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História Teach me... - Yellow Dress


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Vamos lá, moçada.
Desculpem a demora, mas td isso foi uma mistura de problemas de saúde com minha demora padrão mesmo rs.
Esse cap. foi de longe o mais difícil pra mim, a escolha da narrativa, das palavras, das ações, tudo.
Eu tenho essa cena em mente desde que comecei a fic, tava bem meticulosamente planejada, mas claro q na hora
H, a de escrever mesmo... As coisas são bem mais difíceis do q na teoria.
Primeiramente, o texto a seguir contém cenas que descrevem um estupro, se isso te deixa incomodado de alguma forma, sugiro que pule esse capítulo.
Segundo, peço desculpas previamente se alguém se sentir ofendido.
Eu considero muito o lugar de fala de alguém, aquela história, sabe? Se você não é, não passou por algo, vc n tem direito de discursar sobre pq vc n entende. Então, escrevi com o maior cuidado para n assumir sensações que não experienciei.
Espero que gostem, tentei deixar da forma mais sensível que consegui.
Boa leitura, manxs <3


PS: eu sei q ngm nunca ouve as porra das musicas q a gente posta nas fics haha, mas é sério, eu idealizei essa cena POR CAUSA dessa música, antes de começar a fic e etc, inclusive depois de um eps de BLACK MIRROR (quem assiste vai lembrar) Se vcs puderem ler a parte da ação com essa música eu prometo q a experiencia ficara bem mais ilustrativa.

PS2: as cenas acontecem paralelamente, só pra vcs não se confundirem.

Capítulo 35 - Yellow Dress


 

MÚSICA DO CAP

https://www.youtube.com/watch?v=8051Hipbmmw

Radiohead - Exit Music 

Wick ainda forçava Lexa contra a parede, contra a vontade da morena. Com seu zíper desabotoado, ele tinha dificuldade em baixar sua calça e segurar Lexa ao mesmo tempo. Lexa era mais resistente que as garotas que Wick havia abusado, era mais forte, mais alta, mais corajosa, mais experiente. Não seria uma tarefa tão fácil quanto o garoto estava acostumado. Além do que, Wick não tinha tanta certeza que Lexa deixaria de lhe denunciar só por ele ter a transa deles gravada, afinal... Prahmeda não era uma adolescente inocente que temia passar vergonha virtual.

Lexa relutava e tentava chuta – lo com todas as forças, Wick não conseguia fazer qualquer movimento, pois as mãos de Lexa estavam quase se soltando, e ele nem tinha certeza que estava ereto com a tensão que sentia. Estava tudo dando muito errado, foi quando a porta se abriu de repente:

- Lexa? Era Costia. Sua obsessão a fez ir até o escritório de Lexa em busca de contato e ao ver que a morena ainda estava na sala de aula, pediu para Harper lhe informar o caminho, mesmo com a dedetização. Precisava ver a morena e pela primeira vez, essa obsessão trouxe mais benefícios para Lexa do que malefícios...Ou não.

Wick se distraiu com a voz de Costia, fazendo com que Lexa conseguisse tirar a boca de sua mão:

- Costia, socorro! Gritou.

- O que diabos está acontecendo aqui? Disse Costia entrando na sala, confusa, porém entendendo bem a situação.

Lexa conseguira empurrar Wick, pois o loiro a soltava aos poucos, com medo.

- Esse nojento, Costia. É ele, ele é o estuprador, e é filho do Dante. Disse Lexa com repulsa de si mesma por ter tocado Wick.  Tinha o pescoço vermelho e esfregava a própria pele. Se afastou de Wick e se apressou e ir ao lado de Costia.

- Você está bem? Perguntou Costia olhando para a Lexa e colocando as mãos em seus ombros.

- Preciso chamar a segurança. Consegue manter esse garoto aqui? Perguntou Lexa com a respiração forte.

- Consigo, esse moleque não vai encostar um dedo em mim ou eu arranco esse mindinho que ele chama de pinto. Disse Costia segura de si.

Wick estava nervoso e amedrontado, levou as mãos à cabeça.

Lexa saiu correndo pela porta, deixando Costia que encarava Wick na sala, Wick pareceu se sentir bem intimidado por Costia e não se aproximou:

- O que você tava pensando? Perguntou.

Wick não respondeu.

- Porra, tentar estuprar Lexa Pramheda? Nem seu paizinho de bosta vai te salvar dessa. Ela vai acabar com sua vida. Disse Costia sorrindo.

- Não. Por favor, moça...Eu não sei o que deu em mim. Implorou, Wick.

Wick nunca havia sido flagrado por alguém que não pudesse chantagear, não sabia o que fazer.

Enquanto isso Lexa corria, nunca odiara tanto aqueles corredores largos e compridos como agora. Parecia uma eternidade até chegar a recepção mais próxima e ao chegar... Novidade, vazia. Decidiu correr até o corredor ao lado, também interditado.

