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História Teenage Dream - Ma Chérie


Escrita por: PsLaylor

Notas do Autor


Enfim elas se encontraram, haha

Capítulo 6 - Ma Chérie


Fanfic / Fanfiction Teenage Dream - Ma Chérie



PIPER POV


Já estava chegando o fim da tarde e meu segundo dia foi cansativo, pela manhã visitamos a famosa Catedral de Notre Dame de Paris, depois fomos ao Museu do Louvre, almoçamos na rua mesmo já que a exposição das fotos que a Nicky iria começar ao meio dia e se estenderia até a noite, a galeria estava cheia, eram fotografias de todos os estilos e tamanhos, o ambiente era agradável, com alguns jogos de luz espalhados por todo salão e no fundo podíamos ouvir alguns remix de músicas famosas. Minha irmã estava super empolgada, fazia festa por tudo, falava com todos, eu tinha cansado de estar ali, não suportava mais ficar rodando naqueles salões, nessa altura já tinha decorado o nome de cada fotógrafo e arriscaria dizer que até sabia a posição onde estavam cada uma daquelas fotos


- Tem certeza que não se importa? Se você preferir eu fico, sem problemas...

- Piper relaxa tá?! Amanhã tem a feira gastronômica que você quer ir e o pessoal aqui tá combinando uma saidinha quando a galeria fechar, ou seja a noite não tem hora pra acabar maninha

- Nicky você tem certeza? – recebi a confirmação num balançar positivo com a cabeça e um sorriso sincero, eu sabia que aquilo era importante pra ela, assim como ela sabia que o dia de amanhã seria pra mim


Como a exposição estava no centro o que não faltava ali era uma boa vista, achei melhor aprecia-la, respirei fundo, queria guardar cada pedacinho na memória porém meu desejo foi interrompido por um vento frio, lembrei de casa, precisava de uma bebida, vodca talvez, alguns metros a minha frente avistei um charmoso barzinho que lembrava muito o bistrô da mama, com algumas diferenças é claro, eu estava ao lado oposto do balcão, não havia no ar aquele cheiro de comida recém preparada e o atendente não era rechonchudo e fofinho como o Carl, sorri ao lembrar dele, precisava comprar alguma lembrança pro meu irmão postiço, assim que sentei um carinha já veio puxar assunto, agradeci mentalmente por ele falar francês e como sempre fazíamos Nicky e eu em nossas viagens quando éramos crianças, respondi em russo, não por gostar mais desse idioma, mas por saber que ele é menos falado que inglês, então a maioria das pessoas desistiam de falar comigo e ficávamos no nosso mundinho secreto


O que eu não poderia imaginar era que aquele francês também falava a mesma língua da minha terra natal, porém como toda mulher que não quer conversa fiada me fiz de mal entendida e mantive meu modo russo ativo que fez o rapazinho sair dali frustrado e me dando espaço pra finalmente pedir a minha bebida, só não imaginei que alguém havia percebido minha brincadeira

- Quê? Você fala ing... – disse uma mulher, virei para ver quem era a dona daquela voz rouca, e ali estava ela, loira, provavelmente um pouco mais alta que eu, com traços suaves, pele pálida, ao encara-la notei os mais lindos e penetrantes olhos verdes que já vi, estava estampado na cara sua diversão com a situação, talvez fosse por minha cara de pau com o rapaz imaginei

Девочка мне очень жаль, но вы запутались, я не понимаю, что вы говорите / Moça me desculpe mas você está se confundindo, eu não entendo o que você está falando – mantive a pose que não entendia nada

- Porra! Você mente muito bem – não contive o sorriso, ela parecia legal decidi puxar assunto

- Você é muito bonita, vai me dizer que dá mole pra qualquer cara? – acabei me rendendo deixando o russo de lado

- Isso não – tomou um gole de vinho – só achei muito inteligente da sua parte, gostaria de falar algum dialeto diferente, infelizmente só falo dois idiomas – disse com um sorriso, não pude o aprecia-lo completamente pois sua imagem estava de perfil, minha bebida chegou e ela acenou para o atendente – põe na minha conta

- Obrigada. Você trabalha aqui? – me senti atraída por ela como um imã, só poderia estar andando muito com minha irmã pra me estar assim então deixei a conversa fluir

- Tá brincando? – de novo aquele sorriso de canto dessa vez olhando em meus olhos pude sentir minhas bochechas esquentando, eu não devia ter dado brecha pra ela que patricinha convencida

- Me desculpe, eu...

