História Tela em Branco - Merda!!!!! Desde quando fico assim?

Peguei a chave e abri a porta.  Hanji ainda está na escola. Não sei se ela fica para os períodos da tarde e da noite hoje, então enviei uma mensagem dizendo que resolvi  voltar para seu apartamento.

Aqui estou seguro.

Aqui posso me acalmar.

Tirei meus sapatos na entrada. Por mais que sempre o AP dela seja uma maquete de um lixão metropolitano, não consigo romper com o hábito de tirar os calçados ao entrar em uma casa.

Aliás, olho em minha volta e percebo a necessidade de exorcizar aquele lixão novamente.

Entro pisando com a ponta dos pés, pois a mínima sensação que meus dedos   estão tocando naquele tabuão permeados de uma densa película de sujeira, regados a micro organismos múltiplos já me dá vertigem.

Olho para os móveis e armários, tudo está cinza. De pó!

Como pode existir uma mulher tão porca no mundo?

Bom, se pensarmos que Hanji não é bem uma mulher...da maneira convencional de ser.

Entro na cozinha. Puta que pariu!

Quando cheguei ontem à noite em seu AP, não havia percebido, mas, não existi um local que possa ser usado para se apoiar sem ter pencas de panelas, copos, talheres e sabe lá Deus o que mais... apesar que  aqui, nem Deus sabe o que tem no meio disso...

Coitado de Deus, sempre metem ele numas furadas destas...

Empurro  uma cadeira e  deposito minha mochila ali, sem antes deixar colocar no chão um balde com plantas semi mortas que estava em cima da cadeira.

Abro a minha mochila. Retiro meu lenço branco e amarro em meus cabelos.

Vou em direção a pia. Abro o armário aéreo na esperança de ter um copo limpo para tomar água, mas percebo que minhas ilusões são vãs... estou falando da Hanji... se tu pedes um copo de água, ela pega um sujo da pia e é capaz de limpar com a camiseta para te servir água...

Sem noção.

O armário está vazio, apenas acompanhado de uma caixa de Sucrilhos aberta e caindo seu conteúdo para fora.

-Tsssc... asquerosa...

Suspiro profundamente. Paciência.

Por que sei o que devo fazer...

Me curvo e abro o balcão da pia. Ali estão  os produtos de limpeza de cozinha. Na mesma posição que os deixei a uma semana atrás. Sim, uma semana faz que ela não lava a louça... os pego e começo a fazer o que esta selvagem indomesticada deveria ter feito... lavar sua sujeira!

Pego o primeiro copo e o lavo, logo o enxáguo e deixo-o com um pouco de água. Ainda na ponta dos pés vou até minha mochila pegando  os comprimidos que comprei e os tomo.

Neste momento, brindo a mochila,  percebo que esqueci meu casaco na sala de Técnicas domésticas...  -que merda, como vou para escola agora? - Não tenho casacos extras aqui... só se...

Usar o casaco dele... ele ainda está aqui...né? Acho que sim...

Naquele dia, eu vim dormir aqui após a aula... então, devo ter guardado no roupeiro  no quarto de hóspedes...

Bom... depois eu vejo isso...

Retorno à louça. Ainda bem que Hanji tem torneiras de água quente, assim posso esterilizar melhor esta imundície que ela chama de cozinha. Após o término da limpeza da louça começo a dedetizar o restante da casa...

Dedetizar é a palavra certa para definir a relação da casa da quatro-olhos e suas calcinhas sujas espalhadas pelos corredores e móveis... só queimando em uma fogueira da inquisição para se libertar disso!

Não consigo entender como alguém consegue ir trocando de roupa e caminhando pela casa ao mesmo tempo. Sim, por que essa é a única explicação para suas roupas estarem por todos os locais da casa.

Bom, poderia ser sinal de sexo, mas sei que Hanji está inativa a um tempo...Também, o cara teria de ser um santo para aceitá-la deste jeito... ou um masoquista fetichista por mulheres ogras...

Depois de alguns baldes de água, duas garrafas de alvejantes, e uma máquina de lavar de roupas desta submulher... e um pouco de trabalho árduo escravo... tecnicamente seu apartamento está habitável a um ser humano.

