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História Tem Sido Sempre Você - 19 Days - Capítulo 29


Escrita por: MrDimpleYH

Notas do Autor


Eu demorei um pouco dessa vez, peço desculpas. Eu procastinei até dizer chega. Espero que possam me perdoar.
Gente acredito que a fanfic está há alguns capítulos do fim. Não quero ficar enrolando muito. Mas já tenho outra em mente, com um tema mais pesado (doloroso) talvez.

Capítulo 29 - Capítulo 29


    O dia do encontro arranjado de Zheng Xi estava se aproximando, e com ele havia também a insegurança. Caso Jian Yi soubesse, não sabia se ele poderia perdoa-lo novamente, ainda que nada disso fosse culpa sua. Tinha de se certificar de que iria passar por esse dia sem que interferisse nos sentimentos de Jian, nos da garota e também de seus pais. E ele ainda não sabia como faria para agradar todo mundo. Somente em pensar, sentia sua pulsação aumentar e uma fina dor de cabeça surgir. Parecia impossível sair impune, e sem que alguém acabasse machucado. Por que sua mãe fora dizer aquilo?

 

Apesar disso, ele já havia preparado seu discurso. Ou melhor, os discursos. Passar pelo encontro e posteriormente por seus pais seria como desbloquear um novo nível em um jogo. Árduo e cansativo, talvez estressante... Mas ele não podia evitar pensar em Jian. Faria o possível para que ele jamais tivesse que se preocupar novamente com sua (Zheng) sexualidade.

 

[...]

 

- Escolha um dos dois. - He Tian estava parado, de braços cruzados e soberano. Seus centímetros a mais lhe dava a vantagem de olhar para Mo com audácia e desdém.

Em cima da mesa havia dois objetos completamente disconhecidos para Guanshan. Ele arqueou as sobrancelhas. Ao seu lado direito havia um objeto metálico, fino, com algumas bolinhas em sua extensão e um anel no fim. Do lado esquerdo, um objeto pequeno, rosa, cuja a ponta era arredondada e ao longo de sua curta extensão se tornava um pouco maior, com também um anel no fim.

- Que porras são essas?

He sorriu.

- Você fala muitas palavras sujas... - Ele se aproximou da mesa, pegando um dos objetos e alisando em seus dedos - Será que isso o fará falar mais?

 

=Uma hora antes=

 

Durante quase uma semana, Mo Guan Shan acabou, inevitavelmente, refletindo sobre a proposta de He Tian. Primeiro, veio a negativa. "Nem pensar eu vou obedecer a todas as ordens daquele asqueroso!", em seguida, a consideração "eu não posso esperar ajudar minha mãe com esses empregos meia boca para o resto da vida...", e, por fim, em uma sexta feira, veio a conclusão.

Pela forma em como seu coração batia enlouquecidamente e pelo aeder em seu rosto, Guan Shan sabia que provavelmente hoje era o dia em que seu rosto mais ficou vermelho na história de sua vida. Sua boca estava seca como o deserto, e irritada. Mas nada era mais incômodo do que a sensação de que seu orgulho estava sendo drenado. Apesar de He Tian ainda não ter aberto a porta - E ele nem ter batido - Ele já conseguia se sentir nu, exposto e diminuído pelo olhar do outro.

Ele coçou a garganta antes de tomar coragem para bater. Todavia, antes de o fazer, a porta se abriu, revelando um He Tian com um sorriso de lado esnobe e seguro de si. Ele exalava um cheiro de loção pós banho e seu cabelo estava molhado. Trajava uma calça de moletom cinza e camiseta de mesma cor.

- Não está vendo o frio que está fazendo lá fora? - Guan Shan falou, tentando abafar a real conversa que ele planejou ter ao ir ali, principalmente porque eram sete da noite de um dia que foi lhe dado folga, e a pessoa que lhe deu tal folga estava ali, bem diante dele.

- Eu juro que já tivemos essa conversa antes... Eu tenho aquecedores. - He Tian se encostou na porta e olhou para o ruivo de cima a baixo. Dada a expressão corporal óbvia de nervosismo, ele tossiu para provocar. - Então... Você enfim deu o braço a torcer e decidiu aceitar a minha oferta?

