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História Teach me... - Trouble in paradise


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Oláaaaaar, feriadinho sobrou tempo extra, bora postar!!!
Esse capítulo retrata duas coisas, aprofunda a relação física Clarke/Lexa e a amizade da fiel Lindsey.
<33

Capítulo 4 - Trouble in paradise


 

- Hum, eu acho que eu quero o de limão, não não, espera, o de gengibre. Não, não, me dá um chá verde. Espera...

- CLARKE, escolhe a porcaria do sabor. Disse Lindsey a sempre indecida Clarke que se inclinava  em cima do balcão tentando ler as letra miúdas do painel de sabores do café que havia dentro da universidade.

- São muitos. Disse Clarke chateada.

- Nossa, quantos problemas tem sua vida né? Fico impressionada. Disse Lindsey genuinamente irritada com a demora da amiga.

- A primeira aula é do Bellamy, tem certeza que quer se atrasar?

- Me da um chá verde com gengibre e duas gotas de limão, por favor. Disse Clarke decidida após saber da novidade.

- E ai, você já sabe como vao ser os próximos dias?

- Bom, os planos são, depois da aula tirar essa porcaria do pé e depois seguir em direção a diretoria. Meu primeiro dia vai ser com o Kane, eu implorei pra ele me ensinar as tarefas, não ia conseguir aprender nada com o pouco tempo que tenho e com o dragão que é aquela mulher.

- Olha, ela pode ser até difícil, mas de dragão não tem nada. Disse Finn se intrometendo sorrateiramente na conversa, enquanto pegava um canudo para sua bebida.

Lindsey sorriu bobamente para o amigo, que não tirava os olhos de Clarke, que não tirava os olhos de sua tampinha que não encaixava em seu copo.

- Cacete! Disse derrubando parte da bebida nas mãos e na faixa no pé.

- Deixa que eu te ajudo. Disse Finn prontamente.

Lindsey se incomodou com aquela cena e sem graça resolveu sair dali.

-Bom, eu vou indo, sabe, pra aula, não que alguém se importe, mas, to indo galera. Disse se afastando.

Finn limpava a faixa de Clarke e se ocupava muito com suas risadas para dar atenção a qualquer outra coisa.

Clarke avoada e distraída não entendera o tom da amiga ao se despedir e rindo de sua trapalhada bastou-se a dizer:

- Tabom, Linds, já te alcanço.

Linds saiu bufando e se perdeu entre os alunos que seguiam a mesma direção.

- Toma aqui. Disse Finn se levantando e dando a bebida com a tampa encaixada para Clarke, que agradecera com um sorriso honesto.

- Amanhã tem aquela festa de home coming, sabe? Bem vindo aos calouros e tal...

- Ah, festas de universidades são tão idiotas, né? Disse Clarke mancando até a saída, com Finn de seu lado.

- Claro, idiotas, idiotas demais. Mentiu Finn.

Ela percebera e dera risada.

- Então, quer ir nessa festa idiota comigo? Arriscou Finn.

- Olha, Finn. Disse Clarke sem graça.

- Eu adoraria, de verdade, você seria minha primeira opção, mas eu realmente não vou, desculpa.

- Ah, tudo bem, mas se mudar de ideia, sabe... Pode me dizer, não precisa ficar com vergonha. Brincou Finn enquanto carregava seus livros.

Lindsey os viu chegando, cheios de risadinhas e isso a irritou, quando Clarke subiu as escadas até seu acento, Finn a ajudou com o apoio de sua mão. Isso fez Lindsey levantar e sentar na frente da classe, longe de Clarke.

- Mas o que...Linds? Chamara Clarke, confusa.

- Bom dia meus queridíssimos, honradíssimos, desenvolvidíssimos, respeitadores ambientais alunos. Bellamy entrou na sala com todo seu bom humor matinal e sua jovialidade, deixando seus livros de apoio em cima da mesa.

- Como estamos hoje?

- Óimos, professor.

A única a responder era Clarke.

- Mas será que essa menina precisa falar com todos os professores? Ninguém vê como isso é irritante. Sussurrou um aluno qualquer no meio da sala.

- Como só minha alunazinha perneta respondeu ao meu bom dia super ensaiado, só ela ganhara um pirulito de framboesa. Disse ao retirar um pirulito do bolso e dar para Clarke.

- Na verdade, ainda bem que foi só você, eu só tinha um pirulito. Ia ficar chato pra mim. Sussurrou para Clarke, encantando-a e as outras alunas que ouviram.

