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História Tela em Branco - Idiota...(PARTE 1, a)


Escrita por: alien_rosa

Notas do Autor


Perdoem a demora...acho que este é meu ano de inferno astral...mas deixa para lá...kkkkkkkk....
Não vamos potencializar o ruim...
Vamos somatizar o Bom!!!!!
Então, início de uma narrativa, a moda Levi...
Deliciem-se e me contem tudo depois!!!!!

Capítulo 14 - Idiota...(PARTE 1, a)


Fanfic / Fanfiction Tela em Branco - Idiota...(PARTE 1, a)

Os braços cruzados, com meu corpo excitado em cima do pirralho. Quando dei por mim já houvera cravado meus lábios aos seus.
Erro de cálculo.
É eu errei...
PORRA!!!!
Errei...
PIOR ERRO DE CÁLCULO DA MINHA VIDA!!!!
PORRA!!!!!!
Deixei-me levar por meus sentimentos, me deixei levar pelo que via.
Conclui que ele estava na situação da mesma forma que eu.
Ele estava curtindo, lógico que estava...
O pênis dele que o diga...
Então arrisquei, e cruzei a fronteira.
PORRA!! PORRA!!! PORRA!!!
O garoto ainda não está consciente...
Não está pronto... óbvio...
É assim que consigo entender tudo. Arremessar-me para longe, jogando meu corpo contra a mesa. Aqueles olhos verdes arregalados, perplexos pelo que houvera feito a ele.
Sua fuga.
Fugiu de mim.
MEDO!
MERDA!!!!!!
Como não percebi que o pirralho não estava pronto?
PORRA!! PORRA!!! PORRA!!!!!!!
AGORA A MERDA FOI PARA O VENTILADOR!!!!!
Se ele ainda não houvera entendido a situação, agora já era...

Arremesso uma cadeira contra a parede.
-IDIOTA!!!!!!
Em instantes, Hannes sobe afoito ao mezanino.
-QUE TÁ ACONTECENDO AQUI?
Vejo-o olhar em direção à cadeira com o encosto parcialmente quebrado.
-ERREI Hannes!!!!Errei!!!!!
-Errou?
-Sim, cometi o maior erro de cálculo da minha vida...
Passo as mãos pelos meus cabelos e procuro reorganizá-los. Alinho minhas roupas e percebo Hannes se aproximando. Ele inclina sua coluna para alcançar a minha altura, ficando olhos nos olhos.
-Levi! Não sei o que aconteceu aqui, mas de uma coisa eu tenho certeza... o Levi que eu conheço não erra nunca...
Olho para ele e pondero sua frase.
-Hannes, acho que este Levi aqui, nem eu conheço...
______________XXX________________

