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História Team Seven - Sentimentos confusos, revoltas e decisão...


Escrita por: AtiadasFic

Notas do Autor


YOOOOOOOOOOOOOOOOO Minna!!!! Olha quem voltou antes de um mês!!?? hahahaha E olhem que eu tentei viu, poxa to escrevendo esse cap tem umas duas semanas e olha gente Tenho que adimitir que eu estou muito contente com o resutado, primeiro porque tive que dividi-lo em duas partes, pra não ficar informação demais, porque vários núcleos acabaram sendo escritos. Então vamos lá, primeiro quero agradecer a todo o carinho de vocês, eu amo muito muito muito todos os comentários e POOOOORAAAA nós somos 94 !!!! eu fiquei muito surtada com esses favoritos!! eu amo vocês e eu quero que veeeeeeenham falar comigo eu gosto muito disso!!! AAAAAAAHHH e como eu disse que piquei o cap então fiquem felizes, hoje estou postando a parte um e provavelmente poste a segunda parte no domingo <3 Vamos ter personagens novos sendo apresentados e vamos ter uma reviravolta na parte dois hahaha AAAAAAAAAAAHHHHH Eu nem tenho esse costume mas vou fazer porque o cap só foi possivel graças a trilha sonora dele então, vou deixar a listinha aqui: Konayuki - Remioromen | Jessie J - Who You Are | Sotsugyou - Yutaka Ozaki | Sia - The Greatest | I love You -Yutaka Ozaki | Hotaru No Hikari - Naruto | Sia - Eye of the Needle | Owl City & Carly Rae Jepsen - Good Time | Jessie J - Nobody's Perfect | Silhouette - Naruto |
E bom vou parar de enrolar!!! Boa leitura e não esqueçam de manter os rémedios longe do alcance das crianças!!!
PS.: EU VOU REEEEEESPONDER TOOOOOOODO MUNDO HJ A NOITE <3 AMO OCÊEEIS <3

Capítulo 9 - Sentimentos confusos, revoltas e decisão...


Fanfic / Fanfiction Team Seven - Sentimentos confusos, revoltas e decisão...


Isse no se de fumikomu gōrain bokura wa
Nanimo nanimo mada shiranu
Issen koete furikaeruto mō nai bokura wa
(
Contando até três, pisamos a linha de chegada
Nós ainda não sabemos de nada
Passando por esta linha olhamos para trás e não tem mais nada
)
Silhouette - Naruto 

 

 

Sem a menor duvida Sasuke havia adquirido um apreço muito grande por contemplar o céu. Acabou se tornando algo tranquilizante para ele com o passar dos anos. Era como um pequeno exercício de descontração e relaxamento. As coisas haviam mudado bastante, ele já podia caminhar entre os aldeões sem ouvir sussurros cruéis. E poucas vezes percebia alguns olhares maldosos em sua direção, e não importava o quanto tudo havia mudado o céu era sempre o mesmo e ele continuava lembrando Sasuke dos olhos de um certo alguém. O Uchiha balançou a cabeça espalhando aquele pensamento que lhe era quase como uma prece, era seu segredo. Sorriu de forma calma enquanto caminhava pelas ruas agitadas de Konoha, vez ou outra  era obrigado a sorrir de forma educada para uma ou outra pessoa, ou a parar seu trajeto para ouvir as crianças lhe fazerem perguntas sobre a guerra, ou sobre sua luta com o Hokage e tinham até  algumas que perguntavam sobre seu tempo com a Akatsuki e estas em sua opinião eram as mais engraçadas, pois eram sempre repreendidas por seus amigos, o que fazia com que o Uchiha acabasse rindo e contava-lhe algumas histórias principalmente sobre Juugo, Karin e Suigetsu. Sasuke achava suas reações verdadeiramente engraçadas e ele não era o maior fã de crianças do mundo. Porém tinha uma paciência admirável. E vê-las prender a respiração e arregalar os olhos quando ele contava algumas de suas experiências era divertido. Estava se despedindo de um trio muito animado, que havia lhe perguntado sobre como era ser da mesma equipe do Hokage quando ouviu uma voz familiar lhe chamar. 