*************************

Costia se aproximou de Wick, interessada em uma ideia que lhe ocorrera:

- Me diga, moleque, o quanto você odeia Lexa?

- O que quer de mim, senhora? Perguntou Wick desconfiado.

- Que me responda. Ela vai acabar com você, vai te fazer ir pra cadeia e seu pai demitido, você além de ir preso vai virar um preso falido, tem ideia? Ela vai fazer tudo isso e eu vou ajuda-la.

Wick respirava fundo, odiando aquela situação.

- Além do mais, nem conseguir terminar o serviço, você conseguiu, o que houve, estupradorzinho de merda? É capaz de abusar de menininhas, mas de mulheres não? Perguntou com um sorriso irônico se aproximando.

- Eu teria terminado o serviço se você não tivesse atrapalhado.

- Não teria não, mas eu tenho uma ideia melhor... Pra você provar sua masculinidade e se vingar de Lexa.

Wick franziu as sobrancelhas com a proposta.

***********

Lexa corria pelo corredor vazio como se fosse uma maratona e sua vida dependesse disso. Sem celular, não tinha os telefones dos seguranças, não tinha um bendito aluno, um bendito funcionário, um bendito professor para lhe acudir.

- Maldita interdição.

*****************

- Passei pelo corredor antes de chegar aqui e vi seu amorzinho não correspondido. Clarke Griffin.

Wick a encarava.

- Ela ainda está na sala, fazendo sabe – se lá o que. Porque não vai lá e termina o serviço com ela? Costia desafiou.

- Com Clarke? Quê? Eu não quero assim... Quero sair com ela pra valer, minha senhora, ta maluca? Disse com a sobrancelha franzida, se sentindo ofendido pela oferta.

 

************************

 

No dia anterior...

 Clarke se preparava para dormir:

- Ahhhh, meu nome é Clarke Griffin e eu estou com borboletas no estômago, estou com o olhar brilhando e tenho vontade de falar cantando como uma princesa da Disney porque estou tãaaaaao apaixonada. Disse Lindsey zombando da amiga.

- Ai, que recalcada. Disse a loira dando risada.

- Agora vai? Perguntou Lindsey se deitando.

- Olha, se Deus quiser. Disse a loira se deitando em sua cama também.

No dia seguinte ela acordou cedo cheia de bom humor, colocou um vestido amarelo, estampado com flores brancas, para combinar com o brilho do sol, o brilho do seu sorriso, o brilho de sua alma. Via-se de longe que algo muito, muito bom, havia acontecido com aquela garota. Não se sentira bem assim fazia tempo, usou de sua alegria para responder uma mensagem de seus pais, mandada a semanas. Disse que estava bem e que a faculdade ia bem também, até se atreveu a dizer que estava com saudades e iria visita-los em breve.

Clarke foi até o café de sempre juntamente com Lindsey, as duas papeavam sem parar sobre as férias de verão que estavam a uma semana de distância. O que fariam, comeriam, combinaram viagens em casal, passeios em casal, compras...De tudo um pouco.

Não demorou muito para Octavia se aproximar das duas e se contagiar com aquele bom humor todo:

- O que as duas estão papeando aí? Perguntou a morena agarrando uma cadeira e se sentando ao lado da namorada. Que lhe deferiu um beijo carinhoso no rosto.

- Estamos planejando nossas férias, cujo quais, você estará muito bem inclusa. Disse Clarke sorrindo.

- Adoro quando minha namorada combina meus dias sem me consultar. Brincou a morena.

Clarke viu Finn passar por ela e se levantou apressadamente atrás do rapaz:

- Hey, Collins.

Finn se virou seriamente.

- Tu não me ignora não, garoto. Disse Clarke.

Finn não conseguira ficar sério diante do sorriso irônico de Clarke.

- Bom dia, loirinha. Disse.

- Como você, tá? Escuta, preciso de ajuda na matéria do Bellamy. Falo sério dessa vez. Eu posso amanhã há tarde no seu dormitório, o que acha? Ok né. Ok então. Disse Clarke.

- Hey, calma. Já perguntou se eu vou poder? Perguntou o moreno se fazendo de difícil.

- Não pode? Perguntou Clarke receosa.

- Posso. Se rendeu, Finn. – Porque esse sorriso todo, viu o passarinho verde? Perguntou, escolhendo seu café da manhã no cardápio ao lado no balcão.

- Vi e seus olhos eram lindos. Brincou Clarke.

Finn sorriu sincero.

- Hey, somos amigos não somos? Disse Clarke com um meio sorriso.

- Acho que sim.

- Preciso te contar, ok? To namorando.

Finn se chocou ao ouvir:

- Quem é o azarado? Brincou.

- Azarada. Sorriu Clarke.

- Quero ouvi essa história heim, sua maluca. Disse Finn.