(dois dias atrás)
-BUMMMM!!!!!
-QUE PORRA, HANJI!!!!! JÁ DISSE PARA NÃO FAZERES ISSO !!!!!!
Ela chegou pelas minhas costas, enquanto estava na cozinha, limpando. Não deixa de achar graça destas brincadeiras de assustar.
-HE HE HE HE HE HE... Sabes que não resisto...
-Tsssc... não adianta falar contigo...
Após a bebedeira da Hanji na noite passada, não consegui lhe falar o que houvera acontecido. Até tentei... necessitava desabafar com um amigo. Se tiver alguém que se encaixa nesta categoria, e que talvez conseguisse entender sobre o que estou sentindo... é ela.
Mas, estava prevendo, que antes que ela terminasse de comer o segundo pedaço da pizza congelada, eu teria que levá-la arrastada para sua masmorra. E ACERTEI...
Acordei e como de costume, quando estou aqui, vim para cozinha preparar um café da manhã descente... até por que se depender da adultez dela, vamos comer cereais com leite azedo sempre.
Preparei a mesa, aqueci o leite e coloquei as cápsulas na máquina de café. Enquanto estou fritando os ovos com bacon ela surge em minhas costas, assustando- me.
Graças a esta mania de se aproximar pelas costas para me assustar, já consegui estragar com gordura algumas peças de roupa. Hoje, sempre que estou na cozinha, coloco meu avental térmico.
Hoje não foi diferente. Ela veio e “buuum”.
Infantil.
E como uma bela criança, já houvera sentado a mesa, esperando o alimento preparado pela mãe.
Deposito seus ovos em um prato a sua frente. Vejo um beiço ser criado.
-LEEEEVVVIIIII... os meus estão queimados...
-Problema é teu... já te disse para não fazeres estas brincadeiras enquanto estou cozinhando...
-Mas... tu ficas tão lindoooo na frente do fogão que não resisto... precisoooo te incomodar.
Sento. Paciência nesta hora da manhã...
Em minha frente não está mais a criança manhosa, mas um gato ronronando e fazendo dengo para seu dono.
Páro de me alimentar e lhe encaro:
-Alguém já te disse que tu és esquisita?
Ela abre aquele largo sorriso.
-O TEMPO TODO!!!!
-E tu achas que isso é motivo para orgulhar-te?
Ela dá de ombros.
-Depende da pessoa... se fores tu, sim!!!
Rapidamente se levanta, aproximando-se, me agarra com um abraço estrangulador. Procuro me soltar, mas ela insiste em ficar agarrada em mim.
-Larga sua velha pegajosa!!!!
-HEHEHEHEHEHEHEHEHE...
Dou um tapa em sua cabeça, e instantaneamente ela me solta.
-Ai, ai, ai... não faz isso, ainda tô de ressaca...
-Pensa nisso, quando tu fores tomar outro porre...
Ela volta a sentar em sua cadeira dando risadas. Observo-a e sigo com meu desjejum.
-Agora sério Levi, os antialérgicos já estão ajudando. Teu rosto está melhor que ontem.
-É... também percebi. Mas acho que não devo aparecer na escola ainda.
-Não... de forma alguma... a Petra vai perceber...
- É... vai... e vou me incomodar...
-Vamos manter o plano... tu me ajudas, que eu te ajudo, correto?
-Tu não tens vergonha de explorar um inocente?
-He He He he... E desde quando tu és inocente?
Apenas abaixo minha cabeça pensando em sua frase. Não posso deixar de rir em meu interior.
-Claro...Tssscc...
Inocente.
Ergo meu olhar e ainda pego a Hanji se levantando, sem produzir som algum, saindo da cadeira e de forma quadrúpede dirigindo-se a saída.
-HANJI... VOLTA!!!!
-HE HE HE HE... pensei que tinhas me safado... –esfregas as mãos nos cabelo desalinhados se erguendo do piso.
Ela retorna a mesa, e recolhe as louças levando-as a pia. Termino meu café e levo os utensílios. Hanji deposita as louças ali e se afasta.
-Não foge, não... VOLTA!
-He He He He He... não lembrava que era meu dia...
-Acredito... - Criei uma tabela de limpeza, com dias que alterno entre eu e ela para limpeza das louças. Lógico, que ela sempre busca burlar a tabela, então criei um sistema de barganha alimentar.
Se ela não limpa em seu dia, eu não cozinho.
Preciso colocar alguma disciplina nela.
Fico lhe encarando sério enquanto ela começa a ensaboar as xícaras.
Ela me sorri.
Não lhe retribuo, lógico. Seu objetivo é tentar me desarmar, mesmo ela sabendo que é em vão. Concentro-me na tarefa de enxugar a louça. Após alguns minutos em silêncio, ambos fazendo sua s funções matinais, resolvo falar:
-Quero que tu me faças um favor...
Ela me olha de esgueiro. Sorrisinho de canto.
-Manda ver!
-Quero que tu entregues um negócio ao Eren...
-EREN?
-Não te faz de idiota... tu sabes quem ele é...
-He He He He... sei?
-Sabes...
-Não lembro... sabes como é, sou uma VELHA...!!!!!
-Tsssc... o garoto que estou ajudando nos estudos...
-Háraaa... lembrei...o gatinho lindo que tu estás ajudando nos estudos, que te convenceu a tomar remédios...
Lhe olho incrédulo.
-Não consigo entender a tua ironia... só entregas a porra do bilhete, entendeu?
-Háaa... entendi sim... um bilhetinho, He He He He...
-Tssc... idiota...
Seco minhas mãos, deixando Hanji na pia. Volto ao quarto de hóspedes e quando retorno, trago o papel em mãos, depositando em cima da mesa.
-Diz para ele que preciso lhe falar sobre nosso trabalho... ele que me envie uma mensagem a noite...
-Só sobre trabalho?
-Tu realmente és asquerosa...
Com seu sorriso tipicamente psicótico, ela finaliza a higienização da pia, aproximando-se.
-Hehhehehehehe... certo, certo... mas, em troca, hoje tu vais resolver aquela pilha de provas alí... - apontando para um canto da sala de estar, onde estava jogados múltiplos papéis.
-Tô sabendo...
-Legal, pode deixar que vou entregar pro gatinho...
Hanji pega o papel da mesa, juntamente com sua mochila que estava jogada num canto do hall. Ao sair ainda lhe intercepto.
-Hanji!
Pára me olhando.
-Pelo menos penteie os cabelos...
-Haaaaa, isso...
Naturalmente, usa os dedos como pente, organizando porcamente os fios desalinhados e sebosos, Hanji pega um atilho do braço, amarrando-os.
-Pronto! Agora estou com cara de professora?
Sério, desacreditando no que estava vendo, só consegui responder negativamente.
-Perfeito então... esta é a ideia!!!!! HE HE HE HE HE...
Ainda vejo-a fechando a porta e indo trabalhar.
-Tssc... símio.



