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História Tem Sido Sempre Você - 19 Days - Capítulo 9


Escrita por: MrDimpleYH

Notas do Autor


Gente lembrem-se que estou sem PC e estou escrevendo pelo tablet, pelo amor de Zheng! Gostei de escrever esse capítulo. Gostei principalmente do final. Hihihi
Beijinhos.

Capítulo 9 - Capítulo 9



    Quando o fim de semana enfim chegou, Zheng dirigiu-se, uma hora antes do almoço, para a casa de sua mãe. Costumava ir vê-la aos sábados, e por isso almoçavam juntos. Era um dia como outro qualquer; conversavam, falavam sobre a faculdade, Zheng recebia instruções das quais já estava cansado de saber e então ia embora. Porém, hoje seria diferente. Zheng pôde constatar pela impaciência de um Jian ao seu lado, que as uma e trinta e dois da tarde já se encontrava frenético. Tagarelava coisas ininteligíveis e desconexas e lhe deferia tapas no ombro constantemente. Ao notar que receberia mais um, Zheng apartou a mão de Jian para longe e lhe lançou um olhar sério:
    - Olha aqui. Hoje será um almoço normal. Nada de fazer coisas estranhas ou dizer coisas desnecessárias. Não implique com a minha irmã, também.
    - Ela que implica comigo! - Jian fez beicinho, cruzando os braços e olhando para longe.
    Zheng encolheu os ombros, suspirou e então desfez a carranca. Era impossível manter-se irritado com Jian quando ele apertava os labios daquele jeito. Com suas mãos ele desfez os braços cruzados de Jian e segurou em seus ombros:
    - Não faça beicinho. - Pediu com a voz grave e calma. E então surpreendeu-se; de repente, viu o outro aproximar-se: Jian havia lhe roubado um beijo. No meio da rua. Há alguns passos da casa de sua mãe. Aturdido demais com a atitude e preocupado com seu arredor, Zheng afastou-se e também afastou-o, empurrando-o com um braço no abdome. Sua respiração carregada de ira.
    - Está louco?! Nunca mais faça isso de novo! - Tarde demais Zheng percebeu a agressividade de suas palavras e do quanto Jian era inseguro e sensível. Ao rosto do jovem já existia uma áurea de sofrimento. Então, indo contra suas próprias palavras, ele envolveu-o em um abraço de perdão, envolvendo o pescoço de Yi com um braço - Não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer que... olha... estamos em local público, e as pessoas não aceitam esse tipo de... relação. - "Que tipo de relação?" ele pensou consigo mesmo em segunda. Ainda não poderia dar um nome para a relação não estabelecida entre eles. Ele mal sabia o que eram. Muito menos quais eram seus sentimentos para com o outro. Sabia que não era amor. Amor é algo muito forte, certo? Ao menos, amor romântico. Isso é o que sempre ouvira.
    - Certo. Foi mal. - Respondeu o já recuperado Jian, que sorria jovial novamente. Para o alívio de Zhan XiXi.

   - Mãe. - Zheng cumprimentou a mulher de meia idade com um beijo em sua testa, logo ao entrar.
  - Por que demorou tanto, querido? - Perguntou a mulher passando a mão pelo cabelo do filho, vendo-o fazer uma expressão esquisita jamais vista antes. Quando estava pronta para perguntar o que havia acontecido, uma figura conhecida satou de trás de seu filho, com um enorme sorriso aos labios.
  - Mãe!!! - Exclamou Yi abrindo os braços para a senhora, que surpreendeu-se com o tratamento, mas ainda assim o correspondeu. A surpresa de ter sido chamada de mãe não era maior do que a de vê-lo ali. Há quanto tempo não o via? Jian Yi estava tão bonito com aquela calça jeans rasgada e camisa de manga amarela. Parecia ainda mais bonito do que a última vez que o vira. Ela não podia deixar de comentar. Com as mãos aos lábios, falou: - Minha nossa você está ainda mais bonito. Não concorda, filho?
   Zheng bufou e ignorou o comentário estranho de sua mãe sobre Jian - o que não era novidade - e, ao passar por Yi, deixou bem claro sua opinião sobre a gracinha que testemunhou:
   - Chame ela de mãe novamente e eu quebro seus dentes. - Sussurrou ao ouvido do amigo ao passar, dando um tapinha nas costas de Jian. A atitude apenas fez Yi arrepiar-se com a voz demoníaca de XiXi.

