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História Teacher - Lost


Escrita por: jig_saw

Notas do Autor


VOLTEI CARAI
Sim gnt
Ele anda de skate
Cliche?
Sim
Eu ligo?
Não
(n leiam isso como grosseria, imaginem borboletinhas pousando nas letras)
Boa leitura

Capítulo 5 - Lost


Fanfic / Fanfiction Teacher - Lost

BRIAN P.O.V.

 Os primeiros feixes de luz invadem o quarto me acordando de um sono leve, despertei várias vezes sem explicação durante a madrugada, um sono agitado e repleto de pesadelos em que eu estava caindo ou algo me perseguia, mas agora, tudo me parece um borrão derretendo enquanto eu me esqueço dos sonhos. Levanto e abro a janela, auz agride meus olhos acostumados com a escuridão, os fecho e esfrego com a mão fechada em punho, ainda cambaleando, eu me arrasto até o andar de baixo, encontrando meus pais na sala, como sempre, frios comigo. 

- Já são 15:30 Brian, acordou tarde hoje! - A minha mãe reclama sem me olhar.

- Eu sei que horas são - Soou seco, eu sei, mas me senti ofendido com a maneira que eles nem me desejaram um bom dia.

Pego todos os ingredientes para fazer um sanduíche, não estava com fome o suficiente para almoçar de verdade, da janela da cozinha eu podia ver o sol brilhando e crianças brincando na rua, eu deveria sair, não é uma má idéia,  mas a chance de me perder é imensa, bom, eu sei me virar, como uma lâmpada sendo acesa eu me lembro que a casa de Dita não é tão longe daqui, termino o sanduíche com três mordidas e subo as escadas correndo ansioso.

Me enfio nas roupas com dificuldade, uma calça jeans preta e o meu tênis gasto de tanto dar impulso com o skate que o peguei enquanto ainda vestia a camisa. Em segundos estava atravessando a sala.

- Eu vou sair para conhecer a cidade - claro que vai - não vou demorar

Antes que pudessem emitir um não eu sai, subindo no skate e descendo pela rua, o vento batendo em meu rosto, esvoaçando meus cabelos, passei rápido pelas crianças que ouvi brincando, meus vizinhos. A cidade é bem bonita, bom, pelo menos o meu bairro, provavelmente um dos mais calmos de NY, meus pais jamais se adaptariam a agitação do centro.

Os pássaros cantavam, as folhas secas pintadas de um amarelo-alaranjado coloriam a calçada. Cheguei a uma parte plana, tentava me lembrar de onde era a casa de Dita, entrando em uma ruas com umas casas bonitinhas, como a dela. Seguindo pelo o que me pareceu uma eternidade, não achei uma casa igual a dela, eram todas parecidas mas aquela estava clara como se eu estivesse vendo uma foto, apenas o número me era vago, eu lembrava que começava com 6 ou seria um 8? O final parecia um 7 talvez 1? Ok! Estou procurando uma casa de bonecas em tamanho gigante na cor branca com detalhes em azul escuro, um jardim grande com várias flores, o número pode ser 67, 61, 87 e 81. Peguei impulso com o pé e continuei, olhando atentamente para os lados, entrando em ruas aleatórias e a cada uma eu dizia é aqui, tenho certeza. A medida que o sol foi se pondo, as palavras se dissolveram. Eu comecei a desistir, olhei para trás, tentei fazer o mesmo caminho, mas as casas eram iguais, nas era igual em Helsínquia, em que a cidade era um quadrado q vc anda e depois tá no mesmo lugar. Vamos Brian, você consegue, tudo vai se resolver.

Continuei

O barulho das rodas no asfalto sempre me reconforto,  agora estava me tirando do sério 

Você vai conseguir

Já estava escuro e os grilos cricrilavam nas moitas cheias

Eu vou conseguir achar o caminho... Ah vai se foder... eu nunca fui otimista, eu tô perdido.

Finalmente admiti para mim mesmo, melhor aceitar a merda, agora o pior é que nem enxergar as casinha iguais eu conseguia direito. Desci do skate, o coloquei em baixo do braço e segui o pela rua, dobrando esquinas que não me levavam a nada. O céu já estava cheio de estrelas, e eu, com medo, meu celular vibra em meu bolso e só então me lembro dele, o coração acelera, agora eu poderia ligar para meus pais ou usar o Google maps. A luz estava fraca, e na tela, mensagem, bateria extremamente fraca, por favor conecte ao carregador. Mas puta que pariu

Essa merda não acontece nas fanfics que eu leio, se isso fosse uma fanfic, Dita seria minha vizinha e eu iria cortar a grama dela e quando terminasse, iríamos trepar no sofá. É muita vocação para a desgraça, primeiro: acordo três da tarde, segundo: meus pais ainda me odeiam, terceiro: saio de casa com um sanduíche na barriga, quarto: decido me aventurar em uma cidade em que eu mal sei falar o idioma e nem sei o nome da minha rua quinto: entrei em um bairro esquisito, sexto: a bateria acabou, sétimo: nao tem sinal e eu estou sem 3g.

Mas também que idéia absurda que eu tive, sair de casa para procurar uma casa que eu nao sabia o número, a rua e nem porra nenhuma. E se nem vai adiantar se eu ligar para meus pais, não sei onde eu estou. Meu celular vibra e desliga na minha mão, tento segurar um impulso de joga-lo longe.

