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História Teen Spirits ||L.H|| [Em Edição] - Beach Party


Escrita por: 5sosbadbitch

Notas do Autor


mais um revisado! Eu mudei bastante— certo, tudo. Mas é que eu simplesmente não estava conseguindo prosseguir com essa fanfic sendo que tinha capítulos (quase todos) muito superficiais e vazios.

Capítulo 3 - Beach Party


Fanfic / Fanfiction Teen Spirits ||L.H|| [Em Edição] - Beach Party

BØRNS - American Money

Narradora Point Of View

Andrei chegou em casa, exatamente, às três e meia, após uma curta caminhada da escola até sua casa. Sua cabeça ainda latejava e seus pensamentos rodavam na conversa de poucos minutos atrás, quando seu pai o ligou e começou a xingá-lo.

Ele, na verdade, não entendia o porquê desse ódio que seu pai lhe transmitia, tanto por sua sexualidade quanto por não ser "homem" o suficiente para seguir a mesma profissão que ele, a qual era soldado. Andrei sempre quis fazer um curso de fotografia, essa profissão sempre lhe chamou atenção, e seu pai sempre disse que era coisa de 'viado'.

E Andrei sempre o odiou.

— Aonde você estava, porra?! — o homem loiro gritou assim que Andy pôs seus pés dentro de sua casa. — Estava se agarrando com homens? Ah, não, homens não. Viados como você!

Era sempre assim, Steven sempre fez isso com ele, desde quando descobriu a sexualidade do filho. Mas o que Andrei não entendia era seu ódio, afinal, ele era seu pai, o qual deveria amá-lo independente de qualquer coisa. Deveria protege-lo e, mesmo sendo gay, não deveria xingá-lo ou maltratá-lo por isso. Steven deveria aceitar isso, fazia seu filho feliz.

— Não é só porque sou gay que não sou homem, pai — ele sentia o nó se acumulando na garganta, seu pescoço esquentava assim como seu rosto.

— Por isso sua mãe nos deixou — o mais velho negou com a cabeça, e caminhou para a cozinha. — Também não sei porque ainda não te expulsei de casa.

Andrei quase chorou, mas ele não daria esse prazer ao seu pai. Não. E sua mãe também não os deixou por isso. E ele quis xingar, gritar e colocar tudo para fora. Ele não aguentava mais reprimir tantos sentimentos e pensamento, sendo a maioria ruins. Ele ainda era um ser humano, com sentimentos. Ele ainda poderia ser quebrado, destruído de dentro para fora. Ele não era um ser de outro planeta apenas por gostar do mesmo sexo. Ele é igual a qualquer um.

— Eu vou sair com Starry — o menino pronunciou da escada, quando subia para seu quarto. — Não precisa me esperar acordado.

Ele não obteve resposta alguma, então decidiu apenas se arrumar e ir para a praia, onde ele poderia ter um pouco de paz em sua mente.

Claro que a vontade de chorar ainda não havia passado, mas ele — como em várias outras vezes — decidiu apenas afogar isso e não desperdiçar seu tempo com alguém de mente fechada (o que poderia causar pânico em gente claustrofóbica).

[...]

A praia, para o alívio de Andrei, era perto de sua casa. Um quarteirão de distância. Então ele optou por não esperar uma carona ou algo do tipo, apenas caminhou até lá, sentindo a brisa leve do fim da tarde e, também, pôde contemplar o por do sol — algo que, talvez, ele não reparasse há tempos.

Quando ele chegou na praia, perto do cás e do pequeno palco onde ocorreria o show, ele avistou somente as suas duas amigas. Ambas conversavam alheias ao que acontecia ao seu derredor, olhando para o mar engolindo o resto da iluminação solar que era fornecida, deixando o céu em um degradê que ia do azul ao amarelo escuro.

E, não era culpa de Andrei se ele desejou (ao menos um pouquinho), ter uma vida perfeita. Ou pelo menos, ter a vida de uma delas. Não era inveja por bens materiais ou nado do tipo, era apenas a falta de afeto que vem da família. Algo não deve ser negado nunca a ninguém.

Isso poderia ser considerado inveja?

— Hey hey, girls — o loiro se aproximou delas, fazendo-as levarem um sustinho e direcionarem seus olhares para ele. — Só vocês que chegaram?