Ela sorrira bobamente a isso.

Finn olhava tudo muito incomodado. Lindey olhava Finn muito incomodada.

Clarke? Clarke olhava Bellamy.

-Bom, vamos aos fatos, na aula de hoje...

 

 

 

-Lindsey, me ajuda, inferno. Disse Clarke descendo as escadas com dificuldade. Lindsey estava tão irritada que nem mesmo olhou para trás, assim como Finn.

- Vem ca, eu te ajudo, pra onde vamos? Perguntou Bellamy para Clarke, enquanto oferecia sua mão como apoio.

- Pra onde você quiser, professor. Sussurrou Clarke automaticamente.

- Como? Perguntou, confuso.

- Quer dizer, vamos para a enfermaria, finalmente tirar esse trambolho dos meus pés.

- Maravilha. Quanto tempo você já esta com isso?

- Uma semana. O médico disse q não passaria de dois dias, mas minhas dores não passavam nunca.

- E o trabalho na diretoria? Perguntara curioso.

- Como o senhor sabe que me inscrevi?

- Eu vejo tudo, minha querida, vejo e sei de tudo. Brincou Bellamy.

- Bom, eu ia começar cindo dias atrás, mas a professora. Pramheda teve o mínimo de compaixão e me deixou começar assim que tirasse a faixa.

- Entendo. Bom, minha querida, é aqui que nos separamos. Tenha uma boa recuperação e bom início de monitoria. Sorriu a Clarke enquanto beijava sua mão galantemente.

- Obrigada. Sorrira Clarke, sem graça.

Bellamy era tão encantador, tão doce e tão...Tedioso. Isso irritava Clarke, pois as coisas podiam mesmo dar certo entre eles, ela não tinha idade de uma aluna qualquer, se dariam bem, se conectariam intelectualmente, mas não conseguia se ver com Bellamy, não sentia desejo de estar ao seu lado como algo a mais, de toca-lo, apesar de se encatar com toda sua postura doce, coisa que não se via muito entre seus professores, percebera que era só isso.  A única coisa que a divertia era poder flertar e receber esse flerte todo de volta.

 

 

 

Clarke tirara sua faixa e se sentia renovada. Tomara um fresco banho, esfregando sua perna com todas as forças e ignorando a dor. Deixara sua bolsa em sua cama e seguira em direção a sala de sua diretorazinha favorita. Chegara e sem pedir permissão como sempre, entrara na sala.

- Menina do inferno... Reclamava Harper quando mais uma vez não alcançara seus movimentos.

- Pronta para me alistar ao trabalho de hoje, senhor. Disse prestando continência ironicamente a Lexa, que jazia sentada e concentrada em sua cadeira.

- Suas piadas, elas...Não te cansam né? Disse Lexa com um tom cansado.

- Não senhor, senhor. Repetiu Clarke, enquanto puxava uma cadeira e se sentava, sentindo-se completamente íntima de Lexa.

- Você não tinha nem que estar aqui, não me implorou que seu primeiro dia fosse com Kane? Perguntara Lexa.

- É que eu não sei onde é a sala dele. Disse Clarke com sinceridade.

- Era só perguntar a Harper, é aqui no fim do corredor, Griffin. Disse Lexa irritada.

- E qual seria a graça de vir aqui e não incomodar a senhora? Ria Clarke.

- Quero ver esse bom humor amanhã, quando for o meu dia. Disse Lexa ao levantar uma sobrencelha.

- Olhando pra esses olhinhos maravilhosos, como eu ficaria de mal humor, professorinha. Ironizou Clarke ao se levantar.

Lexa levantou a fez menções de acompanha-la até sua porta. Ao chegar na porta, Clarke paraou em frente, pronta para soltar mais alguma ironia. Lexa se aproximou de Clarke de repente, tão próxima que puderam sentir que dividiam o mesmo ar, Lexa disse próxima a Clarke:

- Também vou adorar ver esse olhinhos oceanos aqui amanhã, oceanos porque estarão marejados com o tanto que te farei trabalhar, criança. Disse Lexa se aproximando e dando a Clarke uma falsa impressão.

Clarke sem planejar ou se controlar fez um pequeno movimento para frente, de encontro com os lábios de Lexa, não entendia o porque, mas só sentia que estava fazendo isso e não conseguia parar.

Lexa desviou e levou sua mão em direção a maçaneta, abrindo a porte, como planejara.

- Não se atrase, criança. Disse piscando ironicamente.

