1. Spirit Fanfics >
  2. Teia de Mentiras >
  3. Ailyn Rose

História Teia de Mentiras - Ailyn Rose


Escrita por: CrystalTsukino

Notas do Autor


RECESSO! É, esse calendário doido de pós-greve (até hoje)... mas o bom disso tudo é que tenho arranjado bastante tempo para escrever e já tenho alguns capítulos prontos. Só não posto tudo de uma vez pra não bombardear vocês.
Bom, deixemos as enrolações de lado e vamos ao texto!
Boa leitura!

Capítulo 10 - Ailyn Rose


Capítulo 10 – Ailyn Rose

Annabelle conduzia os raios conforme o movimento de sua cabeça, acompanhando os pulos de Naraku. Os dedos, antes estáticos, contorciam-se e as veias no dorso das mãos ressaltavam-se dançantes. Sango tentou se aproximar e tocar-lhe o braço. Uma força a arrastou para longe e a fez cair sentada.

— Não interfira! — a voz da mulher soou alterada, como se estivesse misturada com outras tantas.

A breve distração quase lhe custou caro. O novo mestre do castelo pulou sobre ela e a derrubou, afundando-a na terra escura. Sobre o corpo delicado e iluminado, Naraku dilatou um sorriso ambicioso e cravou os dedos na pequena lua luminosa. Foi repelido bruscamente. Em queda livre, o hanyou abriu uma cratera na telha e parou dentro do castelo.

Assustado pelo inesperado aproveitou-se de estar protegido por paredes e mandou Kohaku sair.

As portas abriram-se, o menino surgiu imerso em lume carmim, e de lá a voz de Naraku soou provocando Sango, desafiando-a a lutar contra o próprio sangue. Annabelle ficou ainda mais furiosa e a flama ebúrnea que a rodeava intensificou, ela tremia.

— Seu corpo não vai aguentar! — a exterminadora de youkais exclamou preocupada.

Sim, era demais para ela. Sango estava certa. Depois de mais dois ou três raios despencarem do céu procurando pelo seu alvo escondido em algum cômodo do sombrio castelo, Annabelle perdeu os sentidos. O miasma tornou a envolver a abóboda celeste.

...

Era dia? — pensou ao sentir a claridade nos olhos. Abriu-os e se deparou com um vasto terreno desértico. Não havia construção em volta, sequer plantas. Naraku partira, e de algum jeito, levou o castelo e o menino consigo.

Viu pessoas ao redor fitando-a inquietas. Aos poucos, a vista recuperou o foco e Annabelle as reconheceu. Eram os integrantes daquele grupo.

— O que foi tudo aquilo? — Sango perguntou enquanto a ajudava a se sentar.

Ela sentiu um amargor descer pela garganta, a figura da exterminadora trazia à tona as lembranças recentes. Annabelle levantou-se silente, e cambaleante caminhou até estar um pouco afastada.

— O que ela está fazendo? — Inuyasha questionou-se curioso.

— O que ela é? — Sango parecia deveras impressionada — Ela poderia ter matado Naraku, tenho certeza.

Inuyasha riu desacreditado. Afinal, a garota era apenas uma humana e não se parecia em nada com uma sacerdotisa.

— Annabelle... — Kagome, cuidadosa, a seguiu — gostaríamos de conversar com você. Annabelle? — a chamou pela segunda vez mediante a falta de resposta. Viu-a ajoelhar-se sobre a terra e passar as mãos delicadamente sobre os grãos. Depois a contemplou encostar o ouvido no solo e fechar os olhos — O que está fazendo? — se pôs de joelhos ao lado dela.

— Procurando... — respondeu em baixo tom, concentrada.

—... Procurando? — a adolescente de uma época futura não entendeu nada.

— Não está aqui. — Annabelle agarrou porções de terra nas duas mãos e atirou-as longe. Após, rompeu a cavar, violenta, insana. — Não está em lugar nenhum!

— Ei, do que está falando?! — Inuyasha se chegou preocupado.

— O corpo! — fora o ápice, Annabelle atingiu seu limite e perdeu o controle. Lágrimas desceram por seu rosto como cascatas e gotejaram unas a partir do queixo. — O corpo dele, onde está?! Preciso achar o corpo! — e esmurrou o solo incansavelmente.

