disse.

- Eu vou ajudar. Disse encarando a loira. Faço isso por você. Disse embalando com um abraço apertado.

Clarke não achava aquilo certo. Wick tinha que ajuda-la porque era o certo a se fazer, pelas pessoas que sofreram assédios e pelas que vão sofrer, mas achou que isso viria com o tempo, assim como veio pra ela.

Do outro lado do café, no balcão, Harper pegava dois copos de café quentes da atendente, e não pode deixar de reparar na cena terna entre os loiros. Balançou a cabeça, desaprovando tal relação.

 

************************


Alguns dias haviam se passado.  Clarke e Wick estavam cada vez mais próximos, tomavam café juntos, andavam pelo campus, mas o assunto era só um. Por mais que Wick tentasse desviar e falar um pouco sobre ele e ouvir um pouco sobre Clarke, a loira sempre dava um jeito de falar sobre pegar Finn.

Ainda naquele mesmo campus, algumas milhas dali, Costia estava cada vez mais próxima de Lexa também. Era a segunda vez naquela semana que conseguia leva-la para jantar:

- Abriu um japones sensacional na Alma St. Pensei em você assim que li a review.

- Deixa eu pegar o restante dos papéis para examinarmos. Disse voltando ao seu escritório. 

Costia revirou os olhos. Queria mais do que uma noite de trabalho. Foi em direção ao estacionamento, andando lentamente enquanto aguardava por Lexa e viu Clarke a poucos metros conversando com Wick.

Eles estavam com os rostos bem próximos, pois Wick falava algo que só dizia respeito a ela, ou, era o que ela pensava. Costia observou atentamente.

Clarke concordou com a cabeça e sorriu para o loiro, que por sua vez abraçou Clarke.

Ela rapidamente desfez o abraço:

- Comemorações depois, primeiro vamos ver se esse seu palpite está certo, Wick. 

- Você que manda. Mas vamos lá, eu tenho sido um bom garoto, olha o que dei em suas mãos, promete que vou ganhar recompensa depois? Perguntou malicioso.
- Wick, qualé, somos amigos, além do mais isso não é brincadeira. Esclareceu, Clarke. 

Wick irritado olhou para os lados enquanto bufava. Olhou para Clarke e a agarrou pela cintura, aproximando seus corpos, ele encostou seus lábios no de Clarke. Enfiou sua língua dentro da boca de Clarke. 

Costia assistiu aquilo com um sorriso enorme na boca. Mal podia esperar que Lexa chegasse.

Clarke se soltou do abraço de Wick e lhe deferiu um tapa na cara.

- Nunca mais me pegue sem minha permissão. Não seja como Finn. Disse deixando o rapaz a ver navios.

Wick passava a mão por sua bochecha marcada e com raiva saiu andando pro lado contrário de Clarke.

- Isso é demais. Disse Costia a si mesma, observando a cena.

- Deu pra falar sozinha? Perguntou Lexa que trazia papéis e dois cadernos em suas mãos.

- Eu tava admirando um casalzinho jovem aqui.

- Hormonios... Disse Lexa andando ao seu lado.

- O que está dizendo, você têm quase a mesma idade dessa garotada, Lexa.  A quem quer enganar? Perguntou Costia.

Lexa sorriu enquanto revirava os olhos.

- De qualquer forma, acho que são da sua turma.

- Não me impressiona. Disse sem se importar.

- Como chama aquela garota tonta que esteve na sua sala, enchendo o saco aquele dia?

Lexa virou o rosto encarando Costia.

- A loirinha que tinha todo um plano pra ajudar na investigação.

- Clarke Griffin. Disse Lexa se irritando.

- Isso. Ela mesma. Tava com um loiro. Será que é o rapaz que ela disse que se aproximaria? Acho que ela ta levando isso bem a sério. Disse com bom humor.

Lexa deixou seus cadernos caírem:

- Loiro? Disse.

- Isso. Wick..., pelo menos foi o nome que ela o chamou, quando o puxou pra um beijo apaixonado. Mentiu.

Lexa olhou ao redor do campus, sem saber o que pensar. Ainda não confiava em Wick. Ele era melhor amigo de Finn, podia muito bem estar acobertando o garoto.