Após fazer a ronda de organização e limpeza da casa, sentei-me a mesa debruçando sobre a pilha de provas.
Incrível como é divertido corrigir provas de alunos. Sério, se não fosse o fato de pensarmos que aquelas respostas foram escritas por alunos que tecnicamente dependem de acertar as questões para serem aprovados, ler as aberrações transcritas em lacunas deixa o dia menos entediante.
Claro que isso não deve ser divertido para um professor. Ler que a reprodução das planárias ocorre quando uma planária macho cruza com a planária fêmea, deixaria até mesmo a Hanji arrancando os cabelos.
Acho que isso explica muito sobre seus cabelos...
Mas na minha situação, isso é divertido. Não sou professor, nem tenho vínculos com estes retardados. Simplesmente ler, marcar “x” com minha caneta vermelha e calcular o final. Simples. Prático. Objetivo.
“Mitocôndrias são histórias fantásticas, com personagens fantásticos que tentam explicar as verdades. Sua origem está nas ilhas Côndrias localizadas no Mediterrâneo”.
-PORRA!!! Como alguém consegue ser tão negativamente criativo?
Sério. Não sei se a primata biológica propaga hormônios alucinógenos para os alunos ou ela é assim por causa dos asnos com quem é obrigada a passar seu tempo matando lentamente seus neurônios.
-Tsscc... idiotas...
Perguntas tão simples, e mesmo assim não acertam. A Hanji até pega leve com eles. Marcar cruzinhas... sério...
-Condicionamento ao retardamento...
As horas avançaram na manhã, e continuo as correções. Acredito que foram em torno de umas quatro turmas e não estou entendendo muito bem, mas não estou me divertindo mais. Isto está começando a ficar enfadonho.
Não que esteja cansado, longe disso. Mas não sei, tem algo errado.
Sigo as correções.
Meio- dia.
-Que milagre. Uma prova descente...
Estranho.
Pisco meus olhos em uma sequência mais rápida.
Volto a fitar a prova. Busco localizar o quadro onde necessito colocar a nota numérica da avaliação.
Borrados.
Esfrego os olhos.
Continuam borrados.
Levanto-me a vou ao toucador social. Abro a torneira e levo a água ao meu rosto. Esfrego- os novamente em água abundante.
-AIIII...
Fico de joelhos frente a pia.
Uma pressão em meu peito.
Uma fisgada.
Latejante.
Propaga-se pelo dorso e me curvo.
Meus olhos continuam turvos.
Uma tristeza.
Uma dor.
Uma aflição.
Suor.
-PORRA!!! ! O QUE TÁ ACONTECENDO COMIGO?
E ali em frente ao espelho, perco a consciência.