Tecnicamente por quê? Por que, não ouso entrar  no quarto dela... muito menos  limpar... aquilo é território proibido a qualquer pessoa com o mínimo de lucidez...

E eu ainda tenho lucidez

Fazer limpezas sempre me acalmam...

Desde criança isso foi assim. Gostava de ficar horas esfregando os muros que contornavam aquela  casa. No meu imaginário infantil aqueles muros altos e largos, parecendo muralhas davam a sensação claustrofóbica de que estava condenado a viver ali, trancado, naquele mundo. Não  conseguir ver a rua, a calçada, as pessoas, o mundo. Talvez eu esfregasse tanto el com a esperança de que se desmanchassem e eu conseguisse me libertar daquele lugar. Iria gastá-lo como uma barra de sabão.

Nunca consegui gastar os muros, por que antes disso, eles foram danificados pelo fogo.

Parece que enquanto estou esfregando, todos os sentimentos ruins são esfregados e dão lugar a uma mente limpa.

Suar além de liberar toxinas do corpo, libera as toxinas da minha alma. Então, frequentemente estou aqui, fazendo isso. Hanji sabendo disso se aproveita, deixando manifestar seu lado mais primitivo, como a boa selvagem que é...

E como meu reduto de fuga é aqui... preciso deste lugar no mínimo de condições para eu estar.

Vou ao quarto de hóspedes. Que por bem da verdade, é o meu quarto. Hanji não costuma receber visitas, muito menos para dormir. Então, desde que fui obrigado a vir morar com a Petra, quando não estou a fim de aguentá-la, venho para cá. Como elas são relativamente amigas, não há grandes problemas, então, bem,  sempre deixo algumas coisas minhas aqui.

Abro a gaveta do roupeiro. Pego minha toalha que deixo guardada, passada e dobrada.

 Se tivesse que usar alguma toalha de banho da Hanji, optaria por usar um pano de chão que deve ser mais limpo...então tenho minhas próprias coisas.

No apartamento dela o quarto de hóspedes não tem banheiro, então tenho que usar o social. Após o que fiz... após este dia... preciso de um banho.

E essa é a última etapa da minha purificação. Até por que gosto de suar, quando sei que tem um chuveiro logo me esperando.

Uma das coisas boas deste apartamento é o banheiro. Como Hanji comprou em um edifício antigo, os banheiros de antigamente são grandes, espaçosos, com aqueles azulejos pintados a mão...cortinas de plástico...bidê de asseio... e uma banheira de louça!

O símbolo do desperdício dos recursos hídricos naturais!

O símbolo do luxo das eras douradas!

O símbolo do descanso!

Olho para ela, limpa, com cheiro de desinfetante de eucalipto...

-Tssc... danem-se os ambientalistas! Hoje preciso de ti!

Giro a torneira de bronze, nem espero ela encher e já estou dentro dela. Com a água bem quentinha...

Só que não!

Curto mesmo é uma banheira com água fresca...nada mais relaxante que a água gelada!

 Como tecnicamente ainda sou de pequena estatura ( por que sei que vou crescer mais, eu acredito!) o tamanho dela é ideal para eu  me sentir confortável  sentado com as pernas esticadas...

Permanecer ali... imóvel, com os olhos fechados, é o que preciso, depois de hoje...

Que dia...

Que dia louco...

Pego a toalha que está ao lado, molho-a e coloco em meu rosto. Começo a refazer compressas na minha face inchada.

Sinto que isso relaxa o calor da minha cara. Apesar de já ter tomado o antialérgico, ainda não sinto o inchaço diminuir. Quantos remédios terei de tomar para voltar ao normal?

Volto a molhar a toalha e colocar no rosto. Fecho os olhos para relaxar melhor.

Mas isso não ocorre.

PORRA!!!!

AGORA LEMBREI!

Não posso voltar para casa assim...

Não posso ir para escola assim...

Será que até amanhã já melhorou?

MERDA!!!!

Como fui me meter nesta?

Ainda tenho que resolver este probleminha com o Heinner... mas isso eu tenho tempo...

TENHO OUTRO PROBLEMA AGORA...

E ESTE PROBLEMA TEM OLHOS VERDES...

E QUE VERDE... IDIOTAMENTE LINDOS...

E ACOMPANHADO DE UM SER QUE PODE-SE DIZER... EXTRATERRENO...

