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História Tela em Branco - Talvez a vida seja a arte de fingir...


Escrita por: alien_rosa

Notas do Autor


Pessoal! Fiquei tão feliz quando entrei agora na internet e vi que minha primeira fic yaoi chegou a duzentos acessos! Pode ser pouco para alguns, mas para mim, foi além do que eu esperava. Então, muito obrigada a todos que acessaram até hoje a minha história. Muito obrigada a todos que favoritaram! Muito obrigada a todos que comentaram, e sintam-se a vontade para fazê-lo. Juro que não mordo, não como carne humana, aliás nenhum tipo de carne,kkkkk ...então se vocês se expressarem mais, consigo ter mais ideia do que está dando certo e o que está errado...
A propósito, perceberam que os capítulos estão mais longos? Gostam disso?
Então, para comemorar vou postar o próximo capítulo. Boa leitura e espero que curtam! Bjim cor de rosa

Capítulo 5 - Talvez a vida seja a arte de fingir...


Fanfic / Fanfiction Tela em Branco - Talvez a vida seja a arte de fingir...

Acho que depois que falei isso, deixei o Levi muito irritado. Ele logo virou-se, pegou suas coisas e saiu do banheiro. Caminhando a passos largos, quase correndo..Me deixou lá,...sozinho.

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Passou-se três dias. Neste meio tempo, Levi nem olha na minha cara. Definitivamente, devo ter deixado ele fulo.  Acho que não deveria ter falado da sua maquiagem...será que era segredo? Será que o deixei com vergonha por ter descoberto que ele usa?

Não deve ser isso, ...por que, é meio que óbvio que alguém com a pele tão branca deve ter algo grudado nela...bom, até eu que sou lesado para essas coisas percebi...então por que ele usa algo tão chamativo se quer esconder?

 Aliás, por que um garoto está usando maquiagem?

Olho em direção a sua mesa. Ele parece muito concentrado na aula. Hoje ele está com uma jaqueta preta, acho que é de couro, bom não sei... não entendo muito destes materiais de roupa... desviro minha cabeça. Ficar olhando para trás é muito cansativo...

 Por sinal, começo a perceber que o Levi gosta bastante destas coisas de roupa. Hoje a jaqueta, ontem acho que era uma camisa  com gravata e colete...será que ele gosta de moda? Deve gostar, por que isso dá trabalho para escolher, comprar e saber combinar.

 Volto a olhar para trás.

Realmente ele sabe destas coisas de moda... Além da jaqueta preta, ele está com uma básica vermelha e botas de cano médio. Fica bonito nele. Ele está parecendo àqueles cantores j-pop...

Por que até a pouco tempo não tinha percebido que tenho um colega de classe como ele?

-Alguma coisa interessante no fundo da sala Senhor Jaeger? Algum cartaz que lhe esteja ajudando na prova?

-Haã?

-SENHOR JEAGER!!!!!OSENHOR ESTÁ EM MEIO A UMA PROVA DE QUÍMICA!!!!NÃO PODE FICAR OLHANDO PARA TRAS!!!

Nisso percebo o professor morder a ponta da língua...de nervoso.

-Desculpe-me professor Oluo, não era minha intenção...

-Intenção? O senhor esqueceu que está em meio a uma prova? QUE DEVERIA ESTAR CONCENTRADO EM RESPONDÊ-LA?!!!!!!

Agora além de morder a língua pela segunda vez em segundos, percebo que pelas laterais de sua boca começa a produzir saliva. Ele se aproxima de mim. Está muito perto. Sinto gotículas respingando em minha cara. Sua baba.

--Desculpas, senhor... juro que não estava colando...-Falo isso já limpando discretamente meu rosto.

Frente a esta situação percebo murmurinhos da turma. Meus colegas começam a rir...

Rir de mim...

Sempre riram assim de mim?

Volto a olhar para meu professor. Parece que ele respirou fundo e voltou a se acalmar. Vejo-o também limpar as laterais de sua boca com as costas das mãos.

-Senhor Jeager... Como o senhor é o senhor, acredito que não estava colando. Então por favor, vire para frente e volte para sua prova, que pelo que estou percebendo, está bastante incompleta.

Como assim, o senhor é o senhor? O que ele quis dizer com isso?