- Costia, vamos deixar esse jantar pra outro dia, ok?

- Ué, porque?

- Eu não to me sentindo muito bem. Disse, pegando seus cadernos do chão.

- Eu vou com você, te faço companhia pra  não ficar sozinha. Disse.

- Não, eu quero ficar sozinha. A gente se fala amanhã. Disse deixando Costia sozinha na frente de seu escritório.

Costia analisou a reação de Lexa e constatou que a morena tinha tido muito mais do que um simples caso com Clarke. Isso a incomodou dos pés a cabeça, nunca vira Lexa agir daquele jeito... Com ninguém, ou com ela.


*********************

 

Era sábado:

- Lindsey, já passou da hora de você saber uma coisa, sei que eu não devia ter demorado tanto tempo pra te contar, mas as coisas foram acontecendo... Enfim. Eu sinto que tenho que desabafar.

Alguém batia na porta.

Clarke olhou irrita pra porta e se levantou. 

- Toda vez que quero falar da Lexa, alguma alma do inferno aparece pra interromper, impressionante. Sussurrou pra si mesma.

Ao abrir a porta, era Wick, trazia uma flor solitária em suas mãos:

- É uma margarida. Disse sem jeito.

- Eu não sou cega. Respondeu Clarke.

- Eu só queria te pedir desculpas, pela forma que agi com você. Você não me deu essa liberdade, me deu sua amizade e eu não deveria abusar dela dessa forma. Me perdoa? Disse entregando a flor.

Clarke encarou a flor e sentiu sinceridade no pedido de desculpas de Wick, além do mais era bem difícil pra ela resistir a aquele sorriso largo e brilhante.

Ela pegou a margarida:

- Da próxima, saiba que eu gosto de rosas. Disse brincando

- Não haverão próximas. Assegurou o rapaz. - Vim aqui com uma boa notícia. Tem um tempinho pra mim?

Clarke fechou a porta atrás de si, deixando Lindsey curiosa, tentando ouvir:

- Finn está saindo com uma garota, mas acho que ela é virgem ou algo assim e não quer liberar...

- Liberar? Clarke disse, ofendida.

- Ah, não seja uma puritana chata. Ela não quer abrir as pernas pra ele, é modo de dizer.

Clarke ignorou aquele linguajar ofensivo, pois queria saber onde aquilo iria chegar:

- Ele vai leva-la para seu dormitório hoje. Disse pra ela que queria só ver um filme, mas me disse que ia tentar transar.

- Meu deus. Tem certeza disso? Perguntou.

- Absoluta. 

- Mas os seguranças ao redor do prédio estão a par, se ele entrar com alguma garota, é para impedi-lo.

- Aí é que está a questão. Ele pediu pra ela dizer que vai pra outro quarto e pra entrar sozinha.

- Minucioso! Ele sabe que os seguranças são pra ele. Disse Clarke indignada. - Como?

- Ele não me disse nada, deve ter desconfiado. Acho que quando você faz algo errado, automaticamente desconfia de tudo ao seu redor. 

- Você ta certo. Vamos pega-lo com um flagrante daqueles, além do mais, os seguranças vão estar na frente do térreo. Vai ser perfeito. Disse empolgada. - Que horas é isso?

- Daqui a pouco. A garota dorme cedo. Eu sinceramente não sei como ele aguentou tanto tempo. Disse Wick.

- Você fala umas coisas tão imbecis as vezes, sabia? Censurou, Clarke.

- Desculpa. Disse o garoto envergonhado.

Clarke gostava muito de Wick, mas tinha medo do garoto ter sofrido influencias de Finn, agora que sabia que o moreno era um verdadeiro gênio do mal.

Ao descerem até os seguranças, Clarke chamou um deles e sussurrou:

- O aluno que vocês vigiam, Finn Collins vai trazer uma garota daqui a alguns minutos para seu dormitório. Mas ela vai vir sozinha e vai passar uma informação errada sobre o quarto que vai visitar.

