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História Teclomiose - .terá que comprar outro carpete


Escrita por: flarke e cpf

Notas do Autor


e ai, galerius, tudo bom? tenham uma boa leitura, beijão <3

Capítulo 4 - .terá que comprar outro carpete


Fanfic / Fanfiction Teclomiose - .terá que comprar outro carpete

                      Nikki Molina ― Point Of View

O receio de esbarrar em algum vaso caríssimo se apodera de mim durante o tempo em que ando vagarosamente até a cadeira que Sr.Payne acabou de apontar, para que possamos dialogar sobre meu emprego ― meu ainda não, mas espero que seja. Sento a cadeira em sua frente e respiro fundo tentando não transmitir a ele a tensão momentânea instalada em mim. Sorrio desconfortável quando o vejo me analisar e provavelmente anotar mentalmente meus pontos positivos e negativos apenas em olhar meus traços. Peço a Deus que ele tenha piedade, uma entrevista de emprego nunca é fácil.

― Então, Nikki. ― atento-me endireitando minha postura ― Por mais que eu tenha escrito no jornal com ou sem experiência, preciso ter ciência de qual das opções é válida referindo-se a você. ― ele diz sério e pelo seu jeito imagino que sorrir seja uma das últimas coisas que ele faça.

― Não tenho experiência. ― afirmo envergonhada e então me lembro do meu currículo que ainda não está em suas mãos, droga ― Ah! ― pego a pasta transparente e retiro de lá o papel com minhas informações pessoais e profissionais entregando para ele ― Aqui está meu currículo, mesmo que o Senhor não tenha pedido. ― essa última frase saiu sem querer. O homem pega o papel e analisa de cima a baixo minimamente. Tento identificar qualquer mínima nova expressão facial, mas sua feição não muda ao analisar a folha, isto é ruim ou péssimo?

― Seu currículo é bom. ― sorrio de lado pelo seu elogio ― Mesmo que não haja muitas experiências, ou melhor, experiência alguma, você ser nova e não ter concluído a faculdade de Arquitetura. ― o sorriso se desfaz rapidamente ao ouvir as verdades jogadas em minha face, lógico que aparentemente ele não disse tudo isso para me rebaixar, todavia sinto-me como uma pessoa completamente inútil ― Muitos pontos negativos, Sra. Molina. ― ele encara-me e disfarço a decepção estampada no meu rosto ― Por que eu deveria te contratar? Peço que seja franca.

― Todos os dias eu procuro no jornal por algum emprego. É algo que literalmente começou a fazer parte da minha rotina, procurar tem sido a coisa que eu mais faço. Já não faço idéia de quantas entrevistas já fiz, mas absolutamente nada dá certo. Às vezes por eu não ter concluído a faculdade, outras pela falta de experiência evidente e isso me deixa completamente sem esperança, no entanto nunca desisti. O Senhor deveria me contratar por que eu sou guerreira, busco ser melhor a cada dia que passa, não desisto fácil e principalmente porque eu darei o máximo de mim independente de quantas horas eu tenha que passar esfregando um tapete Persa. ― sorrio brincalhona após dizer a última frase.

Liam Payne continua com a mesma fisionomia, deixando-me atordoada e ansiosa. Ele limpa a garganta e apóia os braços na mesa, entrelaçando as mãos logo em seguida. Engulo em seco e permaneço estática.

― Candidatas muito mais experiente que você irão aparecer. ― assinto afirmando o que ele diz, até porque é um fato ― E como isso vai se tornar ainda mais difícil do que está sendo, preparei uma prova, como um processo seletivo.

― Tudo bem. ― mentira, não está nada bem ― O que terei que fazer? ― indago pedindo aos céus que seja uma coisa fácil.

— Você terá que limpar o carpete Persa, manchado com vinho tinto, ou seja lá o que eu estava bebendo. — espanto-me pelo tal processo seletivo, como havia dito eu nunca nem sequer vi um carpete Persa de perto, muito menos ter limpado um manchado de vinho tinto.

— Puta que pariu! — penso alto e meus olhos se arregalam quando percebo a burrada que fiz na frente do homem que tinha pelo menos 3% de vontade de me contratar. Agora o 3% se reduziu para 0%, com toda certeza do mundo.

— Como é? — ele indaga com a testa franzida, provavelmente não acreditando que me expressei dessa forma. O caminho da rua parece a coisa mais clara pra mim agora.

— Desculpe-me Senhor, eu não quis me expressar assim, apenas pensei alto demais. — encolho-me envergonhada pelo ato incrédulo — Peço perdão, novamente. — minhas mãos soam a medida que o silêncio começa a se apossar do ambiente em que estamos.

Payne parece me analisar novamente, como se tivesse me analisado errado anteriormente.

— Mesmo depois do puta que pariu, irá tentar? — ele diz irônico, consigo identificar a sua ironia de longe, já que ele não faz questão de não expressar isso facialmente — Se não quiser, acabamos por aqui.

— Não! — altero a voz sem querer, desesperada — Quero tentar, mas primeiramente quero dizer ao Senhor que nunca fiz coisa parecida, apenas para avisar mesmo.

×××

Os produtos de limpeza são colocados à minha frente e a frente da mancha enorme no carpete, sorrio para Payne antes de prender meu cabelo em um rabo de cavalo e me ajoelhar para iniciar a limpeza. O homem olha para mim com uma cara de “não estrague meu carpete garota” e o nervosismo corre solto. Pego o que acho que será necessário e dou início a limpeza, esfregando o tapete como se minha vida dependesse disso, é, depende literalmente. Payne senta-se possivelmente esgotado de ficar em pé me analisando e eu continuo o que estou fazendo, esfregando com a minha alma. Passam-se minutos e a macha parece pior a cada segundo. Posso dizer que 0000000,4% do vinho saiu, mas o resto continuo lindamente dando as caras e provavelmente rindo do meu esforço que não serviu para porcaria nenhuma.

— Acho que o Senhor terá que comprar outro carpete. — zombo rindo um pouco enquanto levo o antebraço para a testa retirando um pouco do suor acumulado nessa região. Olho para Liam e sua feição não é uma das melhores, ele realmente não está feliz comigo.

— Está contratada. — diz autoritário levantando-se da cadeira e indo até a frente da sua mesa.

— Como é? — pergunto desacreditada — Eu não consegui limpar seu carpete. — ressalto querendo me espancar segundos depois.

— Você realmente quer justificar a minha decisão? — Payne questiona com a testa franzida.

— Não! — digo de súbito — De forma alguma. — rio nervosa — Quem sou eu para justificar algo.

— Ótimo! Começará amanhã.

— Sr. Payne. — levanto chamando sua atenção — Não sei como agradecer sua bondade em me contratar, juro que não irá se arrepender. Vai nem notar minha presença.

— Essa última parte devo dizer que recuso. A coisa que mais quero notar é sua presença, Nikki. — como é? — Espero que não se importe.

— De forma alguma. No que o Senhor precisar, estarei pronta para atendê-lo.

— Então primeiramente, pare de me chamar de Senhor. — ele sorri amargo — E está dispensada, nos vemos amanhã.


Notas Finais


esperamos q tenham gostado meus amô, voltamos em breve rs bye!


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