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História Teach me... - We're walking in this high


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Olaaaar <3
Eu não me aguento e como vou viajar no feriado, e não vou conseguir postar cap. Quebrei minha promessa de demorar a postar e cá estoy yo.
Nesse capítulo vemos as muitas vertentes que existem nessa fic, quero que vcs vejam e abracem com mto carinho a história da Octávia ok?!
Vemos também como a amizade da Lindsey deixa Clarke que é toda segura de si, tão fragilizada. Até o mais egoísta dos seres humanos tem seu porto seguro, né manas? E claro que tem provocação Clexa tmb haha.
Boa leitura e espero que gostem <3

Capítulo 7 - We're walking in this high


Fanfic / Fanfiction Teach me... - We're walking in this high

 

A ressaca nunca fora tão pesada.

Clarke não dormira a noite, há noites estava tendo pesadelos, pesadelos que conhecia bem. Ela olhava para o teto, compenetrada na sujeira que ali se instalava. Tudo passava em sua mente como um filme, um filme de muito mal gosto.

Ela não conseguira parar de pensar no que acontecerá na manhã anterior. Beijara não só sua professora, mas a diretora de sua faculdade. Sentia raiva por se ver tão frágil e vulnerável, estava exposta, sozinha. E aquele momento, naquele banheiro gelado, como? Como fora tão intenso, ficaram ali por minutos que pareciam uma verdadeira eternidade. Clarke decorara cada parte do rosto de Lexa, cada sarda, cada tom do verde de seus olhos, ela estava impregnada por sua presença, extasiada e não entendia. Como podia? Acabara de conhecer Lexa, faziam alguns poucos meses e fora provada que a convivência entre as duas não conseguia ser nada amigável, Lexa era prepotente, arrogante, grossa, sentia prazer em humilhar as pessoas diante das outras e isso embrulhava o estômago de Clarke e por alguma maldita razão, ela não conseguia parar de pensar nisso.

Ela olhou para o lado e viu Lindsey dormindo, a amiga não falara com ela o dia inteiro, não respondera suas mensagens e chegara tarde no dormitório. Pensar nisso deixou Clarke magoada, seus pesadelos ecoavam na sua cabeça e não sentia nem mesmo que tinha sua amiga por perto pra passar por esse momento.

Ficar naquele quarto pareceu sufocante para Clarke, ela se levantou e colocou um sobretudo e tênis, pegou sua bolsa de mão e decidiu dar uma volta. A noite estava bonita, a primavera ainda estava sendo generosa com os cidadãos Californianos, Clarke podia ver claramente as estrelas pregadas no céu, uma briza gelada bateu em seu rosto aquecido e a fez se arrepiar. Ela abriu sua bolsa de mão e pegou um cigarro de maconha bem bolado e pela metade. Se sentou em uma guia próxima ao seu dormitório e o acendeu.

Os pesadelos...Devia ligar pra sua mãe? Essa era uma questão bem delicada em sua família e ela fazia de tudo pra não se pegar pensando nisso, mas diante de todos os acontecimentos, a forma como Lexa a fazia sentir, o estresse que andava sentido, não conseguia controlar.  A vida de Clarke embora desregrada sempre fora muito bem controlada pela loira, era bem simples, tinha tudo e a todos ao seu lado, conforme sua necessidade e de repente estava sendo traída por si mesma, pelo seu corpo e suas vontades, pelo seu coração e não sabia reagir, não sabia lutar contra isso. Sentiu uma presença se aproximando, virou pra trás de pressa com medo:

- Noite agradável, não? Perguntou seu professor, Bellamy.

Seu coração ainda acelerado a fez gaguejar em nervosismo:

- Si...Sim.

- Desculpe, eu não quis assustar você. Desculpou-se com sinceridade. Bellamy usava pijamas e uma pantufa adorável do Pernalonga. Tinha um sorriso doce no rosto, tentando acalmar a jovem.

- Eu não sabia que professores dormiam aqui. Disse Clarke, tentando esconder seu cigarro.

- Todos nós temos dormitórios, dormem os que querem. Disse ele percebendo o que Clarke tentava fazer, se aproximou enquanto falava e pegou cigarro de sua mão escondida dando um profundo trago.

Clarke tentou disfarçar o choque que teve ao ver essa cena.

- Quem prefere dormir no trabalho do que na própria casa? Perguntou indignada.

Os dois estavam sentados um do lado do outro agora, tragando e dividindo a metade do cigarro que Clarke acendera.

- Quem sente que é precido. Disse Bellamy olhando para o céu, distraído.