_________________________XXX_____________________________
Abro meus olhos e vejo um rosto gigante. Céus, como aqueles óculos ficam mais horríveis de perto.
-Tu tens que trocar esta armação... é horrível...
Aquele ser, de espécie não catalogada me agarra e me abraça, estrangulando-me. Está claramente nervosa e seu choro molha meus ombros.
-Tsscc... tu estás a me molhar...Hanji...
-DESCULPAS MENINO!!!!!
-Não grites nos meus ouvidos Hanji...
Ela se afasta do meu pescoço e consigo ainda ver seu nariz escorrendo. Sentindo a mesma umidade sob os lábios, ela esfrega o punho da roupa sob a região, limpando-a. Visão grotesca.
-Que nojo, mulher gorila... não sei por que ainda respiro o mesmo ar que tu...
Seus olhos sorriem e numa última fungada, ela suga a umidade para dentro do seu ser. Viro meu rosto e ela ainda está a me fitar, preocupada.
-QUE FOI?
-Tu me deixaste preocupada... -começa a acariciar a lateral do meu rosto.
-Tssc... por quê?
Sinto-a tirando as mãos do meu rosto e segurando-me pelos ombros.
-Le-vi... tu não estás percebendo? Olhe para sua volta? Te encontrei caído no lavabo...
Olho em minha volta. Estou sentado em um canto do banheiro, com as costas repousando na parede. Toco na minha cabeça e não sinto nada estranho. Sem batida, corte ou afins.
-Desmaiei?
-Tu que me digas, o que acontecestes contigo?
-Não sei... -ainda estou a tocar minha cabeça, em busca de algo diferente. - estavas corrigindo tuas provas, comecei a ficar com a visão borrada, vim ao banheiro lavar o rosto e, bom não lembro ma...
-Desmaiastes LEVI!!!! E TU ESTAVAS SOZINHO!!!!! SOZINHO!!!!!
-TÁ... ESCUTEI... Pára de gritar, titã fêmea, estou com dor de cabeça...
Ela volta a tocar meu corpo. Rapidamente pega meu punho, verifica o batimento cardíaco, minhas pupilas, minhas têmporas, abre minha boca, escuta meu coração com seu ouvido... e eu observando estas cenas...
-Tens certeza que estás bem? Tens algo errado contigo além da dor de cabeça?
-Não... a-cho que não... meus olhos parecem estar normais, só...
-Só? Levi, não é comum tu desmaiares...
-Só tenho uma sensação estranha, uma pressão no peito...
Hanji se levanta rapidamente, sai e em poucos segundo traz consigo um estetoscópio com aparelho de pressão. Coloca em meu braço, ajusta a regulagem, posiciona o Diafragma, bombeia a Pêra. Abre a válvula lentamente.
-Normal.
Ela volta a me olhar preocupada. Começa a retirar o aparelho e a enrolá-lo na mão.
-Vem Levi. Vou te ajudar, vamos para teu quarto...
-Deixa quieto Hanji, consigo me levantar sozinho...
Ela me abraça pela cintura e me ajuda a sustentar.
-He He He he He.. Deixa de ser turrão... ninguém vai saber que uma mulher te ajudou...
Colocando uma mão sob meus olhos finjo estar procurando algo.
-Mulher? Aonde tem uma?
Fingindo estar ofendida...
-Há- há- há...engraçadinho...sou uma garota muito delicada, viu?
-Ah... claro...delicada como uma planta carnívora? Como uma massagem com cactos? Como um...
-Ok!!!OK!!! Já entendi... o que eu posso fazer se tu não tens sensibilidade para perceber minha feminilidade...
-Tssc...
Hanji abre a porta do quarto de hóspedes e me conduz à cama. Ainda antes de deitar-me, retiro o pulôver que estava a usar, e Hanji me ajuda com as calças de moleton.
Organizo a manta e o sobrelençol me aproximando para recostar. Hanji ainda me ajuda com as meias, sentando-se na beira da cama.
-Levanta!!!!
-Ai... esqueci... MAS TU ÉS CHATO MESMO!!!! Tá sempre marcando pressão!!!!!
-Quero tuas bactérias de rua para longe...
-Santo Darwin!!!!! Dê-me paciência!!!!!
Ela se afasta, enquanto me recosto melhor na cama. Fica a me olhar, escorada na porta.
-QUE FOI?
-Tu tens certeza que estás bem? Tipo, podemos ir ao médico... imagina o que a Petra irá pensar quando...
-Ela não vai pensar por que não vamos contar...
-Mas Levi...
-Já disse, não! E não vou ao médico, estou bem... Devo ter ficado muito cansado das correções, foi fadiga...
-Le-vi...
-Não Hanji... deixa quieto... só estou cansado...
Fecho meus olhos.
-Ok, ok... Levi... então, precisamos conversar...
-Sobre?
-Eren.
Abro meus olhos e dirijo minha atenção a ela.
-Papo sério Levi. Cabuloso. Pode erguendo sua sobrancelha por que sei que tu não vais gostar do que vou te contar.


