História Tempest - Taegi and Soonhoon - Por que fez isso comigo...por que fez isso com nós.

P.o.v Taehyung

Por que não posso me mexer?Minhas pernas estão fracas demais, tive que aguentar tanto e logo agora me faltam forças. Ele está cada vez mais perto, mas não quero sua aproximação. Como pude ser tão tolo? Com quantas pessoas esse idiota deve ter me enganado? Enquanto eu, nunca pensei em alguém de tal forma além dele, nosso juramentado foi se entregar ao outro para sempre, eu acreditei, e ele devia zombar de mim por isso. Não entendo o porque de tal ato logo aqui em nosso apartamento. Ele queria mesmo me machucar?!
Quando faltava pouca distância entre nossos corpos pude ver seu rosto e sua expressão doente, apesar das lágrimas atrapalhando minha visão, suas mãos tentavam me alcançar, porém em estalo tive forças para sair dali correndo em direção ao andar de baixo. Minhas pernas me levaram automaticamente à varanda, era o meu lugar favorito, ficava ali por muitas madrugadas de insônia imaginando que as luzes eram estrelas e como em seu egoísmo o homem criou uma imitação destas mais perto, perdendo o show que o universo já lhe proporciona, "a final olhar por cima é melhor que por baixo, não?" Tão estúpido. Ao atravessar a porta que dava ao lugar todas as energias se vão e caio ajoelhado acertando com a cabeça em alguma superfície por perto, não prestei atenção no que era. Toco o ferimento e minha mão volta ensanguentada, me assusto, pois não tinha sentido tamanha dor e porque tenho trauma de sangue. Iria gritar, porém ouço passos na sala ao lado.
O som se torna alto e vejo a sombra do Suga sobre as cortinas, me lembro que este sabe do meu esconderijo e sempre vinha me fazer companhia, ficava sempre em silêncio ouvindo as histórias que fazia questão de lhe contar. O jeito de me olhar e o sorriso abobalhado que ele dizia não lançar foram o que me fez cair de paixão, porém só agora sinto as consequências desta queda, as feridas que se abriram e me sufocam nesse momento. Recobro a consciência e prendo a respiração ao mesmo tempo que rezo para que ele não entre aqui, queria que tivesse esquecido de tudo.
Posso finalmente respirar quando a sombra segue reto em direção a saída; ouço vozes, mas não entendo o que dizem. A porta se fecha e depois de alguns minutos ouço passos indo cada vez mais longe, imagino que a vadia tenha ido embora e que o Suga subira ao quarto, se esquecendo de que eu poderia estar ali, agradeço, mas no fundo me sinto triste com mais uma decepção. O silêncio desse leugar é confortante e acabo pegando no sono.