Todos se compadeceram do estado deplorável em que a ocidental se encontrava, mesmo o suposto "insensível" meio-youkai. Os olhos d'ouro a analisaram, brilhantes. Ele a segurou pelos braços e a levantou. Annabelle chutou a terra, chacoalhou as pernas para o alto, se debateu frenética e Inuyasha a segurou firme.

— Para com isso, não vai adiantar nada! — ele ralhou.

— Como ele pôde?! — vulnerável, a estrangeira lamentou soluçante — Como alguém pode fazer uma coisa dessas com as pessoas?! O que ele ganha destruindo vidas alheias?!

Kagome, mais delicada, se aproximou e a abraçou de lado, tentando consolá-la.

— Obrigada... — sentiu-se acalentada e retribuiu o abraço — sinto muito, imagino que vocês já devem ter sofrido muito nas mãos desse... — segurou-se para não falar um impropério — Sango, eu sinto tanto por você e pelo seu irmão... — mirou a exterminadora que a analisava de longe — Me desculpe por perder as estribeiras. E pensar que Naraku um dia tentou me jogar contra você me fazendo pensar que Hitomi havia me esquecido, que havia se interessado por você...

— Não se preocupe com isso, você também foi uma vítima daquele maldito, — respondeu enquanto afagava Kirara em seus braços — mas, o que foi aquilo? — referia-se à performance de Annabelle.

— Eu nasci com isso, faz parte de mim. — suspirou.

— Você é uma sacerdotisa? — Miroku perguntou.

— Não. — Annabelle mostrou-se incomodada por ter de falar sobre o assunto. Kagome notou.

— Escuta, por que você não vem com a gente? — a sacerdotisa sugeriu — Você também deve querer o fim das maldades de Naraku, não é? E, se você tem um poder tão grande como Sango comentou com a gente, pode nos ajudar... — sorriu amistosa.

— Ir com vocês? — pega de surpresa, não soube lidar com o convite, afinal, não estava acostumada a viver em grupo, e sua última experiência fora um "pequeno" desastre.

— Sim, por que não, Anna-hime? — Miroku se empolgou — Ninguém mais vai persegui-la por achar que é uma youkai! — se aproximou, pronto para abraçá-la pela cintura.

— Senhor monge... — Sango dedicou a ele mais um de seus olhares fulminantes, fazendo-o rir-se sapeca.

— Até porque tem um youkai no grupo! — Shippou comentou timidamente, encarando-a.

— Dois youkais — Inuyasha corrigiu o pequeno.

— Estava falando sobre youkais completos. — a raposinha, brincalhona, mostrou a língua e tomou um cascudo bem dado por seu comentário inconveniente.

Annabelle os observou com atenção. Tão unidos, pareciam perseverantes e incomuns. Definitivamente, não deveriam ser o tipo de gente que julga o outro com precipitação. Sentiu-se tentada a acompanhá-los, ainda mais depois de ser consolada por Kagome. Sentia falta de carinho e de companhia, ter com quem conversar e dividir experiências... dividir as mazelas.

Hitomi tornou a tomar seus pensamentos. Estava desolada. Respirou fundo para não se deixar cair no pranto como há instantes atrás. Absorta, perdeu-se daquela realidade por breve momento.

— O seu cavalo. — Kagome apontou-o, Annabelle retornou ao mundo em que vivia — nós o trouxemos conosco, está com suas coisas.

— Obrigada... — caminhou ao lado deles, prestes a montar o animal, anunciou — tenho uma ideia sobre o que fazer com Naraku — o bando mirou-a curioso —, pode me custar caro, mas não voltarei atrás. — disse confiante.

— E que ideia é essa? — Inuyasha cruzou os braços, desconfiado.

— Vamos ao lago ou rio mais próximo, preciso de água corrente. — dedicou-lhes um sorriso sutilmente esperançoso.

Curiosos, acataram a ideia. Precisariam ir a um córrego cedo ou tarde para se banhar de todo o modo. Por que não acompanhar a misteriosa estrangeira e descobrir o que ela tinha em mente?