- Não tem problema, me fala sobre você. Está aqui na cidade há quanto tempo? Passeio ou trabalho?

- Eu não dou informações a desconhecidos – disse indiferente, mas por dentro esperava uma resposta irônica

- Mulher difícil hein – se aproximou e sentou no banco que estava ao meu lado – assim que eu gosto – sussurrou no meu ouvido e pude sentir o seu maravilhoso aroma

- Vou ser boazinha com você, estou aqui a passeio, cheguei ontem e você? – tentei não responder algo mas algo em mim me impedia de ignorar aquele ser ao meu lado, precisei pensar duas vezes antes de responder

- Eu sou do mundo... – ela só pode tá de brincadeira

- Você foi muito vaga – deixei uma gorjeta no balcão – já vou indo – pude notar que ela se virou rapidamente com surpresa por minha ida

- Você tá indo por minha causa? Espera! – sai do bar e pude notar que ela vinha atrás de mim, por alguma razão gostei daquilo, segurei o sorriso e virei para trás

- Não se preocupa, não foi pelo que você disse, eu não vim aqui para encher a cara, só queria uma bebida, precisava me aquecer – voltei a andar

- Que tipo de russa você é? Tequila não é mexicana? O seu país é conhecido pela vodca! – fui me afastando mais - Ei espera!

- É bom variar não acha? – me virei de novo dessa vez olhando pra ela de cima a baixo - As pessoas não podem ser rotuladas – apontei em direção ao corpo dela - olha você, sua bota Louis Vuitton custa no mínimo três mil dólares, esse cinto mais uns quinhentos, sem contar o resto das roupa – realmente ela é mais alta que eu como imaginei, porém olhando bem é bem mais bonita de olhando por esse ângulo. Que droga eu preciso me livrar dessa metidinha - seu cabelo é maravilhoso, e manter esse loiro é caro dá pra perceber o quanto você é vaidosa. Mas ser vaidosa e usar roupas caras definem quem você é? Acho que não! Assim como ser russa também não fala tudo sobre quem eu sou

- Tá bom estressadinha, não precisa ficar assim – ela pôs as mãos ao alto como rendição – posso conhecer você melhor? Quer dizer, eu gostaria muito de conhecer você melhor

- Pra mostrar a uma estranha que você não é tão fútil quanto aparenta ser? Esquece tá? Não tem nada a me provar – voltei a seguir meu caminho

- Não! Pra guardar boas lembranças de Paris – se aproximou e ficou na minha frente, afastou uma mecha de cabelo do seu rosto – eu poderia te levar a algum lugar que você ainda não conheceu, você chegou ontem, não dá pra conhecer aqui em um dia e eu conheço bons lugares que são legais... Adoraria que você pudesse guardar boas lembranças também, fui aquele bar por me sentir sozinha aqui e além do barman você foi a única pessoa com quem troquei mais de cinco palavras hoje – demorei alguns segundos pra responder, percebi que ela estava bastante constrangida, as pessoas não são o que aparentam, e pelo jeito a mulher a minha frente não estava nos seus melhores dias, não custava nada tentar...

- Algum lugar aberto essa hora? – Provavelmente eu não teria nada a perder

- Os melhores – me estendeu a mão e me ofereceu o sorriso mais lindo de todos – posso saber quando você vai embora?

- Depois de amanhã, a passagem já foi comprada – sorri e uma dúvida surgiu andei de costas e estendi a mão – você ainda não me disse seu nome, bom eu me cham.... – fui interrompida por seus dedos sobre meus lábios

- Não fala... Vai ser divertido descobrir!

