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História Teach Me How To Love You - 19


Escrita por: LeticiaSQ

Notas do Autor


Oi, meus bolinhos!
Minhas sinceras desculpas pelo atraso novamente, mas eu tive minha formatura, semana de provas e niver da mom, então me dêem um desconto porque agora que estou de férias os capítulos estarão em dia!
Para compensar esse está bem grande, espero que gostem. Boa leitura!

Capítulo 19 - 19


"Não foi desejo. Nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso. Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo acelerado e cabelo em pé. Foi sentimento. Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma."

-Tati Bernardi

A ruiva, no mesmo instante, arregalou os olhos e ficou pálida. Parecia ter visto um fantasma e deu alguns passos para fora do quarto fechando a porta atrás de si.

Meu coração ressoava alto em meus ouvidos ao bater violentamente em meu peito enquanto eu tentava controlar minha respiração ofegante e minha vontade de engolir aquelas palavras, uma mistura do meu nervosismo e o fato de ter corrido até ali.

- Será que podemos falar disso em outro lugar? - Zelena estava estranha, calma, nenhum surto ou histeria. Tinha certeza de que aquilo não era por Emma ser uma garota, o que só me fez estranha-la ainda mais. - É que a Lily está estudando aqui no quarto. - Ela completou apontando com o polegar para atrás de si e abrindo um sorriso amarelo ao ver minhas sobrancelhas se juntarem suspeitando de sua reação.

Entretanto, eu não estava com a menor vontade de focar no comportamento dela, estava ocupada demais tentando me concentrar no meu problema. Problema? Sentir algo por Emma é um problema? Bem, provavelmente, sim, levando em conta que a loira possivelmente não sentia o mesmo pela garota que no primeiro mês só a atormentou e que agora parece somente choramingar em seu colo. Já estava começando a ficar tonta com todos os fatos que eu tentava relacionar em minha mente desde o jantar, então apenas afirmei com a cabeça e Zelena pegou minha mão me puxando para outro lugar.

Levou-me até o terceiro andar do prédio, a ala de recreação do nosso dormitório. Hesitei um pouco, enquanto nos direcionava até um dos sofás recostados na parede, pois havia muitas garotas ali assistindo televisão, jogando pebolim e conversando, mas me dei conta de que não nos ouviriam com o barulho dali e estava muito tarde para podermos sair do dormitório. Então, respirei fundo, algumas vezes, tentando organizar a avalanche em minha mente assim que nos sentamos e olhei para a ruiva que me observava em silêncio.

- Pronta para falar, agora? - Ela perguntou pegando uma de minhas mãos e apertando em incentivo.

- Eu já disse a única coisa que está clara em minha cabeça agora, o restante parece um emaranhado de coisas que estão quase me sufocando, mas que me levam ao ponto inicial: Eu gosto dela. - Falei rapidamente e ansiosa com aquilo, pegando fôlego ao final. Colocar em voz alta parecia aumentar as perguntas ou talvez as conclusões que eu tirava de todo tempo que passamos juntas.

- Relaxa, Regina, não precisa ficar tão inquieta. - Zelena aconselhou, passando o polegar pela mão que ela segurava, e assenti tentando me acalmar. - Eu sei que as coisas que fogem do seu controle ou que você não planejou te assustam. Lembro até hoje do ataque de ansiedade que teve na quinta série quando você ficou dias planejando aquele projeto de ciências e um dos motores parou de funcionar pouco antes de você apresentar...

- Isso não é um projeto estupido de ciências, Zelena! - Esbravejei cortando a fala da ruiva e puxando minha mão da dela.

- Eu sei, mas suas mãos estão suando como naquele dia e você mal respira ao falar. - Zelena disse rispidamente para que eu voltasse a prestar atenção. - O que quero dizer é para irmos por partes e sem estresse. - Voltou a falar de forma calma, assenti e desfiz a carranca de segundos antes. Era totalmente idiota a forma com que estava agindo, mas eu não conseguia controlar. - Ok, agora me diz o que te levou a concluir que gosta dela?

