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História Teia de Mentiras - O sacrifício


Escrita por: CrystalTsukino

Notas do Autor


Olha quem está de volta! Dois em um dia, hoje vai!
Esse capítulo me deu trabalho (e como deu!), de todo modo o entrego de coração aos olhos de vocês, leitores lindos!
Um feliz "caturday" para todos que estão lendo minha fanfic a essa hora ao invés de estarem se preparando para ir à balada - yey!
Boa leitura!

Capítulo 12 - O sacrifício


Capítulo 12 – O Sacrifício

— Que sensação estranha... — Kagome comentou, enquanto ela e os amigos caminhavam pela floresta.

— O que é, tem algum fragmento da joia aqui por perto? — Inuyasha perguntou empolgado.

— Não, não é nada relacionado à Joia de Quatro Almas, mas... — pousou uma mão ao rosto, pensativa.

— Kagome, o que foi? Você tá esquisita... — Shippou mirou-a em ares de preocupação.

— Eu sinto alguma coisa também. — o monge, habituado a lidar com energias espirituais, fixava o olhar ao longe — Vejam. — apontou o solo à frente coberto por uma fina camada de névoa — Alguma atividade sobrenatural está acontecendo aqui por perto.

— Sinto uma aura forte, não consigo decifrar se boa ou má. Quase posso ver a sua luz... — a adolescente caminhou, calma, atraída pela energia mística.

— Kagome, espere, cuidado! — Sango advertiu.

Inuyasha, afoito, saltou até a menina e a acompanhou atento se havia algum perigo ao redor. Quando deram por si, viam-se em frente a uma árvore possivelmente milenar, diferente de toda a flora presente. Os longos cipós desciam feito longos cabelos esverdeados.

...

— Veja, fiz para você. — Ailyn aproximou-se de Annabelle, nas mãos carregava uma guirlanda de rosas brancas e rosadas trançadas — Lembra de como nos divertíamos fazendo essas coisas?

O corpo, despido, emergiu de uma banheira arredondada, feita em toras de madeira. A dona dos cabelos de ouro auxiliou a dos cabelos de cobre a sair, tirou algumas pétalas pregadas na pele alva após o banho aromático, e, por fim, cobriu-a com o manto claro, antes jazido sobre a pedra.

— Estou pronta. — Annabelle anunciou conformada.

...

— Vocês viram a lua?! — Shippou sobressaltou-se e apontou o astro escondido por trás das largas folhas da árvore antiga — Tá vermelha! — arrepiado, embolou-se dentro dos braços de Kagome.

Miroku tocou o tronco robusto. Algo vibrava ali dentro.

— Há um portal aqui, e está fechado agora. — o monge anunciou.

— Um portal?! — o meio-youkai, confuso, entortou a cabeça para o lado.

— A energia estranha que sinto está do outro lado... mas o que será? — a viajante de uma era distante, apreensiva, tocou o ouvido à madeira e fechou os olhos. Jurava ouvir vozes além.

...

— Deite-se. — Ailyn indicou a rocha grande, lisa e retangular.

Annabelle desfilou graciosamente, a barra da mortalha arrastou-se pela terra molhada e a relva baixa. Antes de sentar, baixou a cabeça para que a irmã enfeitasse seus cabelos com a coroa florida e perfumada. Quando deitou, pétalas brancas choveram sobre si. Ailyn as tinha em uma cesta e as jogou sobre o corpo da outra ocidental jazida de barriga para cima, com as mãos sobre o ventre.

— Estique os braços sobre a pedra. — disse, enquanto escondia os fios áureos debaixo de um capuz largo e negro.

Annabelle, um pouco palpitante a essa altura, seguiu a ordem e mirou o céu ornamentado por uma Lua de Sangue.

— Abra a boca. — mais uma orientação atendida de imediato.

Os lábios rosados abriram-se tímidos, um líquido amargo desceu goela abaixo. Annabelle apertou as pálpebras e os cílios estremeceram.

— Não se preocupe, você vai dormir, não sentirá nada. — a mão gelada afagou a face da ruivinha entorpecida.