- Eu vou contar tudinho, prometo. Aliás, Finn e seu amigo? Ainda não o vi.

- Wick? Não sei dele, Clarke. Não passei mais por seu prédio.

- Porque mesmo ele dorme num prédio separado do resto do curso? Perguntou a loira curiosa.

- Porque ele tem um andar inteiro só pra ele.

- Porra! Quem é esse cara? Quando pedi um prédio só pra mim, disseram que estava indisponível. Disse Clarke claramente irritada.

- Só é filho do presidente da universidade. Brincou Finn.

- Você ta de sacanagem. Respondeu Clarke chocada.

- Nope! Tem seus privilégios. Wick Dante. Disse Finn, magoado. – Bom meu anjo deixa eu ir lá pedir meu café, me confirma amanhã ok?

- Tabom. Beijo. Disse Clarke deixando Finn ir, aquela informação lhe batera em cheio, deixando a loira encarando o nada, pensativa.

-  Filho do presidente...

 

*********************

 

Ainda naquele começo de tarde, pós o fim da aula, todos se levantaram para sair apressadamente, muitos não sabiam da dedetização, só seguiram o fluxo. Clarke não se movera, pegou seu notebook que levou pra aula em sua bolsa e decidiu procurar todas as informações que pudesse sobre Wick, passara a aula ansiosa pra ter um tempo de fazer isso, além do mais, agora estava mais desconfiada do que nunca, só precisava descobrir o porquê:

- Você não vem não? Perguntou Lindsey. – Vão fechar o corredor.

- Eu já to indo, me espera lá no café, deixa eu ver umas coisas aqui. Ela disse, pensando que não conseguiria ficar sozinha pra pesquisar sobre Wick se fosse com Lindsey.

- Não demora. Pediu a morena.

Clarke abriu seu notebook e procurou o loiro pelas redes sociais, procurou sem nem saber o que procurava. Mas se sentia incomodada. Porque Wick escondeu que era filho de Dante?

Foi quando ao ver as fotos de Wick reparou em suas características físicas.

- Loiro... Bochechas nada rosadas. Disse pra si mesma. Lembrando da descrição de Niylah.

Pegou seu celular e ligou para Finn:

-  Finn!

- Vou começar a achar que você ta me querendo, Clarke. Brincou.

- Finn me fala uma coisa, naquela festa em moss beach, no luau, o último que nos encontramos, você estava com quem?

- Fomos eu, dois amigos do curso de economia e Wick, porque?

- Wick estava lá com você? Perguntou aterrorizada.

- Tava sim, porque?

- Depois te explico. E desligou a ligação.

Ainda se negando a acreditar nos fatos, fez uma última ligação, na esperança de estar enganada:

- Octavia. Disse ao ouvir a morena atender o celular. - Não diga meu nome. Avisou a loira, sabendo que Octavia estava ao lado de Lindsey. -  Eu vou te fazer uma pergunta e quero que me perdoe por isso, e não me odeie, mas eu acho que sei quem foi, O. e preciso que me confirme, vou te dizer um nome e se esse homem abusou de você, diga sim, se não foi ele... Desligue na minha cara e se nunca mais quiser falar comigo por não te respeitar, eu vou entender. Me perdoe. Pediu Clarke com nervosismo.

Respirou fundo e disse claramente:

- Wick Dante.

A ligação ficou em silêncio. Clarke percebera que causara um desconforto enorme na garota e tinha medo daquilo significar o fim de sua amizade. Clarke não a pressionou e esperou seu tempo, desconfiou até mesmo que a ligação estivesse desligada, mas não estava.

Sua respiração estava forte, seguindo o ritmo de seu coração acelerado.

A respiração de Octavia também.

- Sim. E desligou.

Clarke encarava o celular sentindo as lágrimas de seus olhos aparecerem e transbordarem.

Wick, um cara que estava tão próximo a ela, como um amigo, como pretendente, tiveram semanas em que ela não ficava um dia sem se comunicar com o loiro, ela tocara sua boca quando ele tentou lhe beijar, lhe abraçou em agradecimento muitas vezes. Se sentia enjoada e amedrontada com quantas vezes estivera tão próxima de alguém que podia lhe fazer tão mal.

- Lexa estava certa. Disse a si mesma, sentindo seu rosto quente.

*********************

- O que? Clarke e Pramheda? Isso é impossível. Pramheda não sairia com uma aluna. Disse Wick negando a história que Costia acabara de compartilhar.

- Você está certo, mas acontece que com Clarke foi diferente. Disse se sentindo magoada. - E Lexa a ama como ninguém. Machuque Clarke e acredite... Destruirá Lexa exatamente onde importa. – Mas talvez tenha que esperar a aprovação de Clarke, não é, garotinho? Desafiou Costia.

- Eu não preciso da aprovação de ninguém pra fazer nada. Disse irritadado.