Guan Shan crispou os punhos. Ele odiava a forma mesquinha com que o outro falava, mas hoje ele não podia dizer nada. Se sentia vulnerável como uma criança.

Dado o silêncio do outro, He Tian sorriu discretamente antes de deixa-lo passar. E Guan Shan passou. A porta foi fechada.

Seu coração batia desesperadamente, quase sufocante enquanto ele andava por aquele lugar tão conhecido, mas que hoje, excepcionalmente, parecia tão estranho. Quando ele sentiu um par de mãos puxar seu casaco para trás, ele quase socou He Tian por reflexo, mas Tian afastou o rosto com agilidade.

- Hey, calminha... - Ele disse para o ruivo agora de frente para ele. Suas mãos grandes massageavam os ombros de Guan Shan, que olhava para o chão a sua esquerda, o rosto em um misto de raiva e vergonha. - Eu só estava tirando seu casaco. Lá fora pode estar frio, mas se você andar com isso aqui dentro, definitivamente vai sentir muito calor. - Dito isso, ele foi baixando a jaqueta azul grossa do outro, seus olhos capturando a pele dos braços que foi surgindo, bem como os músculos. Conforme puxava o zíper para baixo, ele focou no peito do ruivo, que embora fosse totalmente diferente do de uma menina, o atraía profundamente. Isso era algo que He Tian não conseguia compreender muito bem: Guanshan fugia totalmente do padrão magro e frágil que caras como ele poderiam se atraír. Ele era totalmente o oposto; forte o suficiente para faze-lo cair com um soco bem dado, desbocado o suficiente para assustar uma senhora de idade e complementamente masculino. Não havia um traço sequer que pudesse lembrar-lo uma garota. E isso fazia a mente de He Tian trabalhar disparada, assustadoramente duplicando o seu tesão.

Guan Shan não disse nada enquanto o casaco era retirado de seu corpo, e o olhar de Tian claramente dizia coisas obscenas. Ele não era ingênuo; era bem nítido o que He Tian queria dizer com "fazer tudo o que eu quiser". No entanto, se suportasse isso, ele poderia então entrar para a faculdade sem nenhuma preocupação e, em poucos anos, poderia oferecer uma vida nova para não só sua família, como a ele mesmo. Ele poderia ir embora daquela cidade, estado ou até mesmo país, e agir como se nunca tivesse conhecido essa pessoa na sua vida.

"Parece que estou me prostituindo..."

- Ah, não... Eu não acho que seja assim. Um garoto de programa se relaciona com vários homens por noite, enquanto você só se relacioná comigo. - A última palavra soou possessiva, arrepiando de forma negativa a espinha de Guanshan, que só assim percebeu que dissera seus pensamentos em voz alta. - Você não precisará transar com estranhos, ou esgotar seu corpo ao limite... Bom, talvez esse último sim. Isso vai depender do meu humor e da sua obediência.

- Você é estranho para mim. - Guanshan rosnou. - E vamos deixar uma coisa clara aqui: você não é meu dono. Não aja como um.

- Ah, então vamos mudar isso logo. - Ele estendeu um papel de aproximadamente três folhas para Guan Shan. Sorriu.

- O que é isso?!

- Ah, não é nada demais. É só que, você sabe, eu gosto de agir com profissionalismo. Se isso é um trato, então iremos oficializar. - Ele entregou ao ruivo, bem como uma caneta - Aí só diz basicamente o que eu te disse, sobre ser um trato, você faz o que eu peço e em troca recebe os benefícios de moradia, dinheiro, blablabla, burocracia, bullshit. Basta assinar. Isso garante que você receba tudo o que foi prometido...

Guan Shan segurou o papel em suas mãos e ergueu.

- Parece muita coisa para ser só o que disse...

- Linguagem formal, normas... Como eu disse, bullshit. - Ele segurou a mão do garoto, tirando o papel de sua vista. Olhou fixamente em seus olhos. - Não se preocupe. Eu não vou machuca-lo. Pelo contrário, será como se nem fosse uma troca. Apenas benefícios pra você.