- Yooo, Sasuke-kun - Falou Ino por trás das sacolas enormes de compra, que Sasuke se viu obrigado a pegar algumas para desafogar a mulher, que ainda segurava a mão de uma criança que sorria para Sasuke. 

- Ino! - cumprimentou ele ajeitando as sacolas em seu braço direito. 

- Você não precisa... - começou Ino mas o sorriso  de lado dado pelo Uchiha a fez parar.  - Obrigado, pela gentileza. 

- Não há de que. - Respondeu o homem enquanto se colocava a caminha nos passos calmos de Ino e do filho. - Inojin você cresceu da última vez que eu vi você!

- Já faz bastante tempo né, Tio Sasuke! - O garoto sorriu para Sasuke e afirmou com o rosto, ainda segurando a mão da mãe. 

- Tem razão, já faz bastante tempo. - O Uchiha respondeu de maneira nostalgica, e Ino o observou com atenção. Nunca havia pensado a respeito mas Sasuke se dava bem com crianças e seria um bom pai. Não era como se o Uchiha vivesse cercado de crianças nem nada do tipo, mas ele tinha uma paciência nata e as crianças o obedeciam, até mesmo Boruto que era uma pestinha ( Ino amava o filho de sua amiga, mas precisava ser sincera, Boruto era dez vezes mais agitado que Naruto quando criança e isso é muita coisa. ) e pelo que viu em uma das manhãs que havia visitado a casa de Naruto, Sasuke se dava muito bem com Himawari. Na verdade Himawari era simplesmente encantada pelo o Uchiha. E havia entre eles uma adoração mutua e aquilo acabou fazendo Ino dar uma gargalhada. "Uzumaki afinal!" e acabou recebendo um olhar curioso de Sasuke e Inojin, mas a mulher apenas negou com o rosto.

Caminharam até a casa dos Imanaka e no caminho colocaram a conversa em dia, Ino continuava engraçada e esperta, e isso trazia certo conforto para Sasuke, era bom saber que depois de todos aqueles meses ela não havia ficado brava pela sua ausência. Ele já precisava lidar com a raiva de Sakura e a rejeição silenciosa de Naruto, era bom saber que Ino continuava sendo a boa e velha Ino de sempre. Sua amiga de bebedeiras. Um pequeno sorriso cresceu em seu rosto, as coisas realmente haviam mudado. Quando em sã consciência iria imaginar que seria com Ino e Sai que ele dividiria suas bebedeiras. Claro, que depois do nascimento de Inojin, eles trocaram as doses de Sakê por boas garrafas de coca-cola e em seu tempo de lactante foram muitos litros de suco de laranja. Fez questão de lembrar isso a Ino no caminho, o que lhe rendeu um tapa no ombro esquerdo. "Seu Uchiha de merda!" pode ler os lábios de Ino, que o repreendeu sem emitir som por conta de seu filho. Sasuke apenas deu uma risada contida, sem deixar sair de seus padrões sérios. 

- Só não te mato, porque Naruto precisa de você. - Ino pensou em outra terminação para a frase mas preferiu seguir um caminho seguro, e mesmo assim recebeu de volta um olhar mau-humorado de Sasuke. 

- Naruto é bem grandinho. - A voz dele não era tão desprovida de emoções quanto teria sido anos antes, e Ino percebia isso claramente. E balançou a cabeça para esconder o sorriso que lhe tomava.

- O Hokage-sama pode até ser grande, mas as vezes ele é implicante. - Inojin era uma criança bastante esperta também e apesar de sua falta de tato social ser muito parecida com a de Sai, o garoto era bem amável com a mãe. Era impossível para Sasuke não se sentir verdadeiramente contente por Ino. 

