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História Teach me... - I wanna know you better


Escrita por: thatfun

Notas do Autor


Vooooooooooltei, lindxxx
Eu sei que costumo atualizar com bastante frequência, mas essa semana foi loucura,
masss k estou eu.
Gostei muito de escrever esse cap. Gosto quando falo só delas num cap inteiro. <3
Me chamem no tt, vamoss se conhecer tudo!!! @thatfun

boa leitura e espero que gostem.

Capítulo 8 - I wanna know you better


Fanfic / Fanfiction Teach me... - I wanna know you better

 

((Clarke POV))

“Havia uma porta, eu a empurrei, precisei de muita força pois a porta era bem pesada e eu me sentia com menos forças do que o normal. Uma moça gritava por trás da tal porta, era uma sala de aula, a moça parecia sentir dor, gritava uniformemente. Eu contei. Um, dois, três, grito, um dois, três, grito. Ela sentava em cima de um homem, ele parecia sentir dor também, mas gritava mais baixo. A cadeira que ele sentava rangia com seus movimentos, eu quis ajuda-la, pois ele parecia machuca-la muito. Ela dizia palavras ruins, palavras que minha professora me dizia, mas eu sabia que eram ruins. Afastei a porta o máximo que pude, com a pouca força que tinha, e gritei pra ele parar de machuca-la. Ele parou seus movimentos, me olhou e empurrou-a de cima dele com violência. Ele ficou muito bravo porque eu o impedi de continuar, tão bravo que jogou uma cadeira em minha direção”

- Clarke! Clarke, CLARKE!

“Alguém gritava meu nome, sentia o chacoalhar do carro, acho que era uma ambulância, eu nunca havia andado em uma, me enjoava. Eu estava deitada e um líquido quente caia de minha testa, fazia meus olhos arderem , passávamos por ruas com bastante depressão, mas porque a voz da paramédica que limpava o líquido que caia em meus olhos era idêntica a de Lindsey?”

Abri meus olhos assustada, Lindsey me sacudia ao lado de minha cama, eu estava tão suada que podia ver as manchas molhadas em meu pijama e meus lençol.

- Clarke, respira, você tava sonhando de novo. Disse Lindsey sonolenta e cansada.

Eu tentava respirar fundo, mas sentia como se tivesse esquecido como fazer isso. Lindsey voltou a perguntar se eu estava bem, mas a voz dela parecia ainda tão longe, eu estava dentro do meu quarto, mas ainda parecia como se estivesse naquela ambulância turbulenta.

Coloquei a mão na testa com medo de sentir alguma ferida aberta, mas tudo o que tinha era meu suor.

- Você quer ir até a enfermaria? Olha, busquei água pra você. Disse Lindsey me entregando um copo.

 Eu o peguei, mas não pude deixar de pensar, quando ela tinha buscado? Eu já estava acordada? Ela sumira e eu não percebera? Porque pensar nisso estav0061 me incomodando tanto? Onde eu estava? Sinto que estou perdendo a cabeça.  Eu queria perguntar pra ela, mas as palavras não saiam.

- Você quer dizer algo? Fica calma, toma a água. Ela empurrou o copo com calma e eu bebi.

Lindsey percebera que eu não tinha acordado completamente e o susto do pesadelo tinha me deixado catatonica, ela pegou o copo de minha mão e me fez deitar novamente.

- Volte a dormir, Clarke, daqui a pouco acordamos e tenho certeza que estará melhor.

Lindsey era uma boa amiga, eu talvez não fosse boa amiga pra Lindsey…eu…devia ser…melh…

********

Acordamos as duas com o som alto do meu despertador. Esfreguei meus olhos e olhei pro teto, não me lembrava do que tinha sonhado no meio da madrugada, mas sabia que Lindsey havia me acordado.

- Como você está? Perguntou Lindsey bocejando.
            - Ótima, mal me lembro do que houve. Disse com sinceridade.

Agradeci a ela por me fazer dormir novamente, senti como se isso tivesse limpado aquele pesadelo do meu corpo, me fazendo acordar renovada.