Bom, o que quer que seja, meus colegas voltaram a rir. Meus olhos giram em torno da sala e percebo que todos olham para mim, enquanto riem. Encontro os olhos de Levi. Ele não estava rindo. Ao contrário. Ao perceber que lhe avistei, baixou a cabeça. Movimentou-a de um lado para o outro.

Com certeza está bravo comigo. Não consegue nem rir de mim...

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O restante do da aula transcorreu normalmente... e novamente não consegui concluir a prova..não deu tempo...

Resolvi que tinha que procurar o Levi. Pedir-lhe desculpas. Apesar de ele ser um pouco nervoso, está me ajudando bastante com o trabalho. Não percebi que lhe estava ofendendo. Sei lá, o que leva um garoto a usar maquiagem, mas não tinha o direito de mencionar que tinha percebido. Guardei meus materiais. Quando me virei de costas, Levi não estava mais em seu lugar. Tinha ido embora.

Aproveitei o tempo sobrando e fui para a biblioteca. Pensei em rever as anotações do Levi e começar a escrever o trabalho. Pelo que percebi, ele ficaria furioso se descobrisse que tinha usado um ctrl c/ctrl v da internet... então, abri um dos livros. Fazia tempo que não praticava a arte de abrir um livro, quer dizer, ...mangás não são livros?  Servem?

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Após algumas horas... ou não, não sei, o tempo não passa em uma biblioteca, principalmente quando tu estas lá, lendo e anotando informações que tu desconfias que sejam relevantes para um trabalho de escola, mas que afinal, são relevantes ou não?

Gosto de estar na biblioteca para ficar sozinho e desenhar.

 Assim como a receita de bolo que Levi havia me dado, me recomendava, comecei a ler parágrafo por parágrafo, me perguntando: o que entendi disso? Então, escrevo o que entendi, nas minhas palavras. Criando os parágrafos. Assim segundo o Levi, estou aprendendo, memorizando, e estou resumindo ao mesmo tempo. Este é o método Levi de trabalho. O meu, e acredito que a maioria dos jovens brasileiros é: digitar a palavra chave no Google. Mandar buscar. Pegar o primeiro link e clicar nele. E depois, só copiar o que está ali no Word. Mandar imprimir com o nome, e está pronto...

Entrega-se. Ganha-se nota. E não aprende-se nada.

Algum professor atualmente lê estes trabalhos de pesquisa? Ou só dão nota pela capa?

Quais são as intenções deles propondo isso?

Eles querem que aprendamos algo?

Estão enganados, ou fingem que estão se enganando?

Talvez a vida seja a arte de fingir, fingir que acredita no seu fingimento e dos outros.

Por isso não entendo as pessoas.

Por isso não me entendo.

 

 

Depois de algum tempo, estava esgotado. Ler e pensar cansa. E cansa muito.  Resolvi guardar minhas coisas.

Quando estava perto da saída, atrás, em meio  tantos alunos, percebo uma movimentação. Olho para trás  um ser alto e moreno gritando a acenando...como sempre não dei importância e segui meu caminho.

 Ledo engano...não deu alguns segundos alguém pulava sobre minhas costas...

-Que saudades Erenzinho!!!!!!!

-Haã?

-Haã nada.... hahhahaahahaa!!!!!! Tu continuas igualzinho..

-Desculpas, mas te conheço?

A criatura largou dos meus ombros, se afastou e mostrando a maior cara cênica de decepção falou:

-Não acredito que tu se esqueceste de mim???? COMO TU PODES SER TÃÃOOOOO INSENSÍVEL COM UMA DAMA TÃÃÃOOOO DELICADA COMO EU??????

Fui obrigado a recuar e tampar meus ouvidos. Sua voz alta e grave para uma mulher perturbava minha paz mental.

-Deixa de gritar Hanji, esqueceu que tu és uma professora? Te comportas como uma...

Olho para o lado daquela mulher e vejo da onde vem aquela voz. Aquela voz eu já conhecia. Era do Levi.

-Mas Levizinho, eu não poderia deixar de apertar um pouco o Eren... sabia que eu estava com saudades?

-Deixa de ser grotesca sua ogra disfarçada de humano. Ele nem é teu aluno...

