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História Teach me how to live - Mundo pequeno


Escrita por: Supershipper1

Notas do Autor


Primeiramente desculpa meus atrasos e não desiste dá fic, leia tudo de novo se não tá no embalo. Agora só tenho essa fic MAS eu ainda tenho curso e faculdade onde eu tenho que ler e escrever em casa tbm! E eu estou sem computador...
Um beijo especial pra HedaClork(Escrevi certo Rafa? Vou te chamar de Rafa mesmo nunca tendo perguntado... Enfim! OBRIGADA por digitar pra mim, sua linda.

Capítulo 15 - Mundo pequeno


 Depois que Lexa e Clarke voltaram da praia, os questionamentos não paravam de vir. Enquanto a morena ignorava e mantinha sua paz de espírito daquela noite, a loira não sabia lidar com nada próximo de um relacionamento amoroso.

As duas não namoravam e nem ao menos falaram sobre encontros, elas só estavam lá, conectadas sem precisar dizer nada além.

-Octavia, me conta! – Echo seguia a morena de olhos azuis desde ontem a noite. Quando Lincoln lhe contou que Lexa havia saido a sós com Clarke. A morena de lábios cheios questionava, ela não podia acreditar que Lexa estava saindo com alguém que ela tinha acabado de conhecer. Ela nunca tinha feito isso antes.

-Contar o que? As duas saíram e é só isso. Eu mal conversei com a Clarke...Perdeu gatinha! – Octavia zombou enquanto descia as escadas. Eles teriam outra reunião antes do treino e talvez depois disso pudessem aproveitar um tempo fazendo coisas normais.

-O que houve? – Lexa pergunta enquanto viu Echo sentar do lado contrário que Octavia com cara de poucos amigos.

-Nada demais. – a morena de olhos azuis riu. Sentia que a mulher a sua frente agia como uma criança.

-Seja lá o que for, resolvam. – a morena de olhos verdes pediu séria.

-Só você pode, maninha. – Lincoln murmurou enquanto riu com Octavia enquanto viu a cara confusa de sua irmã.

- Enfim, antes de começar os treinos eu queria dizer que nós não teremos missão por esses dias, vocês podem sair mas nada de encher a cara e ficar sem noção. Eles estão por ai pensando em uma maneira de nos pegar

(...)

- Você nem ao menos lembra do rosto dela – O homem branco de barba rala estava irritado. Era a segunda ver que Jaha o chamava sem ter pistas concretas.

- A luz daquela parte estava quebrada, mas eu não posso lidar com  isso e o ataque que teve em Las Vegas. Não só mataram meus funcionários, destruíram tudo paredes, fiação... – homem negro bateu a mão na mesa. Ele estava furioso com o desafio, com o dinheiro perdido e com o fato de ter sido nocauteado por uma jovem.

- Você acha que ela pode ter algo a ver com isso? – o homem levantou da poltrona que estava sentado enquanto passava a mão na barba pensativo.

- Eu não sei, mas acho que deveríamos tomar conta dos arredores. Aconteceu isso aqui...Dois dias depois aconteceu nas minhas filiais. – Jaha olhou pela janela, a mesma onde Clarke havia tentado fugir. Ele sentia falta de controla-la, uma saudade certamente obsessiva que enxergava como amor.

- Então organize seus homens, no momento não posso te ajudar só conheço cinco policiais pra te ajudar e não acho que eles possam deixar seus trabalhos para tomar conta de suas filiais – os olhos frios do homem encararam Jaha com um sorriso – Boa sorte! Quando tiver provas concretas me chame. – ele acenou.

-Certo Richard. Divirta-se por conta da casa como sempre. – o homem negro devolveu um sorriso  forçado.

(...)

 

 

Os lábios cheios de Lexa se abriram em um sorriso quando Lincoln terminou de trazer os equipamentos de treino de Box.

-Agora que estamos todos aqui, vamos aquecer! Dez minutos na grama. – o homem negro bateu palmas. Nós batemos apressados ou arrastados. Respirações controladas e suor, tudo isso fazia os verdes da morena brilharem, se tinha uma coisa que lhe excitava, essa coisa era exercícios, o produto dos exercícios, a velocidade e reações dos corpos.

 -Deus, eu nunca vou me acostumar com isso! – Jasper ofegou quando o tempo acabou.