- Isso é, se você conseguir levantar isso aí. Ironizou Costia, apontando para as partes intimas de Wick.

Wick ficou vermelho e irritado, passou por Costia esbarrando em seu ombro, deixando a sala. Andou alguns passos até chegar a duas salas de distância, onde encontrou Clarke sozinha, com o notebook fechado, olhando pro nada. Costia ficara na sala com um sorriso de satisfação no rosto.

- Clarke. Disse o rapaz. Entrando na sala.

Clarke se levantou num estalo com medo:

-  Eu sei de tudo, seu imundo. Foi você!

Wick se impressionou com a reação de Clarke, não achava que seria capaz de ferir a loira, mas ao perceber que ela sabia de tudo, passou a pensar um pouco diferente:

-  Clarke, me escuta, não é bem assim.

- Você é um porco nojento. Eu confiei em você, eu te contei sobre minhas desconfianças, sobre como aquelas garotas sofreram...

- Elas queriam, você não vê? Se explicou.

- Seu falso. Disse Clarke se aproximando e dando um tapa na cara de Wick, que pareceu se irritar extremamente com a ação.

- CLARKE! Gritou o loiro. – Eu to tentando ser uma boa pessoa aqui, mas você ta dificultando isso pra mim.

- Boa pessoa, Wick? Boa pessoa? Octavia é uma das minhas melhores amigas. Sabe o mal que fez a ela? O mal psicológico, o mal físico... Você é um monstro.

Wick colocou a mão na cabeça e sorriu ironicamente:

- Ela não pareceu psicologicamente problemática quando estávamos juntos.

Clarke se irritou o bastante para avançar em Wick e deferir socos em seu peito. Ela sabia que não tinha força o bastante para ferir o loiro, mas seu ódio era tanto que só queria machuca-lo de alguma forma.

Wick pegou os pulsos de Clarke com facilidade:

- Você fica linda quando ta nervosa.

- Me larga! Disse Clarke com a face avermelhada tamanho nervosismo.

- Clarke eu to bem na sua, você não é que nem essas garotas, eu não quero só isso, quero namorar, quero coisa séria..

Clarke se soltou dos braços de Wick puxando suas mãos violentamente:

- Eu não sairia com você nem amarrada.

Wick mostrava traços de irritação, ele não queria, do fundo de seu coração, se é que tinha um, machucar Clarke, mas nada o impediria se a loira continuasse a provoca-lo. E principalmente... repudia-lo.

- Eu não vou ficar aqui olhando pra essa sua cara, vou acabar vomitando. Clarke começou a pegar suas coisas rapidamente, da mesma forma que Lexa fazia duas salas ao lado, a alguns minutos atrás, e da mesma forma grosseira, Wick a impediu, jogando sua bolsa no chão:

- Você não me deixa falar, Clarke. Eu não fiz isso, sou seu amigo, acredita, cara. Porque eu obrigaria alguém a transar comigo? Olha pra mim... Disse sorrindo ironicamente apontando pro próprio rosto.

- E eu concordaria com você a um ano atrás, mas graças a diretora mais incrível que já conheci, descobri que a vontade de abusar de alguém não vem do tesão, não vem da beleza ou falta de... Vem da sensação de poder. Gritou Clarke, enfrentando Wick.

Wick riu, maldosamente:

- Mas essa história é tão clichê que se sua vida fosse um filme eu não compraria a entrada. O filhinho mimado que faz tudo que o papai quer e a única forma de se sentir dono de si mesmo, o poderoso, o dominador, é atacando mulheres, pessoas fisicamente mais fracas que você. Disse Clarke, que agora sorria satisfeita por perceber qual era a de Wick.

Aquilo bateu como um soco no estômago do loiro, que mesmo não admitindo sua falta de caráter e problemas psicológicos se doeu por se ver nesse resumo barato que Clarke fizera de sua vida. Ao ouvir o riso irônico da garota, Wick num ímpeto nervoso a empurrou contra a parede mais próxima, fazendo – a bater as costas e protestar de dor:

- Ahhh.

- Você acha que me conhece?

- Não! Eu sei que te conheço, disse Clarke massageando as costas com o braço torto para alcançar o ponto de dor. A loira sabia que estava correndo perigo e abusando da sorte, mas assim como Wick, também tivera uma infância regada a luxos e pais indisciplinados, educando-a não para o mundo, mas para si mesmos, isso criou em Clarke...A irresponsabilidade e imprudência.

- Somos iguais, Clarke, eu e você. Pelo que eu saiba você é bem princesinha do papai. Ta cursando o que? O quarto curso porque ainda tenta seguir os passos dos velhos não é? Disse com a feição avermelhada pela irritação.

Clarke não acreditava no que ouvia, mas algo em seu coração a fez pensar com clareza:

- Vendo por este lado, cê bem que tem razão...Eu fui criada num castelinho além da realidade podre que é o mundo, mas sabe o que nós torna diferentes?