Os braços e pernas pesavam tanto! Ainda que quisesse levantar, não conseguiria. Entreabriu os olhos e o mundo ao redor girava. Os vagalumes converteram-se de pontinhos luminosos a desenhos de formas arredondadas, a espirais, a dialetos antigos.

...

— Inuyasha, algo de muito ruim vai acontecer! Precisamos entrar ali! — Kagome exclamou repentinamente. A mão sobre o peito tentava conter os batuques do coração. A lasca arredondada pendurada ao pescoço brilhou rosada.

— Oh, a Joia de Quatro Almas! Ela está... — antes de Sango completar a fala, a árvore estremeceu, derramando folhagem e pedaços de galhos.

A terra tremeu e o tempo parou por alguns segundos.

— Ai, Kagome! — Shippou abraçou-se estoicamente à menina e ela o segurou com firmeza, encolhidos na tentativa de se proteger.

—Vejam! — os olhos de Miroku refletiram a passagem branca a se abrir através do tronco espesso.

...

Os dentes unidos e claros desvelaram-se por trás do vermelho dos lábios em um sorriso ganancioso, seguido de uma gargalhada incontrolável. Ailyn contemplou o invólucro alabastrino de sua consanguínea, abriu a capa negra e do decote avermelhado puxou uma lâmina pequena, porém longa o suficiente para cravar o coração de alguém.

...

A lua nas mãos de Naraku oscilou de opaca a reluzente e esquentou sua palma. Os orbes rubros como a lua daquela noite contemplaram a jovem loura erguer os braços para cima e apontar o fio da arma ao peito de Annabelle. Algo dentro de si causou um rebuliço em seu baixo ventre. O hanyou aranha sentiu o frio percorrê-lo como se fizesse voltas na pélvis. Ficou tonto e gelado. O que era aquilo?!

Queria o poder de Annabelle.

Queria o corpo de Annabelle.

Se Annabelle fosse morta, Naraku perderia a chance de fazê-la sua serviçal e de, quem sabe, absorver suas habilidades.

Não, somente ele poderia decidir se a forasteira viveria ou morreria, e não alguém de fora! O aracnídeo se levantou as pressas, vestiu por cima de seu nobre quimono arroxeado a conhecida pele branca de babuíno e cobriu a face com a máscara. Os dedos se fecharam sobre o cristal e algo que ele chamaria de "intuição" o mandou desejar estar no lugar onde o ritual se concretizava.

Fechou lentamente os olhos e todos os seus contornos branquearam até ele sumir em lampejos.

...

Um nevoeiro obscuro, carregado de energia maligna cobriu o astro escarlate e esférico. O punhal dantes escurecido voltou à cor normal e Ailyn pareceu atordoada. Ao mesmo tempo, passos de pessoas correndo atraíram sua atenção e ela se virou para trás.

— Ei, o que pensa que está fazendo, garota?! — Inuyasha estava à frente de seus amigos. O meio-youkai percebeu as intenções da irmã de Annabelle e rosnou — O que aconteceu com ela?!

— Não se meta! — Ailyn rosnou, apertando o cabo da adaga em mãos. Estava surpresa por outras pessoas terem encontrado seu paradeiro.

— Sinto o cheiro do Naraku, ele deve ter alguma coisa a ver com isso! — os olhos doirados fitaram os companheiros demonstrando certa preocupação.

— O que é isso?! — Sango sentiu algo enredar-lhe pelas costas. Era uma sombra sem forma específica.

Ailyn abaixara-se e seus dedos fincaram-se ao solo. Da terra, uma névoa negra surgiu e tomou várias formas. Os vultos cercaram o grupo, Inuyasha empunhou a Tessaiga e começou a cortá-los, Miroku acertou-os com seu bastão e Sango desferiu golpes com o Osso Voador. A fumaça se dissipava e novamente se integrava, formando seres desconexos e lamentosos, ávidos por novas vítimas.

— São almas perturbadas! — Miroku percebeu — Não adianta atingirmos essas coisas, elas não são materiais!

— Eu sei o que fazer! — Kagome disse confiante, colocou Shippou no chão, preparou-se para puxar seu arco e...