As duas concordaram, e depois Letty apenas parou de falar aos poucos. Andrei quis saber por quê essa mudança repentina.

— Sabe que eu tive que mentir para minha mãe? — Starry bufou, levando as mãos ao rosto e negando com a cabeça. — Eu não suporto mentiras.

— O que você disse à ela? — O loiro perguntou enquanto sentava-se perto das meninas, e também passou a olhar para o mar.

Agora, a lua já estava brilhando no céu escuro, junto com as estrelas, mesmo que eles não pudessem contemplar a beleza real e a luz que todos eles traziam consigo, por estarem em um local totalmente iluminados.

— Para ela, estou na casa de Letty fazendo o trabalho de química.

A loira franziu o cenho e direcionou seu olhar para a morena. Uma de suas sobrancelhas estavam erguidas, e seus olhos não estavam no azul mais bonito.

— Sério? — A Jillian riu, depois encarou o olhar sério de Edwards.

— Realmente temos um trabalho — ela deu de ombros, tentando não ser a chata que levava a preocupação para o grupo.

Eles apenas deram de ombros e voltaram a falar de coisas totalmente aleatórias, desde como a nova professora de artes estava sendo incrível e passando trabalhos incríveis, quanto sobre Letty não ter senso (de acordo com Starry) por não ser feminista e agarrar a causa. Em defesa, a loira disse que não queria repugnar e nem se achar superior aos homens.

E Starry Edwards quase estrangulou Letty Jillian. Quase. Porque, não, feminismo não era nada daquilo. Feminismo visa a igualdade dos gêneros, e todos podem ser.

— Hey — Ashton chegou ao lado de Calum, ambos carregavam garrafas de cervejas, e as mesmas foram deixadas em cima da toalha estendida por Starry. — Luke ou Mike já chegaram?

— Não — a loira se pronunciou, esticando seu corpo e braço para trás, pegando a cerveja. Logo, ela enroscou sua camisa na tampa de alumínio e a tirou, com pouca dificuldade. — Michael virá mesmo?

Foi a vez de Calum dar de ombros, falando que ele era imprevisível, e que talvez ele viesse mesmo. Iria depender de como Luke o abordou para trazê-lo, Ashton apenas balançou sua cabeça em reprovação, e mordeu o lábio inferior. Mas no final, ele e os outros pegaram uma garrafa de cerveja também e apenas falaram sobre sua expectativa para o show.

— Sabe, Starry, você pode beber — Andy falou, estendendo sua garrafa para ela. — Não é como se você fosse morrer apenas por provar.

A morena apenas revirou os olhos, mas aceitou a garrafa. Aquele gosto, definitivamente, não a agradava. Mas o pessoal ali estava bebendo, era algo normal, certo? Então por que não?

Os dois outros meninos ainda não haviam chegados quando alguns caras — que talvez fossem da banda The Crash — começaram a montar e ajustar deus equipamentos e instrumentos no pequeno palco de madeira, causando alguns sons irritantes aos ouvidos alheios.

E, Deus, Andrei ainda estava calado e reprimindo aquilo tudo de mais cedo. Por que as pessoas acham que, só por você ser diferente, que elas tem o direito de te julgar? Isso definitivamente deveria acabar, não só isso, mas como também as porras dos estereótipos. Só porque é gay não é homem? Errado. E Deus não odeia ninguém, seu amor é único e imensurável por cada um.

Homofobia nunca foi algo que ele apoiou ou foi criada por Ele, mas sim pelos seres humanos.

— Andrei? Você está prestando atenção? — Irwin reclamou, ele tinha um cigarro entre os dedos em uma mão e uma cerveja na outra.

— Uh, yeah — mentiu, agarrando o tubinho branco do cacheado e colocando em seus lábios. — Só estou cansado.

— Então não vai dizer nada? — Edwards parecia surpresa (e ao mesmo tempo, nervosa), seus dedos batiam incessantemente nas pernas descobertas. — Pensei que iria reclamar ou... sei lá.

O loiro iria questionar de volta, se não tivesse sido interrompido por duas batidas no microfone e dois rapazes ofegantes jogando-se no chão, rindo.