Wick encarava Clarke atentamente:

- Eu tenho caráter.

Wick a encarava com a respiração profunda. Parecia paralisado demais pra tomar alguma atitude ao ver a loira seguir em direção a porta, deixando suas coisas pra trás diante do medo de Wick a impedir de sair mais uma vez.

E assim ele o fez. Antes que Clarke pudesse abrir a porta o suficiente pra passar, Wick a fechou com brusquidão.

************************

Lexa corria com três seguranças até sua sala, onde Costia já havia meticulosamente emperrado a porta.

Ao chegarem a frente da porta:

- Arrombem essa porcaria se for preciso, Costia está aqui com esse garoto.

Os seguranças assustados com o tom de voz severo de Lexa trataram de obedece-la.

- Lexa! Me tira daqui. Gritou Costia fingindo desespero.

- Estamos tentando, Costia, fica calma. Disse Lexa, do outro lado.

Dois dos seguranças deram um grande passo pra trás, pegando recuo para empurrar a porta mais uma vez, e finalmente ao chocarem seus ombros contra a porta com brutalidade, conseguiram quebrar o pequeno lacre que Costia fizera na fechadura, utilizando dois grampos e uma caneta encontrada no chão.

Ao abrirem a porta, Lexa entrou apressadamente, pronta para dar voz de prisão a Wick, mesmo sem ter autoridade para tal, mas foi quando avistou Costia sentada no chão segurando a própria cabeça aparentando desespero... E o resto da sala vazia:

- Lexa! Disse Costia se levantando e abraçando a morena.

- Costia, onde ele está? Perguntou sem retribuir o abraço, olhando a sala em busca do loiro.

Costia respirou fundo e numa boa atuação disse:

- Ele me empurrou, ameaçou me agredir. Achei que com gritos conseguiria segurar a fúria deste rapaz, mas eu congelei, quando ele me derrubou no chão eu simplesmente não soube reagir. Disse a com os olhos lacrimejados.

Lexa levou a mão ao rosto em desespero:

- Ele fugiu! Disse olhando pro nada. – Mas, mas... Você ta bem? Disse que ele a empurrou. Vamos ao hospital, você pode ter fraturado algo. Disse colocando a mão no ombro de Costia.

- Eu estou bem. Eu só fiquei assustada. Disse abraçando Lexa novamente que lhe retribuiu o abraço ternamente dessa vez.

- Me perdoe, Cos. Eu jamais devia ter te deixado sozinha com ele. Como não previ isso? Disse Lexa se culpando, ainda abraçando Costia.

- Não. Eu deveria ter sido mais competente. Disse com a voz embargada e com lágrimas escorrendo.

Lexa cessou o abraço e pegou o rosto de Costia com as mãos, aproximando-as:

- Para com isso agora. Vamos pega-lo, e sem botar a segurança de mais ninguém em jogo. Disse depositando um beijo na testa da morena que sorriu satisfeita.

Lexa soltou Costia e se dirigiu aos seguranças:

- Mandem fechar todas as saídas, e não quero ninguém entrando nesses corredores. Assegurem-se que ele não está escondido por aqui também. Os rapazes assentiram as ordens de Lexa e seguiram para a saída daquela ala, para repassa-las.

Lexa abraçou Costia e saiu com a morena cuidadosamente.

Ao saírem daquela parte do campus, os alunos não repararam nada de errado já que os corredores já estavam interditados. Lexa ficou atrás da fita amarela que os seguranças colocavam e pediu pra Costia ir se acalmar em seu escritório.

Lexa puxou um dos seguranças pelo braço:

- Avisem a polícia. E chame Marcus Kane aqui... Bellamy Blake também. O segurança concordou e saiu correndo em busca dos professores.

******************

- Caráter! Como se o fato de eu ser mais enérgico na hora de transar me fizesse um sem caráter, além do mais...Quem é que tem todo esse caráter, esses princípios pra você, loirinha? Sua preciosa diretora? Disse Wick se lembrando do que Costia havia lhe contado, mesmo ainda não acreditando.

Clarke franziu as sobrancelhas, confusa sobre o quanto Wick sabia, mas percebeu que ele só queria provoca-la usando a morena, então entrou no seu jogo.

- Lexa é duas vezes o ser humano que você é.

- Então é verdade? Perguntou, se agarrando a última esperança de que Clarke podia lhe dar uma chance.

- É, é verdade. Disse a centímetros do rosto de Wick.

- Por isso ela nunca deixava você sozinha comigo. Ahhhh, inclusive. Disse se recordando. – Por isso ela não me deixou ir atrás de você na festa de ano novo.

- É, Wick. Por isso, Lexa já pressentia que você era esse um nojento e inescrupuloso, eu devia ter ouvido ela, eu devia ter ouvido Finn. Meu deus, eu devia ter ouvido qualquer pessoa, todo mundo no fundo me avisava. Disse Clarke indignada consigo mesma.