-Mas estou louca para ser sua professora de biologia... hehehehehe...- enquanto ela fala isso, percebo que se aproxima de mim e coloca suas mãos em meu peito, movimentando os dedos sobre mim ...

-Que porra, Hanji, pedi para tu não ser grotesca, mas em troca tu estas sendo ridícula, cadê a tua ética profissional?

A professora se distancia de mim, e começa a gargalhar de forma incontrolada. Sabe aquelas risadas de cientistas loucos que os dubladores fazem nos personagens? Ou aquelas gargalhadas dos vilões dos animes quando seus planos maquiavélicos estão se operacionalizando? Pois é, lembra  mais ou menos aquilo.

 Ela começa a falar algumas coisas para o Levi e ele lhe dá as costas.  Consegui escutar o seu típico barulho com a boca, tssc... Em uma distancia considerável, porém ainda visível, vejo Levi lhe dando um tapa na cabeça. Ela se agarra em seus braços e sai pulando e forçando ele ao seu ritmo, sempre falando...

E eu, não consegui lhe pedir desculpas...

Agora me lembro, Hanji é a professora esquisita que conheci na biblioteca. Pelo visto, ela e Levi possuem um bom relacionamento...

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Cheguei em casa. Diferente da rotina, a casa estava movimentada. Ao entrar percebi o burburinho de falas e risadas. Ao cruzar pelo meio de pessoas que não conhecia, vejo a Tê, servindo de maneira diligente a todos que conseguia.

-O que tá acontecendo aqui Tê?

-Teu pai está recebendo alguns amigos dele...parece que aconteceu algo importante no trabalho.

-Ah tá... então estou indo para o quarto...

-O senhor deseja que eu leve algo para comer?

-Não precisa não Tê, não se incomode comigo...

-Sei... mas vou te levar algo para comer daqui a pouco.

-Pode ser...

Apenas vi meu pai a distância. Estava rindo com amigos. Estava encostado no bar da casa. Bebendo alguma coisa chic. Estava feliz.

 

No meu quarto, liguei meu computador, fui para cama e continuei a assistir ao anime que tinha iniciado. A história sobre espíritos de heróis lendários lutando pelo Santo Graal estava muito boa, além do caracter desing dos personagens ser lindo. Gosto daquele traço.

A Teresinha deixou a janta em uma bandeja no aparador ao lado da porta. Depois de alguns episódios, decidi pausar e buscar meu alimento. Comi olhando outro episódio. Peguei no sono assistindo este anime.

 Mas outro dia que me esqueci de tomar meu remédio...

 

 Estava na biblioteca. Levi havia jogado uma bolinha de papel durante a aula, escrevendo para ir ao seu encontro na biblioteca e levar o material que já estava pronto. E aqui estou, lhe esperando. Aproveitei para continuar a fazer o resumo das páginas que Levi marcou. Agora entendo o que Levi havia dito sobre Atena...ela era a deusa da sabedoria. Pensando nisso, acho que minha mãe assistia um anime que tinha uma personagem chamada de Atena. Acho que é um daqueles animes clássicos: Saint Seiya...tenho que me lembrar de baixá-lo para assistir.

-Vejo que tu está fazendo o que mandei...

-Haã? Oi Levi!

-Me esperou muito?

-Nãão...recém cheguei.- menti.

- Então vamos ver o que tu conseguiste...

Levi começou a ler meus apontamentos, em vários momentos me elogiava, outras vezes fazia anotações sobre as minhas e as complementava. Ao final de uma hora tínhamos conseguido fazer o rascunho de quase todo o trabalho. Juntamos meus dados com os seus.

Começou a escrever outras notas. Estendi meus olhos e percebi que ele estava escrevendo nova receita de bolo, ou seja, anotando o que eu deveria ler, escrever e fazer.

Enquanto ele escrevia, meio hesitante, resolvi quebrar o silêncio:

-Me desculpa- saiu à voz muito baixa...quase um sussurro. Ele não escutou... olho para ele. Ele continua concentrado escrevendo. Depois de alguns segundos, respiro fundo, e tomei coragem novamente. Ensaiei abrir mais a boca.

-Me desculpa! -agora a voz saiu audível. Parece que fiquei fadigado. Precisou usar muita força de meus pulmões.