Na universidade, quando o aluno não dormia no prédio determinado, tinha que dar satisfação na recepção sobre qual quarto visitaria, Finn disse a Wick que a garota informaria um quarto diferente do dele, para não lhe meter  em problemas.

- Madame, não podemos falar sobre esse assunto com alunos.

- Eu to por dentro de tudo, acham que Lexa sabe das coisas através de quem, me escutem. Disse Clarke se sentindo a dona de todos os planos.

- Madame, libere a passagem por favor, nos deixe fazer nosso trabalho.

Clarke ficou indignada com a indiferença que os seguranças demonstrava com sua informação:

- Vamos ter que agir sozinhos. Disse se aproximando de Wick. - Eu já sei. Vou subir e esperar a moça chegar, assim que te der um sinal, você avisa esses panacas.

- Fechado. Disse Wick.

Os dois subiram até o andar dos garotos, passando por um corredor vazio, por conta do final de semana. Chegando quase na última porta, viram o quarto de Finn fechado:

- Clarke, eu vou primeiro, eu não sei como ele vai reagir a isso tudo, ok? Pode ser perigoso.

- Você acha? Perguntou Clarke.

- Sim.

- Fique na ponta, quando eu falar, você chama o segurança que está parado no fim da escada.

Wick foi até a porta de Finn e tirou uma chave que mantinha do quarto do garoto. Finn havia lhe dado uma cópia quando voltavam bebâdos de uma festa e o moreno não conseguia abrir sua porta. Wick o ajudou e manteve a chave consigo, por puro esquecimento mesmo.

Clarke olhava pro segurança e se concentrou em se esconder, enquanto ele rondava o andar de baixo. Se ele a visse, não iria querer ouvir explicações, afinal, ela estava no andar masculino.

Wick dera de cara com Finn em cima de uma garota, o moreno estava de cueca e a beijava no pescoço. A garota tinha os olhos fechados, mas era haviam lágrimas recém caídas de seus olhos, fazendo rastros úmidos em seu rosto.

- CLARKE, AGORA. 

Finn olhou pra trás e viu o loiro o encarando:

- Wick, mas que merda é essa?

Clarke olhou para Wick, mas ao invés de chamar o segurança, foi para o quarto. Fazia questão de ver o quanto o garoto era um assediador barato e queria prestar apoio a vítima. Entrou no quarto, vendo a mesma cena que Wick.

- Clarke? O que faz aqui. Perguntou assustado, cobrindo sua ereção.

- Seu nojento. Como pode ser tão falso? Eu beijei sua boca. Seu imundo. Disse chutando Finn que não conseguia se levantar:

- Do que está falando? Perguntou.

- WICK? Quer explicar isso? Disse ao amigo parado na porta.

- Cara, como você pode? 

Ele encarou Wick e Clarke.

- Saiam do meu quarto, agora. 

- Eu acho que não. Disse Wick indo buscar o segurança.

- Moça, vêm comigo, ta tudo bem, ele não vai mais te machucar. Disse puxando a menina debaixo de Finn. Ela saiu fragilizada e assustada e ficou parada atrás de Clarke.

- Clarke, deixa ela. Você ta atrapalhando a gente. Não é nada disso que tá pensando.

A garota tremia tanto atrás de Clarke, que Clarke não pode acreditar numa só palavra que Finn reproduzia.  Ela estava vendo tudo com os próprios olhos.

- Você ta bem? Perguntou Clarke a menina.

Ela fez que sim com a cabeça. Começou a colocar as roupas apressadamente:

- Chamamos um segurança e Wick vai chamar a policia.

- POLICIA? Ela disse assustada. - Não, é muita humilhação, por favor, não. Ela implorou a Clarke.

- Hey, calma. Não é humilhação nenhuma, a culpa não é sua, você é a vitima.

- Quê? Vitima? Clarke, ela queria. Acha que eu faria algo contra a vontade de uma garota?

- Finn, não se aproxime.  Disse Clarke vendo o moreno se aproximar com o cobertor enrolado na cintura.

- CLARKE. Chega de palhaçada. Gritou Finn, com a pele rosada de nervosismo. - Eu não a trouxe contra a vontade, pergunte a ela, disse próximo ao rosto de Clarke.