- Acho isso estranho, mas tudo bem se você tem vergonha do seu nome – ela sorriu e começo a acreditar que a Nicky tem razão, no fundo devo mesmo ser lésbica, porquê tô me apaixonando por esse sorriso - vamos começar por onde? – ela olhou ao redor como se estivesse com alguma idéia em mente

- Ma Chérie, esta é a famosa Place Vendôme, mundialmente famosa por seu charme, eu poderia falar sobre a história dela mas o presente me parece mais interessante, não se se percebeu mas estamos cercadas pelas melhores lojas de jóias do mundo, se eu tivesse tanta grana o suficiente te presentearia – sorriu envergonhada, talvez ela não seja a filhinha de papai que imaginei

- Você trabalha como guia turística? – procurei algum adjetivo para chamar aquela mulher misteriosa mas ainda não tinha nenhum em mente

- Não, mas para ter sua companhia abro uma exceção – piscou para mim – já conheceu a Torre Eiffel?

- Pretendia conhecer amanhã de manhã, mas adoraria antecipar

- Te garanto que a noite a visão é bem melhor – fez sinal a um táxi – vamos lá




ALEX POV


A verdade era que quando sentei naquele banco de bar, minhas expectativas da viagem estavam no fundo do poço, eu não tinha um emprego, não estudava, meu namoro era uma piada, não tinha mãe, meu relacionamento com meu pai era inexistente, minha avó tentava compensar todas as minhas carências com as maravilhas que o dinheiro poderia me proporcionar, minha parente mais próxima que além de prima, ocupava a posição de melhor amiga era a encarregada de amenizar os desastres que eu fazia por aí e a única pessoa que realmente acreditava em mim era a Lolly, minha antiga babá, uma adulta que ainda precisava de sua babá, minha vida é uma piada!


Sempre acreditei que não era a riquinha fútil que todos enxergavam, eu era mais que isso, e só quando fui avaliada pela dona daqueles lindos olhos azuis fora do bar pude notar que não importa o que eu pensasse, ser Alex Vause, a única herdeira de um império hoteleiro, me fazia a garota mimada que todos imaginam e que definitivamente me neguei a vida toda a aceitar


Talvez a escolha de não falar meu nome fosse mais por uma fuga do rótulo do que uma busca por diversão, sim eu queria saber o nome dela, estranhamente tudo o que eu mais queria naquele momento era conhecer aquela garota a minha frente, não como fazia com as outras que eu beijava, levava pra cama e nem se quer me preocupava em perguntar o nome ou passar a noite dividindo a cama, dormir junto nem pensar isso só faz com que pensem que criamos algum vínculo e definitivamente nunca estive disposta a isso, até mesmo com Sylvie, eu passei algumas noites com ela e isso não quer dizer que eu dormia, eram noites péssimas, regadas a cigarros e whisky


Exatamente dez minutos depois havíamos chegado ao nosso destino, O Campo de Marte, que além de lindo é uma das maiores áreas verdes da cidade, tinha certeza que aquele era um ótimo lugar para levar minha acompanhante, principalmente pela vista privilegiada da Torre Eiffel e pude ter certeza disso ao ver o tamanho do sorriso e o brilho mágico naqueles olhos de um azul puro e com expressões infantis, não sei quem de nós duas estava mais maravilhada pela visão, poderia apostar que não passava de um sonho


Nos sentamos no gramado, ela me falava sobre o que ouvia de Paris antes da viagem, que era um lugar romântico mas nunca imaginou o quanto, gostaria de voltar ali outras vezes, sempre que assistia filmes pensava que todo o encanto era fictício e que na verdade sua curiosidade era a culinária conhecida mundialmente, mas ali, naquele lugar, ela estava certa que tudo que ouviu era verdade. Então tive uma ideia!


- Ma Chérie me dê um minuto? – disso mostrando o celular e ela assentiu mas tenho certeza que ela não gostou muito – Bonjour Gerald, cela est Alexandra... Vause! / Olá, Gerald aqui é a Alexandra...Vause!

Bonjour Mademoiselle puis-je vous aider? / Olá senhorita em que posso lhe ajudar? – respondeu surpreso o gerente do hotel, minha avó havia me mandado alguns números a quem eu poderia recorrer durante a minha estádia, o dele estava incluso na pequena lista

Je me demande s'il y a une possibilité que vous obtenez une réservation pour deux au restaurant Le Jules Verne / Gostaria de saber se existe a possibilidade de você conseguir uma reserva para duas pessoas no Le Jules Verne – pude ouvir o som de sua expiração o que havia pedido ao pobre homem era um pouco complicado assim em cima da hora, afinal aquele era um dos melhores restaurantes da cidade – Comme, pour l'instant! / Tipo, pra agora!