***** ****

Tivemos uma aula  excelente com Bellamy. Ele nos ensinou alternativas que as grandes corporações multinacionais poderiam tomar para valorizar o material que vendiam, de uma forma ecológica, além de apontar formas de concentrar os lucros com essas economia e direciona-los a entidades. Parecia tudo muito chato, mas não sei o que esse homem tem que sabe fazer tudo virar mais divertido.

A amiga de Lindsey estava se soltando mais, vinha por vontade própria sentar ao nosso lado. Ela parecia ser legal, mas quando se fechava muito me dava nos nervos. Lindsey babava por aquela menina, eu não sabia o que estava rolando ali, mas sentia que era algo.

Saímos as três em direção a lanchonete próxima aos dormitórios.

- Preciso engolir essa comida, hoje é o dia da professora mais angelical de todas! Disse enquanto escolhia meu pedido.

- Mas ela não te deixa nem almoçar? Isso é abuso de poder. Octávia disse indignada pra mim.

- EU SEI, é o que sempre digo. Concordei.

Uma mensagem chegara no meu celular, número desconhecido:

“Griffin, venha mais cedo, preciso de você agora no meu escritório”.

“Griffin? Quem me…filha da puta”

Respondi:

“Estou almoçando, assim que terminar estarei ai.”

Nova mensagem em questão de segundos.

“Eu disse AGORA! Além de surda você é cega?”

- Vai se ferrar, como essa mulher conseguiu meu telefone, que inferno. Disse indo em direção a secretaria deixando Lindsey e Octávia sem entender muito bem o que havia acontecido.

Entrei sem dar atenção a Harper, parece que ela gostava de me anunciar para Pramheda só pra ter um motivo pra falar com aquela grossa. Aposto que ela tinha uma quedinha pela diretora. Que gosto não? Gostar de alguém tão estupida e arrogante assim.

- Eu podia almoçar em dois minutos, um e meio até. Disse empurrando sua porta.

Ela me olhou por cima dos óculos e baixou sua cabeça me ignorando com pressa.

- Escuta, preciso ir a uma reunião, enquanto isso, quero que você termine de preencher essa solicitação aqui e me mande por email. É fácil e você não é burra. Se precisar chame Harper. Disse se levantando e pegando sua bolsa.

- Sempre tão gentil. Eu disse me sentando e virando seu notebook pra mim.

- Acha que consegue ficar meia hora sem quebrar nada? E isso incluem seus membros.

- Falando assim a única coisa que ficara quebrada é meu coração. Eu disse irônica com um biquinho.

- Quando eu voltar me encarrego de quebrar o resto de você que faltar...Disse saindo e fechando sua porta.

Aquela mulher sabia jogar baixo, aquele tom de voz me fez correr minha mente até o dia em que ela me atacou no banheiro. Lembrar daquilo me trouxe uma sensação nostálgica de calor e arrepio. Chacoalhei a cabeça e comecei a procurar a bendita planilha.

Era tudo tão desorganizado, organizei toda a sua planilha, colocando cada categoria em seu lugar, o que me fez entender o que era aquela solicitação.

Era um pedido de permissão para professores que gostariam de dormir no campus e a justificativa.

“Porque ela tinha tanta urgência em enviar isso?”

Abaixei a planilha pra ver os nomes que pediam essa permissão, eram só dois e um deles era renovação:

Bellamy Blake

Alexandra Woods Pramheda

“Pra que Lexa quer dormir no campus? Pra que Bellamy quer continuar a dormir? Esses professores são retardados!”

Terminei de preencher a solicitação com os dados dos documentos dos dois que estavam anotados em uma outra planilha e mandei para Lexa com urgência.

Justificativa: Auxílio na segurança do campus

Justificativa: Auxílio na segurança do campus.

“ O que tem de errado no campus? É provavelmente o lugar mais seguro que já estive”

Esse assunto estava me intrigando mais e mais. Depois de mandar a planilha aproveitei pra reorganizar a mesa de Lexa que mais parecia uma favela. Folheei sua agenda por pura curiosidade mesmo e pude sentir o cheiro de sua loção em cada folha. Meu coração se acelerou por instante.