- Finn? Finn é uma piada. Não foi homem nem pra dizer que era apaixonado por você.

- E você foi mais homem porquê? Por ter me roubado um beijo? Que eu nem queria... Se quer saber, pelo menos isso Finn teve a mais do que você! Consentimento... E eu quis beijar Finn, eu tive vontade, senti atração pra isso, desejo, coisa que nem por um momento senti por você, Kyle Wick. E neste momento, Clarke sabia que havia ultrapassado um limite.

- Eu nunca precisei do consentimento de ninguém e com você não vai ser diferente. Disse Wick puxando Clarke pelo pescoço e com toda sua raiva reprimida pelas acusações da loira, a empurrou em direção a mesa de professor, fazendo – a trombar com a quina:

- Isso não vai ficar assim, Wick. Disse nervosa. – SOCO...

Mas Wick a interrompeu calando sua boca com sua própria. Não ia deixar que a ouvissem como foi com Lexa a alguns minutos atrás. Wick prensou o corpo de Clarke contra a mesa, impossibilitando que a loira o chutasse e segurou seus pulsos com suas duas mãos.

Mas Clarke num desespero o mordeu com força ao sentir sua língua lhe invadir:

- Ahhh. Vagabunda. Disse tocando a ferida recém deixada em seu lábio. Ao levar sua mão até sua boca, Clarke se soltou da outra e tentou correr, mas Wick a puxou pelos cabelos soltos e a colocou de volta na mesma posição.

- Wick... Wick por favor. Suplicou Clarke que agora diferente de minutos atrás,  se resumia em medo. Tinha lágrimas nos olhos pressentindo os próximos acontecimentos. E com a voz embargada, ainda tentava:

- Me deixa ir.

Wick sorrira, a loira estava exatamente onde ele queria, onde ele se sentia seguro.

************************

- Sim, Kane, o filho do Dante. Não é tão difícil assim acreditar. Disse Lexa nervosa, ligando para Clarke enquanto por trás da fita amarela de proibição, encarava os corredores vazios.

- Lexa! O segurança me contou. To tentando achar Octavia, mas não consigo. Disse Bellamy que chegara esbaforido ao lado de Kane e Lexa.

- Que inferno! Quando mais preciso ela não atende o telefone. Disse Lexa irritada. – Onde essa garota se meteu?

Os três continuaram encarando os corredores, aguardando a volta dos seguranças. Os policiais estavam chegando aos poucos e de longe, Lexa avistava o carro de Wallace Dante.

Os alunos começavam a ficar curiosos diante a movimentação e um aglomerado de pessoas era formado ao redor da saída. Lexa olhou aquela baderna e já imaginara as palavras de Dante lhe repreendendo por não manter as coisas embaixo dos panos, mas ela não estava nem aí. Podia socar a cara do presidente, na verdade.

- Lexa!

- Meu deus, o que é agora? Se virou irritada cansada de ouvir seu nome sendo chamado.

- O que aconteceu? Perguntou. Era Lindsey e embora Lexa pensasse que a morena estava apenas curiosa, seus olhos demonstravam algo bem diferente.

- Nada, Lindsey. Melhor esperar no seu dormitório. Disse se virando de costas para a morena.

- Lexa, a Clarke tá lá. Disse preocupada.

Lexa se virou num estampido repentino, sentindo seu coração descompensado começar a bater fora do ritmo.

- Lá onde? Lá dentro? Perguntou.

- É! Ela descobriu umas coisas e ligou pra Octavia... Octavia contou a ela que Wick era quem a machucou. Disse com a voz embargada, fazendo Lexa pensar q a morena acabara de receber a informação também. – E ficou lá.

- Meu deus. Disse Lexa se virando para os corredores e tudo de repente parecia em câmera lenta, quando ela mais precisava que as coisas se movessem em velocidade acelerada. Levantou a fita amarela, fazendo os policiais na frente dela olharem e tentarem puxa – lá de volta, mas Lexa corria, mal ouvira quando Kane e Bellamy chamaram seu nome, assustados.

Não podia ser, não Clarke. De todos, não Clarke.

Ela correu corredor por corredor, com todas suas forças, com toda sua raiva, mas principalmente, com todo seu medo. Avistou os seguranças num corredor ao lado e os chamou com as mãos enquanto não parava de correr. Eles prontamente a seguiram na mesma velocidade.

Lexa ouvia sua respiração, ouvia as batidas no seu peito ecoarem pelos corredores desertos, se sentia quase tonta com essa possibilidade. Era como reviver seu maior pesadelo.

 

************************

 

Clarke tentava resistir, mas o loiro além de alto, era largo, cobrindo inteiro o corpo da jovem. Ela tinha os olhos fechados, apertados enquanto sentia suas lágrimas quentes percorrerem suas bochechas suadas. Segurava a respiração, como se aquilo tudo cheirasse mal, como se fosse entrar em uma banheira e precisasse se segurar para o que estava por vir.