Após relatar os episódios ocorridos na escola durante o dia, Hanji me deixa sozinho no quarto. Ela tem toda razão, tenho certeza que minha sobrancelha está erguida, meu cenho enrugado e meus olhos matariam alguém que cruzasse por mim.
Pelo menos é assim que me vejo refletido no espelho.
Resolvo sentar totalmente na cama. Pensara em descansar um pouco antes de anoitecer, mas minha cabeça não pára de processar informações.
Pensar no que farei amanhã. E como farei.
Como farei para não dar erro...
Sem erro. Tudo perfeito. Como eu gosto.
Levanto-me da cama e me conduzo em direção ao roupeiro. Pego determinada peça de roupa cinza de moleton que tenho guardada.
Cheiro.
AMO ESTE CHEIRO!
Volto para cama levando comigo o objeto. Aproximo mais ainda do meu rosto.
Dói um pouco do contato com o lado inchado e o zíper.
Não faz mal.
Continuo a esfregar aquela peça de roupa pelas minhas narinas.
Como é gostoso este cheiro... um cheiro de pele oleosa.
Pele deliciosa. Pele quente.
Aproveito e fecho meus olhos para concentrar meus sentidos no olfato. Inspiro aquele cheiro de pele bronzeada. Começo a visualizá-lo.
E permaneço assim.
Reabro meus olhos.
Agora já sei o que vou fazer... só precisava me concentrar. Focar minha mente.
-Vão saber que não devem tocar em algo de Levi Ackerman.


Após alguns minutos, Hanji volta ao quarto, convidando-me para o jantar. Novidade: Lasanha congelada.
Enquanto comemos aquela porcaria, conto o que está passando em minha mente. Séria, Hanji me responde:
-Sabe que pode contar comigo.
-Sei!
Após concluir o jantar, fechamos a noite, cada um sabendo que amanhã será um dia especial. Cada um, indo aos seus quartos. Hanji levando uma lata de cerveja.

Acordo com meu celular vibrando.
Já tarda a noite. Houvera cochilado um pouco.
Procuro lembrar onde o deixei. Vou até as calças que Hanji me ajudara a tirar e o pego de um bolso. Havia o deixado ali.
Sorrio ao ler a mensagem no ecrã.
-Tsssc... Eren...
Eren fez o que lhe dissera para fazer.
Não imaginei que ele lembraria.
Não imaginei que ele teria estrutura emocional para fazê-lo.
Permanecemos alguns minutos trocando mensagens.
Escrevo o que devo escrever. Após encerrarmos a conversação, coloco aquele número na memória do celular.
-Fica tranquilo Eren... pode deixar, amanhã eu resolvo isso.
Adormeço com meu troféu de tecido no travesseiro e com aquelas primeiras mensagens trocadas.