Levi para de escrever e me olha. Novamente, me fita com seus olhos de miasma. Não consigo manter, então viro meu rosto.

-Do quê?

- Sobre ter falado de sua maquiagem... me desculpa... não foi minha intenção ter reparado...

-Haaa... isso... deixa quieto, não me importo...

-Não?

-Não... uso maquiagem por que me acho bonito com ela. Gosto de colocar pó, base, contornar meus olhos com lápis, ou seja, não me importa que as pessoas percebam que estou maquiado. Já uso a bastante tempo...

-Há tá...

-Então relaxa nisso- interessante como ele enfatizou “nisso’’- tu não me irritou... tira estes grilos da tua cabeça...

Resolvi voltar a olhar para ele. Encontrei seus olhos diferentes. Estranho. Não sei como, mas não tinha miasma...

Agora ele voltou a escrever. Fiquei olhando seu rosto. Estava com todos aqueles negócios que ele havia dito que usava. Ou seja, estava maquiado. Agora com calma percebi que seus olhos eram contornados por algo preto, que lhe dava a sensação de maior profundidade, mais fortes, que perfuram, em contraste com o cinza da íris.

Ele se acha mais bonito com toda aquela máscara? Por quê? Não sei...

E eu? Acho-me bonito como? Acho-me bonito?

Nunca pensei se sou bonito...

Sou?

 

Depois de Levi terminar de escrever, saímos juntos da biblioteca. Ele pediu para lhe acompanhar, pois tinha que me entregar meu casaco. Havia deixado em seu material na sala.

O segui, sempre caminhando atrás dele. Percorremos em silêncio os corredores. Até que em certo momento vejo Levi mudar o ritmo de seus passos, caminhando mais devagar. Até parar. Nisso, ele se vira de costas, se chocando comigo, e volta pelo mesmo caminho que estávamos seguindo.

-Vamos pegar outro caminho Eren...

-Mas...?

-Mas nada, caminha rápido!

Começo a perceber como suas pernas apesar de serem bem menores que as minhas conseguem caminhar mais rapidamente. Seus passos ágeis e longos demonstravam sua resistência em manter aquele ritmo por bastante tempo. Já estava começando a ficar ofegante, e ele, seguindo o trote, até que inesperadamente ele para.

-Olha se não é nosso emo favorito!!!!

-Ele não é emo, Reinner, ele é um gótico...

Em nossa frente, surgindo de um corredor à direita, apareceu dois rapazes. Um era loiro e bem forte. Seus músculos ficavam bem marcados em sua camiseta, e ao seu lado estava um rapaz bem mais alto, moreno, também com uma boa constituição física.

-Que seja, Beth...gótico, emo, punk, raio que o parta, ou a puta que pariu....mas me diz Levi, estava atrasado? Tenho a impressão que tu nos viu e decidiu fugir de nós...

-Tssc...eu?- percebo a mudança na postura e no olhar de Levi. Agora além do típico miasma eu seus olhos, sua voz deixava transparecer certa petulância e agressividade... – Deve ter sido impressão de vocês, tudo que eu sempre desejo é terminar meu dia diante dos meus dois protozoários favoritos...

O grandalhão volta sua atenção ao parceiro.

-Oh, Beth, tá vendo? Ficar junto da loca tá fazendo o drogadinho falar difícil...

E por sinal, o moreno, respira funda, e demonstra seu ar desolado.

-Reinner, ele tá chamando nós de burro...

-Sério? É isso que ele disse?- vejo o grandão se aproximar de Levi, e o mais ilógico, Levi também se aproxima dele.

Caracas, o que tem na cabeça do Levi? O cara louro tem uns trinta centímetros a mais que ele, e mesmo assim, ele não recua. Não treme. Está pensando a encarar...

- Oh Reinner, acho que o que tu e teu parceiro não entenderam é que não estou chamando vocês de burro, seria uma ofensa para um animal tão evoluído, estou chamando vocês de protozoários, seres pouco desenvolvidos, pouco evoluídos...

Abruptamente. Em segundos o loiro já estava agarrando Levi pela gola.