Mike tinha seu rosto vermelho, suas mãos seguravam a barriga, enquanto a outra apoiava no chão para que ele ficasse sentado. Sua respiração estava desregulada e seus cabelos tingidos de vermelho estavam grudados sua testa, tanto pelo suor que escorria quanto pelo modo que ele havia deixado sua franja. E Luke estava com o braço esquerdo apoiado nas costas de Ash, que ainda observava ambos — assim como todos. Ele também tinha sua respiração descompassada, mas seus cabelos estavam em um topete de sempre. Nenhum deles se propuseram a falar, apenas ficaram observando o homem moreno abrir o show, dizendo que foi por votação e a banda era realmente incrível.

— Vocês vão falar o que aconteceu ou não? — Calum perguntou impaciente, enquanto ele se grudava mais ao grupo, quando o movimento na praia ficou maior e agitado.

Luke respirou, limpou a garganta e olhou para todos ali. — A gente fez uma merda — sua voz demonstrava nervosismo, suas mãos trêmulas também. — E agora o cara está irritado.

Clifford apenas riu, confirmando com a cabeça e caçando em seus bolsos um cigarro. Depois o acendeu, e se concentrou apenas nele e na música que já soava.

— Vocês são loucos — Ash falou ao que se levantava e ia para o meio da multidão, perto do palco.

Calum também se levantou, com sua face irritada. Mike revirou seus olhos ao vê-lo assim — mas não que ele fosse realmente dizer algo. Depois de Hood, Irwin e Jillian saírem, aobraram apenas quatro pessoas no pano estendido sobre a areia, sendo elas Starry, Andrei, Michael e Luke.

— Então, careta, bebendo? — o ruivo perguntou, olhando diretamente para a morena e a cerveja em sua mão. Mas, Clifford queria apenas irritá-la, como das outras vezes também.

— Não que isso seja da sua conta, mas sim — Starry levou uma última vez a garrava para sua boca, terminando de beber aquele líquido amarelo e espumoso.

O ruivo riu, jogando o que restou de seu cigarro na areia e se esticando para as três últimas cervejas no chão, agarrando uma e abrindo. Depois ele apenas olhou para Luke e meio que sussurrou algo, deixando o loiro tenso e seu sorriso sumir de seu rosto. Logo, se levantou e foi para onde os outros três estavam.

— Merda — Hemmings reclamou al que olhava para um ponto específico da multidão ao redor do palco. — Andrei, no carro do Ash tem uma caixa de cerveja, quer pegar? — ele falou sério, já pegando uma chave de seu bolso e estendendo ao outro louro, mas seu olhar ainda estava distante.

— E por que você tem uma cópia da chave do carro dele?

— Quer ou não? — dessa vez, ele olhava para os olhos castanhos dele e sua voz soou rude.

— Tanto faz — levantou-se do chão, pegou as chaves que Luke jogara no ar, e depois apenas caminhou para onde os carros estavam estacionados.

Claro, não antes de Andrei lançar olhar questionador e, ao mesmo tempo, malicioso (se possível), para Starry. Edwards apenas revirou seus olhos e desviou para o mar — onde suas ondas estavam mais agitadas —, e não voltou a olhar para Luke ou o palco até o de olhos azuis se pronunciar.

Não que ela quisesse parecer mal educada ou algo do tipo, apenas que ela não queria conversar com ele.

— Quer um cigarro? — ele retirou do seu maço, no bolso da calça, um deles, e depois seu esqueiro. — Ah, é, me esqueci. Você é contra.

Ele soltou um risinho, esperando uma resposta rude em retorno, ou apenas que a menina revirasse seus olhos (como de costume), e bufasse. Mas, para contrariar suas expectativas, elas apenas retirou o cigarro dos lábios alheios e levou ao seu.

Ela tossiu assim deu sua primeira tragada, porém ela apenas deu a outra tragada, soltando o ar segundos depois.

— Pare de encarar — a morena franziu a testa e passou a encarar os olhos azuis.

— Desde quando você fuma?

Argh, por que ela teria que dar satisfações de sua vida, agora? Ou, por que ela realmente fumava?

A menina sempre fora cabeça dura para algumas coisas, desde o que ela defendia até no que acreditava. Mas, desde quando Starry bebia e fumava? Talvez o pensamento de que ela, talvez, tivesse que mudar alguns de seus hábitos para ser aceita, a tivesse feito fazer isso.

mesmo que isso — ser aceita, fazendo o que todos os outros fazem — seja uma maneira idiota de agir.

Mas quem somos nós para julgar?

