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História Tédio - Tédio


Escrita por: Alaskalis

Notas do Autor


Boa leitura✌

Capítulo 1 - Tédio


Fanfic / Fanfiction Tédio - Tédio

Jah se faziam algumas horas que Sherlock Holmes solucionou seu último caso, “O sumiço do unicórnio ensanguentado”, apelido carinhoso criado pelo Watson em seu blog. A parede já havia sofrido com vários socos chutes e tiros, penalidade por ter insultado o seu tédio, seus adesivos de nicotina já estavam acabando e já não havia mais pele exposta onde poderiam ser colados, seu palácio mental estava a ponto de desmoronar, pois já fora revirado muitas vezes, Barba Ruiva já estava exausto de brincar e correr pelos gigantescos corredores de sua mente e John estava no hospital, fazendo mais um de seus malditos plantões noturnos. O moreno já estava tomando sua décima quarta xícara de chá enquanto se amaldiçoava mentalmente por não ter nada para fazer. Reclamou tanto que a Sra. Hudson perdeu a gigantesca paciência e passou a ignorar suas reclamações e suas súplicas, o obrigando assim a ir fazer seu próprio chá.

Tédio...


Tédio.......


Tédio..........


-TÉDIO!!! SERÁ QUE NINGUÉM MORRE NESSA CIDADE!!?- Esbravejou.

-Nossa, sou tão insignificante assim? – Uma voz doce e suavemente ofendida ecoou de um canto de seu palácio mental. Uma voz feminina, desconhecida, que soava rouca e assustadora.

Direcionou seus reluzentes orbes azul prateado em direção aquele som, se deparando com uma bela moça, de longos e ondulados cabelos negros que emolduravam um rosto delicado e incrivelmente perigoso, seus olhos transbordavam-se em ódio, raiva, dor e sede por sangue. Ela trajava um vestido social longo, também em um tom de preto, feito em veludo, que ia até pouco antes de seus pés, usava um par de botas de salto alto, finos como uma agulha, também feitas de veludo, porém com algumas manchas vermelho amarronzado perto da sola e ao longo do salto. Também usava luvas, como as de princesas, que outrora eram de um tom de claro bege, mas que agora estavam totalmente manchadas por um líquido espesso e de coloração escarlate e em sua barriga, se encontrava uma faca encravada até o final de sua lâmina. 

Quem era ela?... Por que estava lá?... Porque estava tão ofendida?

E o pior:

POR QUE ELA ESTAVA NAQUELE ESTADO, COBERTA DE SANGUE?

Essas perguntas a rondavam, Sherlock não se recordava daquela moça e mesmo sentindo que não deveria se atreveu a perguntar quem ela era.



- Oh querido, você não se lembra de mim? Deixe-me lhe ajudar, 16 de setembro de 2009. - O moreno, para a surpresa do mesmo, sabia exatamente de quem se tratava.

- Andressa Wingert, juíza federal da 4ª região, procurada internacionalmente por 35 crimes diferentes, dentre eles formação de quadrilha, receptação, ocultação de provas e desvio de verba pública. Foi encontrada morta pela empregada Elisa Hendrick, de vinte anos na época, no quarto de Felipe Wingert, primo de Andressa, vinte e sete anos na época, dentro do guarda-roupas do mesmo. A perícia concluiu que a sra. Wingert havia sido apunhalada pelo primo, em um ato impulsivo, durante uma discussão que Elisa relatou ter ouvido. Felipe admite ter discutido, porém também relata ter saído de casa para pensar antes de “ter um impulso ruim” como o mesmo chamou. Felipe não tinha álibi para a hora exata da morte e já havia sido condenado por caça ilegal e por homicídio culposo, pegando pena de 6 anos e 8 meses, então era um suspeito perfeito para qualquer um que quisesse escapar impune. E mesmo só havendo provas circunstânciais, pois na faca não havia digitais e na casa não havia nenhum vestígio de sangue, por menor que fosse, ele foi condenado pelo assassinato e por ocultação de cadáver. -Falou rapidamente enquanto se recordava dos fatos do caso. -O primeiro caso em que eu e a polícia discordamos no final e o primeiro em que eu realmente fiquei em dúvida do real culpado.

- É parece que você não me esqueceu querido...-Disse se aproximando do sofá em que Sherlock estava, sentando-se ao lado do mesmo.