- Para falar a verdade, eu não tinha parado para pensar nisso até hoje e agora eu não sei porque pensei nisso. – Iniciei a fala olhando para as minhas mãos que apoiei em meu joelhos e comecei a aperta-los tentando relaxar para ser o mais clara possível. - Eu só senti que tinha de falar isso para alguém, mas eu não tenho realmente certeza, eu nunca verdadeiramente gostei de alguém e você sabe disso. Eu só... eu só... eu não sei mais o que está acontecendo, não sei o que estou sentindo ou o que fazer, não sei de mais nada. - Suspirei fechando os olhos e fixando nos azuis a minha frente quando voltei a abrir.

- Tudo bem, então vamos tentar entender o que está sentindo. - Zelena falou calmamente, colocando suas mãos sobre as minhas.

- Virou psicóloga, agora? - Perguntei sorrindo de lado, já me sentindo bem melhor daquela euforia que arrancava o ar de pulmões anteriormente.

- Você quer ajuda ou vai ficar fazendo gracinhas? - A ruiva retrucou arqueando as sobrancelhas.

- Ok, tudo bem, desculpa.

- Eu tenho meus próprios motivos para já ter ideia de que você estava gostando dela antes de perceber, mas antes de falar quero saber, porque se deu conta disso agora? - Zelena perguntou meneando a cabeça.

- Como assim, você já sabia? - Questionei franzindo o cenho.

- Você primeiro.

- 'Ta bom. - Resmunguei revirando os olhos. - Eu não sei, só que eu ando ficando irritada com ela. Às vezes, quando estamos com outros, eu me sinto um pouco desconfortável também. - Vi um esboço de sorriso passar pelo rosto de minha irmã e semicerrei os olhos já sabendo o que estava pensando. - Não ouse rir porque não é ciúmes. Talvez um pouquinho, mas se pensar em rir eu te bato.

- Está com ciúmes... - Zelena sorriu sinuosamente arrastando a última palavra. - Ai! - Ela resmungou a sentir o impacto de minha mão em seu braço.

- Eu avisei. - Falei cruzando os braços enquanto ela passava uma das mãos no braço dolorido.

- Valeu a pena. - Informou ainda sorrindo.

- Enfim, e ao mesmo tempo eu não consigo tirar ela da cabeça. Presumi que fosse porque ela me fazia rir mais ultimamente e está sendo uma ótima companhia, mas eu não consigo parar de pensar no sorriso dela ou naqueles olhos verdes que me absorvem para uma sensação boa quando se fixam nos meus. - Abaixei os olhos para meus dedos que se mexiam incessantemente em meu colo enquanto via todos esses aspectos da loira em minha mente. - Quando parei para ponderar percebi que sempre que estamos juntas meu estômago gela ou os calafrios aparecem e tem toda essa coisa de eu não conseguir negar nenhuma de suas vontades mesmo que eu queira ou isso de me sentir totalmente envergonhada quando ela faz brincadeiras insinuando algo sobre nós duas... - Fechei os olhos e respirei fundo enquanto sorria ao continuar. - E a dança, e em como ela fica linda quando solta os cabelos e seu perfume de baunilha, suas palhaçadas, a forma como responde meu sarcasmo da mesma maneira, a paciência com que me ouve e conforta, o jeito como toca seus instrumentos e até o modo estupidamente inteligente que ela tem nas aulas que temos juntas. Todas essas coisas me encantam e me fascinam de uma forma que eu não entendo. - Continuei agora com um esboço de sorriso no canto de meus lábios e a, agora, típica expressão de confusão em minha face. - Eu estou...

- Apaixonada, minha irmãzinha está perdidamente apaixonada. - Levantei os olhos apressadamente e assustada pousando-os em minha irmã que sorria.

- Estou realmente perdida, mas não acho que esteja apaixonada. Não estou apaixonada Zel, estou? - Só de pensar naquela possibilidade um frio intenso se apoderou de meu abdômen subindo rapidamente por minha coluna e me deixando estática, sem expressão alguma.

- Está, e sabe como eu sei disso? - Neguei minimamente com a cabeça e ela prosseguiu. - Regina, você não agia como vem agindo desde que Emma chegou. Você não pediria favores para alguém que estava em seu primeiro dia aqui e não a mostraria a escola. Até hoje não acredito que a levou para conhecer Rocinante e de modo algum você se daria ao trabalho de engolir seu orgulho e fazer um poema de desculpas para alguém senão se importasse muito com essa pessoa. Você não daria o braço a torcer e não voltaria a conversar com nossos amigos somente porque alguém que você conhece anda com eles, não ficaria a observando e sorrindo enquanto ela ri e, principalmente, não sentiria ciúmes por ela dar atenção à outras pessoas além de você. Então, sim, você está apaixonada. - Zelena concluiu animadamente sorrindo de orelha a orelha como se fosse um coisa maravilhosa, mas eu não sentia que era uma coisa maravilhosa.