— Naraku, seu maldito! — Inuyasha vociferou ao ver o rival pairar elegantemente, atravessando a névoa que ele próprio causou e pousar diante à bela criatura adormecida.

— Sentiu a minha falta, Inuyasha? Hu, hu, hu. — o riso desenhou-se por baixo da máscara.

— Você... — Ailyn surpreendeu-se com a presença do hanyou.

— Muito obrigado por distraí-los para mim. — disse o perverso descendente de Onigumo enquanto, calmamente, tomava a jovem desacordada em seus braços —, agora, se me dão licença, eu e Annabelle Rose temos alguns assuntos a tratar.

— Canalha, tire as suas mãos dela! — Kagome deixou de dar atenção às sombras para apontar sua flecha ao babuíno adiante.

Naraku usou Annabelle de escudo, acomodando-a abraçada a si.

— Atire, se tiver coragem. — desafiou.

— Patife! — Sango se condoeu, no entanto os fantasmas de Ailyn resistiam e ainda atacavam, portanto nem ela ou o restante do pequeno grupo conseguiu dar a devida atenção ao arqui-inimigo.

— Solte-a! — Ailyn apontou-lhe o gládio — Ela é minha, temos um trato!

— Lamento informar, mas o seu trato foi rompido. — e com isso, o hanyou foi envolvido por um redemoinho de miasma e alçou voo.

Ailyn, furiosa, quis persegui-lo, mas uma flecha luzente passou de raspão ao lado de seu rosto e provocou pequeno corte. Virou-se de súbito, violenta e preparada para trucidar a menina ousada que quase a acertou. Então, concebeu que o real intuito da seta fora purificar a nuvem púrpura encobrindo todo o pântano. Naraku, propositalmente, deixou seu veneno para trás na intenção de prejudicar a todos ali.

— Precisamos sair daqui! — Sango anunciou. Seu pequeno youkai de estimação aumentou de tamanho e ela, ágil o montou. O monge, também rápido, a acompanhou.

— Você, venha com a gente! — Kagome convidou a irmã de Annabelle apesar de tudo — Esse lugar está se desintegrando!

— Kagome, está maluca?! — Inuyasha reclamou.

O portal reabriu, não pelo poder de Ailyn, e sim através da mística Joia de Quatro Almas, cujo lume refletia no azul dos olhos da outra escocesa.

"Eu quero aquilo!" — aspirou ao dar-se conta do tamanho potencial que aquele ignóbil pedaço de vidro tinha.

— Vamos logo! — a menina insistiu, estava segura às costas de seu companheiro.

A mulher jogou o capuz por cima da cabeça, deu um passo adiante e troncos largos desabaram entre ela e o bando. Ailyn foi perdida de vista em meio ao terremoto e ao céu que se desfazia em vermelhidão. Inuyasha saltou longe com Kagome e Shippou às suas costas, seguindo a trajetória de Sango e Miroku montados em Kirara.

...

Respirar era tarefa árdua, o ar parecia denso. Os olhos de Annabelle rolaram por baixo das pálpebras agitadas, os cílios partiram a desentrelaçar os fios e os pequenos céus de verão, turvos, procuraram compreender que ambiente escuro era aquele em que ela se encontrava.

Uma manta pesada e branca a cobria, somente. Ela correu os dedos e sentiu a textura de pelos. Ah! Aquela consistência fofa, a escocesa a sentira certa vez, ao tropeçar sobre a roda de uma carruagem e ter o amparo de certo alguém...

A vista recuperou-se e reconheceu a arquitetura do cômodo. As paredes e o teto, um dia límpidos, escureceram com o mau uso e as condições impostas. Se não fosse por seu dom sobrenatural, o youki presente facilmente a mataria.

Annabelle, enfim, girou lentamente o rosto, adiando até onde pudesse o fatídico reencontro. Naraku estava sentado ao lado de seu leito, sereno, ligeiramente ansioso. Vestia um belo quimono roxo com alguns bordados ostentosos, tinha sobre as pernas cruzadas a máscara de primata, e na mão estendida sobre o joelho o amuleto de lua brilhoso. O olhar carminado, adornado por sombreado gris caía sobre ela, carregado de estranheza. Não demonstrava traço algum de seus sorrisos perniciosos, a boca limitava-se a um risco na vasta palidez mórbida de sua carapaça humana. Os cabelos abundantes escorriam por seus ombros, soltos e sedosos.