- O que você quer aqui, Andressa? - A questionou sem muito interesse pois por maior que fosse seu tédio Andressa não o ajudaria.

- Ainn assim machuca meu coração! - Responde a mulher de forma manhosa e fazendo um biquinho infantil de birra.

- Você não tem um, aliás alguns diriam que você nunca teve um.

- Eu só quero ajudá-lo com seu tédio! - Diz com um sorriso sapeca.

- E como pretende fazer isso?

- Me espere e verás! - Responde indo em direção escuridão que a mesma tinha vindo. Após alguns segundos Andressa volta, trazendo com sigo uma grande caixa de madeira e, com muito esforço a arrastou até o centro da sala. - Um joguinho só para inteligentes...- A juíza abre a caixa revelando um grande número de facas e instrumento cirúrgicos, rolos de fita e de plástico filme, vários pedaços de plástico e sacos de lixo negros.

- Está ficando interessante...- murmurou intrigado. - E como funcionaria este joguinho? - Pergunta encarando Andressa, que aumenta seu sorriso ao entender que o detetive havia aceito sua proposta. Não obtendo uma explicação do funcionamento do jogo Sherlock se pôs a observar a sua desafiante.

A Wingert andou até a cozinha e buscou a mesa colocando-a no centro da sala, após pegou o grampeador de madeira e os pedaços de plástico de dentro da caixa, logo os prendendo pelas paredes e moveis cobrindo toda a sala exceto pelo o sofá que Sherlock estava. A moça voltou até a caixa agora buscando as facas, as fitas e o bisturi, posicionou-os na ponta da mesa e se sentou na poltrona de John.

- O tabuleiro está pronto querido, e as regras são as seguintes, você toma o remedinho que eu vou te dar, eu vou despi-lo, deita-lo nesta mesa e amarra-lo, e depois teremos uma conversa, cada vez que me ofender ou disser algo que eu não goste, alguma veia importante sua será cortada e alguma parte da sua pele arrancada. Combinado, amor?

Sherlock está tentado a aceitar, afinal é só um jogo e ele não via problema algum em ser amarrado nu em uma mesa e possivelmente ser esquartejado depois. Seu tédio estava o consumindo, e o moreno sabia que logo surtaria se não achasse algo interessante para fazer com o seu tempo.

- Sherly eu não tenho todo o tempo da minha morte para isso, você aceita ou não?

- Certo, eu acei- antes de terminar, Sherlock para quando ambos ouvem o som da porta sendo aberta, seguida de um grito carinhoso:

-AMOOR CHEGUEII!!-Era a doce voz de seu parceiro e namorado John. Que finalmente havia voltado para casa.

-Tchau Andressa. - Sussurrou vendo a imagem da mulher sumir do seu campo de visão. Sherlock se levantou do sofá e pelo canto do olho observou o relógio, meia noite e quarenta, John havia voltado mais cedo que o normal. O observou e não viu sinais de problemas, na verdade não achou nada que desse um pretexto para o outro voltar quase duas horas mais cedo, nem mesmo cansaço, então decidiu perguntar. - Voltou mais cedo... algum problema?

- Na verdade sim...- O moreno o ouvia atentamente, verdadeiramente preocupado com o loiro. – Eu fiquei com saudade de você... – Disse se aproximando do outo. - De você e desse seu corpinho lindo... - Falou  enquanto enlaçava a cintura do mais alto e o puxava para si, colando seus corpos. - E como eu imaginei que você estaria entediado, eu vim o mais rápido que consegui.

-Hmm... sabe o que você merece por faltar o trabalho para me ajudar com meu tédio? - Sherlock perguntou com um sorriso repleto de malícia.

- Nem imagino...- John respondeu entrando no joguinho do maior. - Um beijo?

- Vários!- Corrigiu.- E uma noite bem quente...- Completou, puxando o loiro em direção ao seu quarto, como uma criança que puxa os pais para a loja de doces. Apenas de saber que John era só seu, e sempre seria seu coração falhava algumas batidas.

"A necessidade de procurar a verdadeira felicidade é o fundamento da liberdade."-John Locke.


Fim


Notas Finais


Unicornios queridos do meu kokoro, eu sei que tah meio lixosa mas eu precisava postar algo e minha criatividade num colaborou muito.

Obrigada por lerem❤

Bjs dah loka *3*


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