Ele não acreditava em nada daquilo, mas também não queria ler três páginas. De qualquer forma, não achava que He Tian poderia modificar algo tão negativamente em vista de que o próprio trato já dizia que ele deveria acatar ao que fosse pedido. Ele já havia se decidido ao ir até ali, então, sem mais delongas, ele apenas assinou a última página.

- Toma essa porcaria!

 

E agora havia dois objetos estranhos e suspeitos bem na sua frente.

- O da direita - Ele pegou - É um uretral. Pelo nome, você já deve imaginar...

Guan Shan estava perturbado demais para que pudesse imaginar. Então He Tian explicou. Com uma mão, ele simulou como se estivesse segurando um pênis e com o uretral ele colocou bem no centro de sua mão. Um click finalmente abateu Mo, que fez uma expressão de horror ao dar dois passos para trás.

- Por que alguém enfiaria algo assim lá?! - Ele tremia. Não faria algo assim. Nem morto. - Eu não vou fazer isso!

- Acredite, existe pessoas que realmente sentem um imenso prazer com isso. Depois da dor, é claro. - Ele sorriu, colocando na mesa e pegando o outro. - Isso aqui é um vibrador anal. Ele vai dentro da sua bunda... E vibra.

Aquela altura, Guan Shan estava quase fugindo pela porta, se não tivesse sido segurado por He Tian. Com força, ele o empurrou.

- Eu não vou usar nada disso, seu insano! - Gritou.

- Ah, fala sério. O que você achou que se passaria? - He Tian lentamente o puxou de volta e trancou a porta, retirando a chave e colocando dentro de sua calça, especificamente a cueca. - Ah, está fria. - Comentou, divertido. Sabia que o outro não se atreveria, por orgulho. Em seguida, ele prensou-o na porta. - Olha, é o seguinte... Você tem que escolher um.

- Eu não quero mais isso! - Bradou - Como posso quebrar o contrato? Não tente me enrolar, eu sei que posso e vou descobrir! - Gritava descontroladamente.

- Claro que pode. A multa é de 3 mil. - He disse calmamente.

Guan Shan quis soca-lo, mas se via impossibilitado.

Para He Tian, isso não era lá tanto dinheiro assim. Mas para Guan Shan, seria difícil desembolsa-lo. E ele sabia disso.

- Se você se comportar, eu prometo que vai ser incrivelmente prazeroso.

Havia ódio na face do ruivo naquele momento. Quase toda ela era de si mesmo, por acreditar que He Tian poderia pegar leve com ele. "Como eu fui estúpido... Por acreditar que um dia você seria decente."

 

(...)

 

- Por que eu estou vendado? - A pergunta foi arrastada e claramente com tom de desgosto. Guan Shan estava, naquele momento, de pé no meio da sala, com seus olhos vendados e braços presos. Ele até tentou impedir, mas He possuía mais força física - além de falácia. Estava angustiado com os movimentos dos braços controlados e a visão bloqueada. Ainda assim, respirava calmamente. De alguma forma, acreditava que Tian não iria lhe machucar, apesar da personalidade problemática.

- Porque assim seus sentidos ficarão mais aguçados. Você não poderá ver nada, e sua mente só poderá se concentrar na sensação.

O jeito convicto em como He Tian falava lhe causava náuseas no estômago. Parecia realmente desfrutar daquele fetiche estranho.

- Vem aqui. - Mo sentiu seus ombros serem segurados e ele foi guiado por alguns passos até parar.

He Tian o deixou em frente a cama e em seguida sentou-se, puxando o ruivo pelos quadris para que fizesse a mesma coisa. Mo imediatamente tensionou o corpo ao sentir o tronco do moreno colado em suas costas, e as nádegas dele bem no meio das pernas de Tian. Ele esticou o corpo e se inclinou para frente, todavia He Tian envolveu-o por baixo das axilas e voltou a traze-lo junto de si.

- Está assustado? - A voz de He Tian era forçadamente rouca, com o intuito de provocar. Ele deslizou o nariz por toda parte exposta da nuca de Guan Shan, cheirando a fragrância viciante do perfume que o garoto usava. O cheiro gostoso agiu diretamente aos estímulos de Tian, que se sentiu ainda mais atraído pelo ruivo naquele momento. - Ouvi dizer que o perfume pode abrir o apetite sexual... - Ele comentou, passando a ponta da lingua de baixo até chegar ao ouvido do outro, onde mordeu o lóbulo. Mo arrepiou-se rapidamente. - Você está tentando me seduzir, Mountain?