Clarke ficara vermelha como um pimentão e sentira suas bochechas pegarem fogo.

- Mas que vadia! Sussurrara pra si. E saíra nervosa em direção a sala de Kane.

 

 

 

Clarke não conseguira se concentrar o dia inteiro, pensou naquele momento com Lexa repetidamente durante a tarde, muitas vezes ignorando as ordens de Kane que tentava explicar as tarefas com todo bom humor possível. Ela odiava quando Lexa a fazia perder o controle, ninguém a fazia perder o controle e não seria aquela professorinha que faria isso. Lembrara que ainda não tinha se vingado dos gritos que recebera na sala e que com tanta angustia a fizeram correr ao banheiro para chorar. Teve uma ideia e terminou o dia cumprindo as ordens a risca de Kane pra que o tempo passasse depressa.

Assim que Kane a dispensou, ela correu até a biblioteca em sua eminencia de fechar, em busca de um livro especifico.

- Olá, estou procurando um livro chamado: Memórias de uma Beatnik. Disse em tom ansioso.

A bibliotecária a olhou, como se tivesse ouvido uma piada muito mal contada.

- Você acha que isso aqui é um bordel qualquer pra você pedir suas sujeiras? Ou deve estar de brincadeira comigo né? Saia já daqui antes que eu chame a segurança. Disse a bibliotecária que parecia tão doce.

Clarke não entendeu aquela reação e saiu da biblioteca sem dizer nada. Ela sentia que aquele livro pelo qual luxou seu tornozelo, valeria a pena.

Pegou seu celular e numa pesquisa rápida entendeu o porquê tanto alvoroço em cima de uma pobre literatura.

Memórias de uma beatnik era um livro que falava sobre o movimento beatnik de 1950, contado por uma militante do mesmo. Um movimento livre fisicamente e sexualmente, a protagonista narrava seus dias de juventude, suas conquistas sexuais em detalhes, detalhes mesmo. Como uma vez pegara o pai de sua melhor amiga embaixo de seu nariz, entre outras experiências.

- Haha, professorinha gosta de um pornozinho, é isso mesmo? Sussurrou a si mesma no campus já tomado pela escuridão da noite.

Clarke correu empolgada até seu dormitório, queria contar pra Lindsey o mais rápido que pudesse. Abrindo a porta, encontrou a amiga sentada em sua cama estudando, com cara de poucos amigos para Clarke.

- Linds, você não vai adivinhar o que eu acabei de descobrir.

- O que? Perguntou desinteressada.

- Sabe nossa professorinha cheia de classe? Toda séria e julgadora? Adora um pornô literário.

- É mesmo?

- Porra, Lindsey, ta com cara de cu desde manhã, que merda eu te fiz?

Lindsey respirou fundo, pensando se compartilhar qualquer informação resolveria mesmo as coisas. Por sua resposta a seguir, sua conclusão foi que não.

- Muita coisa na cabeça, só isso. O que você pretende fazer com essa informação. Perguntou se obrigando a empolgar-se.

O plano de Clarke era o seguinte:

Publicaria um texto na internet, num falso site que divulgaria no Forúm de discussão da faculdade. Neste site, sob nome anônimo ela contaria sobre livros eróticos e pessoas influêntes que apreciavam. Todos os nomes seriam inventados com exceção de um.

Ela queria que tudo isso parecesse muito sério pra que não houvessem desconfianças, mas é claro que passaria isso num telão na festa de homecoming…

- E quem vai manusear essa ação toda? Perguntou Lindsey sabendo a resposta.

- Eu ainda não vou estar liberada do meu trabalho, Linds, alem do mais preciso de um álibi. Implorou Clarke.

- E eu vou me ferrar sozinha?

- Claro que não, ela não te conhece, não vai nem mesmo desconfiar.

- Clarke, essa é a ideia mais imbecil e infantil que você já teve e eu to falando de você.

- Ela tem que sentir parte da humilhação que me fez passar. Por favor Linds, por favorzinho.

- Mas que inferno. Ok. Lindsey concordou relutante e vencida.

****

No dia seguinte, Clarke parecia uma criança que acabara de ganhar um doce dos pais, frequentou todas as aulas com total atenção, ansiosa pelo fim de seu dia.

Assim que terminou sua última aula, correra em direção a sala de Lexa.

- Você precisa. Parar. De entrar. Assim! Reprimiu, Lexa.

- Desculpa Profa, o que temos para fazer hoje? Perguntou ansiosa.