Mlle ne sera pas facile d'imaginer que vous savez, mais je vais essayer de parler à des amis, je vous donne une réponse en quelques minutes / Senhorita não será fácil imagino que saiba, mas vou tentar falar com alguns amigos, lhe dou um resposta em alguns minutos – encerramos a chamada e fiquei apreensiva, voltei a encarar a moça e ela se aproximou hesitante


- Tudo bem ?

- Tudo sim Ma Chérie – começamos a caminhar de braços dados – o que achou da paisagem?

- Exatamente como imaginei, só que maior... Você vem sempre aqui? – eu precisava pensar bem antes de responder

- Já vim algumas vezes, mas nunca estive tão tranquila como estou hoje – antes que ela falasse alguma coisa completei – não tenho a menor pressa em ir embora, diferente das outras vezes - continuamos andando por alguns minutos em um silêncio confortável até que ela encostou a cabeça no meu ombro e suspirou

- Gostei de você – disse num tom fraco – imaginei que era aquele tipo de garota que precisava preencher o silêncio, fiquei feliz que não seja...

- Fico feliz de não ser – meu celular apitou em sinal que havia chegado uma mensagem, imaginei ser Gerald e logo pude confirmar, era ele me informando que conseguiu a reserva pra dali à meia hora foi breve disse apenas o necessário e agradeci mentalmente por ele não ser do tipo puxa saco


Contei a Ma Chérie que tinha uma surpresa e quando se viu na entrada do restaurante Le Jules Verne, ela ficou boquiaberta e um pouco confusa como se me perguntasse com os olhos se aquilo era verdade, que estávamos mesmo ali, respondi com meu melhor sorriso, era uma espécie de afirmação que foi entendida de imediato, caminhamos em direção ao elevador, falei com o hostess e expliquei que havia conseguido aquela reserva há pouco tempo, ao meu lado minha acompanhante estava inerte, realmente ela não entendia nada do que falávamos, me apresentei e depois de algumas confirmações pegamos o elevador particular que nos levou ao segundo andar, jantar em um dos restaurantes da Torre Eiffel é algo inesquecível e fiquei feliz por proporcionar isso a ela, uma das atendentes nos levou até nossa mesa que ficava próxima uma vidraça com vista privilegiada da cidade sob a luz do luar, o ambiente romântico a companhia agradável, quem não diria que aquilo não era um encontro? Eu não! Percebi que ela estava um pouco incomodada, talvez por ter a mesma sensação que a minha ou talvez por não entender o menu, eu precisava saber


- Você está bem?

- Eu não leio francês, aliás, não entendo nada nesse menu – disse fazendo careta e sorri – além do que só entendo os valores e tudo aqui é o olho da cara – falou olhando para os lados com a mão escondendo a boca, como se estivesse contando um segredo, achei a coisa mais linda

- Esses cardápios são complicados pra quem não conhece... Você é minha convidada! Não se preocupe com nada – toquei em sua mão, não para acalmar mas por precisar sentir a textura de sua pele – se preferir posso escolher nosso prato – pareceu funcionar e ela sorriu timidamente

- Eu vou comer o mesmo que você, não tenho restrições, fique à vontade


Para entrada optei por escargot, o prato principal seria vitelo assado com legumes à la blanquette acompanhados por um bom vinho e como sobremesa profiteroles. O jantar correu tranquilamente, seu paladar ainda não tinha experimentado aquele tipo de comida mas no geral ela aprovou


- E então o que você faz da vida? Além de levar desconhecidas a restaurantes chiques? – ela sorriu e quase esqueci que naquela noite eu não era Alexandra Vause, uma socialite que adorava torrar a grana da família em boates e poker

- Eu ajudo minha prima, não é bem um trabalho, não dá pra pagar as contas mas é legal – que mentirosa que eu sou, se bem que eu ajudo a Lorna no blog então não é totalmente mentira

- Você tem quantos anos?

- Alguém aqui está muito curiosa... Isso é um interrogatório Ma Chérie?