- Como se eu quisesse fazer algo assim. - Guan Shan replicou imediatamente, ainda que agora os beijos estalados em seus ombros o distraísse. A língua morna e molhada contagiando toda a região.

- Eu acho que você quer. - He reforçou, agora deslizando as mãos pela barriga e tórax do ruivo, demorando nas inclinações que se fazia principalmente no peito elevado do outro. - Você cresceu bastante com o tempo... - Ele então parou com ambas as mãos bem no peitoral de Mo Guan Shan por cima da camisa e, com os polegares, começou a esfregar nos mamilos do ruivo com cautela, próximo o suficiente para que pudesse ver sua reação. Firme, Mo não demonstrou nenhuma, mas He Tian podia senti-los endurecendo em seus dedos. - Seu corpo é muito atraente. - Ele susurrou bem no ouvido de Guan Shan, que encolheu os ombros com o nervoso sutil sentido. Ele estava apavorado, embora não demonstrasse. Estando vendado e amarrado, sem qualquer controle sobre o outro, ele não poderia determinar que He Tian poderia fazer. Sentia-se estúpido por ter ido até ali aceitar o acordo, por sua ganância. Entretanto, ao mesmo tempo, havia um sentimento conflitante de uma certa "calmaria" bem afundo dele, que não podia compreender. Principalmente agora que He Tian adentrou sua camisa com uma das mãos, fazendo um contato direto com sua pele. As pontas dos dedos de Tian eram macios, e massageavam seu peitoral, apertando frouxamente e soltando. Mo suspirou, um tanto irritado.

- Eu não sou uma garota. Não tem nada demais aí. - Reclamou. Ser tocado daquele jeito por um homem era vergonhoso, e ser tratado por um gênero que não era o seu era ainda mais humilhante. - Se você quer uma, então me deixe em paz...!

- Quem disse que eu te vejo como uma? - A pergunta veio seguida de um forte aperto entre as pernas de Guan Shan, que vibrou com o contato inesperado. A mão de He Tian continuou ali, segurando-o. - Eu sei perfeitamente bem que você é um homem.

Mo guardou qualquer palavra em sua garganta. Seu rosto queimava em vergonha, e por um momento ele agradeceu por não poder estar enxergando o que acontecia, caso contrário, talvez não pudesse suportar. As mãos de Tian continuaram a brincar com ele unilateralmente, tocando em seu mamilo e massageando incessantemente aquela área que, inevitavelmente, começou a se elevar. Era claro que ele estava ficando excitado, pensava, isso era apenas um reflexo natural. Seu peito subia e descia rapidamente conforme sua respiração agora um tanto acelerada. Uma ansiedade o abateu, drenando seus pestanejos. Podia sentir seu pênis agora duro e, como causador daquilo, queria que Tian resolvesse seu problema. Entretanto, Mo não conseguia verbalizar aquela injustiça.

Quando o moreno voltou a beija-lo no pescoço, dessa vez, Mo estremeceu com vigor e por alguns segundos entrou em torpor, encostando o corpo completamente no de Tian que rapidamente o envolveu.

He Tian quase teve sua sanidade arrancada quando o corpo do outro estremeceu em seus braços, e ele arfou. Aquilo o surpreendeu, por ser extremamente sexy. Ele não tinha consciência alguma do quanto o outro poderia lhe afetar até agora. Querendo mais, ele segurou-o nos ombros e beijou ainda mais desde a ponta de seu ombro esquerdo até o pescoço onde sugou com força o suficiente para que marcasse, vagou pelas beiradas do pescoço do outro até o canto de seus lábios, que ele quase beijou. Só Deus sabia o quanto ele queria arrasar com aqueles lábios bem agora. Porém, ele voltou a posição inicial. Agora, com uma ereção entre suas pernas.