Organizei seus documentos digitais e encontrei uma pasta de fotos, tinha fotos dela com uma mulher morena com cabelos ondulados, muito bonita. Elas pareciam felizes. Tinha fotos abraçadas, sorrindo. Quem diria que Pramheda sabia sorrir?

Por algum motivo me senti incomodada por aquela felicidade. Devia ser meu típico mal humor por conta da fome. Eu sabia que ela não namorava ninguém atualmente. Uma vez ouvi Harper no telefone, ela não tinha percebido que eu estava na recepção, ela falava com uma amiga e dizia algo como: Elas terminaram faz um mês, ela nem para mais na sala pelo tanto que ela liga aqui, as ordens foram de não passar absolutamente nenhuma ligação que venha dessa mulher.  E parecia extremamente feliz ao dizer isso.

“ Se ela guarda essas fotos, é porque significa algo, será que ela ainda encontra essa mulher?”

Me senti na obrigação de descobrir, além do mais, Lexa me devia uma vingança depois da história do painel.

Entrei nos emails dela, e pra minha surpresa:

“ Porra, professora, toda essa inteligência e você deixa seu email loggado na mão de uma aluna?” Pensei sorrindo.

Busquei e busquei e busquei, mas não tinha nem sombras de emails pessoais, talvez ela fosse de fato esperta. Abri uma página de email em branco e coloquei o nome que estava nas fotos “Costia e eu”.

“Costia? Que tipo de nome estúpido é esse?”

Escrevi “Costia” no espaço em branco para se colocar o endereço do destinatário.. Não apareceu nada. Pensei mais um pouco e coloquei só a letra “C”, apareceram diversos endereços com a letra C que estavam gravados na memória do email de Lexa, todos seguidos por algum sobrenome, cliquei em cada um deles para ver o nome registrado no email, até que:

[email protected] “Costia Applegate”

“Há, bingo!”

Escrevi...

 Assunto: Faz tanto tempo…

Corpo do email:

Hoje me peguei pensando em você,

Abs.

Assim que mandei, apaguei todos meus rastros. No começo da minha busca minha intenção era coloca-la numa situação embaraçosa com sua ex, mas ao terminar percebi que estava fazendo isso pela agonia de não saber se ela tinha algo com essa Costia ou não.

Minha barriga já estava nas costas, já fazia duas horas que Lexa saíra, tenho certeza que essa mulher queria me matar de fome. Saí da sala e dei de encontro com Harper:

- Onde você pensa que vai? Me perguntou.

- Não é da sua conta. Respondi, quem ela pensa que era pra tomar conta dos meus passos?

- Sra. Pramheda me deixou a cargo de supervisiona-la, pediu pra não deixa-la sair.

- Olha Harper, sinto muito, mas eu estou morrendo de fome e já terminei de fazer o que ela queria.

- Paciência. Daqui você não sai, ordens dela.  Disse se levantando de forma ameaçadora.

- Olha só você toda obediente a Lexa, que bonitinha, me dá até dó pensar no quanto você precisa da atenção dela e ela aqui do lado, tão perto, cagando pra você.  Eu disse me aproximando e falando em tom baixo de provocação. Garota chata.

- Eu vou te mostrar quem vai ficar com dó de quem. Harper pegou sua tesoura exageradamente grande e veio em minha direção.

Antes que eu pudesse esboçar alguma reação, seus movimentos foram interrompidos por uma mão que agarrou a dela torcendo de forma violenta e arrancou sua tesoura:

- Mostra pra mim, Harper. Quem vai ficar com dó de quem? Disse Lexa com um olhar penetrante em cima de Harper.

Harper se assustara tanto que tentou recompor sua postura sem muito sucesso, massageando sua mão agora dolorida:

- Sra. Pramheda, essa garota me tira do sério, ela disse que…

- Essa garota tira todo mundo do sério, nem por isso as pessoas saem atacando-a com uma tesoura. Disse enquanto guardava a tesoura.

-Hey!  Eu disse ofendida.

Mas Lexa cortou minha reação com seus verdes imponentes em minha direção.