-Isso porque você é preguiçoso. Nós temos físico de corredor de resistência, físico de lombriga. – Monty riu.

-Eu posso me acostumar. – Raven se abanou mirando o abdômen definido de Lexa.

-Alongamento. – Lexa ignorou o olhar de Raven enquanto ria, o assédio não a incomodavam tanto.

Com os olhos azuis atentos, Clarke observou Lexa alongar. Todos os seus movimentos eram mecânicos e ela não podia se sentir mais “estranha”. Ela não conseguia se lembrar do dia em que sentiu desejo por alguém daquela maneira. Quando os olhos verdes enfim viraram para ela, o mundo diminuii de velocidade, mas ela já estava tão acostumada com o efeito que ela apenas sorriu.

-Se dividam em duplas. – Clarke podia enxergar um sorriso zombeteiro por debaixo da cara séria de sua salvadora. - Uma dupla equilibrada! – a morena lembrou enquanto se aproximava da loira. 

– Oi. – os olhos azuis brilhavam quase infantis.

-Oi – Lexa sorriu de volta. – Já ouviu falar de Crav Maga?

-É uma luta? – Clarke franziu as sobrancelhas. (...)

 

O corpo de Lexa fervia enquanto bloqueava mais um golpe errante de Clarke. Os olhos conectados faziam com que os arrepios subissem, mas os rostos permaneciam sérios.

Do lado de fora todos pareciam ter parado para olha-las treinar. A boca de Murphy se abriu quando a morena de olhos verdes saiu do mata-leão da loira com facilidade jogando-a no chão.

-Ah merda! – Clarke ofegou estirada na grama. Seu corpo doía e queimava mas nada superava a adrenalina e a excitação que percorria. Ela nunca esteve tão na borda, mais um movimento e ela cruzaria.

Não é como se ela estivesse chegado ao seu ápice como um daqueles homens sujos com quem ela esteve, mas ela sabia o que era se excitar e já tinha lido muitos livros...Definitivamente ia explodir a qualquer momento.

-Tudo bem Clarke? – Lexa se ajoelhou ao seu lado atenciosa como sempre.

-Tudo! – a loira corou. Será que ela sabia que havia deixado-a a beira de um orgarmo? Clarke se questionava enquanto corava mais ainda.

-Pega leve com ela maninha se não ela não dura nem ate domingo. – Lincoln riu.

-Tá tudo bem Lincoln, eu aguento. – a loira respondeu ao ofegante.

-É Lincoln, ela aguenta! – Clarke assistiu Lexa sorrir maliciosa pra ela. 

 

Clarke estava em silêncio na frente do espelho do banheiro, olhava o seu corpo pálido e nu se sentindo um pouco envergonhada.

Ela não era magra e musculosa como Lexa. Tinha seios grandes que descansavam no início de seu abdômen, sua barriga não era chapada, tinha gordura sobrando nos quadris e coxas.

Pensava se era o suficiente para ter alguém como Lexa, tão linda e única por dentro e por fora. Alisou as pequenas estrias em seus quadris enquanto suspirava.

-Você é gostosa, não se preocupe. – Clarke se assustou com a voz de Octávia na porta do banheiro.

-Privacidade é algo que eu gosto! – a loira rio pegando sua toalha e enrolando-a no corpo.

-Foi mal. – a morena de olhos azuis riu. – Eu vim te convidar para ir em uma danceteria de um amigo da Nylah, tudo de graça! – falou animada.

-Eu não... – quando Clarke estava prestes a recusar...

-A Lexa vai.

-Certo, então ta eu vou.

(...)

Talvez fosse apenas um mal estar, Lexa não sabia mas junto com sua animação vinha a sensação estranha de algo ruim em sua barriga. Seja lá o que fosse ela tratou de ignorar, ela queria relaxar, queria ver Clarke tendo uma noite normal.

Com um sorriso calmo, ela desceu as escadas e encontrou a loira que tanto lhe preocupava rindo como uma criança de algo que sua irmã mais velha tinha dito.

-Desculpa a demora. – Lexa alisou seu vestido preto quando viu que Clarke a encarava de boca aberta.

-É mulher? – Bellamy riu atraindo os olhares raivosos em sua direção.