O que Sasuke ouviu foi basicamente "Ele é grande mas é pior que eu!" e não havia como negar aquela afirmação, pois na verdade era bem isso mesmo. Naruto era uma criança, pois quando tinha que ser uma criança teve que ficar sozinho e essa dor, Sasuke conseguia compreender. Eles eram apenas crianças quando tiveram que aceitar o peso da vida de adultos. 

- Você vai vir no domingo não é? - A loira perguntou de maneira quase afirmativa e Sasuke lhe devolveu um olhar confuso. 

- Domingo a noite? - Repetiu o Uchiha. 

- Pro casamento da mamãe e do Papai!!!!!!!! - Inojin se intrometeu na conversa, olhando para Sasuke de maneira cúmplice. - Você pode convencer o Hokage-sama a vir também. 

- Não seria ruim se Naruto viesse. - A maneira como Ino falou, fez uma parte de Sasuke se apertar. Sempre que falavam dessa nova dor de Naruto, era como se o próprio Sasuke a pudesse sentir. 

- Ele não tem participado de nada, não é? - falou de maneira usual, e apesar de ser uma pergunta, ele já sabia a resposta. 

E como se, para quebrar a corrente ruim e densa que havia se formado entre eles, Inojin se adiantou correndo até a porta da casa e a escancarando, voltando correndo para pegar uma das sacolas o que fez com que os adultos o acompanhasse em seu trabalho, quando as compras já estavam em casa, Ino ofereceu ao amigo um chá e se já estava ali mesmo não havia porque recusar. 

A loira preparou o chá com calma, colheu as folhas de camélia de um pequeno vaso que tomava sol no beiral da janela de sua cozinha bem iluminada, as lavou em água fresca e cuidadosamente espremeu as folhas até que conseguisse o sumo desejado, acrescentando por fim a água fervente, enquanto separava alguns biscoitos já preparava a bandeja para levar até a sala. Atentou-se porém que já havia se passado quase quinze minutos e se conhecia Sasuke, era bem possível que estivesse irritado. Porém para sua surpresa, quando chegou em sua sala carregando a bandeja, Sasuke estava sentado no chão rindo de seu próprio desenho enquanto Inojin fazia criticas que pareciam muito sérias ao ver de Ino, e eram apenas besteiras de criança, mas Sasuke lhe dava toda a  atenção do mundo, fazendo sinais de concordância com as dicas que o pequeno lhe dava e as vezes corrigia alguns traços do desenho sobre a supervisão do loirinho, Ino não queria interromper aquilo. 

Honestamente, se lhe fosse cabível gravaria aquele momento, porque nunca em sua vida, imaginou ver Uchiha Sasuke sentado no chão de sua sala, brincando de desenhar com seu filho. Porém, raspou a garganta anunciando sua presença. Automaticamente Sasuke olhou em sua direção. 

- Trouxe o chá! - sorriu. - Me desculpe por demorar. 

- Sem problemas, Inojin estava me mostrando o quão ruim eu posso ser desenhando! - O tom de Sasuke estava tão descontraído que a mulher procurou por Naruto escondido em alguma parte de sua casa, não havia como Sasuke estar tão confortável sem Naruto por perto. Foi quando a loira deixou escapar.

- Você sabe rir sem o Naruto por perto! - Seus olhos se arregalaram e el comprimiu a boca com força. O rosto de Sasuke assumiu um tom vermelho que Ino não soube muito bem como lidar. Porém, logo o Uchiha se recompôs e deu de ombros ignorando por completo a acusação da amiga. 

- Você nunca pensou em ser pai Sasuke? - Ino colocou a bandeja na mesa de centro e se sentou ao lado do filho e começou a acariciar seus cabelos loiros.

- Naruto já me dá trabalho demais, não preciso de outra criança na minha vida. - a resposta do moreno a fez rir, enquanto servia o chá. E ele continuou. - Além do mais, alguém precisa cuidar do Bolt e da Himawari. 