- Sente na minha frente, separe esses documentos entre assinatura de pais e assinatura de alunos.

- Por que?

- Porque estou mandando.

Clarke revirou os olhos e fez o que lhe foi pedido.

Lexa se levantou para colocar um livro na prateleira um pouco mais alta que ela, precisando se erguer um pouco, o que fez seu vestido vermelho de lã levantar exponencialmente. Clarke tentou, tentou de verdade, baixou a cabeça duas vezes, coçou a cabeça, mas não conseguiu não encarar aquela cena ficando completamente sem ar.

“Uau”

Pensou.

O vestido erguido mostrava coxas torneadas enquanto podia ver completamente a boa forma do seu torço ao inclinar o braço pra cima.

- Algum problema? Perguntou Lexa sentindo os olhos ardentes de Clarke em cima de si.

- Nenhum. Respondeu Clarke com as bochechas entregando sua vergonha ao ser pega no flagra. Abaixou os olhos pros seus papeis sem piscar, nervosa.

- Há quanto tempo a senhora trabalha aqui? Perguntou Clarke tentando se manter acordada.

- Oito. Respondeu sem encara-la.

- Quantos anos você tem? Perguntou indignada. .

Lexa a olhou sob os óculos.

- Desculpa, mas é que oito anos não é brincadeira e você não larece ser tão velha. Disse. Provocando.

- Não é você a aluna que já devia ter feito até mesmo uma pós graduação? Desafiou.

- Tudo bem, eu mereci essa. Admitiu Clarke.

- Terminei e agora?

- Agora pegue aquele bloco embaixo da prateleira. Você vai separar por urgência de assuntos. São cartas pedindo melhorias da universidade, por pais e alunos ou admiradores.  

- Nossa, não pode só jogar isso fora? Perguntou. E falava sério.

- Seus pais eram normais? Você sofreu algum tipo de eventualidade na infância? Perguntou ironicamente. Lexa não se conformava com a falta de filtro que existia nesta garota.

- Já entendi. Conformou-se, Clarke.

- Olha esse aqui. Disse Clarke lendo uma carta.

“ Senhores responsáveis pelos papéis higienicos da universidade, peço encarecidamente que tenham a preocupação em mudar para folhas duplas, meu filho tem alergias e tem passado por maus bucados graças a isso. Agradeço…

Clarke não conseguira chegar ao final do texto sem gargalhar plenamente sobre o que acabara de ler.

Lexa tentou manter-se séria, mas não conseguiu e explodiu em uma risada tímida.

*****

 

Passaram se duas horas e Clarke tentara iniciar uma conversa com Lexa tantas vezes que perdera a conta. Por nenhum motivo específico, ela precisava passar o tempo sem dormir fazendo aquele trabalho tedioso.

- Hey, hey, acorda!! Disse Lexa ao perceber os olhos de Clarke se fechando.

- Você ta achando que isso aqui ainda é algum tipo de brincadeira né? Vamos ver o quanto vai rir disso. Eu preciso mudar meu ármario de lugar, e você vai fazer isso.

- Que? Isso não é trabalho para aluno, chama um cara. Desdenhou, Clarke.

- Que cara? Você precisa de um homem pra fazer as coisas pra você? Perguntou Lexa.

- Não foi o que eu quis dizer… Se explicou. Disse Clarke ao revirar os olhos.

- Não me importa o que quis dizer, levanta e pegue o ármario, vou te dizer onde colocar. Exigiu.

Clarke levantou contrariada e bufando.

Lexa estava irritada, mas achava as bufadas infantis de Clarke extremamente adoraveis. A forma como ela empurrava o ar de seus lábios deixando eles em forma de meia lua, fazendo parecer um sorriso triste, isso lhe dava vontade de sorrir todas as vezes, mas ela não se permitia tamanha vulnerabilidade, além do que, a sensação a deixava confusa.

- Onde quer esse trambolho? Perguntou se apoiando ao ármario, prestes a levanta-lo.

- Pode ser na sua esquerda.

-Na minha esquerda. Repetiu Clarke, levantando o armário com dificuldade.

- Não, tá horrível ai, coloca mais pra frente.

-Isso, agora pra trás um pouquinho, mas ai ele tampa a claridade. Deixa eu pensar.

Lexa estava claramente provocando a jovem e estava se divertindo com isso.

- Você ta brincando comigo? Perguntou Clarke com as bochechas vermelhas por levantar tanto peso.

- Você? Acha que está falando com quem, criança?