_____________________xxx_____________________
Hanji já houvera saído. A manhã já avançara e resolvo começar a me organizar.
Café-almoço, organização e limpeza da casa. Tudo como sempre.
Banho de meia hora.
Cuidado total em secar os cabelos e organizá-los.
Olhando-me no espelho reparo que hoje estou melhor. Quase não é perceptível a cicatriz, sendo pouca o vermelhidão do rosto.
Abro o armário e pego o prime. Recuo.
Não.
Hoje não vou usar.
Ainda toco nas cicatrizes verificando os detalhes. As antigas, as novas.
-Tsssc... vamos ver se percebe a diferença...
No quarto, desenrolo a toalha, secando meu corpo.
Parte por parte, devagar não deixando resquício de umidade, em contrapartida com a ansiedade que já começa a se formar em meu interior.
Olho-me no espelho. Nú.
Hoje será o dia!
Roupa.
Estratégia: boa mobilidade, agilidade, versatilidade e prática.
E o fundamental: Detonar!
Mostrar que estou na área!
Determinado, já escolho a composição.
Em alguns minutos, estou pronto.
Antes de sair do quarto ainda me olho no espelho.
-Sim Levi, hoje será o dia!
___________________________xxx_______________________________
Ao longe já consigo distinguir o borrão na escadaria.
Incrível, mas mesmo não o visualizando com nitidez, sei que é ele.
Cheiro, temperatura, energia... tudo ilógico.
Se alguém falasse disso algumas semanas atrás, riria na cara.
Mas hoje, eu acredito.
Concentrado em seu bloco de desenho, consigo me aproximar sem ser notado.
Céus, que criatura mais desmazelada!
Como posso estar sentindo tesão por alguém assim...
Sempre de moleton e cabelos desalinhados. Meu oposto.
Mas lindo...
Subo os degraus da escadaria no lado contrário e pelas suas costas vou me aproximando. No caminho junto algumas folhas desenhadas. Abro-as.
Está discutindo consigo mesmo sobre o croquis. Fecho meus olhos procurando fixar a imagem e entendê-la.
Eu.
Sou eu que ele tenta expressar.
E observá-lo confuso, tentando me encontrar em seus rascunhos, brota o desejo de agarrá-lo por trás e comê-lo com todos os sentidos.
Apaga, troca de lápis, arranca folhas, e assim fica neste processo de me encontrar.
Ele está me procurando. Com perfeição.
Seu cheiro com a ansiedade fica mais forte.
Me aproximo.
- É maxilar...
-Hãa?
Meu interior sádico se satisfaz com o susto dele. Observa-me espantado e em seu rosto fica evidente a vergonha de ser pego fazendo algo que em sua cabeça é vexatório.
Porra! Ele assim fica mais vulnerável as minhas mãos... Quero ele...
Respiro fundo buscando acalmar meu interior. Não posso... não posso...
-Disse maxilar... que sorriso idiota é esse?
Mecanismo de defesa. Sempre funciona desdenhar quando tu não consegues, ou podes ser sincero.
-Ah... olá Levi... tu já chegou!!
-Não, ainda estou em casa, jogando gamão...
Ele abre mais seu sorriso. Aquelas órbitas verdes me fitam iluminadas, montando um equilíbrio perfeito com sua pele morena e a sua boca...
Aquela boca sorrindo...
-Impressão minha, ou tu estás mais idiota do que o costume...
Merda de mecanismo de defesa. Nem Freud resolve esta situação.
Quero-o.
Com aquela cara babaca perfeita ele dá de ombros.
-Sei lá...
Respiro novamente, tentando apaziguar meus desejos.
-Tsscc... certo... ó, pega. Tinha voado alguns degraus abaixo.
Alcanço-lhe algumas bolas e folhas que tinham caído pela escada.
Oh Buda!!!!Tu não conheceste o Eren...
Se tivesses o conhecido, nunca teria chego a alcançar o nirvana. Não ele com este rosto ruborizado, com a voz tímida, teimando em expor a mim...
-Obrigado.
Caralho, nem mecanismo de defesa, nirvana e seu Buda... porra que ódio!!!!Idiota!!
-OUVIU, o que te disse?
-Hãa?
-O MAXILAR!
Irritabilidade misturada com ânsia de tocá-lo.
Preciso que ele me toque.
Preciso senti-lo.
Puxo sua mão apontando para o desenho, após a conduzo para meu rosto. Expondo-lhe meu pescoço explicando oralmente as características do meu rosto. Quero seus olhos sob mim diretamente.
-Veja, meu maxilar é bem definido, quase um ângulo de 90 graus.
-Tu sabias...
Ele baixa a cabeça constrangido. Falar isso parece ser algo penoso. Arrumo a gola da minha jaqueta preta. Que graça isso.
-Tsscc... quem tu achas que sou, um idiota? Achas que não tinha percebido...