- Ela é aluna, Harper, se eu souber de mais algum desentendimento entre vocês, pode acreditar que não é ela que terá problemas. Disse encarando Harper, censurando-a.

- Sim senhora. Harper bastou- se a responder. 

Aquela cena foi a melhor coisa do meu semestre. Me senti a pessoa mais valorizada do mundo e o sorriso não saia do meu rosto por ver Lexa me defendendo daquele jeito.

- E você? Onde pensa que vai? Ela disse ao me ver me esgueirando até a porta de saída. Eu estava com fome.

- Eu estou com fome. Reclamei.

- Isso não é problema meu. Entra! Exigiu

- Mas eu já terminei tudo que a senhora pediu, juro que como em dois minutos. Implorei temendo pela minha consciência, sentia que desmaiaria a qualquer momento.

-Você é surda? ENTRA! Gritou.

- Isso é abuso de poder. Resmunguei enquanto entrava em sua sala.

- Senta. Lexa mandou, entrando logo atrás de mim.

- Eu sento se eu quiser. Eu disse nervosa, mas acabei me sentando mesmo assim.

- Gostei da minha mesa assim. Disse sem me encarar.

“Uau, isso foi um elogio?”

Ela colocou sua bolsa em cima da mesa e tirou duas badejas de plástico dela, me deu uma e pegou a outra se sentando e abrindo seu notebook. Peguei a bandeja e abri, havia três tipos de saladas separadas, de tomate com cebola roxa, de agrião e alface e de cenoura e beterraba. Eu me assustei ao ver, fazia uma semana que eu estava de dieta, essa mania chata de parecer que Lexa lia meus pensamentos me irritava tanto.

- Como sabia que eu só estou comendo salada? Disse colocando uma garfada generosa na boca. Estava morrendo de fome.

- Eu já te disse que nada passa despercebido por mim. Disse abocanhando uma garfada do que parecia ser a mesma salada. Até os gostos eram parecidos. Que palhaçada.

Revirei os olhos ao refletir sobre isso.

- Quantos anos você tem? Perguntei, curiosa.

Ela quase engasgou com a pergunta.

- Que pergunta indelicada. Disse, tentando mastigar.

- Você têm problemas com idade? Porquê não me fala? Perguntei.

- Porque não é da sua conta.

- Mas eu estou curiosa. Insisti.

- Vinte e oito. Respondeu sem me encarar.

- Vinte e oito? Porra, é quase minha idade. Disse indignada.

Ela sorriu ironicamente, isso me irritou.

- Talvez não devesse demorar tanto para escolher uma faculdade, Srta. Griffin.

- Não vou nem me dar ao trabalho de perguntar como você sabe disso, porque já sei a resposta. Nada passa despercebido por mim, bla bla bla. Eu disse imitando-a.

Ela sorriu concordando.

- Fez faculdade do que? Perguntei. Eu precisava saber mais sobre essa professora, ela era irritantemente fascinante e eu estava entediada, claro, mas percebi que com tudo que eu sentia, no fim, não sabia absolutamente nada sobre ela.

- É uma entrevista isso aqui e eu não estou sabendo? Disse, irritada.

- Vamos lá, não é justo, você sabe tudo sobre mim e eu não sei nada sobre você. É capaz de saber até a cor da minha calcinha. Eu disse sem perceber o que acabara de dizer.

- Não, isso infelizmente eu não sei. Ela disse levantando uma sobrancelha.

Eu sorri e senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

- Ah, então descobrimos que Clarke Griffin tem vergonha na cara. Disse ela mais alto que o normal.

A olhei com os olhos semi cerrados, sorrindo.

Ela cedeu a meu olhar de cachorro pidão que fiz propositalmente e disse vencida:

- Ok. Fiz faculdade de economia, pós graduação de administração empresarial e MBA em gestão comercial.

Meu queixo caiu e eu simplesmente não conseguia mais levanta-lo. Como com vinte e oito anos essa mulher já fez tanta coisa na vida? E eu...Af, pensar nisso me dava preguiça. Mudei a pauta.

- Uau, que currículo invejável. Eu disse.