- Eu não gosto de estar apaixonada. - Disse baixo ainda olhando de forma assustada para ela.

- Ah, vai gostar quando contar a ela e descobrir que essa confusão é recíproca. - Zelena falou levando a mão direita até minha bochecha e acariciando com o polegar.

- Você está louca? - Recuei de seu toque - Não vou contar a ela. Emma não me vê dessa forma.

- Como pode ser tão cega? É perceptível a quilômetros que ela também gosta de você. Gina, você acha que as brincadeiras, as provocações, a insistência em se aproximar, são só coisas que ela faria por uma pessoa que ela vê como uma amiga?

As questões dela poderiam estar certas, mas e se não estivessem? Emma pode só agir sempre dessa forma com as pessoas, sei disso porque vejo o quanto ela gosta de ser o melhor que pode para todos. Por outro lado Zelena não erra com esse tipo de coisa, ao mesmo tempo que não posso arriscar contar e perder a amizade da loira. Ponderei minhas escolhas por alguns instantes antes de me deitar no ombro da ruiva e ser envolta por seus braços.

- Eu não sei, estou confusa e agora minha cabeça está doendo. - Resmunguei com a voz abafada por seu cabelo.

- Acho melhor você ir dormir, precisa descansar para pensar melhor. - Zelena falou passando as mãos em minhas costas.

- Mas ela vai estar lá no quarto. - Resmunguei novamente sentindo minhas palmas voltarem a suar ao pensar nisso.

- Aja normalmente, diz que está cansada e pronto. - A ruiva aconselhou se afastando e segurando em meus ombros para observar meu rosto nada animado.

Concordei mesmo sem muita coragem de ver Emma naquele momento. Despedi-me da ruiva, pois seu quarto ficava antes e me dirigi até o meu. Quando entrei a loira estava com as luzes apagadas, de costas para porta, sentada na escrivaninha e mexendo no computador que iluminava o ambiente me permitindo enxergar sua silhueta. Provavelmente, ouvia música já que não me ouviu ir até me guarda-roupa e colocar um pijama. Pelo menos achei que não tinha me visto até eu me deitar e ouvir sua voz.

- Boa noite, Regina. - Ela disse sem desviar a atenção da tela e meu coração veio até a boca ao ouvir sua voz. Qual o meu maldito problema? Quantas milhares de vezes já não ouvi aquela voz ou não recebi um "boa noite". Admitir que gosto dela parece ter rompido todas as funções normais do meu organismo.

- Boa noite. - Respondi baixo e me ajeitei na cama tentando acabar com aquelas reações ridículas.

Queria dormir, queria decidir se contava a ela, queria fechar meus olhos e esquecer daquilo por um instante. Entretanto, tudo que eu conseguia era observar Emma com as pernas cruzadas sobre a cadeira, com um fone de ouvido pendendo sobre seu ombro e seus olhos vidrados na tela que a iluminava, e tudo que eu queria é que ela levantasse dali, deitasse comigo e dissesse que aquilo é recíproco.

- Emma. - Chamei depois de uma meia hora sem conseguir descolar meus olhos dela. Ela virou o rosto rapidamente, me olhando de forma confusa.

- Ainda está acordada, a luz está te atrapalhando? Porque se estiver eu posso... - Emma se prontificou a dizer apontando para o computador após arrumar a armação de seu óculos sobre o nariz. Emma parecia adorável agindo de forma inquieta e estabanada quando achava que estava incomodando de alguma forma e foi o que me fez desistir de dizer o que queria porque não gostaria de perder aquele seu jeito estabanado ou preocupado se ela quisesse se afastar.

- Não, não é isso. - Expliquei me sentando. - É que... - Eu não conseguia dizer, as palavras ficaram presas em minha garganta.

- É que? - Perguntou depois que fiquei calada pensando em outra coisa para dizer.

- Eu aceito sair. - Falei de imediato ao me lembrar do meu aniversário.