Como ele era bonito...

Não, tal encanto não pertencia a ele. Era Hitomi quem ela via, não ele.

Era?

— Isso pertence a você. — o tom grave soou pacato.

Ela, com algum esforço, conseguiu erguer um pouco o corpo e desencostar as costas do tatame. Apoiou-se em um cotovelo ao mesmo tempo em que se ajeitou para manter os seios cobertos pela pele de babuíno. Sentar-se foi um leve martírio, a cabeça rodou. Ainda estava sob efeito da poção de Ailyn. A cabeça pendeu para frente vezes seguidas antes de conseguir controlá-la e mantê-la enlevada, de modo que pudesse continuar a vislumbrar o homem, o monstro, o que quer que ele fosse. A mão, temerosa, encaminhou-se à dele, estática. Pegou o pingente e o trouxe ao peito. A pedra finalmente tornou a brilhar furta-cor.

— Você ia permitir que aquela mulher a matasse. Por quê? — manifestou a curiosidade.

— Por que me salvou? — rebateu com outra pergunta.

— Primeiro, a minha resposta. — mostrou-se irredutível, como sempre.

— Ah... — Annabelle suspirou, dobrou as pernas e abraçou-as, depois escondeu o rosto entre os joelhos. As ondas alaranjadas caíram como cortinas pelos braços, o aroma doce invadiu as narinas apuradas do hanyou.

— Temos todo o tempo do mundo. — pretendeu paciência, os olhos persistiam cravados na humana agora tão vulnerável quanto uma mulher comum. Ele poderia dizimá-la, se quisesse.

Se quisesse.

Como poderia ele não querer?

— Acabe logo com isso. O que está esperando? — na mesma posição, ela se pronunciou.

— Quer encontrar seu Kagewaki no paraíso, não é? — em algum momento Naraku precisava recuperar o tom jocoso e sujo, era sua natureza — É uma pena, Annabelle Rose, ele não está lá...

— Eu quero ficar longe de você. — ergueu o rosto aborrecido — Quero ir para um lugar onde nunca mais tenha que olhar para a sua cara e me lembrar do quão fraca sou. — lânguida, levantou com dificuldade, tão absorta em se afastar da tal criatura que não se preocupou em tentar cobrir a parte de trás do corpo.

Esgueirou-se pela parede a segurar o manto no peito, ouviu os passos desapressados a seguindo, bem como um riso discreto. Antes que chegasse à porta, Naraku estava diante dela, imponente.

— Saia da minha frente... — sussurrou esbaforida.

— Ou o que? Não tem um cavalo para me atropelar, ou forças para me enfrentar agora. — expandiu o sorriso — E eu, graças a você, melhorei das feridas que aquela garota me causou, me sinto forte o suficiente para dar o castigo que você merece.

Annabelle tentou evocar seu poder, e ainda estava temporariamente selado. Tentou jogar seu peso para empurrá-lo, só teve forças para cair nos braços dele. Naraku não a segurou e também não a afastou. Deixou-a lá, a agarrar o tecido macio de suas vestes escuras, a afundar o nariz em seu peito e soprar o ar sôfrego perto de seu pescoço. A pele de babuíno escorregou entre os dois e a humana ficou como veio ao mundo, o único pano que a separava da pele do hanyou era o da roupa dele. O aracnídeo riu, cheio de si.

— Eu queria matar você... — ela confessou, apática.

— Entre na fila. — escarneceu — Quem é aquela mulher?

— É minha irmã gêmea, ela me ajudou a conjurar aquela arma...

— E em troca ofereceu sua vida a ela? — as peças finalmente se encaixaram.

Annabelle silenciou completamente, os dedos desapertaram a bela farda do novo mestre do castelo.