-Cala a boca! – Octávia acertou o cotovelo na barriga daquele que odiava chamar de irmão mais velho.

(...)

 

Clarke já havia entrado em lugares como aquele a única diferença é que Jaha não a acompanhava, não monitorava cada passo seu. Estava ali como uma garota normal, livre.

-Você quer uma bebida? – Lexa questionou percebendo o quanto Clarke parecia feliz. Ela estava feliz por Clarke.

-Eu não costumo beber. Não gosto de nada amargo, me surpreenda! – os olhos azuis brilhavam em diversão e ela nem ao menos estava bêbada. Com o corpo leve Lexa desviou dos corpos a sua volta ate o bar. Corpos de pessoas que não faziam idéia, alheios ao ponto ou talvez ignorantes para não ver o que ela estava fazendo. Vivendo vidas normais, egocêntricas ou não, mas definitivamente não arriscando a própria vida por querer.

-Uma batida de frutas e um beijo na boca. – ela acenou para o garçom. 

– Pra já! – ele sorriu malicioso balançando as sobrancelhas.

-Acho melhor não fazer isso de novo. – os olhos verdes quase podiam queimar.

-Tá tudo bem? – Clarke apareceu ao lado da morena fazendo-a sorrir instantaneamente.

-Por que não esta na mesa? Eu não vou demorar. – ela sorriu suave.

-Octavia me convidou pra dançar mas eu não sou muito familiarizada com esse tipo de dança. – Os olhos de Clarke caíram.

Ela lembrava das vezes que tinha que danças para desconhecidos, lembrava como Jake nunca permitiu que ela fosse a um baile, lembrava que ninguém parecia disposto a convida-la para uma festa. Para eles Clarke até era bonita mas estranha, depressiva e bipolar por ter pequenos ataques de fúria com algumas brincadeiras e grandes ataques de choro no banheiro.

 

-Como assim acesso a quinta escola? – a garota negra questionou encarando os olhos azuis. Clarke estava em seu segundo ano do ensino médio tão cheia e tão vazia que se sentia apática, principalmente com todas as pessoas a sua volta, que não eram capazes de enxergar nada alem da cor de seus olhos. 

-É. – a loira murmurou incomodada com os quatro pares de olhos das garotas fúteis da sua frente. Sentia raiva e inveja delas, pois seus maiores problemas no momento deveriam ser garotos pelo visto.

-Por que? – a morena de olhos cor de mel encarou Clarke furiosa.

-Trabalho do meu pai e problemas para me encaixar. – a loira rebateu rápido olhando o interior de seu armário. Ela queria que aquilo acabasse logo.

-E ai princesa? Quem é ela? – Clarke ouviu a voz mais bonita e sentiu seu corpo tremer. – Você é nova princesa? – a loira encarou o garoto com os olhos assustados. Seus olhos se encheram de lagrimas e ela correu. Viu seu pai naquele garoto a chamando de princesa.

Ela não era a princesa dele.

"NÃO ME CHAME DE PRINCESA!" A mente dela gritava.

 A cabeça rodava enquanto ela entrava no banheiro. A barriga dela jogava seu almoço para fora na privada. Seus olhos queimavam como fogo e ela queria fazer parar mas naquele mesmo dia ninguém olhava para ela, ou melhor, olhava para mostrar o quão desprezível ela era. Ninguém perguntou o que ela tinha, ninguém se importou em procurar ajuda. Em alguns meses mais tarde depois das férias ela já não viu nenhum deles.

Ela havia mudado de colégio novamente.

(...)

 

 

 

-Eu ainda não entendi por que me chamou aqui. – os olhos de Luna observaram a praça cheia alheia ao que via. A mulher de cabelos cobres respirava, ela estava esperando por essa tal luz que Raven tanto falava.

-Você se sente melhor? – Echo a encarou. Ela queria que sua amiga a olhasse nos olhos e mostrasse que estava bem. Sorrisse para ela mostrando que seria ela mesma.

-Nem melhor, nem pior. Me sinto anestesiada. – Luna finalmente a olhou nos olhos. – O que há de interessante em ficar olhando pessoas? – ela suspirou impaciente.

-Voce sempre apreciou coisas lindas da vida. As pessoas. – Echo observou as garotas de braços dados e sentiu vontade de chorar. E foi isso que fez, chorou como uma criança enquanto escondia o rosto entre as mãos.