Ino queria dar uns bons tapas no Uchiha e falar com ele algumas pequenas verdades, mas mordeu sua boca por dentro e apenas sorriu. Enquanto contava mentalmente até um bilhão. 

- Nada de clã Uchiha por enquanto? - perguntou rindo, enquanto sentia uma pequena tristeza em seu coração, até quando aqueles dois permaneceriam naquilo? 

- Isso... - A voz de Sasuke pareceu repentinamente pesada. A essa altura Inojin já havia ido para seu quarto e os dois conversavam na sala. E Sasuke ainda odiava Ino por conseguir fazer com que ele falasse coisas que não admitia para si mesmo. E eles não estavam nem bêbados. - Essa maldição... - seus olhos estavam marejados enquanto a sentença saia baixinho de seus lábios. - Tem que morrer comigo. 

Definitivamente ela havia se tornado muito mais controlada agora. Estava mais calma. E havia aprendido algum auto-controle com seu marido. Porém, não havia a menor possibilidade de que se controlasse diante daquela afirmação, o coração de Ino batia tão forte e alto que Sasuke podia escutá-lo, ainda mas após o silêncio que havia se instalado na sala, em seguida ao tapa forte e estalado que Ino havia acertado no rosto do Uchiha.

- Nunca mais fale algo tão egoísta. - A loira falou com sinceridade e as lagrimas caíram de sua face livida de raiva. - Não depois de tudo, que você passou. - precisou respirar fundo para continuar. - Não depois de tudo que nós passamos. - Ino encarou Sasuke nos olhos e talvez tivesse fraquejado se tivesse parado para pensar, mas não o fez, apenas despejou o que precisava falar. - Não depois de todo o sacrifício de Itachi e toda a dedicação de Naruto. -  a mulher apontou o dedo em direção ao rosto do amigo o que fez com que ele a olhasse diretamente. - Nem mesmo você pode ser tão egoísta.

Assim que terminou seu pequeno discurso sentia seu peito doer, sabia que haviam alguns limites a seguir, ainda mais quando se tratava de Sasuke, e sem sombra de duvidas, acertar um tapa em seu rosto era um dos que ela não deveria atravessar.

- Você pode me odiar agora.... - voltou a falar enquanto dava as costas para Sasuke. Quando sentiu sua mão ser segurada fazendo com que ela olhasse para trás, e o que chegou a seu campo de visão, fez seu coração se apertar.  Sasuke não parecia o grandioso Uchiha Sasuke, único e verdadeiro rival do grande Hokage. Parecia só um cara assustado demais para colar tudo em palavras. 

- Ino.. - Ele suspirou pesadamente e se aproximou da loira dando um peteleco em sua testa. - Talvez mais tarde. 

E Ino foi deixada para traz, enquanto viu Sasuke sair de sua casa, mais confuso do que jamais estivera. 

 

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Boruto havia conseguido se livrar da última tarefa que teria nos treinamentos diários com Konohamaru, graças a ele ter sido chamado para alguma missão. Talvez, devesse agradecer seu pai por isso. Claro que para isso ele teria que conseguir ser agraciado com a sorte de ver seu pai. 

Correu o mais rápido que podia para chegar em casa, queria contar tudo para Himawari, principalmente sobre ter conseguido subir no topo da árvore apenas manipulando chakra para a planta de seus pés. Ele também queria contar sobre seu treinamento de mira, e também precisava contar que já havia comprido sua parte do trato naquela semana, tinha levado flores para o tumulo de sua mãe, afinal esse era seu combinado com ela. Enquanto ainda fosse pequena e não conseguisse fazer isso ao seu lado, ele se encarregaria de levar flores o suficiente para os dois. E bem, Boruto sabia que a mãe entendia, ela não estava brava com Himawari então a irmã não precisava se preocupar com nada a não ser, crescer, saudável e feliz.