Foram juntos, jogando conversa fora. Annabelle não dizia muitas palavras, preferia repará-los em suas nuances simpáticas, engraçadas, cheios de histórias para contar. Eram fortes, passavam por cima de suas tragédias individuais e abraçavam-se como uma família.

"Em outra vida, quem sabe, eu não possa ter isso?" — suspirou lamentosa, enfim com os pés à beira do lago.

— Pode me ajudar? — pediu à Sango, que estava próxima. Annabelle alcançava a primeira fileira de fechos nas costas do vestido róseo.

— Inuyasha, Miroku, podem sair! — Kagome os orientou, fazendo a forasteira rir de leve, disfarçando-se com uma mão nos lábios.

— Eu posso ficar?! — Shippou se manifestou, tímido novamente. A raposinha ainda estava atordoada com os últimos eventos, e, principalmente, com a nova presença no grupo. Corado, fitava-a admirado.

— Tudo bem, pequenino, sem problemas. — Annabelle respondeu terna à criança youkai, ele se derreteu.

— Que injustiça... — Miroku bichanou a Inuyasha.

— Seu pervertido! — o outro ralhou, e saíram.

Sango esperou um pouco para ter certeza de que nenhuma presença masculina adulta estava à espreita. Não viu movimentos suspeitos, então abriu fecho por fecho enquanto Kagome ajudava Annabelle a arriar as mangas trançadas e adornadas por pérolas. O vestido caiu ao chão graciosamente. Por baixo, o corpo era coberto por uma camada branca e cingido pelo mesmo espartilho que lhe delineava a cintura fina.

Ela desamarrou os cadarços das botas, descalçou-as, subiu a saia leve e rendada à coxa e a amarrou ali. Uma adaga pendurava-se naquela região, segura em uma espécie de cinta de couro. Annabelle a puxou da capa e expôs seu fio afiado e límpido como um espelho onde seu rosto refletiu tenaz.

Conforme entrava na água e mergulhava até a cintura, aproximava a mão esquerda do rosto. Tocou a ponta da lâmina na palma. Respirou fundo, fechou os olhos e concluiu:

— De agora em diante, não tem volta. — e abriu um corte profundo na própria pele, acompanhando uma de suas linhas verticais.

— O que ela está fazendo?! — Kagome se sobressaltou.

Annabelle passou a mão ensanguentada no rosto, pintando-o de vermelho. Em seguida, pousou-a na superfície da água e o fluido escarlate desenhou-se no transparente como se abrisse ramificações.

— Eu estou aqui, venha ao meu encontro... — ela sibilou e as raízes desenhadas na água brilharam como preciosos rubis. Gotas subiram contra a gravidade, assim como os fios arruivados.

Kagome sentiu o clima pesar num rompante. Uma névoa negra começou a circundar as árvores e o pequeno lago, embrenhar-se às folhas das árvores, e se concentrar à frente de Annabelle como a sombra de alguém.

— Ai, um fantasma! — Shippou se encolheu, apavorado.

Até que enfim você se abriu para mim e me deixou encontrá-la! — a voz feminina, pouca coisa mais grave que a de Annabelle, ecoou. O negro desbotou em verde escuro e começou a tomar forma. Em breve, longos fios cacheados e louros se materializaram, como os olhos — idênticos aos da jovem escocesa — grandes, redondos e intensamente azuis — porém, diferentes, exibindo certa curvatura propensa àqueles que há muito entregaram-se aos caminhos fáceis e duvidosos.

— Ailyn, eu preciso de você. — Annabelle, desgostosa, confessou — Se me ajudar, prometo dar a você aquilo o que mais deseja.

Um sorriso abriu-se nos lábios pintados de vermelho intenso, a mulher jogou o sudário negro que cobria seu corpo na água. Assim como a ruiva, vestia trajes ocidentais – um vestido nobre, cor de sangue estancado com rendas de rosas negras, mangas de tela escura, luvas de veludo que não cobriam os dedos para deixar um anel dourado, ostentoso, com uma grande e arredondada pedra verde-limão à vista. Era tão linda quanto à outra, mas não tão amistosa.

— O que quer de mim? — suspendeu a barra da saia e caminhou sobre a água, esperou Annabelle em terra firme. Encontraram-se lá, encararam-se. Pareciam ímãs a se repelirem.

