História Teacher - Last day

BRIAN P.D.V 

O frio cortante atinge meu rosto, eu cubro com um lenço meu nariz e boca e puxo o capuz até os olhos, encaro o enorme muro da minha antiga escola, se a diretora quer me expulsar, eu tenho que deixar minha marca. Fitando aquele enorme muro de pedar eu começo a traçar minha rota mentalmente levando em conta as pedras mais salientes que serviriam de apoio para meus pés e mãos. alcanço a primeira rocha e puxo o peso de meu corpo para cima apoiando os pés mais em baixo, repito o processo até estar em cima do muro, pulo para o outro lado, rolando em seguida, sem me machucar. passos lentos me levam até a porta da frente da escola, com um grampo, sem muitas dificuldades eu abro o portão me esgueirando para dentro do estabelecimento em seguida. Da minha mochila eu retiro uma laterna e uma lata de spray preta, hora de escrever umas mensagens bem educadas a minha antiga diretora. 

"Eu sei que você vai sentir falta do meu pau"

"Quem mandou me expulsar vagabunda"

"Falta de sexo, da nisso"

Foram umas das coisas que escrevi nas paredes da escola, de resto, pixei desenhos obscenos e aleatórios, no laboratório, quebrei os tubos de ensaio e nem o esqueleto se salvou, o globo terrestre da sala de geografia virou uma bola de futebol e os troféus, dardos na lousa. Já estava quase amanhecendo, decido ir para casa, caminhando lentamente pelos corredores apreciando minha obra de arte, eu não esperava sair ileso disso, estava na cara que havia sido eu, mas eu não me importava, o recado foi dado.

Um barulho do lado de fora me paralisa, prendo a respiração por um instante, até que alguém do lado de fora acerta um chute na porta, e atrás dela revelam-se policiais.

- MERDA 

Começo a correr máximo que posso ouvindo passos desesperados atrás de mim, chego até o muro dos fundo da escola e para minha surpresa ele era muito mais liso e sem pedras salientes o que dificultou minha subida, quando estava quase no topo, mãos agarram meus tornozelos e me puxam para baixo, um policial me pressiona contra a parede e algema minhas mãos para trás.

- Olá Brian - Um deles diz e eu o reconheço 

- Olá xerife Unser 

Sou conduzido até a viatura, de cabeça erguida, sem arrependimentos.

Agora me encontro sentado em uma cela, eu pareço ser um dos únicos aqui, aparentemente em Helsínquia não temos muitos delinquentes.

O xerife Unser me olha com pena, o pobre homem já estava acostumado comigo sendo preso.

- Você irá passar a noite aqui garoto, pela manhã ligaremos para os seus pais, sabe, eles não merecem isso. - O homem diz 

- Por que você não me adota então? - digo com ironia e um sorriso debochado 

O xerife se retira com ódio no olhar, eu me deito naquela cama dura que eu conhecia tão bem, logo eu adormeço, não havia nada melhor para fazer.

Acordo em um sobressalto, a porta da cela é batida e dois policiais entram, os homens pareciam muito mais velhos e eram enormes, eles trancam a porta depois, confesso que fiquei um pouco assustado.

- Nós vamos te ensinar a como ser um bom filho - eles se aproximaram e um dos homens swgura meus braços enquanto o outro acerta socos em minha barriga, são fortes e a dor é quase insuportável, sou atirado no chão logo em seguida e finalmente deixado em paz, os Policiais saem da cela.

Muito tempo depois o xerife Unser finalmente aparece

- Seus pais chegaram garoto - ele anuncia e eu o acompanho até sua sala onde meus pais estavam sentados lado a lado, minha mãe, Bárbara, chorava baixo enquanto meu pai, Hugh a abraçava me lançando um olhar fulminante. Unser orena que eu me sente perto deles e assim eu faço, o silêncio imperava aquele local, apenas os soluços de minha mãe eram ouvidos, senti pena dela, realmente não merece um filho como eu, mas isso já faz parte de mim.

Pela janela eu noto a diretora chegar, Agora isso vai ficar interessante.

Ela é conduzida até a sala em que nós estávamos em silêncio, nitidamente ela estava abalada, sentou-se ao lado do xerife e começou a falar.

- Esse animal outra vez veio me assombrar, por que tem tanto ódio comigo, eu tenho pena de vocês por terem um filho desse jeito, vocês viram o que ele fez com a escola? - ela diz quase gritando 

- Nós sabemos que nem mil desculpas poderiam compensar o que Brian fez, mas prometemos que ele irá pagar pelo prejuízo. - meu pai diz envergonhado.

Após 1 milhão de xingamentos pela diretora e 1 milhão de pedidos de desculpas vindo dos meus pais eles finalmente chegaram a um acordo: eu sou não irei limpar a escola toda por que amanhã estarei me mudando para Nova York, mas lá meus pais prometeram me fazer arranjar um emprego para pagar o prejuízo que causei a escola, pelos minhas contas, irei trabalhar para um caralho.

Mas sabe, valeu a pena, sai da delegacia com a ca beca erguida, sem olhar para trás, fechei com chave de ouro meu último dia na Finlândia.