— Só...  — ela franziu o cenho, e passou a encarar o tubo branco entre seus dedos medianos e branquinhos. — Tome — ela disse devolvendo para Hemmings, que apenas continuou com seu rosto em dúvida.

Starry se levantou, e caminhou rápido. O que, talvez, ela quisesse fazer era ir para onde seus amigos estavam. Mas, o que fez, foi caminhar mais à frente — sempre por onde a onda batia, molhando seus pés —, e seguir até a Rocha (um nome simples e óbvio para onde os surfistas ficacam). E Luke só ficou lá, olhando-a se distanciar.

A praia era iluminada com a luz da Lua, e também com os postes mais distantes, deixando a iluminação amarelada, fraca — não impossível de enxergar. Starry fazia isso (andar pela praia pra esfriar um pouco a cabeça), talvez fosse sua mania desde pequena, quando seu pai a levava para lá junto aos gêmeos, e eles ficavam andando. Viam o pôr do Sol e sentavam-se na areia (os três eram bem mais novos).

E ela sente saudades.

Ao que a morena andava — com suas sandálias nas mãos e encarando o mar —, ela não via quem vinha em sua direção ou passava do seu lado. Então, consequentemente, esbarrou-se em alguém também distraído.

— Desculpe-me — ela disse sem olhar para cima, já que o garoto era mais alto. — Uh, de verdade — ela olhou para cima.

O cara era moreno, seus olhos estupidamente azuis brilhavam (mesmo com a pouca luz oferecida), ele era forte, não algo acadêmico, normal apenas. Mas, okay, ele era lindo. Sua barba por fazer deixava sua pele (extremamente branca), contrastada.

— Certo, sem problemas — Europeu. Se sotaque marcando o denunciava. — Sozinha?

E, talvez, ele tenha percebido os músculos de Starry tencionar e uma leve onda de medo inundar seus olhos verdes, porque no mesmo estante tratou de se explicar.

— É que é perigoso, aqui tem pouca gente — ele colocou a mão no bolso da bermuda. — O pessoal do festival não presta muita atenção no que acontece aqui, e eu só quis alertá-la.

Edwards só concordou, ainda assustada e seu coração batendo forte. E ela, mais uma vez sentiu, como viver em a sociedade desrespeitosa de maneira extrema era realmente horrivel; ter medo de ir em certos lugares sozinha, simplesmente para não ser estuprada. E, muitas das vezes, a vítima levando a culpa por (a) estar sozinha, (b) pelo tipo de roupa e (c) pela hora. E, claro, resumindo apenas em três tópicos.

Ela deu meia volta e começou a caminhar, mesmo que isso já seja de se esperar, o cara realmente ficou encomodado com a reação.

— Eu não faço parte desses babacas — o moreno disse enquanto correu para acompanhar a menina, se colocando ao lado dela e a vendo se afastar mais um pouco, ficando onde as ondas batiam. — Me chamo Ryan Lewis.

Ele tentou, mais uma vez, chamar a atenção da morena esguia. Ela parou, mordeu o lábio inferior e soltou a lufada de ar. Se virou para o menino (agora Ryan), e cruzou os braços.

— Okay, eu tenho amigos ali — ela apontou para a multidão e sua voz soou mais alta que a música (que estava bem alta). — Se você fizer qualquer coisa, eles te arrebentam.

— Certo, mas eu não faria nada.

Um silêncio (apenas entre ambos, porque o som da guitarra era realmente bem alto), se fez presente entre eles, e Lewis a viu concordando com a cabeça.

— Você pode me dizer seu nome?

Uma breve excitação ocorreu da parte dela.

— Starry Edwards — ela fraziu o cenho e concordou consigo mesma. — Certo.

E, mesmo que ela ainda estivesse com um certo receio, os meninos ainda estariam lá para qualquer coisa — e Andrei era realmente forte, então socos não seriam negados.

Quando ambos chegaram até o aglomerado de pessoas, demorou alguns minutos para que a morena encontrasse, pelo menos, Andrei. E, por sorte, os outros meninos estavam lá.

E Starry quis saber o porquê de quando Hemmings viu Ryan, ele ficou visivelmente irritado e tencionado, nunca tirando os olhos dele e da morena, como também ficou alerta às coisas em sua volta.


Notas Finais


Perdoem qualquer errinho e podem fazer suas críticas CONSTRUTIVAS!

um beijão!

All the love, Xx.


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