— Quero que me ajude a conjurar a arma. — foi direta, mostrou-lhe a mão cortada e entregou a adaga prateada — Depois que concluir a minha tarefa, irei até você. Tem minha palavra. — ergueu-lhe a palma ensanguentada.

Sango e Kagome, atarantadas e tácitas, contemplaram a mulher dos cabelos dourados repetir o rito de Annabelle – tirar uma das luvas com os dentes, fazer um corte idêntico na palma e unir à mão à dela. O sangue rodeou o pulso de ambas, como se formasse uma corrente. Elas fecharam os olhos e sussurraram palavras em um idioma ancestral. Parecia um cântico celestial – um ritual antigo como o próprio tempo. O lume metade escuro, metade claro, cintilou nos olhos das mulheres orientais como se as hipnotizasse. Shippou agarrou uma perna de Kagome, puxou a saia do quimono de Sango e não obteve resposta, mesmo choramingando insistentemente.

— O que está acontecendo, Kagome?! — Inuyasha, impulsivo, saiu do meio da mata e veio averiguar — Ei, o que é isso?!

— Opa! — Miroku se esgueirou pelas moitas, crente de que se daria bem e flagraria lindas mulheres se banhando. Teve de se contentar com a bizarra cena de duas moças de braços erguidos, olhos turvos mirando o céu, repetindo uma espécie de mantra desconhecido.

Do firmamento noturno, um raio desceu e caiu entre as duas, elas dançaram ao redor da luz, de mãos dadas, até o brilho se extinguir e, em seu lugar, sobre uma pequena rocha, uma arma branca lapidada em cristal se cravar. Era pouco maior do que a adaga de Annabelle, e curva, como um gancho. No cabo, um detalhe prateado entalhado, parecia o desenho de uma árvore.

Annabelle se curvou, puxou o punhal e segurou-o em mãos. Sorriu, orgulhosa pelo feito, depois se virou aos novos amigos e assegurou-os:

— Com isso, temos uma chance de acabar com Naraku.

— Lembre-se, Annabelle, temos um acordo. — Ailyn avisou antes de seus contornos voltarem a ser neblina e se dissiparem na imensidão noturna.

— Quem era aquela mulher?! — Kagome retornou do transe e pegou Shippou no colo.

— Ailyn Rose, minha irmã. — contou.

...

Acenderam uma fogueira em um canto escondido e sentaram-se ao redor dela enquanto conversavam.

— Então quer dizer que você é descendente dos Celtas? — Kagome perguntou maravilhada enquanto ajudava Annabelle a limpar o corte na mão e depois enfaixá-la com gaze e esparadrapo antes guardados na mochila amarela.

— Sim, eu e toda a minha linhagem...

— Nossa, eu ouvi falar alguma coisa sobre eles, mas mesmo na minha época pouco se conhece sobre os costumes...

— Do que elas estão falando, hein?! — Shippou cochichou ao ouvido de Inuyasha.

— Não faço a menor ideia. — o outro respondeu e deu de ombros, não se importava.

— Só que minha irmã decidiu seguir um caminho um pouco diferente. — Annabelle comentou.

— Ela tem uma aura sinistra... — Miroku comentou, abraçado ao cajado dourado.

— Ailyn se rendeu à magia negra... — Annabelle acomodou-se deitada à grama e ficou a observar as chamas dançantes da fogueira.

— E por que você pediu ajuda a alguém assim? — Sango interrogou — Isso pode se voltar contra você.

— Somente o dia e a noite, a escuridão e a pureza, juntos, podem materializá-la — desembainhou a arma amarrada à sua cintura — Esse é o preço.

— E o que vai dar em troca a ela se conseguir atingir o Naraku? — Sango persistiu.

Annabelle virou para o outro lado, evitava prolongar a conversa, não desejava falar mais nada sobre o assunto, pois o que se sucederia dali dizia respeito somente a ela.

— Ei, moça... você está bem? — Shippou puxou uma mecha de seu cabelo, preocupado.

— Sim, pequenino. Só preciso dormir um pouco, estou cansada...

...

Ainda era madrugada, Annabelle abriu os olhos de súbito e sentou. Os companheiros dormiam, a mulher loura estava atrás de uma árvore, como se a esperasse.