- Quem prefere ficar aqui no frio do que estar dormindo em sua cama quentinha? Perguntou Bellamy, passando o cigarro para Clarke.

- Quem tem mais medo de dormir do que de ficar acordada. Disse Clarke ao terminar de puxar outro trago.

- Clarke, me diz uma coisa, por favor... Vocês têm tido algum problema por aqui? Sabe algo ou alguém que a faça se sentir insegura? Perguntou Bellamy com uma expressão de preocupação.

- Problemas? O que quer dizer? Perguntou Clarke confusa.

- Nada, não me deixe te preocupar a cabeça, você parece ter muito o que pensar. Só não sobrecarregue essa cabecinha, ok? Disse Bellamy recusando o cigarro e se levantando.

- Professor? Chamou Clarke.

Bellamy se virou paciente.

- Sobre estar sobrecarregada...Como você resolve isso? Perguntou a jovem, fragilizada.

- Saia daqui, desses muros, vá ver o sol, a praia, isso é a Califórnia, vá beber, vá correr, pare de pensar tanto, Griffin, pare de querer ser e... só seja. Disse sorrindo e se afastanto.

Clarke o olhou e por algum motivo aquele professor a fazia bem, quando o vira se encantou, mais para esquecer o que estava cultivando por Lexa do que por realmente sentir aquilo, mas agora pôde ver porque seus santos bateram tanto...Bellamy a trazia paz, podia ser um bom amigo, gostaria que fosse um bom amigo.

Clarke guardou a ponta que sobrou de seu cigarro e voltou ao seu quarto. A viagem da maconha a ajudou a adormecer sem ter pesadelos.

*****

As duas acordaram juntas pelo despertador sútil de sempre de Clarke. Lindsey ainda não queria falar com a amiga, entrou no banheiro primeiro e saiu do quarto antes que Clarke pudesse dizer bom dia. Clarke por sua vez se sentia desanimada demais pra tentar uma aproximação.

Lindsey seguiu para o café próximo a sua sala e viu Octávia passando sozinha por la. Ela pegou seu chá e correu em direção da garota:

-Hey, hey, Octávia. Chamou a garota.

Octávia a viu e lhe deu um sorriso sem graça, diminuindo seus passos.

- Tudo bem? Perguntou, Lindsey oferecendo seu chá para a morena.

- Obrigada. Respondeu Octávia.

- Então, você já tem grupo pro trabalho sustentável? Perguntou, Lindsey.

- Acho que não. Respondeu desinteressada.

- Quer fazer comigo? Perguntou sorrindo docemente.

Lindsey sentira compaixão por Octávia desdo dia da festa, não sabia o que estava acontecendo com aquela garota, mas queria descobrir, queria ajudar.

- Você não vai fazer com sua amiga? A loira? Perguntou.

- Vou, mas pode ser em trio. Disse, desanimada.

- Vocês brigaram? Perguntou Octávia mostrando preocupação.

- Não, nem isso. Disse Lindsey olhando para os próprios pés.

-Hey, o que quer que seja...Resolva. Tudo tem jeito, ok? Não perde seu tempo com bobagem não, ainda mais se vocês são realmente boas amigas.

Lindsey a olhou sem graça e deu um sorriso de lado. As duas andaram lado a lado até a sala de aula, mas antes de entrar, Lindsey não resistiu.

- Eu posso te fazer uma pergunta?

- Claro. Respondeu Octávia sincera.

- O que aconteceu aquele dia da festa? Você brigou com alguém? Perguntou em tom baixo.

Octávia arregalou seus olhos pra Lindsey, como se toda pouca confiança que ela ganhara tivesse se extinguido naquela pergunta. Seus olhos se enxeram de lágrimas e ela se virou em direção a sala, mas Lindsey a segurou pelo braço carinhosamente.

-Desculpa, hey, hey, desculpa. Você não precisa dizer se não quiser, ok? Eu não vou perguntar mais. Disse Lindsey preocupada.

Octávia limpou suas lágrimas e desviou o olhar de Lindsey concordando com a cabeça.

Lindsey sentia que tinha alguma coisa muito errada com aquela noite na vida de Octávia, mas não queria arriscar a pouca confiança que tinha ganhado da jovem, por isso resolveu deixar as coisas acontecerem no seu próprio tempo.

Clarke estava chegando na sala quando avistou Lindsey:

-Linds, deixa eu falar com você.

Lindsey fez menção de entrar na sala de aula, mas Octávia lhe deu um olhar cortante julgando a atitude da morena, fazendo-a se virar para Clarke e conversar.