Eu estou faminto, meus pés doem, está escuro, o que mais posso adicionar ao kit desgraça?

Entro em mais uma rua, dessa vez mais estranha ainda, parece que eu estou vendo minha foto nos jornais da cidade na seção dos desaparecidos. A rua estreita e mal iluminada, com um poste piscando e dando um ar sombrio, vejo um grupo de caras parado, eu na maior cara de pau, dou as costas, sem me importar se estava julgando ou não, acelero os passos e olho para trás, eram três, e estavam me seguindo, subo em cima do skate e pego impulso cinco vezes, acho que nunca estava andando tão rápido, eu ouvia passos e gritos de "nós vamos te pegar" bem atrás de mim, eu já estava passando pelo lado mais bonitinho com as casinha de boneca iguais, mais do que nunca eu entrei em qualquer rua, em nenhum momento olhei para trás. Um gato passou correndo a minha frente, eu me desequilibrei, tentando desviar e atingi o chão com força, vi a silhueta dos homens que mês perseguiam e levantei cambaleando, tarde demais, mãos fortes me seguraram e me empurraram ao chão

- A gente vai te ensinar a não ser preconceituoso - um dos homens disso

Não consegui ver a fisionomia, mas eram dois negros e um branco, me lembro de que um deles tinha uma cicatriz horrorosa na cabeça.

Senti um soco me atingir no rosto e o quente do sangue escorrendo de meu nariz até chegar aos meus lábios, outro me atingiu do outro lado, eu ainda tinha forças para lutar, e chutava e agitava os braços, tentando que me soltassem

- Cara, para um playboyzinho, a resistência e coragem dele é incrível! - ouvi um deles falar, senti uma mão no meu bolso pegando meu celular e minha carteira, os dois homens negros retiraram o dinheiro e reviravam o resto, o branco e musculoso agora socava meu abdômen, olhei nos olhos frios e azuis dele, estava com vontade de me matar, senti o ruído de uma costela sendo quebrada, como um galho sendo forçado contra um joelho e depois se partindo, eu gritei pela dor chamando a atenção dos outros dois, que se voltaram a mim, uma série de socos e chutes me atingiu nas pernas, braço e por todo o corpo, eu cuspi sangue no asfalto frio, eu estava muito machucado, meu peito subia e descia em uma luta para respirar, os três foram em bora rindo foi a última imagem que vi antes da escuridão e a fraqueza tomarem cinta de mim, eu me lembro de ter visto uma luz estranha, no fundo, eu vi Dita, sim! Era ela! De branco, como um anjo! "Vai ficar tudo bem" ela disse docemente com os lábios pintados de vermelho, será mesmo?

DITA P.O.V.

Mais um encontro que deu errado, eu dirijo enquanto praguejo contra o tinder, já é o terceiro só nos últimos dois meses, nunca encontrei nenhum homem que preste "o homem certo vira quando parar de procurar" a voz de minha mãe ecoou em minha cabeça, sinto falta dela, devia ter ouvido seus conselhos sobre o amor, afinal, com ela deu certo não é, com raiva eu apago o aplicativo e uma lágrima quente escorre em meu rosto. Em um lampejo, as feições de Brian me surgem a mente, mas porque? Não faz sentido, por mais que eu tenha pensado, muito nele, e até busquei nos registros escolares onde ele mora, um bairro nobre eu diria, mas ele não é tão arrogante quanto os pais, o seu sorriso estranhamente me conforta. 

Dobro a esquina e uma rua igual a outra se faz diante de mim, meu mundinho sem cor e repetitivo.

Uma silhueta preta aparece deitada diante de meu carro " jogo" farol naquilo e vejo que é uma pessoa, desço do carro temendo ser uma emboscada, chego perto do corpo, um rapaz de cabelos compridos?! Viro delicadamente e meu coração vai a minha garganta.

- BRIAN ?! - gritei assustada

Apoio sua cabeça em meu colo com cuidado, ele estava muito machucado, hematomas roxos pelo rosto, e muito sangue, um corte na testa, arranhão perto da bochecha, sangue saindo do nariz e da boca também, escorrendo pelo queixo, uma hemorragia.

- Brian, acorda, por favor, abre os olhos! - imploro sem obter resposta 

Com a mão tremendo eu ligo para a ambulância e passo as informações da rua, e de como ele estava.

Ve-lo daquele jeito me arrancou lágrimas, ele estava respirando, mas desacordado, quem poderia ter feito isso? Esperei por intermináveis 10 minutos, fiz questão de acompanha-lo na ambulância, alegando ser sua irmã mais velha, para que não desse problemas, eu segurei sua mão durante todo o trajeto.

Chegando no hospital, parecia uma colméia, médicos a volta dele o tempo todo.

"Precisamos dé um raio-X da caixa torácica"

"Há suspeita de costelas quebradas que podem ter perfurado o pulmão"

"Encaminhem para a cirurgia"

Aquilo me fazia ficar tonta, olhei para minhas mãos cheias de sangue coagulado, me apoiei na parede e duas enfermeiras vieram até mim, me conduzindo a sala de repouso, eu repetia, "rua red crystal número 345, the new way of teach" e logo em seguida, tudo ficou escuro.



Notas Finais


Acho que já está bom de cliche por hoje meninas
Então, gostaram?
Comentem, eu n mordo.
Desculpem se abreviei ou cometi algum erro.
Agora quero saber a opinião de vocês, Brian foi preconceituoso?
até a proxima


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