E isso trazia a sua mente a noite de ontem, gostaria de saber se seu pai havia entrado mesmo no quarto e parado de ser um imbecil com sua irmã. Mas nem ferrando ia perguntar para Naruto. Talvez pudesse perguntar para a tia, ou até mesmo o Tio Sasuke, tinha certeza que ele tinha um dedo nesse comportamento do pai. Afinal, se havia alguém capaz de colocar juízo naquele cabeça oca, era o tio. Mas isso não eximiria a culpa que o pai tinha em tê-los abandonado. Porém, isso seria muito bom para Himawari e Boruto sabia muito bem disso. Então, se o pai tivesse largado mão de ser idiota e enfim ter criado coragem de ver a irmã, ele poderia perdoar mesmo que fosse um pouquinho o seu velho idiota. 

Quando entrou em casa, ainda estava retirando os sapatos quando o cheiro da comida lhe encheu as narinas, fazendo que seu estomago revirasse e se contraísse de fome. Se apressou, chegando logo na sala de jantar, onde a mesa estava posta, e sentiu novamente sua barriga roncar.

 - Hey Tia Hanabi, o  almoço está bem produzido... - falou de forma animada enquanto olhava a comida, se atreveu a retirar um pedaço do bife e aquilo estava maravilhoso. -  O konohamaru-sensei vai vir? 

Naruto achou que seu coração fosse sair de seu peito. Com toda a certeza ele acreditou na probabilidade de que ele fosse parar de bater. Mas se ficasse escondido na cozinha e não fosse falar com o filho, teria que lidar com um Ex-Nukenin extremamente raivoso. E tudo o que não queria era brigar com Sasuke. 

- Ham... -  tentou falar, para anunciar sua presença, mas aquilo parecia ser o melhor que conseguia fazer. - É bem.. 

- Você? - interrompeu Boruto sem ser capaz de assimilar a informação de que realmente era seu pai ali. 

- Eu.  - Naruto admitiu.  

Boruto se adiantou, correndo em direção a Naruto, lhe desferindo um chute alto e forte para o tamanho e a idade do garoto. "Quando foi mesmo que ele havia se tornado tão rápido assim? " pensou o Uzumaki mais velho enquanto segurava o filho pela perna, fazendo-o cair no chão de costas. 

- É mesmo você... - Boruto anunciou enquanto se colocava de pé, e ajeitava suas roupas. Era Naruto ali, depois de meses chegando depois que dormiam e saindo antes de acordarem. Não era um clone, nem nada. Era seu pai, parado em sua frente, e por algum motivo aquilo estava lhe deixando muito irritado. - O que exatamente faz aqui? 

- Eu moro aqui.  - Tentou Naruto com um meio sorriso afetado.

- Há.. - a voz de Boruto era tingida por sarcasmo. - Engraçado, vejo mais o Tio Sasuke aqui do que você. 

- Eu fiz almoço... - Falou o loiro mais velho sem se deixar levar pelas provocações dolorosas do mais novo. E Naruto nem mesmo tinha direito de se sentir irritado por aquela recepção. Toda a aspereza de Boruto em relação a ele, tinha sido muito bem conquistada com cada uma de suas idiotices e meses longe quando os seus filhos mais precisaram de sua presença. 

- Desde quando você cozinha? - Boruto não conseguia. E estava tentando muito não retrucar tudo o que o pai dizia mas lhe era praticamente impossível. 

- Sasuke ajudou...  - Admitiu Naruto corado, e um pouco mais corajoso, afinal seu melhor amigo acreditava nele então, talvez devesse dar algum crédito a si mesmo, mas a resposta rápida de Boruto abalou a confiança frágil e recentemente adquirida.

- Ha... É claro.  - Boruto deu de ombros e encarou o pai.

- Bolt... - Começou o Uzumaki mais velho e aquilo foi o estopim para Boruto. Naruto havia sumido de sua vida quando mais precisou dele, e agora aparece ali lhe chamando pelo apelido que a mãe havia lhe dado. 