Wick rasgou a calcinha fina de Clarke com um pequeno puxão. Clarke se odiara por decidir usar aquele maldito vestido amarelo com estampa de flores, naquele começo de verão. Wick apertava a pele de Clarke rudemente, acariciando suas curvas, e a loira tentava tirar seus braços de seu aperto, mas ele além de segura-la com uma de suas mãos, a apertava contra a parede, fazendo-a perder levemente o ar.  

Clarke no auge de seu desespero alcançou sua orelha direita, pois o loiro mantinha a cabeça recostada em seu ombro, concentrado em levantar seu vestido, ela o mordeu, o suficiente pra sentir o gosto metálico de seu sangue escorrer por seu queixo. Wick gritou em protesto, mas ao invés de solta-la isso lhe deu mais anseio em continuar. Ele lhe cabeceou a testa, fazendo a garota bater com a cabeça na parede que lhe embalava as costas, ficando tonta.

E enquanto tonta, sua visão sutilmente embaçada, pediu a Deus, não era religiosa, mas pediu com todas as forças pra que alguém invadisse aquela sala, que alguém a resgatasse, pensou nos erros que havia cometido pra merecer aquilo, mas se lembrou das palavras fortes de Lexa uma vez ditas sobre Octávia:

- A culpa não é sua.

E não era.

Wick a forçou cada vez mais contra a parede gelada e Clarke já não sentia mais nada, escapar já não era uma alternativa, foi como ter sua alma partida, foi uma apropriação. Como alguém lendo seu diário, ou vendo suas mensagens em seu celular, foi como invadir algo muito secreto e precioso, mas ela estava lá... Presente em cada estocada de invasão, em cada estocada de ausência de consentimento, de violência, de força e de dor. Sentia seu corpo se desfazendo aos poucos, como se virasse poeira, várias pequenas partículas quase invisíveis, e talvez fosse isso mesmo que Clarke quisesse naquele momento, virar poeira e voar com o vento pra longe dali. Ele não dizia nada, o suor de sua testa fundia-se com o de Clarke numa dança doentia, onde só um deles ouvia a música.

Com o ritmo desacelerado após encontrar sua satisfação, ele a largou, fazendo – a cair em cheio no chão e era lá que ela pretendia ficar.

Ele a encarou, cansado:

- Eu não queria isso, a culpa foi sua. Disse, em seguida abriu a porta e saiu andando por ela, deixando o rastro de seu estrago naquela sala.

Lexa cruzou com ele enquanto chegava na sala, rezando aos sete ventos para que Clarke não estivesse lá. Lexa apontou para Wick para os seguranças, que se apressaram em para – lo e faze – lo ajoelhar no chão. Que mesmo sendo flagrado ria ironicamente.

Lexa empurrou a porta entre aberta devagar, pressentindo a visão que teria a seguir, sentiu suas mãos suarem ao completar tal ação e presenciar... Clarke deitada no chão, os restos do pano de sua calcinha jogados ao seu lado, seu vestido amarelo preferido amassado e empoeirado.

Ela estava em posição fetal, resguardando o próprio corpo, o corpo que não sentia ser mais dela. O coração de Lexa parecia bater fora de seu corpo, Clarke tinha o supercilio cortado, de onde escorria sangue, criando uma trilha vermelha até seu pescoço pálido e suado. O queixo ainda manchado pelo sangue de Wick.

Lexa se baixou, com lágrimas nas bochechas, já escorridas e mesmo que tentasse disfarçar a voz, passar alguma segurança a Clarke, falhou bravamente:

- Clarke. Disse num tom suave.

Clarke não a olhou, na verdade não olhava nada ao seu redor, mantinha seu olhar em uma direção inexistente, indiferente.

Lexa a puxou sutilmente pelo braço, fazendo a loira ficar sentada, e gritou para os seguranças que se distraiam pela cena da prisão de Wick, que era levado pelos policiais.

- Uma ambulância. AGORA! E nunca se ouvira um tom tão alto da diretora daquela universidade.

Lindsey que vira Wick ser arrastado pelo corredor por trás da faixa não pode evitar, invadiu os corredores como Lexa fizera a minutos atrás, em busca da amiga, correu, correu muito e demorou um certo tempo pela distância necessária para chegar até a sala, mas ao chegar viu aquela cena, levou sua mão a boca em negação.

Lexa não tirava os olhos de Clarke, ela não sabia o que fazer. Nunca imaginara sentir nada assim, nem quando encontrou a mãe em estado pior.

- Você consegue levantar? Perguntou, mas Clarke não respondeu.