- Como é?

- No meu aniversário, a lista. Eu aceito ir com você. - Repeti e um sorriso enorme tomou conta do rosto da loira o que me fez sorrir também, mas de modo contido.

- Você quer mesmo? - Ela perguntou animada sentando de lado na cadeira para que ficasse de frente para mim e confirmei com um sorriso que se recusou a deixa meu rosto, mesmo quando voltei a me deitar e dar-lhe outro boa noite antes que aquele sorriso dela me fizesse levantar e beija-la. Então, me obriguei a fechar os olhos e dormir.

"Eu prefiro ficar longe porque toda vez que fico perto eu me perco, você tem uma facilidade enorme pra me tirar dos eixos. Minhas pernas tremem, meu coração acelera e eu fico sem reação quando estou com você."

- Para alguém que talvez nunca irá ler.

Por sorte ou azar as provas e os treinos, mal deixaram que eu visse Emma durante a semana. O que me ajudou como desculpa quando ela dizia que eu parecia a estar evitando e de certa forma estava. Porém, o motivo de eu não contar a ela sobre meus sentimentos era para não acabar nos afastando, mas não contar parecia ter o mesmo efeito porque quando estávamos juntas eu não tinha controle algum sobre meu coração que começou a querer sair do meu corpo, os arrepios quando ela eventualmente esbarrava ou tocava em mim ou o inoportuno sorriso que não deixava meu rosto por vê-la gargalhar ou, até mesmo, os diálogos que pareceram ficar impossíveis, pois qualquer coisa que eu fosse dizer me parecia insuficiente ou chato. Por isso, evita-la estava sendo uma porta de escape para me controlar, até que novamente se sucedeu o alvoroço quando fui acordada pela mesma na manhã de sábado.

- Bom dia, aniversariante! - Ouvi, recebendo um beijo em minha cabeça e antes mesmo de abrir os olhos o sorriso apareceu.

- Pensei que no meu aniversário eu poderia dormir um pouco mais. - Resmunguei baixo enquanto me virava de minha posição e me sentava esfregando os olhos para logo depois ver Emma revirando algo em seu armário.

- Para sua informação já são 11 horas de manhã, então pode ir acordando porque depois do almoço temos muito o que fazer. - A loira falou colocando a cabeça para fora do armário e me fazendo arregalar os olhos por já ser tão tarde.

Levantei-me e peguei meu kit de higiene para descer e tomar um banho rápido, pois, pela forma que a Emma é, eu sabia que o dia seria cheio e agitado e nada que eu dissesse mudaria aquilo.

Quando cheguei ao quarto ela rapidamente pegou uma mochila pequena e me puxou para o refeitório.

- Quanta pressa, o mundo não vai acabar. - Falei quase tropicando em meus pés e minha mão direita suando por estar envolta pela esquerda da loira.

- Eu sei, mas você colocou na lista o museu Fitzwilliam e lá é enorme, então se não formos lá rápido não teremos tempo de fazer tudo. - Emma falava olhando para frente enquanto me puxava.

- Espera, você programou nosso dia inteiro? - Perguntei apertando a mão dela para que parasse e me olhasse.

- Sim, eu ia fazer isso com você, mas essa semana mal nos vimos e... - Não a deixei terminar, pois joguei meus braços em seu pescoço a abraçando apertado. Qual a necessidade de tanto esforço? Isso só me fazia pensar que minha irmã estava certa.

- Obrigada! - Disse ao soltar meus braços e ela sorriu timidamente.

Durante o almoço Zelena, Mulan, Graham, Eric, Ruby, Lily e todos os garotos do nosso grupinho quase não me deixaram comer porque todos vinham me abraçar, isso me fez perceber o quanto senti falta daquilo nos últimos anos e meu dia pareceu ainda mais ensolarado apesar do sol estar super exposto nessa época do ano o que livrava Emma e eu de tomarmos um banho de chuva em algum momento do dia.

Já eram quase 13 hora da tarde quando nos demos conta de que tínhamos que ir e passamos pela passagem, mais usada pelos alunos, que ficava em um inutilizado portão para funcionários depois do bosque, então era quase impossível de nos pegarem por lá ser escondido pelas árvores. Andamos mais umas duas quadras para pegarmos um táxi e fomos até a primeira parada do cronograma da loira.