- Gosto quando você me chama assim, mas ainda gostaria de saber seu nome – sussurrou

- Me chame como quiser, nomes são rótulos, prefiro que conheça o conteúdo antes


Nossa sobremesa chegou e não houve mais questionamentos, agradeci aos céus mentalmente por isso e então ficamos ali, sentindo o sabor doce dos profiteroles, a loira a minha frente apreciava a privilegiada vista que tínhamos, enquanto eu tentava decorar cada detalhe daquele lindo rosto, não sei o motivo, mas nunca me senti tão leve ao lado de alguém, não entendia o que estava acontecendo essa noite, mas era bom, algo que nunca senti antes e que gostaria de sentir mais vezes


- Isso parece loucura, sabe quando tudo é tão perfeito que parece um sonho? – o silêncio foi quebrado por sua voz meiga e doce

- Se for um sonho não acorde – ela sorriu, e Deus! Que sorriso!

- Você é uma companhia tão boa – novamente senti o toque da sua mão ao encostar na minha por cima da mesa – te julguei errado, você não é a nojentinha que imaginei, desculpe! – mordeu o lábio inferior e aquilo foi o suficiente, pareciam tão macios, eu precisava sentir o gosto

- Você quer conhecer o terceiro andar? – as palavras saíram de uma por vez, pude sentir o quão seca estava minha boca, a necessidade de toca-la aumentava como uma chama dentro de mim

- Claro! Só preciso ir ao banheiro antes!


Enquanto ela estava ausente tive tempo para me recompor, paguei a conta, uma pequena fortuna diga-se de passagem, mas nunca valeu tanto apena cada centavo foi muito bem gasto




PIPER POV


Que noite foi essa? Que mulher é essa? Será que ela só é uma solitária sedenta por qualquer companhia? Será que ela também está sentindo o mesmo que eu? Ela não disse se tem alguém. O que eu tô pensando? Uma mulher como essa nunca se envolveria com alguém como eu, tá na cara que ela vive bem e eu tô mais pra gata borralheira, linda como é nunca seria solteira


De todas as meninas que eu já fiquei na escola, nunca rolou nada além de beijos, mas hoje com ela... eu nunca senti, eu nunca me vi como uma pessoa muito sexual mas eu queria sentir o gosto dela, eu preciso sentir!


- Hey tudo bem aí dentro? – me surpreendi quando ela bateu na porta do banheiro

- Tudo sim, já tô saindo, desculpa a demora

- Você tá bem? Se quiser podemos voltar amanhã...

- Nós já estamos aqui e eu tô bem, não se preocupe. Vamos?


Seguimos para o terceiro andar da imponente “Dama de Ferro” e sem dúvida alguma aquele era o lugar mais romântico em que eu já estive, aproveitei e bati algumas fotos, aliás bateram de mim, já que certa pessoa insistiu que não era fotogênica. Apesar da vista incrível ainda faltava algo, uma coisa que eu não me atreveria a fazer


- O que você achou? – senti seus braços me abraçarem por trás e seu hálito perto do meu ouvido – ainda parece um sonho?

- Sim! A cada minuto fica melhor – joguei a cabeça para trás, eu precisava sentir todo aquele abraço

- Pra mim só falta uma coisa pra ficar perfeito – recebi um beijo no pescoço

- E o que seria?


Pude sentir quando meu corpo foi girado, suas mãos seguraram meu rosto e seus dedos acariciaram meus lábio, instantaneamente estava entregue, fechei os olhos e passei a usar meus outros sentidos, senti o vento frio da noite, mas o que fez os pêlos do meu corpo eriçarem foi o calor da respiração tão ofegante que era perceptível, talvez tanto quanto a minha, então foi ali, no terceiro andar da Torre Eiffel, sob o luar de Paris que experimentei o beijo mais doce e desejado que já tive, naquele instante se fosse necessário juro que poderia voar, seus lábios eram tão macios quanto aparentavam, mas possuíam um calor fora do normal, me deliciei por alguns segundos, ou minutos, o tempo não importa, eu só queria que o beijo fosse eterno, infelizmente não foi


Quando nos separamos continuei de olhos fechados sentindo aquela sensação gostosa, quando abri tive certeza que não era um sonho, e sim realidade, não houveram palavras, nada precisava ser dito, voltamos a nos abraçar e ficamos mais alguns minutos apreciando a paisagem, antes ir embora paramos no primeiro andar que foi o único que não havíamos conhecido, dessa vez usamos as escadas, e logo fui arrastada para uma loja aparentemente para turistas


- Você adora gastar né?