   Ao passar pela sala Jian notou um tufão de cabelos claros voar em cima de Zheng, atirando-o no sofá e enchendo-o de beijos. Seu cérebro mal pôde acompanhar, mas, assim que percebeu nitidamente tratar-se da irmã menor de Zheng, seu peito encheu-se e um sorriso tirano emergiu em seu rosto.
- Irmãzinha - Chamou, apenas para marcar sua presença. Imediatamente a garota agarrou-se feroz ao pescoço de Zheng, que lutava para livrar-se dela.
- Você...! - Ela disse, os olhos apertados.- O que faz aqui?
- Bom, você sabe... Seu irmão e eu temos um relacionamento de... -Jian interrompeu a si mesmo ao ver a expressão assassina em Zhan Zheng Xi. - Eu sou o melhor amigo dele.
A pequena garota serpente colocou um sorriso malicioso aos lábios e com gosto falou:
- Engraçado em como ele te esqueceu facilmente quando começou a namorar a Liang.
Jian prometera a si mesmo que iria vencer a batalha quando a viu, porém agora, depois daquelas palavras, ele notavelmente perdera a compostura. Sequer tentou refuta-la, pois sua mente inevitavelmente migrou para o relacionamento de Zheng com Liang. Seus ombros baixaram e ele sentiu algo dentro de si doer com o impacto daquela frase. Então Zheng realmente o substituiu tão facilmente em seu coração? Isso é, se é que alguma vez esteve lá. Zheng sempre fora tão frio.

O clima deu a brecha para que Zheng escapasse de sua irmã e que sua voz cortasse o clima que se seguiu:
- Parem com isso, vocês dois! Estão agindo como duas crianças.
No segundo seguinte, como se pudesse pressentir o que estava acontecendo, a mãe de Zheng gritou para que a garota fosse à cozinha pegar mais um prato para colocar na mesa. Contrariada, ela ajeitou o vestido rendado e se foi, sem retirar do rosto o sorriso de vitória. Os dois garotos altos continuaram parados, um de frente para o outro. Jian com a cabeça voltada para baixo. Zheng pretendia passar por ele simplesmente e agir como se nada tivesse acontecido, mas seu corpo parou sozinho em frente ao garoto quando tentou. Não conseguia ignorar Jian Yi.
- Não dê ouvidos a ela. - Foi tudo o que Zheng conseguiu pensar em dizer para consola-lo. Jian ergueu a cabeça, e apesar de fita-lo, não parecia vê-lo realmente.
- Foi realmente...
- O quê?
- Esquece. - Disse Jian com um costumeiro sorriso falso aos labios. - Vamos ir para mesa.
 
Durante o almoço Zheng ouvia os mesmos questionamentos de sempre sobre a faculdade; notas, interação, professores. Parecia que, devido ao fato de ser agora independente, a conversa entre eles era bastante limitada. Zheng respondia, entretanto, com paciência. "Sim, minhas notas estão na média", "não, não possuo muitos amigos".
Em um curto intervalo de tempo, Zheng levou o copo de água até os labios, quando sua mãe lhe fez uma pergunta que o pegou desprevenido:
- Ei. Onde está Liang? Por quê minha querida nora não está aqui conosco?
E toda a água que estava na boca de Zheng vazou por seus lábios e caiu em sua camisa. Todos, incluindo o Pai de Zheng que esteve calado até o momento pararam o que estavam fazendo.
- Zhan Zheng Xi! - Repreendeu.
- Me desculpe. Tenho que trocar a camisa agora. - Zheng levantou-se o mais depressa possível, impedindo qualquer outra pergunta sobre aquele assunto.
- Querido, tem camisa sua aqui?
- Deve ter algo!

[...]

- Desculpa por aquele fracasso na casa da minha mãe. - Disse Zheng enquanto caminhavam pela calçada. Reparou que durante todo o almoço Jian Yi manteve-se taciturno. Um vento gélido passou por eles como a perfeita representação do momento. Zheng aproveitou aquele momento de calmaria para observar os traços do rapaz. Por um curto momento pensou que, quando Jian estava assim, calmo, sua beleza realmente sobressaia.
- Fui eu quem me convidei, no fim das contas. Você não me deve desculpas. - A resposta que Zheng recebeu não condizia com a pessoa que falou.
Zhan Xi parou na calçada. Olhou para Jian, que também parou.
- O que foi? - Perguntou Yi.
- Quer ir para o meu apartamento?
- Pensei que você estivesse ocupado com trabalhos da faculdade.
- Hoje é sábado. Você pode dormir lá, se quiser.
Aquilo era... Não, não poderia ser. Isso nunca acontecia. Jian não queria entregar-se novamente a ilusão. Apenas os dois. Em um apartamento. Sozinhos a noite, uma noite de sábado!