Irmã foi até a outra, sorrateira. Ailyn gesticulou com uma mão, pedindo para ser seguida. A dona dos cabelos alaranjados aceitou o convite, puxou seu cavalo pelas rédeas e foi logo atrás. As duas desceram a colina sem trocarem palavras e chegaram a uma charneca.

— Quem é a vítima? — a familiar alourada se manifestou.

— Alguém que merece levar o golpe derradeiro. — pôs a mão sobre o cabo.

— Sabe onde encontrá-lo?

— Estou esperando que venha até mim.

— Genial, Annabelle. — Ailyn riu de imediato — Você nem sequer tem um plano?

— Por que a preocupação?

— Ora, quero o que me é de direito, e o mais rápido o possível.

— Olhe. — Annabelle apontou para um inseto que se aproximava — Ele nos observa.

— É mesmo? Aquela coisa pertence a ele? — mirou o youkai abelha, próximo o suficiente para ser atracado por sua mão impetuosa.

Ailyn mirou intensamente o fundo dos olhos da pequena besta, através deles vislumbrou um castelo embrenhado em uma nuvem de miasma.

— Ao norte. — ela esmagou o espião alado de Naraku e apontou a direção. — Não pare no caminho, siga direto.

...

"O quê?" – os orbes de sangue arregalaram-se surpresos e assustados. Como alguém descobriria seu esconderijo tão facilmente?!

Uma barreira circular formou-se ao redor da propriedade soturna. Ele não sabia o que Annabelle tramava, mas estaria preparado para qualquer coisa. Antes prevenir do que depois remediar.

...

Trajada em seu clássico vestido azul, Annabelle montou seu fiel cavalo e galopou ao longe. Fez como a irmã orientara, não parou. Seguiu por horas, a madrugada se transpôs em dia, àquela hora o grupo amigável já deveria ter percebido sua ausência. Tarde demais, seu destino estava selado. Chegou, enfim, ao lugar desejado e se deparou com uma barreira. Sorriu.

— Acha mesmo que isso pode me parar? — espalmou a mão no campo de força maligno e provocou-lhe ondulações.

Naraku notou que, mesmo se demorasse, a noiva de Hitomi conseguiria perpassar a barricada de energia e o alcançaria. Então, o hanyou decidiu usufruir da outra carta que tinha guardada na manga.

— Não pode se esconder para sempre, Naraku. — no fim das contas ela quebrou a barreira arroxeada como se fosse vidro e estava lá, à entrada da antiga morada do jovem mestre — Por que não vem me dar as boas vindas, está com medo? — provocou-o cheia de si e ansiosa. A mão pousava sobre o cabo do objeto ceifador amarrado à cintura.

— Aqui estou, Annabelle. — ele desceu as escadas, expondo-se sorridente e bem vestido nos trajes de Hitomi Kagewaki — Sabia que cedo ou tarde, você viria até mim. Parece que temos muito o que conversar. — falso e debochado como sempre, a reverenciou — My lady.

A mão que se preparava para puxar a adaga fraquejou, abandonou-a.

"Não é ele!" — a razão avisava-a.

O coração, por sua vez, manipulou o corpo para fazer o oposto ao desejado. Desceu do cavalo. As pernas caminharam até o perverso sujeito, os braços estenderam-se a ele e, quando estavam próximos o suficiente, ela o apertou em um abraço, prendendo-o a ela miseravelmente.

Naraku arqueou uma das sobrancelhas negras e sorriu funesto.

— Pobre Annabelle Rose... — simulou piedade e passou um braço pela cintura dela — A partir de agora, eu cuidarei de você.

Continua...


Notas Finais


É gente, o próximo vai ser meio tenso... na verdade, os próximos.
O que acharam da Ailyn (mais uma OC, yey!)?
A adaga mencionada nesse capítulo é invenção minha, assim como boa parte das magias, encantamentos e acontecimentos sobrenaturais que virão a acontecer. O bom da cultura Celta é que até hoje existem muitas lacunas sobre seus rituais, suas crenças e seus povos, então a gente deixa a imaginação fluir e segue em frente. Espero que estejam gostando!
Até o capítulo 11, que talvez eu poste mais tarde!
Kiiissuuuuuus!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...