- Não me venha com Bolt, tá? - cortou a fala do pai antes mesmo que ele pudesse começar a formular sua frase com coerência. - Eu vou subir e me trocar e venho almoçar. Você não precisa me esperar nem nada do tipo.. - Já estava na metade da escada quando se curvou em direção ao pai. - Pode voltar a fazer suas coisas de Hokage. 

O loiro engoliu sua lágrimas, afinal, havia encarado uma guerra ninja de frente e poucas vezes se sentiu acuado. Não iria deixar que a fúria de uma criança lhe assustassem, ou pelo menos não demostraria que isso de fato acontecia. Suspirou pesadamente enquanto podia ouvir os passos de Boruto no andar de cima foi até o cercadinho cor-de-rosa onde alheia a todo o restou Himawari brincava com um dinossauro verde.

- Acho que ele não vai me perdoar fácil Hime-sama.. - havia adotado a forma como Sasuke chamava a filha e mais uma vez desejou que o melhor amigo estivesse ali. 

Naruto foi arrancado de seus pensamentos, depois de uns quinze minutos quando Boruto desceu as escadas de forma bem barulhenta. 

- Ainda aqui? -  Perguntou a criança olhando o pai sentado no sofá próximo a irmã.

-Tirei o dia de folga..  - Admitiu Naruto na esperança de que aquilo fosse algo bom. 

- UAAALLL! - a  voz de Boruto foi tão carregada de ironia e alta que até mesmo Himawari o olhou. - E tem certeza que na sua ausencia uma quinta guerra ninja não vai se iniciar? - caminhou até a mesa e subiu em uma das cadeiras para que pudesse dar altura onde a comida estava e aquela cena fez o coração de Naruto se apertar. Boruto parecia tão auto-suficiente sempre que ele acabava se esquecendo de que ele era apenas uma criança. E que ele havia deixado seu filho sozinho. O loirinho já estava comendo quando completou seu raciocínio. - Não precisa perder seu precioso tempo com seus filhos!

Naruto por sua vez engoliu as palavras de Boruto e preparou um prato para si mesmo. Revirou a comida e as vezes tentava comer um pouco mas não descia bem e não era como se a comida estivesse ruim. Muito pelo contrário, a comida estava maravilhosamente saborosa e bem feita, mas simplesmente não descia. Era como se o nó em sua garganta estivesse impedindo a passagem e bem provavelmente estivesse mesmo. 

O almoço foi silencioso, mas uma parte de Boruto, aquela pequena parte que ele não queria dar ouvidos, estava contente pelo pai estar ali. Porém, essa parte estava muito bem supervisionada pela parte que estava muito brava com Naruto.

- Nós precisamos conversar... - Tentou o Uzumaki mais velho enquanto encarava a mesa.

- Não fale como se você se importasse pai. - Boruto respondeu cruzando o hachi sobre o prato. - Não combina com você. 

- Eu sei okay? - A voz de Naruto demonstrava o cansaço interno que sentia. O desespero constante em seu peito agora parecia estar gritando. Boruto achava mesmo que ele não sabia? Acreditava mesmo que não se importava? Que houve um só dia que não se culpava por não conseguir olhar para a própria filha?  Queria poder falar tudo aquilo, mas não havia sentido em despejar suas frustrações em seu filho, então apenas se deu por vencido e resumiu toda a sua dor. - Que eu fui um idiota nos últimos tempos. 