O museu era extremamente grande e maravilhoso, mas apesar de pagarmos a taxa para termos o passeio guiado acabamos nos dispersando do grupo, depois de meia hora quando me vi obrigada a ficar mais tempo na área da biblioteca onde haviam escrituras antigas e réplicas de livros antigos. Então, nos vimos sozinhas naquele lugar abarrotado de livros e prateleiras enormes de madeira.

- Acho que morri e estou no paraíso. - Comentei passando o indicador pelas lombadas de alguns livros enquanto andava olhando-os e tentando absorver cada detalhe.

- Eu não sabia que o paraíso cheirava a mofo e era cheio de pó. Eu imaginava algo diferente. - Emma falou me observando, pelo espaço entre os livros, do outro lado da prateleira e levantei os olhos para observa-la com tédio.

- Por que tão desagradável? - Perguntei me referindo a ela.

- Estou brincando, mas ainda prefiro a ala egípcia. - Falou enquanto ainda andávamos.

- Pó por pó, qual a diferença? - perguntei abaixando meus olhos para meu indicador que ainda passeava pelas lombadas desgastadas.

- Eu não sei. As coisas lá parecem mais reais. - Emma terminou de falar assim que findamos aquela fileira, nos encontramos por inteiro e o tom de nossas vozes abaixaram.

- Está dizendo que os livros não são reais? - Questionei levantando uma sobrancelha e cruzando os braços. - Pois saiba que, eu pretendo ser escritora um dia e isso séria um insulto ao meu trabalho.

- Não foi isso que eu quis dizer, mas se você se tornar escritora mesmo, acho que pela primeira vez eu irei ler um livro por vontade própria. - Emma disse se apoiando de lado na lateral da prateleira.

- Você leria algo meu? - Perguntei com um tom surpreso e um sorriso de lado.

- Seria minha autora favorita. - A loira respondeu sorrindo da mesma forma e ajeitando seu óculos.

- Eu seria a única que você conheceria. - Debochei meneando a cabeça e me encostando na madeira também, fazendo nossos corpos ficarem mais próximos.

- Ah, não se ache tanto. - A outra resmungou cruzando os braços como eu e revirando os olhos. - Pode ser que você acabe dividindo espaço com outros autores.

- Conta outra, - Desdenhei de nariz em pé fingindo arrogância. - nós duas sabemos que serei a única.

Brinquei rindo e Emma sussurrou: - Talvez já seja.

Meus risos foram engolidos no mesmo instante pelo tom e a expressão sérios da loira que me fitava de forma diferente, seus olhos pareciam levemente mais escuros e um rubor tomou conta de suas bochechas ao notar que eu à ouvi.

- Ah... eu, não... eu. - Emma começou a gaguejar desviando o olhar quando viu que fiquei imóvel, mal sabia ela que paralisei por medo de meu coração fugir pela minha boca se eu a abrisse para falar algo, do quão forte ele retumbava em meu peito. Todavia, tive coragem o suficiente de colocar minha mão esquerda sobre seus braços cruzados fazendo-a calar.

 Quando Emma levantou os olhos novamente, tomei a melhor e mais relutante decisão em minha mente e aproximei meu rosto do dela com calma. Como a loira não recuou me enchi de coragem ao fechar os olhos quando estava a centímetros de sua boca e toquei nossos lábios devagar primeiramente, por medo de não ser correspondida. Porém, logo depois as mãos dela deslizaram para minha cintura e levei as minhas para seu busto enquanto nossos lábios começaram a se entreabrir e movimentar em conjunto. Sua língua adentrou minha boca enquanto nos movíamos com cautela tentando conhecer a outra de forma, devo dizer, maravilhosa. Nossas bocas, línguas e mãos se movimentavam de forma harmônica e carinhosa. Ao pegarmos mais segurança Emma apertou suas mãos em minha cintura me puxando mais para perto de seu corpo enquanto as minhas encontraram sua nuca unindo mais nossas bocas e a intensidade entre elas. Meu pulso estava acelerado, minhas pernas bambas, meu sentidos totalmente inebriados por Emma, seu calor, seu gosto, sua textura e seu cheiro. Eu estava a beira da loucura apenas com seus lábios nos meus.


Notas Finais


O que acharam? Estão gostando?
Beijos!


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