EXTRATERRENO, MAS LINDO...

VERDES E LINDOS...

Me perco nestes pensamentos e adormeço na banheira.

-HURUUUHHHHHH!!!! GANHEI MEU DIA!!!!!!!!!! AGORA POSSO MORRER EM PAZ!!!!!!!!

Acordo subitamente com estes gritos! E  a primeira coisa que vejo...

A CARA DA HANJI!!!! OLHANDO PARA MIM!!!! COM AQUELE SORRISO LARGO!!!!

- O QUE TU TÁ FAZENDO AQUI HANJI? -exclamo com minha voz  já alterada.

Vejo ela sair da porta se aproximar ainda mais de mim e de meu rosto. Agora de perto ela parecia o gato de Cheshire...

-HIHIHIHIHI!!!!!! UÉ!!! ESTA É A MINHA CASA!!!! -Abre os braços e gesticula com as mãos, mostrando um olhar inocente.

-EU SEI QUE É A TUA CASA!!!! O QUE ESTOU PERGUNTANDO É O QUE TU FAZES AQUI NO BANHEIRO!!!

-Ah... isso... tu estás gritando assim  por causa disso?

-AHHH?... TU ACHAS POUCO?

Coloco minhas mãos na frente da intimidade, tampando-a, e enquanto isso, vejo Hanji se levantar, ainda sorrindo e pulando.

-Hehhehehehehe... OK... OK... Não precisa ficar escondendo teu ENOOOORRRRMMME pênis... até por que não tem nada ai que já não tenha visto desde bebezinho...

Nisso, vejo a quatro-olhos pular por cima de mim pela lateral da banheira  e puxar minhas  bochechas inexistentes...

-PORRA HANJI!!!!! TÁ MACHUCADO!!!!

-Vixi!... caraca  menino... esqueci... desculpin aí  -Hanji larga minhas bochechas... e começa a alisar meu rosto do lado não inchado. - Como tu estás?

-GRAÇAS A TI... BEM PIOR...

-Desculpa mesmo... sempre fico empolgada contigo...

-Devo encarar isso como elogio ou como uma má sorte minha?

-Ah, Levi... kkkkk - Ela dá uma risada controlada e bate em minhas costas... -vou brevemente para frente com a força de seu tapa nada delicado. - Agora sério: por que tá assim?Tá bem pior que hoje de manhã - Hanji pega a lateral do meu rosto e me vira bruscamente para enxergar melhor a face machucada.

-Piorou... exagerei na maquiagem para tentar esconder os roxos na escola e deu uma reação alérgica.

-Tô vendo, tenho umas coisas aqui que tu podes tomar para melhorar...

-Coisas? ACHA QUE VOU TOMAR COISAS QUE TU TENS?

-Mas...

-Relaxa,  já passei na farmácia e comprei antialérgicos... então, vai passar... fica tranquila.

Olho para ela e percebo que não a convenci... toco  em sua mão que ainda repousa em meu rosto. - Fica tranquila Hanji, vai passar, ok?

-Aí... meu menino... - ela me agarra e me abraça forte.

Na real, quase me estrangula!

-Tá, tá Hanji. -começo a alisar suas costas. - Agora me larga e por gentileza... pode se afastar de mim? Se tu não percebeste, ainda estou dentro da água e nú!!!

-Kkkkk... certo, certo... mas me diz uma coisinha. Tu fostes  numa farmácia? Que milagre ocorreu?

-Eren me convenceu, e achei boa a ideia...

-Eren estava contigo?

-Sim hoje de manhã. -Vejo  Hanji se distanciar e olhar para mim. Incrível como ela consegue oscilar rapidamente entre sua versão deprimida a sua versão saltitante. Seu largo sorriso estampou o rosto.

-TE  CON- VEN-CEU?- silabou ela, sarcasticamente...

-Sim...e?...-começo a me irritar com sua nova postura.

-O GAROTO DE OLHOS VERDES TE CONVENCEU A FAZER ALGO?

-Não estou entendendo aonde tu queres chegar, mas não estou gostando do tom de ironia em tua voz! –apesar de não estar me vendo tenho certeza que nesta hora, uma sobrancelha minha ergueu-se.