Mo podia jurar que seria beijado bem agora, e ele até se preparou mentalmente para que o aceitasse, todavia o beijo não aconteceu, surpreendentemente. Ao invés disso, ele sentiu suas coxas serem maliciosamente acariciadas com pressão, ficando quentes e sensíveis. Ele podia sentir que era tocado seguindo a sensação do atrito com suas calças, que desciam para dentro de suas coxas e saíam. Ele suspirou. Sinceramente, aquilo era prazeroso de uma forma estranha. - obviamente estranha, se considerar que ele jamais se imaginou tendo um momento onde ele quem era domado, e por um homem. - E então de repente essas mãos o puxaram para trás, de encontro com algo rígido bem atrás, roçando em seu corpo. Guan Shan arrepiou-se novamente, grunhindo. Seu corpo inteiro foi sendo tocado e acariciado, acarretando uma porção de sensações estranhas e agradáveis. Ele não podia aguentar mais tempo sem a devida atenção que precisava em sua virilha que latejava, ou iria enlouquecer. Já estava excitado há algum tempo, já havia se contaminado e tudo o que queria agora era alívio.

- Você está tão silencioso que nem parece você mesmo. - He Tian comentou, acariciando-lhe os quadris. - Já se rendeu? - Riu - Ou você está quieto esperando por... Isso?

Ele abriu vagamente o botão da calça de Guanshan e desceu o zíper, revelando uma boxer azul e uma ereção latente. O som do "click" que se fez quando sua calça foi aberta foi como música para Mo, que respirou aliviado. De vagar a mão de He Tian foi adentrando e, quando enfim tocou, Guan Shan gemeu baixo e rouco. Os dedos de He Tian eram longos e o contato seco, ainda assim, ele estava tão excitado que moveu-se para frente, adiantando a masturbação que logo se sucedeu. Quando He bombeou com movimentos ritmados, Mo se contorceu e passou uma perna por cima da de He Tian, que a segurou. Ele mordeu o lábio para abafar a sua intensa vontade de continuar gemendo sons absurdos demais para serem seus. Normalmente, quando fazia isso sozinho, era tão silencioso que ele desconhecia a si mesmo ao literalmente deitar sua cabeça no ombro de He Tian, murmurrando palavras que poderiam até ser outra língua.

He Tian estava embasbacado sobre o quanto estava fascinado pelo outro. Ele dormira com muitas mulheres, mas nenhuma o instigou tanto quanto agora. A cada gemido entrecortado a sua vontade de faze-lo se sentir bem aumentava ainda mais. Queria fazê-lo conhecer conhecer sensações novas. Ele queria que Mo perdesse totalmente a sua moral nesse momento, que a luxuria consumisse até mesmo as pontas de seus dedos e ele ficasse inconsciente.

- Pequeno vadio. - He virou o rosto de Mo para si e mordeu-lhe o lábio de forma sedenta, mas não o beijou. Ele puxou a venda de Mo para trás, revelando seus olhos. Por alguns segundos, He Tian se perdeu encarando-o, até que Mo virasse o rosto vermelho, quebrando contato.

Ser xingado daquele jeito era revoltante, mas, ao mesmo tempo, excitante. Ele olhou para baixo, vendo a grande mão de He Tian manusear seu membro com destreza, e suspirou internamente. Aquela visão era inebriante.

- Eu vou... Eu quero... - Sussurrou. Podia sentir o forte tremor nas pernas, e seu corpo fraquejar.

- Vai o que? - He susurrou de volta, em um sorriso perturbador. - Gozar? Não vai.

Rapidamente ele pegou um objeto semelhante a um elástico que estava atrás dele na cama e prendeu bem na glande de Mo, que quase gritou de frustração, e lhe lançou um olhar furioso. Ele tiraria aquele aperto de si agora mesmo, se não estivesse literalmente de mãos atadas. Quase convulcionou com a interrupção do seu orgasmo.

- Seu puto, por quê?! - Indagou, ofegante.

- Porque você ainda precisa usar o objeto escolhido. - He Tian não abriria mão do seu acordo.

Tian segurou-o forte antes de girar e atira-lo na cama, ao lado de um dos aparelhos que viu mais cedo e um tubo de lubrificante. Mo olhou seriamente para os objetos, como se só agora voltasse a si. Ele esqueceu-se completamente. Rapidamente voltou a tensionar.