- Qual é, Lindsey? Vai me ignorar até quando, o que eu fiz?

- Clarke, você realmente só vive no seu mundinho né? Desdo dia em que entramos nessa porcaria de faculdade que eu te disse o quanto achava o Finn interessante, perguntei duas vezes se você achava que eu deveria me aproximar e as duas você disse que sim sem prestar a menor atenção. Agora eu que te pergunto, qual é? Desabafou, Lindsey.

Clarke ficou sem reação, não esperava por aquilo, sabia que era avoada e distraída, mas não no nível de ignorar o que a amiga sentia. Isso a fez se sentir horrível. Ela podia se egocêntrica e egoísta, mas a amizade de Lindsey se tornara uma das poucas coisas que apressiava com sinceridade em sua vida, não podia desvalorizar aquilo, não mesmo.

- Eu, eu...me desculpa. Disse baixando os olhos.

Lindsey esperava que Clarke brigasse de volta e dissesse que não foi culpa dela, que o beijo rolou, mas ficou realmente surpresa ao ver a loira admitir a própria culpa.

- Fiz aquilo num ato desesperado, não pensei, por favor, me desculpa. Aconteceu tanta coisa comigo nesses dias e eu queria tanto contar pra você, não me ignora mais não Linds. Pediu Clarke com sinceridade.

Lindsey nunca vira Clarke tão arrependida e tão magoada com uma atitude própria, chegou a se sentir desconfortável com aquele momento:

- Se você for chorar me avisa, porque nem entro na sala pra não passar vergonha com você. Brincou a amiga, deixando o clima mais leve.

Clarke sorriu de lado revirando os olhos e as duas entraram juntas na sala. Lindsey olhou para Octávia num reflexo e a jovem piscou de volta, percebendo que o mal estar entre as duas havia passado.

Bellamy entrou na sala animado. Clarke sorrira pra ele e recebera uma piscada de cumplicidade. Ele deixou seu material em sua mesa e seguiu em direção a Octávia, sussurrando algo que só ela poderia ouvir, ela confirmou com a cabeça enquanto ele a olhava preocupado. Isso intrigou Clarke, que encarava tudo de perto.

Essa expressão que ele usou ao perguntar algo a Octávia, fora a mesma de ontem, quando fez aquela pergunta confusa sobre problemas no campus e insegurança.

-Linds, Linds. Clarke chamou Lindsey que mexia em seu celular. – Eles têm algo?

Lindsey levantou a cabeça e viu Bellamy conversando com Octávia.

- Não sei, acho que não. Porque? Ta com cíumes? Perguntou, voltando seus olhos pro celular.

- Claro que não. Respondeu.

E não estava mesmo. Mas a preocupação dele lhe pareceu estranha, sentia que algo não estava encaixando. Roeu as unhas de ansiedade e passara o resto da aula pensando no assunto.

****

As aulas terminaram.

- Hoje sua monitoria é com quem? Perguntou Lindsey.

- Com o Sr. Pike, mas ele não veio, graças a Deus, acho que tenho um dia de folga. Percebeu, Clarke.

- Da pra adiantarmos o trabalho do Professor. Blake. O que acha? Inclusive, chamei Octávia pro nosso grupo, tudo bem? Disse Lindsey.

- Tudo ótimo, mas, eu prefiro fazer outra coisa. Pensou Clarke, olhando pro céu.

- Vamos a praia? Sair daqui, respirar outro cheiro que não seja o de livros.  Perguntou, Clarke, animada.

- Que ideia, Clarke, vamos no fim de semana. Disse Lindsey, desanimada.

- Ai que porre, Lindsey, fim de semana todo mundo vai. Vamos hoje, não to falando pra acamparmos 4 dias na praia não, só respirar um ar diferente. Com essa porcaria de monitoria que eu fui inventar, nem no fim de semana to conseguindo sair, e você sabe. Desabafou, Clarke.

- Ahhhh, tudo bem. Massss, posso chamar a octávia? Perguntou com um sorriso abobado.

Clarke revirou os olhos com cíumes da amiga.

- Chama logo, que inferno. Disse aborrecida.

Clarke esperou Lindsey ir atrás de Octávia para chama-la e foi arrumar suas coisas. Colocou roupas para três dias dentro de uma pequena mala, fora a mala de comida, petiscos e etc.

Lindsey voltou para pegar suas coisas no quarto e se deparou com a cena de Clarke indecisa entre seis... S-E-I-S biquínis.