-Olha Levi... -Estava falando e sorrindo. - Não quero dizer nada, só estou pensando que um garoto... como mesmo? -Colocou um dedo ao lado da cabeça inclinando-a, fingindo idiotamente que estava tentando lembrar-se de algo. - idiota, burro, infantil, sem noção, sem senso comum...quais outros atributos que tu usaste para descrevê-lo mesmo?

-Tssc... DEU quatro-olho! CHEGA! Hoje, tu estas mais irritante do que o normal... -A empurro levemente para o lado, afastando-a,  e começo a levantar da banheira.

A água começa a escorrer pelo meu corpo...e percebo Hanji  me observando sair e me enrolar na toalha.

-Nossa conversa não acabou mocinho!!!! -Olho para trás e vejo-a com aquela postura de quem tenta parecer séria. Tentativa estúpida, diga-se de passagem...

-Ah não?- Dou um meio sorriso indiferente, enquanto paro para olhá-la na porta.

-Não!!!

-E o que devemos conversar mamãe? -entro no joguinho de interpretação sorrindo.

-Petra! Como vamos explicar para ela de tu estar aqui de novo...

-Sei lá...a adulta aqui é tu...te vira...

Saio do banheiro, deixando Hanji molhada ao lado da banheira.

Quando estou entrando no quarto de hóspedes escuto Hanji gritar do banheiro:

-VALEU POR LIMPAR A CASA!VOU FAZER UMA PIZZA PRA NÓS!!!! OK?

-OK!

Entro no quarto. Como não me sequei no banheiro, acabei deixando um rastro de água por onde passei... terei que secar isso depois.

Abro a porta do guarda-roupas. Pego minhas roupas. Cueca, calça jeans preta e uma básica de gola alta também  preta. Percebo que guardei a jaqueta do Eren ao lado dos cabides. Olho-a.

-Credo! Como este garoto tem mau gosto!

Pego-a e começo a analisá-la.

-Não sei por que, mas isso combina com ele...

Um simples casaco de moleton cinza, com capuz, com evidentes marcas de que inúmeras vezes girou, girou, girou, dentro de uma máquina de lavar.

-Bom, se precisar... é uma solução... -volto a dobrá-lo e colocá-lo no lugar.

Em direção a parede, ao lado da janela, há fixado uns espelho de mais ou menos dois metros de altura, com uma moldura preta fosca e um pequeno detalhe em listra dourado. Amo este espelho, se Hanji me desse para levá-lo para casa de Petra. Com ele consigo me enxergar da cabeça aos pés, tornando mais fácil de ver as propostas das roupas.

Paro na frente dele.

Olho para minha imagem. Ainda estou com a toalha enrolada na cintura, e meu corpo úmido.

Meu rosto está começando a desinchar. Coloco a mão sobre a parte direita. Ainda está avermelhada e o olho realmente está feio. Analiso de perto o corte. Inflamado, mas percebo que devido às compressas, aos remédios, está com um aspecto um pouco melhor. Já não está tão quente como hoje de manhã...  os remédios estão fazendo efeito... baixando a febre...

-Febre? Idiota...

Não...

Não é por isso...

Eu sei disso...

-Tsssc... idiota. Só tu mesmo para dizer que esta cara detonada é bonita.

Ainda me olhando toco no espelho, em minha própria imagem. Com a mão direita levanto parte do meu cabelo revelando minha têmpora esquerda. Graças ao meu corte de cabelo consigo esconder a cicatriz. Volto a recolocar a franja  molhada no lugar.

-Tsssc... bonito... até parece...

Ainda com  a mão esquerda sob o espelho, delineio o contorno da minha cabeça, cabelos, dos ombros, dos peitos, da minha cintura. Como o contorno de um boneco. Um boneco branco.

Tiro as mãos do espelho e as conduzo ao meu corpo, colocando-as na cintura.

-Bonito? Tssc... será?-giro levemente meu quadril deixando a parte de trás visível no espelho.  -Meus ombros são estreitos, meus braços mais finos, mas sou levemente musculoso... isso ajuda um pouco...  –Toco em meu abdômen, e consigo sentir os músculos do Reto Abdominal discretamente   desenvolvido. Sigo tocando em meu corpo, subindo minhas mãos ao meu peitoral.