- Idiota? - o rosto de seu filho se contorceu em uma careta engraçada e triste -  Não, o Tio Shikamaru as vezes é idiota. - sorriu de lado com uma maldade que não deveria ter no rosto de uma criança. - O Tio Sasuke e a Tia Sakura ás vezes são idiotas. - Boruto se levantou da cadeira e soltou um suspiro alto. -  Você não foi nada. - um silêncio denso cresceu entre pai e filho. - Você nem sequer falou no funeral da mamãe... - soltou aquilo sem nem mesmo poder pensar a respeito. Aquilo era algo que lhe doía tanto. O silêncio de Naruto é de tudo o que mais havia lhe machucado e continuava a ferir. - Você não teve nem o respeito de se despedir dela de forma apropriada. - Bolt bateu no próprio peito algumas vezes com raiva e os olhos cheios de lagrimas mas as obrigou a não cair. - Eu vou ao tumulo da mamãe todas as semanas e eu nunca vi uma flor sua lá. Nenhum um maldito girassol que ela tanto amava. - ele estava gritando e  Himawari olhava em direção ao som com a expressão assustada. - MAS VOCÊ NÃO PODIA NÃO É MESMO, PAI? - O choro da menina ecoou pela sala, tinha se assustado com a voz alta de Boruto e ele se aproximou dela com cuidado, fazendo carinho em seus cabelos e cosquinhas até que ela se acalmasse  um pouco, foi quando acusou. - Estava ocupado demais sentindo pena de você mesmo.

- Boruto...  - Naruto se aproximou do filho tentando lhe tocar o ombro direito mas foi impedido por um tapa forte na mão.  Boruto o olhava livido. E o choro de Himawari havia retornado. 

- Não, okay?! - Boruto olhou para o pai por um longo tempo decidindo se ria ou se gritava de frustração então apenas deu de ombros e sorriu sem o menor traço de humor, o choro da irmã ecoando em seus ouvidos. - Você quer conversar? Vamos conversar!  - O Uzumaki mais novo encarava Naruto com magoa estampada em sua face. Abriu os braços em um gesto de indignação e suspirou levando suas mãos até seus cabelos. Bruto era só uma criança, ainda não tinha nem mesmo sete anos e já era mais maduro do que muitas pessoas mais velhas que conhecia, a verdade é que ele sabia que a dor muda as pessoas. As faz crescer. - Acha mesmo que é assim? Você some durante meses, quando nós mais precisávamos de você! - Ele aponta para si mesmo e depois para Himawari - que agora soluçava - fazendo com que o coração de Naruto se aperte dolorosamente, e o pior era que não conseguia nem ao menos repreender o filho por falar com ele daquela forma. Não conseguia e nem podia fazê-lo. - E aparece aqui e faz um almoço e tudo certo?  - Com desgosto Naruto ouviu a risada desdenhosa do filho reverberar por toda a cozinha, e logo ela foi cessando, dando lugar a uma expressão vazia no rosto da criança. - Pai eu não queria que você deixasse de ser Hokage nem nada disso! Eu só queria que você estivesse aqui. Que não chegasse quando já estávamos dormindo e saísse antes de acordarmos. - Ouvir de Boruto tudo aquilo, fazia o coração de Naruto se partir, o filho tinha todo o direito de estar com raiva, e falar cada uma daquelas coisas, nem por isso era menos doloroso de escutar. Naruto permaneceu sentado escutando Boruto e vendo seu menino despejar sua dor e se sentiu culpado, sabia que cada palavra do filho vinha tingida de verdade e com isso as lagrimas caíram por seu rosto sendo ecoadas pelos soluços ritimados da pequena Himawari que estava assustada. Porém a reação de Boruto matou um pedacinho de Naruto.

- Oh, você tá chorando! - Boruto deu uma risada incrédula e encarava o pai a sua frente aos prantos. E uma parte sua decidiu ser cruel, queria devolver ao pai a dor que sentiu em cada um daqueles meses, quando viu a tia ficar cuidando de sua irmã o tempo todo. Enquanto esperou pelo pai no funeral de sua mãe e ele nem ao menos apareceu para lhe dar um abraço. Na verdade Naruto nunca tinha lhe dito nada desde a morte de sua mãe e isso doía tanto que Boruto queria feri-lo da mesmo forma. - Cara, você não faz ideia de como eu fico feliz com isso. - E assim que falou sabia que tinha passado de um limite pelo qual não podia voltar atras. - Porque eu chorei mas você estava ocupado demais para ver. A Himawari chorou também, porque ela não conheceu a mamãe, e ela nunca vai conhecer, mas você era mais importante não é? - Naruto ficou sentado escutando o filho, com o coração sangrando demais para fazer qualquer coisa a respeito. A dor que lhe tomava era diferente de perder Hinata. Porque perdeu-a sabendo que ela o amava. E Perdeu Bolt sabendo que podia ter feito algo a respeito. - Eu fico feliz que esteja cuidando dela agora. Faça a coisa certa com ela, Naruto. - Boruto estava sendo sincero em relação a isso, não iria nunca ferrar com a possibilidade da irmã ter uma boa relação com Naruto. Esperava que ela pudesse ter esse carinho. - É o minimo que você deve a mamãe.  