A garota chorava desesperadamente atrás de Clarke.

- Chega, Finn. Não vou deixar que machuque mais ninguém.  Disse Wick na porta com um segurança.

- Quê? Wick... Qual é, cara. Achei que fossemos amigos. Disse o garoto.

- Só fiz o que tinha que fazer, cara. Disse Wick chateado.

- Vou te levar pra delegacia, garoto. Disse o segurança gigante que pairava na porta, assistindo a discussão pacientemente:

- Diga a eles, diga a eles que eu não te forcei. DIGA A ELES. Disse Finn gritando com a moça, fazendo - a se curvar assustada.

- PARA FINN. CHEGA! Leva ele moço, pelo amor de Deus. Disse Clarke com a voz firme.

Clarke tremia tanto quanto a garota.

- Deixa eu por uma roupa pelo menos. Disse Finn desesperado. Sua voz mal saia, e seu rosto suava frio. Ele colocou tremendo também, uma roupa e um tenis. E antes que pudesse abotoar a calça, o segurança o puxou

Assim que foi carregado para fora, Clarke se desmontou. Caiu nos braços de Wick chorosa.

- Ta tudo bem agora.

- Se não fosse por você... Disse derrubando lágrimas nos ombros do loiro que a abraçava, lhe passando conforto.

Wick olhou através do rosto de Clarke e observou a moça que nem sabiam o nome:

Ele soltou Clarke gentilmente:

- Vem moça, eu te acompanho até a delegacia, você vai ter que dar seu depoimento. Disse. -  Clarke, espere aqui.

- Você ta maluco? Eu vou até lá, sou testemunha. E outra Wick. Ela disse começando a sussurrar. - Me deixe lidar com ela, acho que ela vai se sentir mais a vontade.

- Clarke, você ta tão abalada quanto ela. Vá no banheiro, se limpe, volte mais calma e aí você conversa com ela. Aconselhou, o rapaz.

- Tudo bem.  Clarke ouviu prontamente.

Seguiu até o banheiro mais próximo e lavou seu rosto. Lavou de novo e de novo, até que conseguisse se sentir limpa.

- Finalmente. Finalmente, meninas... Prendemos esse cara. Ela respirou fundo e pensou em todo apoio que Wick a dera. Quando quem deveria estar ao seu lado era Lexa, mas ela preferia analisar papeis ao lado de Costia. Pensar nisso voltou a lhe embrulhar o estomago.

Tentou pensar em sua conquista novamente e em contar pra Lexa, e em como a morena ficaria feliz e orgulhosa de Clarke. Ficou feliz por Octávia, contaria a ela com todo o entusiasmo do mundo, afinal, ela não precisaria mais se esconder atrás de um segredo, sua relação com a Lindsey seria honesta agora. Pensava em tantas coisas que mudariam, tantas vidas, tanta sensação de alivio.

Olhou no espelho e pode ver uma Clarke que não via a tempos, talvez, que nunca tivesse visto, uma Clarke adulta, que pensava em outras pessoas além de si mesma, uma Clarke que daria orgulho a Lexa, e aos seus pais... Seus pais, mesmo sem perdoa-los, pensava em como deixa-los orgulhosos, em como se provar para eles e tinha essa imagem bem ali, a prova... De que reavê-la naquele orfanato foi a melhor decisão que podiam tomar. 

Embora estivesse tomada por sentimentos ansiosos e vorazes, a angustia no peito não havia diluído. Seja pela falta de Lexa, seja por desconhecer a sensação de fazer justiça com as próprias mãos...Ou talvez fosse, por descobrir que a sensação de justiça não devia ser essa:

- Porque eu sinto que não fiz a coisa certa? Se perguntou, enquanto se encarava, assistindo as gotas de água escorrerem de seu rosto avermelhado.




 


Notas Finais


e aeaeaeaee??????????
me contem oq acharam e se tiverem dúvidas e tal. As vezes acho q ta uma história super confusa haha
beijossss
se quiserem me chamar no tt, puxar assunto ou falar da fic, sintam-se a vontade @thatfun

beijos de light <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...