- E você? Quando vai finalmente fazer algo que gosta? Ela perguntou me encarando. Pude ver em seus olhos uma calma, uma pergunta sincera, nada parecido com a inquisição que era em casa com meus pais.

- Quando eu souber o que isso é.

- Talvez você já saiba, só não está olhando pro lugar certo. Ela disse.

- Não me venha com conselhos pedagógicos, professora. Eu a desdenhei.

- Você precisa crescer, Griffin. Disse Lexa se levantando e jogando sua bandeja no lixo.

Eu estava perdendo sua atenção. E isso me assustava.

- Eu poderia comer uma sobremesa agora. Eu disse.

- Vá e compre algo pra você. Disse ela indiferente.

- Eu tive uma ideia melhor. Eu disse sem tirar meus olhos dela.

Peguei minha mochila e coloquei nas costas.

- Onde você pensa que vai? Seu período ainda não terminou. Ela disse, desconfiada.

- Onde nós vamos. Eu peguei sua bolsa e saí pela sua porta.

A ouvi levantando-se depressa e andando rapidamente atrás de mim. Harper se levantou seguindo-a com o pescoço e se esgueirando até a janela para tentar ver onde iríamos.

- Garota, volta aqui. Ela disse tentando me alcançar.

Eu corri em direção ao estacionamento. Lexa tentando acompanhar meus passos com seu salto 15cm. Good luck, baby.

Cheguei ao estacionamento cansada, com a respiração pesada, parei e me virei para Lexa que também aparentava cansaço.

- Me devolve minha bolsa, sua retardada. Disse ela alternando entre palavras e respiração.

- Devolvo. Se você for tomar sobremesa comigo. Eu disse, imprudente.

Veja bem, eu não estava realmente querendo um doce, só queria sair daquele escritório que mais parecia uma masmorra. E porque não usar isso como desculpa pra arrastar minha professorinha pra melhor sorveteria de Palo Alto? Provoca-la tem sido o melhor esporte.

- Que? Você pirou? Óbvio que não. Ela disse se aproximando pra pegar sua bolsa de minha mão.

- Vamos lá, Lexa, quando é que você faz algo divertido? Você não sai dessa porcaria de escritório, até morar aqui você vai. Eu disse fugindo dela.

Parecíamos duas crianças no meio do campus, brincando de pega-pega.

- Primeiro: Lexa? Disse, levantando uma sobrancelha nervosa.  - Segundo: Você não sabe o que eu faço da minha vida ou não. Terceiro: Pare de fuçar nas coisas que eu peço pra você fazer. Disse com um tom ameaçador. – Atente-se a apenas fazer.

- Você está certa. Eu disse fingindo que lhe entregaria sua bolsa. Quando ela inocentemente foi pega-la, eu voltei a correr, agora em direção ao meu carro, entrei em disparado e esperei a fera se aproximar.

- Saia daí agora, Griffin. Disse já cansada e descabelada.

- Eu não vou sair e você vai entrar, ou não devolvo sua bolsa...e o que mais... Eu disse enquanto fuçava em sua bolsa. – Seu celular, a chave do seu carro, sua agenda...Hum, me pergunto o que está escrito aqui. Eu disse fazendo menção de abri-la.

- Ok, inferno. Vamos tomar essa merda de sorvete se isso vai fazer você voltar a ter 24 anos de idade.

Eu sorri como criança quando ela entrou no meu carro, contrariada.

Dirigimos por 10 minutos, nas proximidades do campus até a sorveteria em questão. Sua cara carrancuda continuou presente. Eu liguei o rádio, estava passando Taylor Swift, adorava aquela música. Ela trocou pra uma rádio chata de rock, onde tocava The Cure. Eu troquei novamente. Ela trocou novamente.

Bufei e desisti.

Pude ouvir o barulho de seu sorriso triunfante. Mas isso não ia ficar assim. Dirigi como louca e na hora de fazer o retorno pro estacionamento da sorveteria, digamos que...Exagerei um pouco na intensidade:

- Você quer me matar antes de comer a porcaria do sorvete?

- Se possível, obviamente. Eu disse, agora sorrindo triunfante.