- Espera, isso..! Calma aí!

- Vai ser incrível. - O sorriso malicioso aos lábios de He Tian mais lhe lembrava um sadomasoquista, e Mo definitivamente estava assustado. Ele tentou de todas as formas rolar para fora da cama, ainda que soubesse que inevitavelmente seria pego. Uma mão na sua coxa de repente o acalmou um pouco. Ela acariciou-lhe, não de uma forma perversa, mas tranquilizante.

- Esse contrato não foi feito para que eu abusasse sexualmente de você. - Explicou, sereno. - Isso é apenas uma desculpa para que você pudesse se entregar mais fácil para mim.

Guan Shan enfureceu-se, socando-o bem na cara, mentalmente. Seu rosto havia ficado ainda mais quente e vermelho, agora de raiva. Cada vez que He Tian abria a boca, palavras irritantes saíam.

- Só na sua cabeça isso faz sentido, estúpido molestador!

He Tian parou por uns segundos. Guan Shan inspirou e expirou, achando que, talvez, tivesse tocado no resto de consciência dentro da cabeça vazia daquele sujeito.

Todavia, He voltou a puxa-lo de encontro a si.

- Que seja. - Ele embebeu o pequeno vibrador em óleo e susurrou um doce e suspeito "relaxe" antes de introduzi-lo em Mo, que se viu contrariado demais para que sequer pensasse em protestar. Ele já não havia respeitado suas vontades até aqui, por que o faria agora? Decidido a apenas aceitar para que rapidamente pudesse ir embora, Guan Shan fechou a cara e tolerou. Todavia, não havia doído, como achou que aconteceria. A ardecia era mínima e rapidamente já havia se passado. Quando percebeu, já estava dentro. Ele iria perguntar a respeito, mas antes de o fazer, um gemido atropelou suas palavras e saiu do fundo de sua garganta.

Guan Shan contorceu-se, e então olhou para baixo. Ele havia sentido tanta vergonha durante o ato que agora não podia mais se surpreender. He Tian segurava sua coxa com uma das mãos, distribuindo carícias estranhamente carinhosas, enquanto a outra manuseava o vibrador.

O tremor dentro de si era tão estimulante que ficar parado e se negar ao prazer era praticamente impossível, principalmente com Tian a tirar e inserir insistentemente, além de remexer vez ou outra dentro dele; Mo lamuriava cada vez que isso acontecia. Seus quadris vibravam, suas coxas vibravam e principalmente uma parte estranha e desconhecida dentro de si que agora urrava em deleite. Deitado com a cabeça no travesseiro, ele observava alem de sua barriga e suas pernas a outra pessoa compenetrada no que fazia, e ele se pegou olhando-o fixamente.

- O que foi? Já se apaixonou por mim? - A pergunta egocêntrica o enervou, e ele novamente evitou contato.

- Não fode!

- Não irei. Não agora. - Dito isso, He Tian empurrou fundo dentro dele, com uma vibração de maior intensidade, e Mo não pode resistir mais. Ele gemeu baixo, mas incontrolavelmente. Sentiu o membro pulsar e doer.

- Tira isso, por favor...

Quando viu Mo Guan Shan lhe implorar pela primeira vez e com uma expressão tão rendida, He Tian não conseguiu mais insistir. Ele puxou o elástico de Mo, e se surpreendeu com o jato baixo que caiu sobre o próprio ruivo.

Eles ficaram alguns segundos naqule torpor. He Tian, embora não tivesse tocado em si mesmo, também se sentia extasiado apenas em tê-lo visto.

- Desgraçado... - Mo resmungou entre seus ofegos cansados. Agora com o êxtase decaindo, ele podia sentir algumas dores emergir.

- Vai me bater agora, mesmo tendo se sentido tão bem? - Tian deitou-se ao lado dele, apoiando sua cabeça no próprio braço. Havia uma expressão de satisfação em seu rosto.

- Eu devia acabar com a sua bunda agora... Sorte sua não me sentir capaz. Me solte daqui.