-Acho que você não choraria se estivesse la dentro, tarando a Lexa de longe. – Luna comentou com um pequeno sorriso fazendo sua amiga rir entre as lagrimas.

-Eu vou querer um abraço agora.

(...)

 

-Como assim eu roubei ela de você? Vocês nem namoravam. -  Raven gargalhou para Jasper. O nível de álcool estava elevado.

-Tinhamos algo, ela me beijou uma vez! – Jasper bateu fraco na mesa.

-Ela tinha pena de você. – a latina tentou virar o copo de shot mas Lexa foi mais rápida bebendo o liquido em um gole só.

-Parem com isso! – os olhos verdes se estreitavam sentindo a sensação de queimação na garganta. – Sem mais bebidas para vocês com álcool.

-Ta bom, mamãe! – Jasper e Raven gargalharam fazendo-a rir.

-Clarke? – Lexa segurou o ombro da garota apertando de leve.

-Eu preciso ir no banheiro. – Clarke respondeu sorrindo. Era tão estranho ter uma vida normal onde ela podia fazer o que queria.

-Quer que eu vá com você? Sabe como é, código de garotas. – Lexa piscou trazendo um vermelho as bochechas de sua protegida. Ela havia mesmo flertado com Clarke? Se perguntou sentindo seu coração acelerado.

-Não precisa, eu volto rápido. Quero outra batida! – a loira sorriu envergonhada enquanto tentava sustentar o olhar do seu anjo.

-Seu pedido é uma ordem, garota corajosa! – Clarke pode ouvir  Lexa exclamar enquanto andava ate o banheiro.

 Quando ela saiu da cabine e se olhou no espelho, ela não se via mais da mesma forma. Sentia-se forte, bonita, feliz e imparável. 

-Clarke Griffin não é mais uma prostituta. - Ela soprou para o espelho.

-É sim! – os olhos da loira foram direto para a porta. Era um deles, ela lembrava de seu nome. Lembrava do tapa que ele deu em seu rosto. 

-Joshua...

- Que mundo pequeno não? Eu nem estou trabalhando hoje. – ele riu alisando a barba ruiva enquanto se aproximava. 

– Isso é um banheiro feminino! – uma mulher saiu da cabine irritada e Clarke não pensou duas vezes, o empurrou e correu.

Sentia falta de ar e fraqueza ao se reencontrar com seu passado, mas nada a traria de volta novamente. Ignorou os gritos e esbarrou no segurança sentindo o frio lhe atingir. Olhou para trás e percebeu que ele a seguia com medo de que alguém a pegasse. Forçou sua cabeça a pensar e então adivinhou seu caminho entrando em um beco.

Um beco...

(...)

 

Sua coxa parecia pesar carregando a arma quando ela parou na grade. Lá não estava escuro mas ninguém os enxergaria.

-Eu pensei que você seria mais inteligente. – ela ouviu a risada dele se aproximando.

-Eu sou! – ela puxou o ar pegando sua arma e girou encarando os olhos verdes do homem que já a maltratou. Não eram bonitos e bondosos como os de Lexa,

-Você não... - ela puxou o gatilho e calou-o dá mesma menorá  o que ele já a calou, assistiu o sangue escorrer de sua cabeça enquanto ele caia de joelhos. Ela queria sentir remorso mas assim como Lexa a fez lembrar a vida, ela fez lembrar de sentir e no momento a raiva varria sua humanidade.

-Clarke? – a voz de Lexa despertou loira que prontamente abaixou a arma.

Lexa estava feliz em ver Clarke se protegendo mas ao mesmo tempo a preocupação com sua saúde mental lhe incomodava, lembrando-a de como sua garota corajosa havia sofrido. – Eles cuidam disso. – ela Sussurrou para Clarke pegando sua mão e enquanto passavam entre Lincoln e Murphy. Estavam todos ali olhando para Clarke como se ela fosse outra pessoa.

-Eu disse que a loirinha era durona! – Anya quebrou o silêncio fazendo Clarke sorrir orgulhosa enquanto encontrava os seus olhos verdes favoritos.

-Eu sou!

CONTINUA...


Notas Finais


Desculpa, editei meio com pressa.


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