Chegamos a sorveteria, ela fazia o tipo sorveteria por kilo, tinha tantos sabores que eu ficava tonta só de pensar. Ela começou a pegar, pegou uns sabores esquisitíssimos, menta, manteiga, xarope...Que diabos?

- Você ta fazendo tudo errado. Eu disse ao vê-la pegando sabores de sorvete.

- Hã? Perguntou confusa.

Peguei seu pote e o joguei fora, encarando sua expressão de irritação, esse tipo de má vontade vindo de qualquer ser humano da terra me causaria um mal humor a nível bomba nuclear, mas por alguma razão, estar perto e fazer coisas com Lexa, independente de seu estado de humor, me fazia bem, me deixava eufórica, como uma grande novidade.

- Senta lá, deixa que quem entende faça isso. Eu disse expulsando-a.

Peguei meus sabores preferidos e coloquei minhas 5 coberturas favoritas, com todas as balas e castanhas presentes na mesa.

Entreguei a ela.

- Você têm diabetes né? Ela perguntou encarando seu pote.

- Hoje você vai provar um pouco do Clarke’s love. É como eu chamo essa sobremesa.

Ela me olhou e não conseguiu segurar um sorriso frouxo.

Experimentou uma colherada com uma careta.

- Pronto! Agora eu é que tenho diabetes! Disse.

- Não resista, baby. Eu disse e automaticamente sem pensar no que estava fazendo, sujei a ponta de seu nariz com minha colher. Ela fingiu se ofender e sujou o meu de volta.

Eu não sei dizer o que era ver uma Lexa leve, era como provar uma comida que você não gosta da aparência e descobrir como ela é gostosa. Era como sair em um dia que prometia chuva e descobrir que o sol estava estalando bem no meio do céu. Ela sorria e esse sorriso me fazia parar de questionar qualquer sentimento ou sensação que ela me fazia sentir.

Ao me distrair, Lexa conseguiu sujar meu queixo. Fiz uma expressão de surpresa e antes que pudesse dizer algo, ela se apressou a dizer:

- Não haja com surpresa. Eu sempre venço.

- Você não venceu nada ainda. Deixa eu limpar isso pra você ver só.

- Deixa que eu limpo. Ela disse esmagando sua boca contra meu queixo melado de sorvete. Arregalei os olhos em choque, pra ser engolida suavemente pela sensação de sentir sua língua contra minha pele. Carinhosamente ela lambeu cada canto do meu queixo, fazendo meu corpo paralisar e meus pelos se arrepiarem.Com os olhos abertos me encarando, ela levou sua língua delicada até minha orelha, dando pequenas mordiscadas, descendo por meu pescoço, passando seus lábios por toda extensão abaixo do meu lóbulo. Eu me permiti fechar os olhos ao sentir aquele molhado na minha pele, sua língua quente e macia fazendo desenhos ao passar por meus contornos, segurava o guardanapo com pressão exarcebada. Embora o estabelecimento estivesse vazio, os atendentes não paravam de encarar e isso me incomodou, eu estava extasiada com aquele momento e simplesmente não conseguia abraçar isso.

Eu limpei minha garganta, num suplico para Lexa perceber também. Ela parou de esfregar sua língua em meu pescoço e seguiu meu olhar até os atendentes adolescentes e excitados. Percebera onde estava e o que estávamos fazendo, arrumou sua blusa amassada e pareceu tímida ao se levantar fazendo menção pra irmos embora.

Eu não queria que ficássemos nesse clima, estava tudo tão leve e la estava ela se fechando novamente, que SACO!

Joguei o sorvete praticamente inteiro no lixo enquanto saíamos de lá ambas com a cara amarrada.

Pro inferno com essa mulher também. Se foder!


Música pra embalar a parte da sorveteria: https://www.youtube.com/watch?v=I0MT8SwNa_U

Hayley Kiyoko - Girls Like Girls


Notas Finais


Eeeeeeeeeee ai? me contem o que acham ok?
Se tiverem ideias tmb me mandem no tt, tudo é bem vindo *.*
talvez role mais um cap. hj
Beijx


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