Lindsey entrou na sala e pegou um braço de Clarke, e apontou o outro para Lexa que entendeu o recado. As duas levantaram a loira fazendo - a ficar em pé e em instantes um dos enfermeiros da universidade apareceu com uma cadeira de rodas ajudando as moças a colocarem Clarke nela.

- Lindsey, acompanhe ela até a enfermaria, eu te alcanço num instante. Pediu Lexa.

Lindsey concordou e seguiu o rapaz até a sala da enfermaria do campus interditado.

Lexa seguiu até a saída dos corredores e já avistava uma multidão de alunos na frente das fitas amarelas, curiosos. Alguns olhos voltados aos corredores que agora se enchiam de policiais e profissionais da enfermaria e outros em Wick, que seguia algemado até o carro policial mais próximo.

Lexa passou pela fita, atraindo os olhares de todos pra si e foi até o policial que levava Wick, andou apressadamente até estar na frente dos dois, encarando o loiro, que tinha a orelha sangrando, mas um sorriso sórdido nos lábios:

- A moça tinha razão... Ficar com Clarke foi mesmo bem mais divertido. Disse.

Lexa não pensou duas vezes e ignorou o fato de ser diretora daquela universidade, de estar diante de todos seus alunos e rodeada pela polícia. Ela levantou seu punho, treinado por suas aulas de luta e canalizou toda a raiva que sentia em um golpe certeiro, que atingira Wick no nariz, fazendo o loiro recuar pra trás, sendo acolhido pelo policial atrás.

- DESGRAÇADA! Gritou. – Você deve ter quebrado meu nariz.

- Senhora, vou pedir pra se afastar. Pediu o policial.

Lexa o ignorou.

- Eu espero que você apodreça na cadeia, seu bostinha. Vociferou ao rapaz, que mesmo no chão, ainda encontrava formas de ser arrogante:

- Eu não vou nem esquentar a cadeira daquele lugar. Disse raivoso.

Lexa sorriu friamente e apontou para trás com a cabeça:

- Eu não contaria com isso. Wick olhou e viu seu pai conversando com Bellamy Blake, sua expressão era de horror e levava sua mão ao rosto protestando surpresa.

Lexa pôde ver o que buscava nos olhos de Wick, pânico, medo... E um pouquinho de sangue. Mal percebeu, mas aplausos eram ouvidos dos alunos que contentes, aprovaram sua reação.

***********************

Clarke dormia, estava na cama da enfermaria em um quarto privado, Lexa chegara e encontrara Lindsey sentada na poltrona de acompanhante:

- Como ela está? Perguntou a morena.

- Ela não respondia a nenhum estimulo muscular, era como se não estivesse aqui, o médico achou melhor aplicar um calmante e deixa – la dormir. Já fizeram o corpo delito. E colheram material para exames sorológicos.

Lexa tinha os olhos avermelhados e vez ou outra uma lágrima lhe escapava, mas ela não se deixava abater:

- Vou ligar pros pais dela. Pode ir em paz, Lindsey. Obrigada.

- Mas eu quero ficar, Lexa. Pediu a amiga.

Lexa assentiu com a cabeça, não impediria Lindsey de ficar ao lado de sua melhor amiga.  Pegou seu celular e ligou para Jake, tinha medo de como Abby poderia reagir, sabia que o loiro podia ser mais sensato numa situação dessas:

- Alô.

- Jake? Perguntou.

- Sim.

- É Lexa Pramheda, tudo bem?

- Lexa, olá, como vai?

- Não muito bem. Eu preciso que vocês fiquem calmos.

- Como assim, Lexa? Onde está Clarke? Perguntou alterando seu tom de voz.

Lexa explicou com toda cautela do mundo sobre o aluno Wick Wallace e não culpou ninguém além dela mesma. Pediu que os pais se dirigissem até a universidade, pois sabia da importância deles na vida de Clarke e que ela precisaria do máximo de carinho e atenção nesse momento difícil.

Lexa falou como diretora, agiu como diretora, fez aquela ligação inteira, com a voz firme de uma diretora, mas ao desligar, sentiu suas pernas bambas lhe traírem e sentou no chão na frente da cama de Clarke, enquanto chorava.

Lindsey correu para acudir a namorada da amiga e se pegou chorando junto. Recostou sua cabeça no ombro de quem agora não era sua professora, mas sim, alguém que sofria junto com ela.

Ela ajudou Lexa a se levantar, que se recompôs aos poucos, as duas permaneceram lado a lado observando Clarke dormir, tinham tanto medo de como seria quando ela acordasse, de como se sentiria, como reagiria, como enfrentaria, que por um momento, desejaram que aquele  conforto que a loira agora sentia, fosse eterno.


Notas Finais


E aiii meus anjos?
Me falem o que acharam, mesmo se não gostaram, se acharam a ideia ruim, enfim...
Esse cap. foi muito muito importante pra mim, por isso me digam ok?
Obrigada <3
Se quiserem me xingar, meu tt é @thatfun


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