-Estão começando a ficar mais rígidos, os exercícios estão funcionando. - Aperto um de meus peitos e após a constatação, começo a traçar seu contorno com minhas mãos... -mas não gosto da cor dos mamilos, são rosados... -Ainda alisando-os percebo-os que estes levemente começam a endurecer, inconscientemente fecho meus olhos e sinto a textura  da auréola deles.

São lisos, macios, quentinhos. Meu indicador começa a circundá-lo dando-me uma sensação diferente.

Abro meus olhos e volto a fitar-me no espelho. Tiro uma das mãos dos mamilos a conduzo aos meus lábios.

-É a verdade... ele disse... imbecil.

Coloco a mão na minha boca. Começo a resvalar meu indicador pela superfície dela, contornando-a.

O que será que ele sentiu ao fazer isso?

Por que acho tão sem graça quando eu mesmo faço isso?

Abro a boca como fiz logo pela manhã. Deixo meus lábios levemente abertos e passo novamente meu dedo. Procuro lembrar -me de como Eren fez isso, a velocidade, a intensidade do toque, por onde seus dedos circundaram, o seu cheiro neste momento. Fecho meus olhos.

-Bonito - Consigo escutar a voz baixa de Eren repetindo pausadamente esta palavra.

Bonito... bonito... bonito...

Seus lábios grossos se movimentam lentamente repetindo silabicamente este mantra. Seus olhos verdes, tão brilhantes, tão sinceros me prendem a uma magia que só consigo sentir a sua existência.

Sua mão, com aqueles dedos longos, ágeis, curiosos  e delicados desenhando em minha boca.

Começo a sentir aquele formigamento nos lábios. Meu corpo se esquenta...

Que sensação... gostosa...

Minha respiração começa a ficar levemente pesada, e sem notar, começo a colocar minha língua para frente em busca de mais ar. Toco ela com a ponta de meus dedos, deixando-a um pouco para fora. Instintivamente, a mão de ainda repousa sobre meu peito, agora se concentra com mais atenção ao mamilo massageando-o. Aperto-o levemente.

Isso é bom...

Eren ainda está brincando com meus lábios... vejo-o... sinto seu cheiro...

Meus dedos  na língua  agora úmidos, circundando por ela em uma dança serpenteal. A saliva quente e viscosa  começa a escorrer pela lateral da boca . Devido ao calor, lambo meus lábios inferiores em busca de espalhar esta umidade. Tudo está tão quente...

Tão gostoso...

A mão massageando o mamilo agora em movimentos mais rápidos, firmes,  seguido de leves beliscadas.

-Hum...

Ao lamber meu lábio inferior dou uma leve mordiscada.

Quente. Muito quente...

Sinto os músculos do períneo começarem a formigar. Movimento meu quadril levemente para trás destacando a região das nádegas.

-Eren...

Sussurro.  Assusto-me comigo mesmo ao escutar as palavras que recém saíram de minha boca.

O que falei?

Abro os olhos.

Choque.

Vejo-me no espelho.

Estou realmente ofegante. Todo meu corpo está quente com um tremor interno.

 Meu rosto  está avermelhado  nas região das bochechas, minha boca está úmida e a saliva espessa. A língua ainda se encontra visível, meio curvada arredondada. Parece que meus lábios finos estão mais grossos e vermelhos... ainda formigam.

Meus olhos  um pouco fechados revelam um brilho embaçado.

A respiração entre cortada faz destacar ainda mais meu mamilo rígido e avermelhado, parecendo ter aumentado em tamanho.

E não sei como, mas minhas costas inclinadas mostram  o leve empinar da minha bunda sob a toalha.

-Porra...

Não... o pirralho está errado...

Bonito não é a palavra...

 sexy...

Esta é a palavra que define...

-MERDA!!!!!  Desde quando fico assim?

Após alguns minutos resolvo terminar de me secar e vestir longe do espelho. Deito-me de lado na cama buscando normalizar a respiração. Fecho meus olhos. Permaneço ali, e deixo o tempo passar junto com meus pensamentos.

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-Relaxa Petra! Assim brava tu nunca vai casar...

Deixa de idiotice Hanji, não desvia o assunto...sabe que eu tenho razão.

-Kkkkk...mas tu não tem motivo de se preocupar, tá tudo bem. Ele só vai ficar aqui para me ajudar...