He Tian desprendeu os braços do jogo após se certificar de que ele estava realmente cansado demais para lhe atacar. Ficou observando-o a recuperar o movimento das mãos, ainda exausto. De repente, Mo olhou para ele, e foi baixando o olhar até o volume em sua calça ainda presente.

- E isso aí?

- Você quer cuidar dele?

- Não.

- Então não se preocupe com isso. Logo desaparecerá. - He deitou-se para cima, olhando para o teto.

- Eu achei que você queria... Que você iria... - Mo não conseguia por as palavras para fora, tomado pelo rubor. - Você sequer se tocou.

- Você achou que eu queria transar com você? - Mo olhou-o de lado, bem nos olhos. Havia um sorriso divertido em seus lábios que desconcertou Mo.

- É claro que eu achei! Que pessoa faz uma proposta dessas sem que tenha esse tipo de interesse?!

- Ah, little Mo. Você não sabe de nada. - Ele se esticou para acariciar-lhe as bochechas, mas agora, com as mãos soltas, Mo o apartou. He Tian riu. - De qualquer forma, está errado.

- De qualquer forma - Guan Shan virou-se de lado - Eu não quero saber.

He Tian levantou-se para ir ao banheiro e, nesse tempo, enquanto sabia que o outro estava aliviando a si mesmo, Guan Shan tentava compreender porque hoje não havia sido beijado. Apesar de contraditório, aquilo o surpreendeu e, talvez, também tenha incomodado um pouco.

Pensava agora sobre as palavras de He Tian; talvez ele apenas tivesse um fetiche estranho em lhe tocar. Se fosse apenas isso, então ele poderia aceitar com, na sinceridade, facilidade.

 

 

[...]

 

Ao ajustar o relógio em seu pulso, Zheng deu uma última olhada em si mesmo através do espelho. A época de frio se próxima a cada vez mais, e os dias pareciam mais difíceis de lidar. Ele vestiu um sobretudo preto relativamente novo e suspirou. Estava nervoso pois sentia que seu relacionamento com seus pais e com Jian poderiam ser afetados pelo decorrer daquele encontro. E bem, isso era verdade. Se recucasse-a, então seus pais desconfiariam de que estava com Yi, e se aceitasse, ainda que de forma fingida, então Jian jamais volveria seus olhos para ele novamente.

Pensaria em algo no caminho, pois agora estava na hora de sair. Seu celular era bombardeado de mensagens de seu pai, que lhe lembrava o tempo todo sobre ser gentil e educado, com um toque agridoce de chantagem emocional, dizendo que, caso fosse rude ou desrespeitoso, ele poderia até mesmo perder o emprego.

Ao entrar no táxi, viu uma mensagem subita de Jian Yi que dizia "Ei, qual a novidade de hoje?", e estranhou. Primeiro, Jian sabia bem o quanto sua rotina era monótona e segundo, ele não costumava lhe mandar mensagens antes das cinco da tarde. Todavia, seus pensamentos foram desviados quando o motorista parou em frente a um moderno hotel. Ele não era um dos mais famosos ou mais caro, porém certamente caro o suficiente para que pessoas como ele pensasse até três vezes antes de entrar.

- É aqui. - Ouviu o senhor dizer. Zheng forçou a si mesmo a sair do torpor ao paga-lo e descer do táxi.

Ao passar pelas portas de vidro, um jovem e bonito garoto o abordou:

- Boa tarde, senhor. O senhor tem alguma reserva ou vai querer esperar? - O lugar estava cheio, obviamente. Era horário de almoço. Mas ali tudo era diferente do que se esperava em horário de almoço para comuns civis; ali, ninguém parecia apressado para se empanturrar o mais rápido possível e sair porque precisava resolver outros assuntos. Muito pelo contrário, cada pessoa naquele lugar parecia absolutamente livre de outras obrigações ou preocupações.

Ele se sentia absurdamente nervoso. Primeiro, por sequer saber como se dirigir a uma pessoa tão intimidante em um local tão intimidante sem que logo de cara todos percebessem que ele não era nenhum jovem afortunado. Segundo, pois, ali em algum lugar, uma garota bonita e desconhecida o esperava.