- A senhora! Repetiu contrariada. - A senhora percebe que acabei de me recuperar de uma fratura na perna, né? Disse, chateada.

Lexa levantara uma sobrancelha e dissera:

- E isso é meu problema porque…?

Clarke bufou e pegou o ármario novamente engolindo seu pé que latejava intensamente, não ia dar esse gostinho para Sr. Pramheda.

- Isso, agora pra trás, isso, direita, agora um pouco pra esquerda… Perfeito!

- Era exatamente onde estava. Disse Clarke soltando o ármario com viôlencia.

- Era é? Tem certeza?

- Sim, olha as marcas do contorno do ármario no chão.

- Caramba, você é uma criança muito perspicaz. Agora pegue-me um café, por favor. Sem açucar.

Clarke saira da sala bufando e pisando duro, para divertimento de Lexa.

Quando saira mandara uma mensagem pra Lindsey, no alto de sua raiva:

 

“Linds, seguinte, o cabo pra conectar ao notebook está em cima da minha cama, o garoto do audiovisual que vai conecta-lo ao painel já tem o adaptador, fale com ele, o fio é cumprido o bastante pra você fazer tudo embaixo da mesa. Mostre o conteúdo, deixe exposto e saia de la sem que ninguém a veja. Leve o notebook.”

Essa exposição ia acontecer e todo mundo, inclusive Lexa iria ver isso e não saberia nem mesmo de onde teria vindo.

Clarke voltara com o café de Lexa com uma vontade absoluta de ter cuspido nele, mas sua boa educação lhe impedira de prosseguir com esse plano.

- Obrigada, muito bondade a sua. Disse Lexa irônicamente.

Ela não tocou no café, talvez sentisse a vontade de Clarke de envenená-la.

- Pode retirar. Disse impaciente.

- Mas você nem tocou nele. Disse Clarke indignada.

- Mudei de ideia. Acha que tomaria algo que viesse de você? Perguntou, a encarando de baixo.

- Eu não cuspi ai, se é o que ta pensando, embora quisesse muito. Respondeu, Clarke.

- Eu já disse que não quero. Insistiu.

- Eu vou te provar, olha só…

Clarke foi até sua mesa e pegou a xícara de café para experimentar e provar a Lexa que não tinha problema, mas Lexa pegou o outro lado de sua xícara tentando arrancar das mãos de Clarke.

            - Me da isso.

            -Não até você provar.

Com esse jogo de vai e vem de xícara e o péssimo manuseio de objetos alheios de Clarke, Lexa a puxou enquanto num lapso, Clarke a soltou. A xícara voou da mão de Lexa e todo seu líquido foi parar em seu vestido de lã vermelho.

Ela se levantou com um pulo de susto, com medo do café estar quente, mas pra sua sorte não estava, porque ele espirrara em sua coxa também.

Clarke a mediu de cima a baixo com a boca aberta em surpresa.

- A culpa foi sua, você não devia ter puxado. Disse, Clarke.

Lexa mudara sua expressão de surpresa para possessa e antes que pudesse amaldiçoar Clarke, ela se adiantara e puxara um pedaço de papel que estava em cima da mesa.

- Eu limpo, calma antes que te queime. Disse preocupada.

Lexa estava tão irritada que não conseguiu proferir um som, até que percebera que o papel que Clarke agarrara era um documento importante e que agora estava manchado de café.

Clarke amassava o papel e passava em Lexa sem se dar conta na expressão demoniaca da morena.

- Deixa que eu me limpo. Disse Lexa puxando o papel.

- Não, me deixa fazer isso.

- Me da o papel, Griffin.

- Não!

Dessa vez, Clarke puxara o papel com força enquanto Lexa o soltara, fazendo com que Clarke se desequilibrasse pra trás. Lexa rapidamente a segurou pela cintura num reflexo espontaneo antes que a loira se espatifasse no chão, mais uma vez.

Clarke estava inclinada, sendo segurada pelos delicados, ainda, fortes e seguros braços de Lexa que apoiava o braço esquerdo na mesa para que as duas não caissem.

Clarke se via agora a centimetros do rosto de Lexa, tão perto que pode reparar que a morena tinha pequenas sardas claras em seu nariz delicado. As duas se olharam e toda aquela intensidade em suas guerras silenciosas estavam dentro daquele momento, ela sentiu a eletricidade que aquele olhar penetrante de Lexa lhe passava e isso a fez tremer as mãos incontroladamente.