Hanji, tu não tá mentindo né?

-Claro que não PETRA!!!Tu sabe que nunca mentiria para ti...

Não sei de nada, Hanji..não confio em ti!

-Ai como tu é cruel Petra! Magoa meus sentimentos...

Hanji...

-Petra, ele está sentado agora, corrigindo meus trabalhos... de caneta vermelha e tudo... bem bonitinho... tá tudo bem

Hanji...o ajuizado de menor...

-Que mal tem num garoto de dezessete  anos estar sentado em uma mesa, corrigindo os trabalhos de biologia de uma professora desorganizada?

Desorganizada  não te descreve plenamente...

-OH... SÉRIO? Kkkkk....

Tu não és de confiança! Sem contar que tu tens pouca diferença de idade dele... a Assistente social não vai encarar isso com bons olhos...

-Bah!!!! Petra!!! Que apunhalada no meu coração, eu esperava tudo de ti, mas este tipo de coisa...

Hanji... não sou eu... é a sociedade.

-Tu te preocupas demais com que os outros pensam...

Sim por que eu vivo em uma sociedade com regras!

-E infeliz!

Tu não tens o direito de me julgar...

-Petra, não vamos entrar nestes assuntos. Deixa quieto. O menino está aqui. Talvez precise dele mais alguns dias. To super atrasada.  Não tem visita agendada por agora, certo? Então ele fica aqui.

Hanji, tem certeza que tu não estás passando do limite?

-Credo Petra! O Levi é como meu irmãozinho menor... nunca ia tocar nele DESTA FORMA.

Hãa... tá.. .mais procura não deixar na vista. Que mais cedo possível que ele terminar de te ajudar manda ele para casa!

-Pode deixar senhora responsabilidade!!!!!

Hanji!!! Sério! Eu quero ajudar o Levi a começar uma vida nova... é para o bem dele...

-Eu sei Petra... eu sei...mas tu não podes esquecer que ele é só um garoto.

Sim, eu sei disso, por isso, que apesar de tudo, deixo ele aí, sei que ele gosta de ti...

-Obrigada por confiar em mim.

Não confio... mas o Levi confia...

-Obrigada mesmo assim

PIPIPIPIPIPIIIIIIII

-Tocante teu diálogo com a Petra.

-Levizinho!!!!- Vejo a Hanji saltando em minha direção... -desde quando tu tá aí?

Me afasto do portal da sala onde estava escorado escutando a conversa de Hanji e Petra pelo telefone, dirigindo-me a mesa da sala de jantar.

-Desde a parte que tu dissestes que eu estava sentado fazendo as correções dos teus trabalhos... tssc, ótima desculpa quatro-olho! Não é que tu és esperta?

Vejo Hanji se aproximar de mim com aquele típico sorriso bobo.  Acerca-se da cadeira que recentemente puxei para me acomodar, e ali permanece de pé. Na minha frente. Sorrindo.

-Que foi idiota?

-Já disse que te amo hoje, meu menino?

-Tssc... não Sou teu menino. -Viro meu rosto para o lado.

-OH!!!!FICOU ENVERGONHADINHO!!!!!

-CALA A BOCA  MULHER NEANDHERTALIS...

Nisso Hanji se abaixa rapidamente e me abraça muito forte.

Ficamos ali. Abraçados.

-Hanji...me solta...

-NÃO QUERO... -apesar de não estar vendo seu rosto, sei que está fazendo o típico biquinho de manha que Hanji faz...

-Certo... - Aproveito para também abraçá-la. - obrigado por me tirar desta... - começo a sentir algumas lágrimas dela caindo em meu ombro. - tu sabes que só tenho tu neste mundo né?

-Não Levi... a Petra é assim mas ela também te ama.

-Tssc... não sei não... as vezes penso que ela me odeia...

Hanji me aperta mais forte.  - Se ela te odiasse, não teria exigido  na justiça para ficar contigo. Tu sabes que eu nem teria chance... ela te ama.

-Mas ela me sufoca...

Hanji sai do meu abraço, se ajoelha em minha frente e coloca suas duas mãos em meu rosto.

-Por que ela te ama...