— Como é tola, mulher... — fitando o nada, chafurdado no aroma viciante dos fios acobreados, a criticou risonho — Não completou seu objetivo e mesmo assim abriria mão de sua vida. Que desperdício de um poder tão diferenciado, que poderia ser usado para fazer coisas grandiosas. Essa lua enrolada em seus dedos, não é disso que vem o poder, eu percebi. A coisa está dentro de você. — segurou-lhe os cabelos e forçou-a a erguer a face e encará-lo — A minha proposta permanece, Annabelle Rose. Sirva a mim e eu, Naraku, a faço esquecer de todo o sofrimento passado... — ah, aquele timbre sedutor outra vez, seguido do deslizar das mãos dele pela sua face fria, pelos ombros e costas... certamente, o sujeito desejava desatiná-la, e Annabelle sabia a causa da malícia no sorriso do hanyou. Mais uma vez, o vão entre as pernas dela melava-se diante de uma investida dele.

— Nunca! — a indignação deu a força de que precisava para empurrá-lo longe no fim das contas. A luz branca, fraca, piscou ao redor dela e desapareceu ligeira. Naraku caiu sentado ao corredor, e ela desabou dentro do quarto, ainda assim encontrou fôlego para ralhar: — Apesar de tudo, o amor que eu e Hitomi sentíamos um pelo outro foi concretizado, nós nos entregamos, nós vivemos a plenitude desse sentimento e isso você nunca vai poder tirar de mim! Isso é uma coisa que alguém como você jamais terá na vida!

O vilão gargalhou histericamente, como se ouvira a piada mais engraçada dentre todas. E o riso descontrolado ecoou, longo e vibrante. Ainda a estremecer de rir, Naraku levantou, ajeitou a roupa, olhou-a uma vez mais de cima a baixo, e então pôs a mão sobre a porta, puxando-a para fechá-la.

— Ailyn me encontrará até no fim do mundo, você não vai conseguir me manter aqui para sempre! — ela persistiu a afrontá-lo, até a porta quase o cobrir por completo — Ela virá atrás do que lhe é prometido!

— Então, você deveria me agradecer por estar sob a proteção da minha barreira. A sua vida é minha a partir de agora. — e assim a deixou, com a clareza de que não a deixaria escapar, de que não permitiria que outra pessoa a tomasse — "Esse poder será meu" — ele almejou a habilidade, mas não só. Rememorou vívido o momento em que recebeu a luz dentro de si e experimentou a indescritível sensação, aquela que almejava por ter novamente. — "Ela vai ser minha".

Continua...


Notas Finais


Ai gente, eu confesso que esse momento final foi uma delícia de escrever, mas ao mesmo tempo preocupante. Vivemos uma época onde se critica bastante relações abusivas - e isso é ótimo, muito importante, precisamos dessa consciência crítica. No entanto, ao descrever Naraku tendo qualquer tipo de relação com alguém, não consigo imaginá-lo a criar um vínculo saudável, se eu o fizesse meigo, altruísta e bondoso do nada, fugiria à personalidade dele e essa não é a minha intenção. Busco escrever o personagem fazendo-o mais próximo do original possível, e nosso Naraku, infelizmente, é um belo de um fdp (perdão pelo termo), então SIM, ele tomará certas atitudes que possivelmente enojarão boa parte das meninas que estão lendo. Essa fic não tem "angst" no gênero à toa, o título não é "Teia de Mentiras" à toa, e a indicação de idade TAMBÉM não é à toa. Mas lembremos sempre de que isso aqui é só ficção e não é por eu estar escrevendo uma história "assim" ou "assado" que eu concorde com certas atitudes na vida real, tá certo? E mais uma coisa: tudo de ruim que alguém faz volta em dobro - nisso acredito, e isso pretendo aproveitar na fanfic. Ok? Ok.
No mais, espero que estejam gostando. Essa pequena justificativa na nota final vale para esse e o próximo capítulo (na verdade, para a fanfic inteira). Vejamos como as coisas se desenrolam, não é mesmo? Eu não gosto muito de escrever sobre casais perfeitos, gosto de explorar os problemas, a complexidade de cada personagem, me embanano toda, mas vamos lá!
Kiiiissuuuuuus!


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