História Tem um Kookie no meu potinho... - Esquecido

-Jungkook. – Jimin o chamou. –Já disse que eu não vou naquele casamento.

-Mas Jimin, é a sua mãe que está casando. – “Se bem que eu não gostei do interior daquele cara.” pensou Jungkook. –Jimin, tente apenas fingir que está se familiarizando com o cara, que fica tudo bem.

-Jungkook, eu já disse que não vou. E pronto! – Jimin bateu o pé e cruzou os braços. Jungkook olhou para a porta e viu a guardiã da mãe de Jimin, ele disfarçou e olhou para Jimin.

-Jimin, não é questão de querer, você tem que ir. Agrade pelo menos a sua mãe. – Jungkook se aproximou da criança de 9 anos à sua frente. E então a mãe de Jimin adentrou o quarto.

-Por que não avisou?! – Jimin sussurrou encarando Jungkook. E recebeu como resposta um olhar decepcionado e triste. –Jungkook, não fala mais comigo! – Jimin gritou, e sua mãe apenas o puxava. Jungkook percebeu que Jimin segura o choro.

Jungkook então acordou no meio da noite, olhou para o lado e viu Jimin dormindo calmamente, olhou para o relógio, quatro da manhã. Ele viu que a mão de Jimin estava perto de si e abraçou o dedo indicador do maior. Logo voltando a dormir.

-Jiminie. – Jungkook chamou a criança de 9 anos. A criança estava desenhando em seu caderno.

-Jungkook, não fala comigo. – ele se levantou da almofada e desceu da casinha.

-Jimin! Venha jantar. – a mãe do pequeno gritou, logo o menino foi para a cozinha e se sentou à mesa, olhando o padrasto com a cara fechada.

Jimin não aceitava o fato de sua mãe ter se casado novamente após a morte se seu pai. Jimin começou a comer sem falar com ninguém, ele comeu apenas metade do que estava no prato e se levantou.

-Chim chim, não vai comer tudo? – o padrasto indagou, e Jimin o olhou.

-Só de olhar para você, perdi a fome. – antes de que falassem algo, Jimin subiu correndo para seu quarto.

Jungkook olhou para os guardiões das pessoas na cozinha, que o olharam seco. Jungkook vivia brigando com o interior da mãe de Jimin, e o interior do homem também não gostava de Jungkook.

-Também, com um interior podre desse, o pequeno nunca seria normal. E aposto que esse interior, nunca mudou de aparência ou de roupa, e também aposto que foi criado com essa aparência. – dizia o interior do padrasto.

-Sim, ele sempre foi repugnante. – dizia o interior da mãe.

Eles estavam certos, os interiores eram criados de acordo com a idade de seu criador, mas Jimin, o imaginou daquela forma, Jungkook não tinha culpa.

-Fique quieta! – Jungkook desferiu um tapa no rosto da guardiã. E logo viu que ela cambaleou um pouco e a mãe de Jimin caiu.

Jungkook logo se afastou. E o interior do homem ficou agitado, e logo desferiu um soco na cara de Jungkook.

-Ele está querendo me matar, que nem fez com o pai de Jimin. – e aquilo atingiu Jungkook. Aquilo era verdade, Jungkook não havia só matado o guardião como havia matado o pai de Jimin. Jungkook lembrava daquilo, mas ele só queria o bem de Jimin, já que aos olhos de Jungkook, as surras que o pai dava em Jimin o afetava. Bem, afetavam. Jungkook só matou o pai de Jimin quando ele pediu antes de dormir, “Eu não agüento mais, Kookie.” foi o que Jimin disse.

-Sim. Eu quero fazer isso, mas não posso. Não quero deixar o meu Jiminie com um cara nojento como aquele. – Jungkook dizia e se retirou daquele lugar, com o rosto sangrando um pouco. Jungkook foi para o quarto de Jimin, se sentou no chão e observou Jimin dormindo com o rosto molhado, nem Jimin, nem ninguém além dos interiores, sabiam quem causara a morte do pai de Jimin.

Jungkook então, acordou. A luz em seu rosto o incomodara, ele se levantou e viu que Jimin não estava mais ali, ele então caminhou até o fim da cama e desceu da mesma com dificuldade.  Ele foi em direção à cozinha e avistou o maior fazendo o almoço, coisa que ele não sabia fazer.

-Bom dia, Jimin. – Jungkook chamou a atenção do maior, que o colocou em cima da bancada e voltou a atenção nas panelas.

-Achei que eu tinha te esmagado. – Jimin riu. Jungkook realmente via que o maior não sabia quem ele era.

-Não, eu ainda vou te infernizar por um tempo. – Jungkook riu, se sentando na bancada.

-Que bom... – Jimin parou para pensar. –Não queria ter matado alguém enquanto dormia. – eles riram. Um tempo depois, eles comeram e logo após, começaram a conversar.

-Jungkook, qual a sua altura? – Jimin o olhou e pegou uma régua.

-Acho que... não sei. – ele riu e Jimin o mediu com a régua.

-Como assim você tem só 15 centímetros?! – Jimin riu.

-Eu na verdade tenho 1,78m, tá?! – Jungkook se revoltou e Jimin riu, logo corando com o que pensou.

-Tá bom... Acredito. – Jimin cruzou os braços e cutucou a cabeça de Jungkook, o deixando irritado. Jimin ria um pouco. Jungkook quando percebeu a felicidade de Jimin voltando, ele se animou e finalmente viu que ele estar ali, estava dando certo. –Jungkook, você bebe? Quer dizer, gosta de vinho? – Jimin olhou para o pequeno.