-Mas não parece...  –mesmo não conseguindo mover minha cabeça por causa da pressão das mãos da Hanji, desvio meu olhar.

-Levi! Tu te pareces com a tua mãe... é difícil ela olhar para ti e não se lembrar dela... ela também sofre...

-Ela não confia em mim...

- Se coloca no lugar dela... depois dos trinta...  receber um filho adolescente...e não é qualquer adolescente... e ainda mais tu.. .-volto a encarar Hanji com meu cenho franzido - que  é nada mais nada menos que Levi Ackerman! O garoto gênio, mais bonito, mais estiloso e mais maneiro que existe na terra!!!!!! -olho incrédulo para ela, e vejo Hanji já com seu típico olhar sonhador, babando, abrindo seu sorriso que chega a erguer a armação de seus óculos gigantes.

-Maneiro? - olho para ela com desdém. -Hanji, assim tu estás revelando a tua idade...

-HEHEHEHEHEHEHEHEHEHEE!!!!!! –Agora, ela não me abraça, me estrangula, forçando minha cabeça em seus peitos!!! !-HEHEHEHEEHE.. .NÃO SOU TÃÃÃÃÃÕOOOOTIAZINHA!!!!!

Consigo falar baixo devido ao pouco espaço...-Não parece...

-HEHEHEHEHEEHE!!!! MEU MENINO!!!!!!!

-Hanji, está doendo meu rosto...

Então, ela se apercebe  de seus delírios e me solta. Depois de pausar e respirar fundo, ainda ajoelhada em minha frente, observo-a trocar de expressão. A Hanji séria surge.

-Levi, te cuida. Ok? Me promete? Fica mais longe do Heiner possível...

-Tu sabes que ele que me procurou...

-Sei... mas, procura não ficar em locais isolados da escola. Sozinho.

-Estou sendo cuidado, e não estou ficando sozinho na escola.

-Não?

-Tu sabes o que o Irvin me obrigou a fazer...

-Sei sim... mas não está sendo difícil, né? Interagir com ele...

-A princípio...

-A princípio?...

-É... A IDIOTICE DELE ME IRRITAVA... -falo desviando meu olhar.

-Tu estás falando no passado... o que aconteceu? - retorno a encontrar os olhos da Hanji, e percebo o quão séria ela está, o que é bem atípico...

-Deixa quieto. -Abaixo minha cabeça e começo a esfregar a perna da minha calça, na tentativa de tirar uma sujeira imaginária que só eu mesmo vejo .

Hanji coloca sua mão por cima da minha e volta a buscar meu olhar.

-LE VI...

- Não quero falar...

-Por quê?

Olho fixamente para ela.

-Por que eu sei a dominatrix dos primatas que tu és...

-Dominatrix dos primatas????? Kkkkkkk... amei minha definição, Levizinho!!!Kkkkkkk

Suspiro fundo... -É por essas coisas que não quero conversar contigo, tudo tu levas na brincadeira.

-Kkkkkk... ok... ok.!  Te prometo que vou agir como uma adulta! - Nisso Hanji estufa seus peitos, espondo-os como se fosse uma militar, fazendo um sinal  de continência para mim.

-Tsssc... Nem quando tu prometes ser séria tu consegues...

-Juro! - Agora piorou. Ela pega os dois indicadores, cruza-os Dando-lhe um beijinho.

-Tô fudido...

O gato de Cheshire está de volta, me olhando atentamente, com seus óculos fundo de garrafa. Ela se levanta e estica os braços, espreguiçando-se, como se recém estivesse acordando e saindo de sua cama.

-Então meu menino, tu me contas o que está acontecendo enquanto comemos. Vou fazer meu prato favorito: pizza congelada! Divino, não?

-Asquerosa como tu...

-HEEHEHEEHEHHEEHEHEHE... VAMOS, VAMOS ATACAR!!!!!! - e ela sai em direção a cozinha, marchando, como se estive indo para um campo de batalha.

Vejo-a tirar do congelador aquela coisa e colocar no micro-ondas... ao mesmo tempo, separar as latinhas de cerveja colocando-as sob a pia.

- O que ela tá fazendo? Pelo visto o jantar promete... -olho para aquela criatura que acabara de deixar um copo cair e quebrar.

Mas o que se pode fazer, ela é a única pessoa no mundo que confio.