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Olhou novamente para o envelope e tornou a abri-lo, encarando novamente os relatórios enviados por Kankurou. Leu-os mais uma vez e continuou sem saber como prosseguir, repetiu a leitura enquanto tentava assimilar aquelas informações. Porém, por mais que lesse não conseguia processar nenhuma das palavras que estavam escritas. Sua cabeça estava dando voltas tão grandes que a faziam doer poderosamente. 

Sakura se levantou e caminhou lentamente até a janela do seu escritório agradecendo internamente pela lufada de vento que lhe atingiu o rosto, respirou bem fundo enchendo os pulmões de ar e permitindo que se esvaziassem bem devagar, repetiu aquele ato mais algumas vezes enquanto colocava a cabeça em ordem. 

Gaara observou sua mulher com muita atenção. Quando decidiu que lhe mostraria os relatórios que seu irmão o haviam entregado, sabia que estava apostando muito alto no controle de sua esposa. E até  agora estava surpreso na verdade, pelo que conhecia de Sakura e a conhecia muito bem, era bastante surpreendente que ela não houvesse destruído metade da sala. 

Estava perdido em seus pensamentos, sobre como ela estaria se sentindo naquele momento que acabou se assustando levemente quando a voz dela soou baixinha e longe. 

- O que eu vou fazer? - Sakura olhava para a vila da areia que se estendia janela a fora, pensava no conteúdo dos relatórios e principalmente pensava em Sasuke. 

- Seja o que decidir Sakura. - Gaara falou com calma enquanto se pôs a caminhar até sua esposa. A voz do marido fez com que ela olhasse em sua direção, Gaara já estava bem próximo, tanto que a puxou para seus braços. - Faremos isso juntos. 

Agradeceu a todos os deuses que fossem existentes e inexistentes pelo conforto proporcionado pelos braços de Gaara. Afundou seu rosto no peito do marido e suspirou pesadamente, era mais fácil respirar ali e sem duvida nenhuma era bem mais fácil pensar com clareza em seus braços. 

- Temos que fazer algo a respeito. - anunciou a rosada baixinho, o que fez Gaara dar um pequeno sorriso. Sua esposa era uma mulher maravilhosa, e não esperava de fato uma decisão diferente daquela. 

- Precisaremos avisar Konoha... - falou o Kage cuidadosamente e ai o olhar cor de esmeralda e mortal foi exatamente como o que ele estava esperando. 

- Não temos não! - a voz dela era impaciente e Gaara quase sorriu, talvez se não fosse algo tão inesperado ele pudesse ter rido. - Primeiro nós vamos ver se isso é verdade. - Ela engoliu a seco e se  afastou do marido, com a cabeça a mil. - Não há porque fazer Sasuke-kun passar por isso se não forde fato o que pensamos. 

Gaara deu um leve sorriso. "Sempre Sasuke" pensou ele um pouco enciumado mas logo o pensamento se desfez, Sakura estava correta quanto a isso.


Notas Finais


Fantasminhas lindos e gatinhos veeeeenham falar comigo!!!! Eu gosto de vocês, deixem-me ama-lós!!! Mais alguém quis pegar a Hime-sama para fazê-la parar de chorar. Dózinha do Bolt... E a Ino perdendo a noção do perigo hahaha E quero saber quem aposta sobre o que Sakura e Gaara tomaram decisão ??


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