- Relaxa, são só lembrancinhas, quem vem aqui tem que levar algo pra guardar


Por todos os lados a figura da Torre estava, comprei um pingente, uma caneca e dois chaveiros. Infelizmente eu não tinha dinheiro suficiente pra comprar mais nada, acabei não percebendo que ela também havia comprado algo, saímos ambas com sacolinhas e a melhor parte é que estávamos de mãos dadas, depois de mais alguns beijos já em terra firme era hora de ir para o hotel


- Onde você está hospedada? Podemos rachar o táxi – eu queria passar o máximo de tempo possível ao lado dela

- Sério que você já tem que ir? – fez um biquinho – uma amiga me emprestou o apartamento enquanto viaja... Fica em Montmartre, é seu caminho?

- Sério? Tô num hotelzinho lá também, perto da Place du Tertre

- Caramba que coincidência – mais um beijo – mesmo que não fosse perto eu não deixaria você voltar sozinha

- Você é uma cavalheira – rimos

- Prefiro ser sua dama Ma Chérie – nos beijamos novamente, poderia fazer isso a noite toda

- Desculpa, preciso atender - meu telefone tocou, a essa hora só poderia ser a Nicky perguntando onde eu estava já que faziam horas que tinha saído da galeria, modo russo ativado


- P!

Привет / Oi

- Cестра, другая сторона да, вы не знаете, что вы пропали без вести / Maninhaaaaa, a festa tá demais, você não sabe o que tá perdendo

Интересно ... Ты в порядке? 'Повторно, как и я в нетрезвом виде / Imagino... Você tá bem? Tá me parecendo bêbada

И, как я! Я не буду спать с тобой не так ли? Вы можете быть беззаботным со мной / E como estou! Não vou dormir com você tá? Pode ficar despreocupada comigo

Нельзя не беспокоиться о правильно! Вы хотите, чтобы я для вас? Вы не можете напиться мы не знаем никого здесь Nicky / Não tem como não me preocupar né! Você quer que eu vá te buscar? Você não pode ficar bêbada a gente não conhece ninguém aqui Nicky

- Piper relax Я позвоню тебе позже, что-нибудь заботится о том числа является одним из шоу девушек и мама вызов ничего не говорит / Piper relaxa eu te ligo depois, qualquer coisa liga pra esse número é de uma das meninas da exposição e se a mamãe ligar não fala nada

Хорошо! Уход и позвоните мне что-нибудь / Tá bom! Cuidado e me liga qualquer coisa

Я люблю скучно / Te amo chatinha

Я люблю тебя коротышка / Eu também te amo baixinha


- Desculpa – percebi que ela estava um pouco irritada, talvez pela ligação – era minha irmã – sua expressão suavizou

- Tudo bem com ela? Não entendi nada do que vocês estavam falando

- Normal você não fala russo – ela fez uma careta – eu vim com ela, na verdade essa viajem foi ideia dela

- Agradeça por mim! – corei suavemente – se você está aqui com ela por qual motivo te encontrei sozinha donzela?

- Obrigada pelo donzela e bom, ela tá aproveitando, diferente de mim, minha irmã ama uma farra e ligou pra avisar que não vai dormir comigo

- Sério? Me manda o endereço postal da sua irmã ela merece um belo presente

- Posso saber o motivo? – me fiz de desentendido

- Sério que não imagina? Você sozinha... Eu sozinha... Uma noite incrível... Acho que deveria acabar com companhia... Só acho!

- Ainda não sei seu nome...

- Se souber aceitaria?

- Bom, quem sabe... Você poderia tentar me convencer sabe

Ela deu um sorriso travesso cheio de segundas intenções, não resisti e me joguei em seus braços, enquanto ela me convence espero não acordar desse sonho tão cedo e espero ser forte o suficiente pra não cair na tentação










Notas Finais


E aí Paris foi muito clichê? Me contem!


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