Lexa se distraira igualmente ao se deixar mergulhar nos oceanos dos olhos de Clarke e desequilibrou o braço que as mantinham em pé, fazendo com que caissem no chão.

Já no chão, seus olhos não se desgrudaram, como se estivessem preso por um fio.

Antes que Clarke pudesse reclamar da dor nas costas por cair com Lexa em cima dela, Lexa involuntariamente se inclinou poucos centimetros em direção a Clarke e foi só o que foi preciso para que tivessem seus lábios levemente tocando um ao outro, Clarke indefesa fechara os olhos pronta para sentir tudo que aqueles lábios vorazes lhe proporcionaria, mas não teve tempo pois Harper batia a porta naquele exato momento.

Lexa num susto levantara num pulo, deixando Clarke no chão. Deu uma respirada profunda procurando se recompor:

-  Fala, Harper.

- Está tudo bem por ai? Eu ouvi um barulho de algo caíndo.

Clarke não conseguia encarar Lexa, se levantara sutilmente, protestando a dor nas costas.

- Está, só essa garota que caiu no chão de novo, ela é um verdadeiro acidente ambulante. Disse Lexa sem encarar Clarke.

Harper voltou a sua mesa, curiosa.

Clarke não sabia o que dizer e como reagir ao que acabara de acontecer, tão pouco Lexa.

Clarke olhou a hora:

- Faltam 10 minutos para a festa, posso ser liberada?

Lexa mudara sua expressão de envergonhada para irritada e com um sorriso irônico dissera:

- Pode, ah, acho que você esqueceu uma coisa. Lexa disse pegando um cabo cumprido de sua gaveta.

- Não vá esquecer de levar isso pra ligar seu notebook ao painel esta noite. Acho que está quase na hora. Colocara o cabo delicadamente em cima da mesa.

Clarke encarou o cabo sem acreditar, num reflexo pegara o celular e haviam 5 ligações e inumeras mensagens de Lindsey.

- Que? Perguntou a Lexa.

- Você deve me achar muito idiota né? Criança, eu sou muito mais experiente que você na arte de enganar, nenhum movimento seu vai ser surpresa pra mim. Isso aqui, acha que fiz porque realmente quis te tocar? Eu só precisava te distrair pra que sua amiguinha não arranjasse um plano B. Agora saia da minha sala, amanhã graças a Deus seu trabalho será com Pike e eu não vou precisar ver essa sua cara. Disse, amargurada.

Clarke saira da sala vermelha de raiva, sem saber o que dizer ou fazer. O olhar censurado de Lexa acabara com qualquer palavra ou atitude que ela pudesse querer tomar.

Seguira com passos duros até a festa.

O que a confundira, era sentir mais raiva de Lexa não por ser pega no flagra, mas por usâ-la para distraí-la. Significando que aquilo não fora real, nem um pouco.

Nervosa e humilhada, se direcionou a festa. Lindsey a chamara da cabina audiovisual, mas a musica alta a impediu de ouvir, Clarke vira Finn tomando cerveja num grupo de amigos e com toda sua imaturidade, tudo o que soube fazer fora andar em sua direção, puxa-lo pelo braço no meio aos amigos que ele conversava, e tascar-lhe um beijo de cinema. Talvez soubesse que da janela da sala de Lexa existia um vidro que dara diretamente ao espaço de festa do campus, talvez não.

Beijara Finn com toda raiva por ouvir aquilo de Lexa, com toda raiva por se sentir tão ridiculamente atraída por aquela professora ignorante e não receber o mesmo sentimento de volta. Finn a beijara de volta, tentando acompanhar o ritmo raivoso e desesperado de Clarke.

Lexa vira tudo o que se passara e com uma raiva espumante e cíume esclarecido, socou sua mesa em resposta.

Toda sua turma vira essa escandalo que Clarke fazia para beijar Finn, inclusive... Lindsey!

Ao ver aquela cena, a garota que ninguém lembrara ter sentimentos enchia seus olhos grandes de lágrimas e seu coração disparado de raiva.

Clarke mirou o coração de Lexa, e o que conseguiu fora acertar o da  única pessoa que a admirava, ouvia e seguia seus planos infantis cegamente, magoara quem menos deveria. E nem se dera conta disso.


Notas Finais


E aaaaaaaai??
Eu estou bem adiantada, então nesse começo e até o feriadão do dia 15 vou conseguir atualizar bastante!!!
Me falem o que você acharam.
Me chamem no twitter: @thatfun vamos se amar <3


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