- Na verdade eu vim encontrar... - Ele passou os olhos ao redor, quando viu-a. Sentada em uma mesa próxima da janela, ele se perguntava como não reparou-a ao entrar. - Jin Xue. - Ele disse sem que percebesse, e os olhos da garota se direcionaram a ele. Ela abriu um comedido sorriso, e, entendendo o que se passava, o homem deixou que ele passasse.

Cada passo era uma tortura, até que Zheng se viu de frente para a garota que, como sua mãe dissera, gozava de boa aparência. Sua pele agora estava bronzeada, provavelmente devido a viagem que fez para os EUA.

- Jin Xue. - Ele sorriu cortês, esperando que ela retribuisse o sorriso. Isso era um sinal de que ele já poderia se sentar, então ele o fez. - Perdão por minha falta de educação, acabei atrasando um pouco. Está realmente frio.

- Na verdade, eu me adiantei. - O olhar da garota sobre ele era analítico, desde o seu rosto até os ombros, até que ela disse: - Está aquecido aqui. Não quer tirar o casaco?

- Ah, claro. - Esquecendo-se sobre essa etiqueta, ele vergonhosamente retirou o grande sobretudo, pendurando-o atrás, em sua cadeira. Usava outro casaco por baixo, um mais justo, também preto, de lã. Sentiu o olhar da jovem sobre cada parte de seu corpo, até que, por fim, ela fitou-o novamente e, inesperadamente disse:

- Apesar de não ser da minha classe, você é realmente bem gostoso e educado.

Zheng quase engasgou com a água que bebeu. "Gostoso" definitivamente era uma palavra que não esperava ouvir da boca da garota, a menos que fosse sobre a comida.

- Meu pai acertou dessa vez.

- Isso... É... - Balbuciou. Ele não esperava que fosse tão descarada. Suas respostas planejadas havia sido completamente inúteis, uma vez que ela não seguia o padrão que esperava.

- Eu acho que não tem problema algum me relacionar com alguém mais baixo socialmente.

Zheng sentia uma sutil irritação sempre que ela lhe tratava como menor. O garçom rapidamente apareceu, e Zheng agradeceu mentalmente pela interrupção.

- Sinto muito pela demora.

- Que nada, poderia ter demorado mais... - Xue falou baixinho entre uma risada travessa, deixando ambos ali constrangidos. O rapaz agiu como se não tivesse entendido, e prosseguiu : Já sabem o que vão querer?

Essa era uma temida parte para Zheng, que não sabia o que os jovens ricos de sua idade comiam. Felizmente, Xue tomou a frente dizendo pratos que ele jamais ouviu falar. Ela piscou para ele, e ele sorriu, sem saber de que outra forma reagir.

Quando o garçom foi embora, Xue suspirou.

- Eu entendo que pessoas como você possa ficar perdido.

O seu sangue esquentou. Zheng queria agir justamente da forma em como seu pai o advertiu para não fazer. "Estúpida mimada" pensou mentalmente e, quando pensou em algo para dar continuidade ao fastigante assunto, seu celular vibrou.

- Sinto muito, só um momento.

- Vá em frente.

Ele puxou o celular do bolso de seu sobretudo na cadeira e deslizou o dedo sobre a tela.

"Parece que você andou se divertindo mais do que me contou. Que feio mentir, Zheng XiXi. Eu esperava mais de um homem integro como você."

Seu coração palpitou. Xue pode ver a expressão de confusão em seu rosto ao olhar para o telefone.

- O que houve? Você está pálido. - A voz da garota podia ser ouvida distante. Zheng estava enlouquecendo naquele momento. O que Jian queria dizer? Ele não estava no Japão, neste exato momento?

"Haha, olhe só para você. Tão patético com essa cara de criança pega fazendo arte. Olhe para sua direita"

Zheng lentamente se virou. Ele acreditava veemente que era alguma brincadeira idiota do outro, que tentava retirar alguma informação dele. Todavia, a sua direita havia uma enorme vidraça e, atraves dela, Zheng pôde ver um jovem loiro do outro lado da rua, escorado na parede de um café, segurando um copo de café em sua mão e levando seus fios lisos para trás com outra. Ele piscou para Zheng.

- Puta merda.


Notas Finais


Aaaaaaah novamente: me desculpe! E responderei todos os comentários!


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