- Achei que não passaríamos 4 dias acampando na praia. Disse Lindsey familiarizada.

- Ah, Linds, faz essa, sabe como sou péssima para malas de viagens curtas. Pediu Clarke.

- Viagem, Clarke? É daqui a ali, ta? Disse Lindsey pegando uma pequena mochila de Clarke, colocando uma toalha, um biquíni e alguns salgadinhos.

- Pronto!

- Só isso? Perguntou Clarke impressionada.

Lindsey revirou os olhos e Clarke concordou relutante. Ela estava tão tolerante, Lindsey estava achando estranho tanta receptividade. Se perguntou se isso era medo de perde-la novamente. Mas afastou o pensamento quando Octávia apareceu sem graça na porta de seu quarto.

Elas seguiram até o carro de Lindsey, a viagem demoraria cerca de 1h, contando que não encontrassem trânsito até a Moss Beach, a praia que tinham escolhido.

O caminho foi bem calmo, Clarke abriu todo o vidro de sua janela e gostava de sentir aquele ar fresco, precisava dele. Octávia parecia sempre assustada. Clarke achava ela extremamente estranha e nada confiável, ainda mais depois da forma que Bellamy falara com ela mais cedo. Mas hoje não era dia disso. Hoje era dia de aproveitar a companhia de sua melhor amiga e o restante de sol que ainda lhes restaram.

Chegaram a praia e estacionaram em frente a um quiosque. A briza do mar estava fria, mas ainda fresca e agradável. Já trocadas, as jovens com seus biquínis seguiram até a areia, esticaram suas toalhas e sentaram em cima, admirando as ondas que se quebravam por ali.

- Eu vou comprar uma água, vocês querem algo? Perguntou Clarke se levantando e limpando a parte de trás de seu shorts, cheia de areia.

- Obrigada. Responderam juntas, em negativa.

- E você e o professor Bellamy, heim? Você de quietinha não têm nada heim?! Perguntou Lindsey curiosa para Octávia, assim que Clarke levantaram.

- Que? Perguntou indignada. – Você não faz ideia da besteira que tá falando. Disse dando risada.

Octávia não deixava Lindsey entrar, por nenhum lado, mas ainda assim a morena queria se fazer presente. Sempre aceitava os convites de Lindsey, mesmo com Clarke de quem não era tão íntima.

- Aquele garoto. Você é meio afim dele não é? O Finn. Disse Octávia olhando para a praia.

Lindsey se virara e encarava Octávia agora:

- Eu? Claro que não, de onde você tirou uma loucura dessas? Perguntou tentando disfarçar.

- Você olha ele como se pudesse beija-lo a qualquer momento e sua briga com a loirinha foi porque ela passou por cima de você. Mas eu não me preocuparia se fosse você, não é dele que ela gosta. Afirmou.

Octávia podia ser quieta e tímida, mas observava muito mais do que as jovens podiam supor.

- É de quem? Perguntou Lindsey intrigada.

- Nem ela mesma tem certeza. Respondeu misteriosamente.

Do outro lado estava Clarke entrando num quiosque. Ela parou em frente ao balcão e pediu uma garrafa de água, enquanto o atendente foi até o refrigerador pegar, Clarke deu uma olhada a 90 graus no estabelecimento. E seus olhos pousaram em uma mesa especifica. Seu coração acelerou e pode sentir suas batidas em cada pedacinho de seu corpo, respirou fundo e assumiu a postura que lhe dará mais segurança.

- Não acredito que você está me seguindo. Me supera Professorinha. Riu de canto olhando para Lexa que estava sentada em uma mesa no canto do quiosque com um livro em suas mãos, compenetrada. Ela vestia uma saída de banho curta e apertadada e essa visão causara arrepios em todos os pelos do corpo de Clarke.

“Como essa mulher é linda”

Lexa levantou a cabeça e ao ver a loira parada em sua frente sentiu seu maxilar travar em choque, Clarke de biquíni, com um micro shorts, enfatizando as curvas de sua bunda, mostrando os pelos finos e loiros ao redor de seu shorts, sua barriga de fora e seus peitos com um top apertado. Tinha seios redondos e perfeitos e não existia uma única vez que Lexa pregava os olhos em Clarke que não sentisse vontade de despi-la e senti-los com suas mãos, bocas, com todo seu corpo. Lexa podia sentir uma gota de suor escorrer pelas suas costas ao ver aquela cena.

- Ainda pensando nisso, criança? Meu beijo te levou a loucura mesmo, né? Levantou uma sobrancelha.