-Jimin, eu já disse que eu gosto de tudo que você gosta. – Jimin o olhou e riu.

-Já que diz. – ele pegou uma garrafa de vinho tinto e a abriu, ele colocou um pouco em um copo pequeno para Jungkook e encheu uma taça para si. Pegou o maço de Marlboro, logo pegando um e ascendendo. Ele colocou o cigarro na boca, segurou Jungkook em uma mão e a taça em outra, e foi tragando o cigarro caminhando para a sacada. –Sabe, eu às vezes me sinto sozinho... É bom ter você aqui, Jungkook. Me lembrando que eu não estou totalmente só na vida.

-Sim, te entendo. – Jimin se sentou em uma cadeira e colocou Jungkook e a taça na mesa.

-Mas, por que você, como você diz, sempre esteve comigo? – Jimin olhou para Jungkook. –Você sempre esteve invisível, certo? – ele tragou o cigarro mais uma vez e bebeu um pouco do vinho.

-Sim. É minha função de vida, fazer você feliz, mesmo que você não veja. É a função do que eu sou. – Jungkook disse tomando um pouco do vinho.

-Entendo. Mas eu estou sempre, de boa. – Jimin tragou o cigarro.

-Não. Você não está. Você não percebe isso, mas eu percebo. Para você a felicidade sempre está com você quando você acha que está em paz. – Jimin o olhou e revirou os olhos. –Park Jimin, eu conheço você mais do que si próprio. E eu sei que você é orgulhoso o bastante para não admitir seus sentimentos. – Jungkook o olhou. Ele viu o semblante de Jimin se transformar em pensativo e um pouco receoso.

-Tem razão. – foi tudo que Jimin disse antes de tomar todo o vinho da taça em um gole e jogar a bituca do cigarro pela sacada. –Vou pegar mais um pouco de vinho, vai querer?

-Não, obrigado. – Jimin o olhou e foi para a cozinha, quando ele voltou para onde Jungkook estava, ele voltou bebendo o vinho pelo gargalo. Jungkook o olhou e se assustou, Jimin se sentou e colocou a garrafa de vinho na mesa.

-Jungkook, me deixe ficar bêbado, pelo menos uma vez. Sei que você fazia de tudo para não me deixar bêbado. – Jimin olhou para Jungkook pegando mais um cigarro e o ascendendo, logo tragando.

-Certo, como deseja. Mas seu organismo não é tão forte com bebida. – Jungkook olhou para o maior.

-Foda-se. – ele tragou e começou mais uma vez tomar o vinho pelo gargalo. Jungkook revirou os olhos e terminou o seu vinho.

-Irei... dormir. Não faça nada de errado. – ele olhou para Jimin, que apenas balançou os ombros.

14 anos, essa era a idade que Jimin tinha agora. O jovem saia da escola com alguns amigos. Jungkook, sempre o acompanhava, ele também nunca mais falou com os outros interiores, sempre seguiu e protegeu Jimin.

Jungkook já até tinha se esquecido de como era sua voz, ele também notou que não estava envelhecendo e que foi totalmente esquecido por Jimin e por todos. Ele estava quase sumindo, pois agora, Jimin estava em sua felicidade absoluta, não tinha nada para Jungkook fazer o seu trabalho ali, Jimin não tinha nenhum pingo de magoa.

Mas Jungkook, queria ser útil. E ele aproveitou a oportunidade. Ela era a festa de sua amiga, Chae. A festa ocorreria na casa da amiga, que na verdade, era uma paixonite de Jimin.

Jimin estava se arrumando, ele tinha já colocado seu alargador novo, arrumado seu novo corte de cabelo, mas Jungkook foi mais rápido.

Jungkook foi até a guardiã da mãe de Jimin, e falou o que teria na festa, falou também para ela deixá-lo de castigo, pois o mesmo foi quase pego pela polícia fumando.

No fim, Jimin ficou de castigo. O que fez ele ficar com raiva, e não era pouca. Jungkook então, quis entrar em ação, mas foi logo repreendido pelo criador de sua espécie. “Você deve fazê-lo feliz, e não fazer de tudo para que ele te note. Se ele te esqueceu, não é um problema. Apenas o proteja e o deixe com sua felicidade. Você cometeu um crime entre os guardiões, por isso será punido. Sua punição será a perca de sua existência para todos à sua volta. Nada poderá te ver e te sentir, mas você permanecerá vivo. Sua punição só irá acabar quando Park Jimin atingir sua depressão, ou seja, sua tristeza profunda e perder a fé em sua existência, assim tentando cometer suicídio. Se você não conseguir impedir seu suicídio, não morrerá como todos os guardiões após a morte de seus criadores, mas ficará preso como um guardião sem dono na terra.”

Jungkook então, recebeu sua punição, nunca mais foi notado, perdeu todas as suas formas de comunicação. Jungkook parou no tempo e só pode ver o seu Park Jimin crescer, se apaixonar, ser alguém na sociedade.

Até que... Jimin entrou em depressão.

Jungkook acordou com um barulho estrondoso vindo do teclado que Jimin tinha em sua sala. Logo após a melodia, e Jungkook sabia qual era. A única que Jungkook conseguiu ensinar para Jimin, a sua favorita. Ela era a Nocturne Op. 9 No. 2 de Chopin.