Ao chegarem, Zheng foi direto ao banho, e quando terminou foi a vez de Jian, que virou-se com algumas roupas emprestadas de Zhan Xi.
Quando saiu encontrou Zhan Zheng Xi abaixado em frente a tv colocando algum filme no DVD. Eram cinco da tarde, o tempo estava escurecendo, começava a chover. Jian paralisou. Aquela imagem das nádegas redondas de Zheng viradas para si fora realmente um perigo, principalmente agora que tentava ser paciente e conquista-lo. Ele meneou a cabeça e sentou-se no único sofá do apartamento.
- Qual o gênero?
- Terror.
- Legal.
Colocando o filme para inciar, Zheng dirigiu-se até a cozinha. Sentia-se ansioso. Em momentos assim, sozinho com Jian, ele não sabia como agir. Era tão mais fácil quando não sabia dos sentimentos de Yi. Ou quando fingia que não sabia. Agora, sentia que, de alguma forma, era sua obrigação dar algum retorno. Suas mãos suavam enquanto preparava o chá. Estava tentando manter-se longe de Jian, e arrumando motivos para isso.
     - O que está fazendo?
  A respiração de Jian em sua nuca quase o fez derrubar a água no chão. Com o cotovelo afastou-o, contornando a área arrepiada: - Fale daí! Não tem porque ficar tão perto.
   - Foi mal.
   - Estou preparando algo para bebermos... - A voz de Zheng vacilou.
  - Ou será que está tentando se afastar de mim? - Jian fora direto. Quando Zheng o fitou encontrou um rapaz de braços cruzados lhe fitando de forma monótona. E, sem querer, seu olhar desviou-se para os braços a mostra de Jian, com alguns poucos músculos e veias exaltadas.
   Era tão óbvio assim?
- XiXi, você está tenso. Você está muito consciente de mim.
"Sim, estou", pensou sem se pronunciar.
- ... Sabe, eu ainda não recebi uma resposta. - Jian colocou as mãos nos bolsos da calça. Sua voz também tremia. Pareciam dois adolescentes virgens. Ao menos Jian sabia que, verdadeiramente, era um. Mas não sabia se podia dizer o mesmo de Zheng. Isso novamente o lembrou Liang.
- Jian. Não me pressione.
Jian Suspirou. Seus demônios retornavam.
- Sabe o que eu acho? Que você tem medo de me recusar. Vá em frente, XiXi. Pode dizer que na verdade é impossível sentir algo por mim. Eu prefiro a verdade. Diga que você ainda gosta da Liang... eu posso sobreviver...
Zheng bateu com as mãos no balcão. Sua paciência se esgotou.
- Não fode! Se eu gostasse dela, não teria terminado, você gostando de mim ou não. Essa sua insegurança já me encheu a cabeça! A todo momento se depreciando por um relacionamento que nem existe mais! Eu terminei com ela, ok? Terminamos! Sabe o que isso significa?
- Eu sei o que significa! Mas... se o fato de eu ser homem não te incomoda, XiXi, por que desde aquela noite não me beijou mais?
O silêncio seguinte foi mais do que constrangedor. Ouvia-se o ruído da TV, distante. Não recebendo uma resposta do outro, Jian, então, deu meia volta. Os olhos marejados.

No entanto, seu corpo não passou da porta. Sua camisa e sua mão foram puxadas juntamente, e o seu corpo girou. Dois corpos pararam, um unido ao outro, o suficiente para que se sentisse a respiração, os batimentos e até mesmo os sexos sendo impedidos de se tocar apenas por alguns pedaços de tecido. Jian, impaciente e ofegante, foi o primeiro a diminuir a distância entre seus rostos, deslizando levemente sua língua pelo lábio inferior de Zhan XiXi, como quem pede permissão. Até agora nunca haviam trocado um beijo que não passasse de pequenas chupadas superficiais. Jian queria sugar-lhe mais. O lábio, a língua, o tesão. E quando Zheng lhe deu passagem, não esperou um segundo sequer antes de varrer a boca do outro com sua língua. Quando encontrou a de Zheng Xi, nem um pouco tímida para interagir, suas pernas enfraqueceram. Zheng o empurrou com o corpo até a parede, não lhe permitindo dominação. Jian não se importava. Não importava quem estava no domínio. Ele só queria afogar-se no mar da insanidade. Suas costas arquearam quando Zheng sugou-lhe forte o lábio, seguindo para língua. Sempre imaginou-o justamente assim: presente. Alguém que não está disposto a aceitar nada passivamente. As mãos de Jian migraram para os quadris de Zheng, fundindo-o a si ao puxa-lo. Estava carregado eletricamente, e procurava estabilizar-se com Zheng. O braço forte de Zhan Xi envolveu-o pelas costas, firmemente, firmando o contato que fora começado por Jian. Antes que percebessem, estavam envolvidos, gemendo, cobertos de arrepios. Intermediando. Zheng rendeu-se ao beijo de Jian. Era intenso, era excitante.
Quando notou que em seus quadris uma parte de si estava bem acordada, assustou-se. Não queria ir longe demais. Cuidadoso, Zheng encerrou o ósculo com um lento selar de labios, que gerou um estalo humido ao se afastar. Fitou Jian mais alguns segundos. Ele definitivamente lhe atraía, em algo. Era tão quente.
Com medo de si mesmo e da situação, Zheng afastou-se:
- A água está fervendo...



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