Hanji tem razão. Ele parece um gatinho acuado, com medo. Não consegue me olhar, tentando fugir de mim, recolhendo seus matérias de desenho e jogando-os na mochila. Me abaixo para lhe ajudar.
-Tsscc... relaxa, não tô bravo contigo.
Como o cheiro dele me atrai... preciso tocá-lo. Seguro em sua mão enquanto pega um papel.
-Escuta Eren... - Fica mais um tempo aqui. -Mesmo eu externando seriedade, meu coração pulsa com o toque. A superfície macia de sua mão, a temperatura quente, preciso de mais... -Tenho que resolver um assunto... acho que, jogo rápido... permanece aqui, e depois te pego.
Mesmo desejando permanecer assim, perto dele, neste contato, luto contra meu corpo. Me levanto, afastando a mão.
-Hãa, ta... tá certo. Então te espero aqui?
Submisso.
-Sim. Vou só resolver um probleminha idiota que surgiu. Quando eu voltar, vamos sair rápido da escola, ok? Sorrio-lhe, e ele me retribui acenando positivamente com a cabeça. Antes e me afastar, desamarro minha jaqueta de couro, retirando-a. Percebo os olhos de Eren me observando com atenção.
Sorrio por dentro. Que calor me dá ser observado por ele. Ainda jogo-a em seus braços.
-Cuida dela direito. É de couro legítimo!
-Ah... tá.
Ele a agarra. Me distancio. Segundos depois, escuto sua voz, paro:
-Escuta Levi... Hãa... desculpas tá?! - Se tu te irritaste com eu estar tentando te desenhar, peço desculpas, não volto a fazer...
Não consigo entender.
De que parte do cérebro ele conseguiu interpretar desta forma?
Como posso estar atraído por um cara tão... ingênuo?
Acho que isso justamente é um dos pontos que me atrai nele. Ele me seduz, sem perceber que está fazendo isso. Teimo em acreditar que ele não tem consciência dele mesmo. De como sua sensualidade está ligada com seu ar desligado do mundo.
Volto a me aproximar rapidamente dele. Lhe imobilizo segurando um dos braço pelas suas costas, pressionado-o contra a mureta da escadaria. Com a outra mão selo sua boca. Tenho o desejo de lhe tomar ali mesmo. Meu Eren acuado.
-Pirralho idiota! Não fala merda... ok?
Ele sinaliza com a cabeça positivamente.
Tento colocar minha cabeça em ordem. Procuro a respiração diafragmática.
Meu corpo começa a pulsar...
-Ótimo! Depois conversamos sobre teus desenhos, mas agora quero que tu saibas que estou puto da cara, mas não é contigo. Tem um bostinha de merda que preciso resolver um negócio. Enquanto não resolver isso, não vou me acalmar, está entendendo Eren?
Ele sinaliza que sim.
-Muito bom, então me espera aqui, como combinado.
Preciso me afastar rápido dele. Esta situação, neste local.
Retiro a mão de sua boca, e mantendo seu braço imobilizado em suas costas, me aproximo instintivamente mais contra seu corpo. Começo a sentir seu calor, e eu, por contra resposta, me aqueço mais. Fricciono meu corpo contra seu dorso, sinto-o.
Quero este corpo. QUERO!
Tudo é propício, não há ninguém aqui.
Minha mente não está em sintonia com meu corpo.
Enquanto me aproximo de sua orelha, consigo mais contato. Levemente me esfrego em seu dorso.
Minha mente é mais forte.
-Já volto...
Deposito um selo em sua orelha.
Sinto-o tenso.
Não...
Ele ficou arrepiado.
Arrepiado?!!!!
Sorrio para ele.
Será um bom sinal?
Será que ele entende o que significa?
Não, meu corpo está errado.
Ainda o observando, percebo-o em choque. Resolvo isso depois. Deixo-o ali, afastando-me para resolver uma questão.
Sinto-me com mais energia que o costume...
Uma alegria que ferve no meu peito junto com este calor insuportável que toma conta do meu ser...
Preciso descarregar isso...
E vai ser agora...
Esperança...
-Tsssc... me aguarde...
Enquanto estou a entrar pelo portal da escola, pego meu celular. Esta chamado.
-Sim. Estou entrando. Perfeito.

Em menos de dois minutos, paro na frente da porta da sala de biologia. Em silêncio permaneço ali observando pela pequena janela de vidro. Como combinado, Hanji já deve estar lá dentro, gravando tudo, escondida, e pelo que me comunicou, o plano está funcionando como esperado.

Notas Finais


Como diria o Levi, desculpas pela falta de notícia, Porra!!!! elevado ao quadrado.
Mandem notícia pela minha nave.
Beijos da Alien rosa que circula pela terra.
Aguardem a continuação...


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