- Eu tenho um beijo daqueles em qualquer esquina que eu procure, se quer saber. Respondeu demonstrando irritação.

- Mas a minha esquina foi a que mais gostou. Disse sorrindo.

- Como pode ter tanta certeza? Clarke estava perdendo a compostura.

- Sua cara de pau e sua voz podem mentir, mas como se entregou pra mim, se abriu inteirinha, você não me engana. Disse apoiando a cabeça em sua mão.

- Não é todo dia que temos a diretora de uma das melhores universidades do país te atacando no banheiro. Disse, suavizando sua irritação.

- Eu não te ataquei, garota. Disse Lexa claramente se irritando e se levantando.

- Não, porque quase te pegaram. Disse Clarke se aproveitando da brecha que Lexa dera.

- Eu não preciso atacar ninguém. Posso ter a aluna que quiser, a professora que quiser, a mulher que eu quiser. Disse se aproximando de Clarke.

- Menos essa aqui. Disse Clarke a centímetros de Lexa, encarando sua boca ardentemente, provocando-a.

Lexa a puxou pelo braço irritada e impulsiva:

- Quer apostar? Disse encarando o azul de seus olhos que pulsavam junto com as batidas aceleradas do coração de Clarke. Estar perto daqueles lábios novamente era perigoso e irresponsável, Lexa não podia responder por si estando tão próxima do rosto de Clarke. Do cheiro de Clarke. Da boca de Clarke. Da língua de Clarke, do calor de Clarke.

- Sua água, mocinha. Interrompeu um senhor que nem mesmo percebera o que estava acontecendo.

Clarke sorriu para Lexa, soltou seu braço e pegou sua água.

Seguiu em direção a saída, andando de costas com os olhos em cima de Lexa. Antes de sair, Clarke propositalmente mediu Lexa de cima a baixo, devagar, controlada, terminando em seu rosto e levantando uma sobrancelha.

Lexa odiara a sensação de se sentir observada daquele jeito, mas presenciar Clarke demonstrando um desejo por ela daquela forma a fez imaginar diversas cenas em que ensinava a Clarke todo tipo de lição para baixar a bola da loira. E em todos os cenários de sua imaginação, Clarke não vestia nem mesmo aquele biquíni apertado.

 

******

Lindsey estava progredindo com Octávia, sabia que a jovem não namorava, mas que desdo começo do ano estava de olho em um rapaz que não lhe dava bola. Sabia onde crescera e o que queria fazer depois da faculdade, descobrira até que sua bebida favorita era Dr. Pepper, mas não conseguia saber o que diabos havia acontecido com ela no dia da festa. Tentou outra abordagem:

- Vai ter uma festa depois do jogo de futebol nessa sexta. Você vai né? Perguntou Lindsey com segundas intenções.

Octávia ficara tão desconfortável que perdera completamente sua cor.

- Você está bem? Vamos comigo, queria companhia e não da pra contar muito com Clarke, ela faz amizade até com os cachorros e some.

- Não! Eu não gosto de festas de faculdades. Disse irritada.

- Porque? Perguntou Lindsey.

- Porque tenho medo que seja como a última. Disse Octávia.

- E o que houve na última? Disse Lindsey encarando Octávia de perto, interessada.

- Eu não queria, mas não consegui contar pra ninguém porque...

Ela fora interrompida por uma Clarke irritada e agitada.

- Vocês não vão acreditar em quem está aqui. Aquela palhaça da Pramheda. Disse se sentando.

Lindsey respirou fundo, ficara um segundo de saber o que assustara tanto essa garota. Ela olhou para Octavia e ela estava com os olhos marejados, se forçando para não chorar. Com Clarke de costas, reclamando de Lexa e olhando para o mar, Lindsey se sentiu triste por ver sua nova amiga tão machucada por algo que ela nem sabia. Sem planejar, pegou sua mão as escondidas e a segurou. Octávia sentiu esse apoio e com o calor da mão de Lindsey piscou. A piscada espremeu a lágrima que estava ensaiando para cair.

O que quer que estivesse assustando a jovem, Lindsey iria descobrir, agora não mais por curiosidade, uma amizade nascera ali e um sentimento nem tão de amizade nascera também.
 

 

 

 

A música do Cap. é a Blue Jeans - Lana Del Rey

https://www.youtube.com/watch?v=JRWox-i6aAk

 

 


Notas Finais


E aaaaai amores? O que acharam? Me contem ta..
Se quiserem falar sobre a fic me sigam no tt @thatfun


Beijos no <3


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