-Ah...sério? Ainda bem que tu me explicou... e onde fica as bichinhas maquiadas nesta tua escola? - Começo a tremer por dentro. Percebo o quão perto do rosto de Levi se encontra esse tal de Reinner. Acredito que nesta distância ambos estão sentindo a respiração um do outro. Mas, em contrapartida, Levi continua com o mesmo olhar ameaçador direcionado para o grandão.

Percebo que ao seu lado, o moreno alto começa a olhar para mim. Tremer por dentro? Acho que o tremor já está mostrando-se fora do corpo.

-Reinner, larga o gótico!

Nesta hora o loiro grandalhão para tudo, olha para seu parceiro. Comunicam-se pelos olhos. Reinner dá um soco no rosto de Levi, o fazendo voar para um canto do corredor.

Desde quando pode-se agir com violência na escola? Cadê os adultos? Alguém veja isso!

Reinner se aproxima de seu parceiro.

-Este pirralho é o filho do Jaeger...

-Quem?

-Aquele promotor público... que aparece na TV... Responsável por conseguir condenar vários caras...

-E daí?

-Não é lucro se meter com o filho dele... ou tu quer os homem da lei na nossa cola?

-Ah tá...saquei...- Vejo o grandalhão se aproximar de mim...vou recuando, caminhando para trás...- tá limpo Jeaguerzinho...não precisa ficar com medo...não vamos fazer nadinha contigo, mas...vamos fazer um combinado, ok?

Já encostado na parede, com Heinner em minha frente. -Haã? Ok?

-Bom menino... -seus braços agora estavam acima da minha cabeça, posicionados cada um de um lado do meu crânio. – escuta, bico fechado, pianinho, sacou...te deixamos neném e  fica gel, sem dá uma de jacaré pro teu pai...entendeu?

-Haã? Si imm...

-Ótimo, menino bonzinho...né Beth?

-Sim Heinner, ele é bonzinho, agora deixa ele...vamos...podemos ser vistos...

-Ok, ok,...deixei meu recado...viu bichinha pintada...esta passou, mas outro dia volto pra dar um rolé contigo...temos uns papos pra colocar em dia.

Olho para o lado e vejo Levi fazendo o “tssc” dele, e cuspindo no chão... caracas, o que ele tem na cabeça...

-Pode deixar,... vou guardar minha maquiagem para te emprestar...

Nisso vejo a muralha loira ser agarrada por seu amigo, que o mobiliza e fala algo em seu ouvido. Ambos olham para mim. Recuo meu olhar. Mas o tal de Reinner ainda faz um sinal com o braço em direção a Levi.

Ambos se retiram. Após não vê-los mais, consegui sair do meu lugar e me movimentar. Olho para o lado. Levi ainda está no chão, meio que de de joelhos, colocando a mão no rosto. Percebo que um lado está inchando, com um leve corte no supercílios.

-Caracas, te machucaram...

-Tsc, isso não foi nada...

-Mas tu tá sangrando, e tá inchando...

-Deixa quieto... –Vejo Levi tentar se levantar, se apoiando na parede. Estendo meu braço para lhe ajudar. Ele recua, rebate minha mão quando me aproximo. - Já te disse, tá tranquilo, não se mete... tô legal.

Entendi minha situação, baixei minha cabeça, e resolvi me deter em pegar meu material e o do Levi.

-Acho que tu deves lavar isso aí...

-Ah tá... falou o sábio enfermeiro particular do viadinho pintado, há  há  há!

Senti a ironia em sua fala...

-Acho que tu não tá legal, seria melhor um adulto ver isso...

-MERDA!!!! CARALHO JÁ DISSE PRA ME DEIXAR QUIETO!!!!!NÃO TE METE!!!!!PORRA!!!!ME DEIXA SOZINHO!!!!!!

Deixei cair nossos materiais...

Por quê?

Por que ele está gritando comigo?

-Haã...entendi...desculpas, desculpas mesmo, eu não tinha a intenção de me meter...

Volto a juntar a minha mochila e resolvo fazer o que Levi está mandando.

Deixo-o para trás, sem entender o que aconteceu, sem entender do que estavam falando, sem entender as reações dele para comigo.

E Levi me vê se distanciar dele.

 

 


Notas Finais


Mina-san, o próximo cap já está pronto...vou dar um tempo para que vocês possam saborear este...juro que o próximo está mais cute...


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